Nada parece honesto, necessário, urgente ou decente nesta licitação do trem bala, que acontecerá a 15 dias do governo acabar. Confiantes na impunidade, nem se preocupam mais em disfarçar o assalto aos cofres públicos, desta vez a 200 km por hora. Ao que parece, o governo Lula e as empreiteiras querem encerrar, com “chave de ouro”, esses oitos anos de corrupção sem porteiras
Fotomontagem Toinho de Passira
CONTINUÍSMO - Temos que reconhecer que eles não enganaram ninguém,
quando durante a campanha disseram que o governo Dilma, seria uma continuação do governo Lula.
Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo , Folha de São Paulo, Veja, Estadão, Blog do Noblat,Agência Brasil
O vexatório açodamento, com que está sendo tocada a licitação do trem bala tem as características de uma ação ilícita cometida por uma sofisticada quadrilha. Um crime doloso, premeditado, com requintes de corrupção e excesso de falta de pudor para com a coisa pública.
O mega projeto, que pode custar à bagatela de R$ 45 bilhões, quase todo financiado pelo BNDES, tornou-se, logo após as eleições, uma inexplicável prioridade inarredável, para o governo que está se findando, autorizado pelo governo que ainda nem começou.
O recebimento das propostas marcado para o dia 29 de novembro, e a publicação do seu resultado, no dia 16 de dezembro, quando só faltarão 15 dias para o fim do atual governo, denota uma ânsia de corrupção incontida e insaciável.
Os meandros da operação toda, não deixa dúvidas que há algo podre, nos bastidores, dessa negociata. Os recursos estão sendo assegurado pelo governo através de uma Medida Provisória muito marota, que inclusive confronta a Constituição Federal.
O vencedor embolsa, de cara, R$ 20 bilhões emprestados, do BNDES, com pagamentos em suaves prestações, estendidas por 30 anos, pagas com o rendimento do próprio negócio. Além disso, os juros são subsidiados e o feliz vencedor ainda terá 7 anos de carência, para iniciar os pagamentos, provavelmente, só iniciado em 2018.
Coisa de pai para filho, (de Lula para lulinha), o projeto prevê ainda, que quem construir e operar o trem-bala terá um subsidio direto de R$ 5 bilhões, nos primeiros dez anos, caso a receita bruta do projeto, neste mesmo período, fique abaixo do previsto.
Em tese, estão emprestando uma nota preta, com todas as facilidades possíveis e impossíveis e ainda adiantando o dinheiro para pagar as prestações.
Essa história de que a rentabilidade pode ficar aquém do previsto, são favas contadas. Segundo a maioria dos técnicos: as previsões de fluxos de passageiros são consideradas irrealistas, até pelo custo da passagem, prevista para ser a mais cara do mundo, neste tipo de transporte.
Pelo próprio edital da obra, o bilhete é fixado em R$ 0,49 (US$ 0,27) por quilômetro, a tarifa-teto, Rio-São Paulo, custaria 199,73 reais. Pelo custo projeto do trem bala japonês, por exemplo, pagar-se-ia pelo mesmo percurso, aproximadamente, R$ 185,00 (US$ 0,25, por quilômetro).
Nos meandros da Medida Provisória, há espaço inclusive para o BNDES emprestar mais que os R$ 20 bilhões, sem que o congresso seja de novo consultado, basta que os construtores provem que o projeto, quando da sua implementação acabou custando mais. Uma coisa que todo mundo também sabe que vai invariavelmente acontecer.
A reação mais efetiva, até agora, veio do Partido Popular Socialista, da base da oposição, que entrou no Supremo Tribunal Federal, com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a tal ”Medida Provisória do Papai”. , querendo suspender o atalho imoral encontrado pelo governo, para usar os recursos do BNDES.
O PPS alega que o assunto não tem urgência para ser uma Medida Provisória, além de ferir a Constituição ao tratar de questão orçamentária e fiscal, vetado pela lei maior do país.
"Pelo que vemos, antes mesmo de sair do papel, esse trem-bala já mostra uma alta velocidade para abocanhar o dinheiro público de forma irresponsável", afirmou o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE).
Na última terça-feira, a bancada do DEM no Senado declarou-se contrária à MP 511/10, que autoriza os recursos para o Trem Bala. O líder do partido, senador Antonio Carlos Junior (BA), afirmou que o empreendimento é economicamente inviável e alertou para os riscos de a União assumir subsídios elevados na operação do projeto.
