Outra
pauta importantíssima para as manifestações de rua de domingo (26 de maio) é
condenar o golpe parlamentarista costurado pelo senador tucano José Serra.
Parlamentarismo só seria algo honesto no Brasil se fosse, antes, instituído o
Voto Distrital. Nosso atual modelo eleitoral é ilegítimo porque não garante
representatividade real ao eleito. O poder econômico, as articulações mafiosas
e circunstâncias que deixam alguém famoso, infelizmente, são os fatores que
elegem em Bruzundanga.
Outra
pauta tática relevante é a cobrança popular para que deputados e senadores
retornem o Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério para o
Ministério da Justiça. A galera nas redes sociais está queimando o filme dos
228 que votaram para tentar sabotar o trabalho de combate à corrupção de Sérgio
Moro. Terça que vem, certamente pressionado pela população, o Senado tem tudo
para aprovar um destaque do Senador Álvaro Dias retornando o COAF para o lugar
que o Governo Bolsonaro deseja.
Não
vai ser moleza... Mas a aposta é que, se o Senado virar o jogo, muitos parlamentares
apavorados com a destruição de imagem alterem seu voto quando a votação
retornar à Câmara dos Deputados. A votação nominal expôs quem são os políticos
descompromissados com o enfrentamento da corrupção sistêmica. A coisa ficou
esquisita para o DEM – partido que faz parte do Governo Bolsonaro – e ficou com
fama de “traíra”, votando igualzinho ao PT & Cia contra Sérgio Moro.
Sem
importar onde ou com quem ficará o COAF, o mais importante é que os bandidos
ficaram previamente apavorados com as manifestações de domingo – também pouco
importando o volume de público no ato. O Crime Institucionalizado tem medo do
povo. Isto é bom demais!