terça-feira, 30 de junho de 2015

Dilma Pixuleco, ao lado de Ricardo Pessoa
Brasil 30.06.15 12:23
Dilma Pixuleco disse que jamais havia recebido Ricardo Pessoa durante o seu primeiro mandato. A foto abaixo mostra que não é bem assim. Eles estão juntos, acompanhados de Marcelo Odebrecht, no lançamento da pedra fundamental do estaleiro Enseada do Paraguaçu, em 13 de julho de 2012, na Bahia.
Dilma Pixuleco, Jacques Wagner, Graça Foster, Marcelo Odebrecht e... Ricardo Pessoa
Joaquim Barbosa: Dilma cometeu crime de responsabilidade ao atacar a delação premiada
Brasil 30.06.15 11:38
Joaquim Barbosa manifestou-se no Twitter sobre as declarações infelizes de Dilma Pixuleco. Disse ele, numa série de tweets:
"Há algo profundamente errado na nossa vida pública. Nunca vi um Chefe de Estado tão mal assessorado como a nossa atual Presidente. A assessoria da Presidente deveria ter lhe informado o significado da expressão 'law enforcement': cumprimento e aplicação rigorosa das leis. Zelar pelo respeito e cumprimento das leis do país: esta é uma das mais importantes missões constitucionais de um presidente da República!
Nossa Constituição outorga ao presidente a prerrogativa de vetar um projeto ou de impugnar uma lei perante o STF por inconstitucionalidade. Porém a Constituição não autoriza o presidente a "investir politicamente" contra as leis vigentes, minando-lhe as bases. Caberia à assessoria informar a Presidente que atentar contra o bom funcionamento do Poder Judiciário é crime de responsabilidade!
"Colaboração" ou "delação" premiada é um instituto penal-processual previsto em lei no Brasil! Lei!!
Vamos sintetizar: ao dizer que "não respeita delatores", Dilma Pixuleco atacou a lei e, em consequência, o Poder Judiciário, responsável pela sua aplicação. Isso é crime de responsabilidade. Mais um.
Do O Antagonista
DO ESTÊNIO