Na realidade estamos diante de mais um daqueles empreendimentos inventado pelas empreiteiras. São elas que geram a necessidade, gestam os projetos, arranjam as saídas “legais” para torná-los possíveis, preparam o edital de licitação e invariavelmente ganham.
Até a justificativa de que o trem bala faria parte das obras de infra-estrutura para as Olimpíadas de 2016, outro projeto de empreiteira, a serem realizadas no Rio de Janeiro, é falsa, já que a obra, na melhor das hipóteses, tem a sua conclusão prevista para 2017.
Fotomontagem Toinho de Passira
Sem nada que justifique e com tudo para desconfiar, esse clima de associação suspeita e conluio, aumenta quando vemos que as empreiteiras foram as mais generosas doadoras da campanha da candidata eleita Dilma Rousseff.
PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Já tem gente condenada no júri contra petistas que assassinaram o ex-prefeito Celso Daniel
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Dinheiro público e muito dinheiro sujo arrancado sob chantagem de empresários do ramo de transporte de passageiros de Santo André, saíram para engordaer os cofres da primeira eleição de Lula e também para satisfazer o PT e os próprios delinquentes políticos de São Paulo. Foi isto que aconteceu, segundo o MPE de São Paulo, que conseguiu condenar o primeiro réu do assassínio do ex-prefeito Celso Daniel. Daniel foi morto porque quis desmontar a quadrilha, já que pretendia ir limpo para a coordenação da campanha de Lula, no final de 2001. Os promotores acusam oito bandidos, inclusive líderes locais do PT, mas não levaram as investigações até a Capital e Brasília. Veja como http://www.veja.com.br/ acompanhou o caso nesta quinta-feira.
CLIQUE AQUI para também ler o artigo de Augusto Nunes sobre o caso. Nunes quer chegar aos mandantes.
Durante o julgamento de Marcos Roberto Bispo dos Santos - o primeiro réu por envolvimento na morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, a enfrentar o júri popular -, o promotor Francisco Cembranelli defendeu que a morte do petista foi um crime encomendado por uma organização criminosa que desviava recursos públicos da prefeitura. Ele afirma que Celso Daniel morreu porque, indicado coordenador da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva no fim de 2001, passou a discordar da forma como a roubalheira municipal vinha sendo praticada."Celso Daniel prometeu tomar providências, tirar o poder que algumas pessoas detinham, e por isso foi varrido. Ao manifestar sua vontade de acabar com o sistema fraudulento por meio de provas documentais do desvio desse dinheiro, passou a ser um obstáculo. Então, pessoas que não tinham ideologia partidária nenhuma desenharam um plano macabro a fim de tirar o prefeito do caminho", afirmou o promotor.Cembranelli disse, pouco antes do julgamento ter início, que o dinheiro de corrupção se destinava a contas pessoais de políticos e também para abastecer campanhas eleitorais do PT, até mesmo a da primeira eleição do presidente Lula.
Dinheiro público e muito dinheiro sujo arrancado sob chantagem de empresários do ramo de transporte de passageiros de Santo André, saíram para engordaer os cofres da primeira eleição de Lula e também para satisfazer o PT e os próprios delinquentes políticos de São Paulo. Foi isto que aconteceu, segundo o MPE de São Paulo, que conseguiu condenar o primeiro réu do assassínio do ex-prefeito Celso Daniel. Daniel foi morto porque quis desmontar a quadrilha, já que pretendia ir limpo para a coordenação da campanha de Lula, no final de 2001. Os promotores acusam oito bandidos, inclusive líderes locais do PT, mas não levaram as investigações até a Capital e Brasília. Veja como http://www.veja.com.br/ acompanhou o caso nesta quinta-feira.
CLIQUE AQUI para também ler o artigo de Augusto Nunes sobre o caso. Nunes quer chegar aos mandantes.
Durante o julgamento de Marcos Roberto Bispo dos Santos - o primeiro réu por envolvimento na morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, a enfrentar o júri popular -, o promotor Francisco Cembranelli defendeu que a morte do petista foi um crime encomendado por uma organização criminosa que desviava recursos públicos da prefeitura. Ele afirma que Celso Daniel morreu porque, indicado coordenador da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva no fim de 2001, passou a discordar da forma como a roubalheira municipal vinha sendo praticada."Celso Daniel prometeu tomar providências, tirar o poder que algumas pessoas detinham, e por isso foi varrido. Ao manifestar sua vontade de acabar com o sistema fraudulento por meio de provas documentais do desvio desse dinheiro, passou a ser um obstáculo. Então, pessoas que não tinham ideologia partidária nenhuma desenharam um plano macabro a fim de tirar o prefeito do caminho", afirmou o promotor.Cembranelli disse, pouco antes do julgamento ter início, que o dinheiro de corrupção se destinava a contas pessoais de políticos e também para abastecer campanhas eleitorais do PT, até mesmo a da primeira eleição do presidente Lula.
