Vocês lêem no post abaixo que o DEM quer propor o impeachment do governador Agnelo Queiroz. Não fosse por todas as evidências de lambança que há contra o mandatário, com inquérito que corre (ou se arrasta) no Superior Tribunal de Justiça, há agora a vendeta: o homem decidiu demitir toda a cúpula da polícia, punindo a instituição por causa do vazamento de gravações que evidenciam a sua proximidade com pessoas que praticaram malandragens no Ministério do Esporte. Há testemunhos dando conta de que Agnelo sempre foi o chefe da quadrilha, o que ele nega.
Eu lhes proponho um exercício: imaginem se, em lugar de Agnelo, com a mesma folha corrida, estivesse um governador do próprio DEM… Seria um Deus-nos-acuda, nas praças de Brasília e naquilo que as esquerdas chamam “mídia”. Aliás, ninguém precisa imaginar nada. Basta ver o que aconteceu com José Roberto Arruda.
Não que o ex-governador não merecesse cada grito de repúdio que ouviu. Merecia, sim! Só que repúdio seletivo é coisa de canalha. Cadê os protestos? Eu lhes proponho outro exercício de imaginação. Os métodos de Agnelo são conhecidíssimos em Brasília faz muito tempo. VEJA fez uma reportagem sobre as lambanças no Esporte em 2008, demonstrando como atuava o esquema criado pelo agora governador. Mas sua história vem de antes. Imaginem se a Polícia Federal tivesse decidido investigá-lo à moda como investigou Arruda, cooptando um “agente” do lado de lá… Mas esse é um mimo com que os petistas do governo federal brindam seus adversários. Os aliados ficam protegidos.
Se a coisa apertar para o lado de Agnelo, ele corre para Lula, que passará a mão na sua cabeça, perdoando-se de todos os pecados, como o Cordeiro de Deus!
O senador Demóstenes Torres tem razão: o DEM cortou na própria carne, mandou embora seu único governador antes da conclusão de qualquer investigação, e outras pessoas ligadas ao escândalo do mensalão de Brasília. O PT, como a gente vê, abriga seus malfeitores
No entanto, na fábula esquerdopata brasileira, bastante influente em certos setores da imprensa, o DEM é “do mal”; já o PT é “do bem”. Contra Agnelo, até agora, não apareceram caras-pintadas. Só apareceram os caras-de-pau a favor.
REV VEJA
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