Escolas não protestam por receio e comodismo. Ou: Flagrantes da “revolução” de Haddad
Escolas não protestam por receio e comodismo. Ou: Flagrantes da “revolução” de Haddad
As escolas ignoram a ruindade do Enem? É claro que não! E por que não metem a boca no trombone — algumas até elogiam a prova? Porque não querem confronto. As públicas não brigam porque públicas, e a particulares porque particulares. Estas, em especial, preferem se organizar para se dar bem no ranking. Incrementam a área antigamente chamada de “Exatas e Biológicas” — o nome boboca é “Ciências da Natureza e Suas Tecnologias” — e entregam língua & literatura e humanas (Linguagens e Códigos e Suas Tecnologias e Ciências Humanas e Suas Tecnologias) ao diabo-dará.
O ”deus-dará”, como vocês sabem, significa o acaso, o incerto, o sei-lá-o-quê. O “diabo-dará” é diferente. E, assim, uma ignorância construída com intenção. O professor de gramática não precisa mais ensinar análise sintática, por exemplo. Aliás, tenho percebido que boa parte deles ignora o assunto, na presunção de que ninguém precisa identificar um complemento nominal ou um objeto direto preposicionado para escrever direito. Bem, é verdade! Mas certamente sairá na frente quem, além de escrever direito, souber o que são essas coisas.
Há firmada uma grande tolice sobre o ensino de gramática, considerado desnecessário. Ao planejar uma ponte, um circuito elétrico ou calcular os componentes de uma liga, os engenheiros civis, elétricos ou mecânicos não precisam ficar revisando tudo o que aprenderam de cálculo, recitar a fórmula do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado ou revisar os detalhes da geometria analítica. Mas a quem você confiaria a ponte, o circuito e a liga? A quem sabe ou a quem não sabe?
Aquilo que se chamava de professor de português é convidado hoje a ser um “animador de debate”, dedicando-se quase que exclusivamente à interpretação de texto. A atividade se resume a estimular o aluno a fazer perífrases ou paráfrases daquilo que leu. Lê-se o estímulo e tome aquele misto de circunlóquio com interpretação livre. O que sobra como conhecimento acumulado? Quase nada! Não raro, a aula se torna mero pretexto para o proselitismo. O ensino de história se transformou num tribunal sobre o passado, e o de geografia virou terra de ninguém — ou melhor: terra do MST; seu tema permanente, percebo pelos livros, é o latifúndio!!!
Querem saber? É mais fácil fazer educação assim! O professor pode chegar em sala de aula, olhar para o vazio e deitar falação. Não precisa nem mesmo preparar a aula. Como ele está lá para ensinar os alunos a julgar (eles dizem “pensar”), cobra-se dele que tenha convicção, não método. Uma prova como o Enem deveria servir como um freio de arrumação nessa zorra: a cobrança de conteúdo específico ajudaria a deixar claro se a escola está ou não cumprindo o mínimo que dela se exige. Da forma como estão sendo feitas as provas, tudo pode. O resultado é uma loteria. Isso é bom? Não! Isso é perverso.
Por quê? Porque, nessas horas, PRESTEM ATENÇÃO A ESTE PARTICULAR, o que determina o resultado é o que chamo “currículo oculto” do estudante. O que é isso? Se ele vem de um ambiente — cultura familiar, comunitária ou de grupo social — mais afinada com a leitura e com um debate qualificado, acaba se saindo bem, orientado pelo bom senso. Se, ao contrário, não tem essas referências, acaba se danando (é claro que há exceções nos dois casos).
Qual é a função da escola, santo Deus? Justamente tornar menos relevantes — o ideal é que as tornasse irrelevantes — as diferenças de origem, igualando as condições de competição dos estudantes por meio de um currículo, de uma formação mínima. Do modo como estão as coisas, faz-se exatamente o contrário. A fórmula adotada por esses “progressistas” energúmenos alimenta o círculo da exclusão. Os de melhor condição social irão disputar, porque mais preparados, as vagas mais “difíceis” — aquelas ligadas às tecnologias e às biomédicas (profissões que serão mais bem-remuneradas no futuro —, e os pobres vão alimentar o estoque de ressentidos das chamadas áreas de humanas; os primeiros conseguirão sua vaga na universidade pública, e os demais se encaixarão em algum cafofo privado, alimentado pelo leite de pata do ProUni.
Por Reinaldo Azevedo
As escolas ignoram a ruindade do Enem? É claro que não! E por que não metem a boca no trombone — algumas até elogiam a prova? Porque não querem confronto. As públicas não brigam porque públicas, e a particulares porque particulares. Estas, em especial, preferem se organizar para se dar bem no ranking. Incrementam a área antigamente chamada de “Exatas e Biológicas” — o nome boboca é “Ciências da Natureza e Suas Tecnologias” — e entregam língua & literatura e humanas (Linguagens e Códigos e Suas Tecnologias e Ciências Humanas e Suas Tecnologias) ao diabo-dará.
O ”deus-dará”, como vocês sabem, significa o acaso, o incerto, o sei-lá-o-quê. O “diabo-dará” é diferente. E, assim, uma ignorância construída com intenção. O professor de gramática não precisa mais ensinar análise sintática, por exemplo. Aliás, tenho percebido que boa parte deles ignora o assunto, na presunção de que ninguém precisa identificar um complemento nominal ou um objeto direto preposicionado para escrever direito. Bem, é verdade! Mas certamente sairá na frente quem, além de escrever direito, souber o que são essas coisas.
Há firmada uma grande tolice sobre o ensino de gramática, considerado desnecessário. Ao planejar uma ponte, um circuito elétrico ou calcular os componentes de uma liga, os engenheiros civis, elétricos ou mecânicos não precisam ficar revisando tudo o que aprenderam de cálculo, recitar a fórmula do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado ou revisar os detalhes da geometria analítica. Mas a quem você confiaria a ponte, o circuito e a liga? A quem sabe ou a quem não sabe?
Aquilo que se chamava de professor de português é convidado hoje a ser um “animador de debate”, dedicando-se quase que exclusivamente à interpretação de texto. A atividade se resume a estimular o aluno a fazer perífrases ou paráfrases daquilo que leu. Lê-se o estímulo e tome aquele misto de circunlóquio com interpretação livre. O que sobra como conhecimento acumulado? Quase nada! Não raro, a aula se torna mero pretexto para o proselitismo. O ensino de história se transformou num tribunal sobre o passado, e o de geografia virou terra de ninguém — ou melhor: terra do MST; seu tema permanente, percebo pelos livros, é o latifúndio!!!
Querem saber? É mais fácil fazer educação assim! O professor pode chegar em sala de aula, olhar para o vazio e deitar falação. Não precisa nem mesmo preparar a aula. Como ele está lá para ensinar os alunos a julgar (eles dizem “pensar”), cobra-se dele que tenha convicção, não método. Uma prova como o Enem deveria servir como um freio de arrumação nessa zorra: a cobrança de conteúdo específico ajudaria a deixar claro se a escola está ou não cumprindo o mínimo que dela se exige. Da forma como estão sendo feitas as provas, tudo pode. O resultado é uma loteria. Isso é bom? Não! Isso é perverso.
Por quê? Porque, nessas horas, PRESTEM ATENÇÃO A ESTE PARTICULAR, o que determina o resultado é o que chamo “currículo oculto” do estudante. O que é isso? Se ele vem de um ambiente — cultura familiar, comunitária ou de grupo social — mais afinada com a leitura e com um debate qualificado, acaba se saindo bem, orientado pelo bom senso. Se, ao contrário, não tem essas referências, acaba se danando (é claro que há exceções nos dois casos).
Qual é a função da escola, santo Deus? Justamente tornar menos relevantes — o ideal é que as tornasse irrelevantes — as diferenças de origem, igualando as condições de competição dos estudantes por meio de um currículo, de uma formação mínima. Do modo como estão as coisas, faz-se exatamente o contrário. A fórmula adotada por esses “progressistas” energúmenos alimenta o círculo da exclusão. Os de melhor condição social irão disputar, porque mais preparados, as vagas mais “difíceis” — aquelas ligadas às tecnologias e às biomédicas (profissões que serão mais bem-remuneradas no futuro —, e os pobres vão alimentar o estoque de ressentidos das chamadas áreas de humanas; os primeiros conseguirão sua vaga na universidade pública, e os demais se encaixarão em algum cafofo privado, alimentado pelo leite de pata do ProUni.
Por Reinaldo Azevedo
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