"Uma mente confusa", por Merval Pereira

A presidente Dilma, infelizmente para nós brasileiros e para o país, não tem o dom de organizar seu pensamento. Se fosse apenas uma dificuldade de se expressar, como quando resolveu louvar a mandioca e chamou-a de “grande conquista brasileira”, já seria difícil para uma autoridade que tem obrigação de explicar seus atos a cada instante de seu governo.
Mas quando o pensamento equivocado é também embaralhado, aí já se torna um problema político-institucional. Se a presidente diz que não respeita delatores, ela está partindo do princípio de que o presidente da UTC Ricardo Pessoa, e outros executivos que fizeram suas delações premiadas, estão revelando fatos verdadeiros que deveriam ser escondidos.
Sim, por que só pessoas que estão por dentro das conspirações ou das bandidagens 
podem delatar seus companheiros em troca de algum benefício da Justiça. Foi, aliás, para evitar que as revelações sobre crimes fossem desqualificadas pelos interessados que o que chamamos popularmente de “delação premiada” tem o nome oficial de “colaboração premiada”.
Mas, de qualquer maneira, a presidente Dilma tratou de jogar sobre Ricardo Pessoa a pecha de traidor, comparando-o a Joaquim Silvério dos Reis, o que a deixa mal e a todos os denunciados pelo empreiteiro. E ela não percebe essa incongruência, o que faz com que prossiga em linha reta para o abismo sem que ninguém possa ajudá-la, já que, sabe-se, ela não admite contestações.
“Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas, e garanto para vocês que resisti bravamente. Até, em alguns momentos, fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a gente tem que resistir, porque se não você entrega seus presos.”
Nessa frase, temos de tudo: uma confusão entre seu papel como guerrilheira, e o dos petistas que se meteram no mensalão e no petrolão; uma ignorância assombrosa da diferença entre democracia e ditadura e, sobretudo, a insensatez de comparar os inconfidentes mineiros com os mensaleiros e petroleiros, que podem ser tudo, menos patriotas heróicos em luta contra uma opressão estrangeira.
Não há Tiradentes nessa história que a presidente Dilma tenta recontar, e nem ela foi uma lutadora pela democracia, como pretende hoje. A tortura de que ela e muitos outros foram vítimas é uma página terrível de nossa história, mas não pode servir de desculpa para justificar meros roubos de uma quadrilha que tomou de assalto o país nos últimos 12 anos, nem para isentar os eventuais desvios cometidos pela presidente.
Ao contrário, aliás, muitos fazem hoje a comparação da sanha arrecadatória do governo federal com os “quintos do inferno” que a colônia portuguesa tirava do Brasil. Quanto à insinuação de que os presos hoje pela Operação Lava-Jato sofrem torturas como no tempo da ditadura, só mesmo a politização da roubalheira justifica tamanho despautério.
A propósito, o jurista Fabio Medina Osório, especialista em questões de combate à corrupção e improbidade administrativa, Doutor em Direito Administrativo pela Universidade Complutense de Madri e Presidente do Instituto Internacional de Estudos de Direito do Estado (IIEDE), “olhando o direito comparado e o que ocorre hoje no mundo em termos de combate à corrupção”, discorda dos que consideram abusivas as prisões preventivas decretadas pelo juiz Sérgio Moro.
“Não apenas nos EUA, mas na Europa, as prisões cautelares têm sido utilizadas no início de processos ou quando investigações assinalam elementos robustos de provas”, ressalta, lembrando os casos do ex premier de Portugal, José Sócrates, e os dirigentes da FIFA, presos cautelarmente por corrupção - e alguns em avançada idade - seguem encarcerados.
“A ideia não é humilhar ninguém, mas, diante do poder econômico ou político das pessoas atingidas, estancar o curso de ações delitivas de alto impacto nos direitos humanos, tal como ocorre no combate à corrupção.
Medina Osório lembra que “nos termos da Lei Anticorrupção, as empresas deveriam ter aberto robustas investigações para punir culpados e cooperar com autoridades, talvez até mesmo afastando os executivos citados nas operações, se constatadas provas concretas ou indiciárias de suas participações em atos ilícitos”.
Ao não cooperar nem apurar os atos ilícitos noticiados, “as empresas sinalizam que estão ainda instrumentalizadas por personagens apontados pela Operação Lava Jato como os possíveis responsáveis”.
Para Medina Osório, vale indagar: o que é realmente novo aqui no Brasil? “Prisões democráticas, onde cabem ricos e pobres, convenhamos”. DA
Folha de São Paulo

Sai a primeira música em dilmês: "Saudação à mandioca".



Informações técnicas:
Título: Saudação à mandioca
Letra: Dilma Rousseff
Música e Programação: Eliel Gatti Robles
Gravado no Timbu Estúdio em 26 de Junho de 2015 ((Da coluna do Augusto Nunes).

"O PT e suas falácias", editorial do Estadão

O ESTADO DE S. PAULO
Após a homologação pelo STF da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono das construtoras UTC e Constran e apontado como articulador do cartel de empreiteiras acusado de atuar no escândalo da Petrobrás, o PT tenta se defender com todos os recursos disponíveis das suspeitas que recaem mais pesadamente do que nunca sobre a rapaziada. Mobiliza uma ampla rede de militantes na internet, desmente tudo com hipócrita indignação e, no último fim de semana, escalou para falar ministros acusados de se beneficiarem da roubalheira. O repertório petista, quase sempre baseado no princípio de que a melhor defesa é o ataque, torna-se mais falacioso à medida que a pressão sobre o partido aumenta.
Um recurso recorrente da contraofensiva petista é a tentativa de desqualificar o instituto da delação premiada, colocando os denunciados na posição de vítimas de malvados fora da lei que pretendem apenas aliviar a própria culpa. Quem concorda em fazer um acordo de delação tem a intenção de, em troca, ver reduzida a pena a que vier a ser condenado. É o caso do próprio Ricardo Pessoa, que já se beneficia da prisão preventiva domiciliar monitorada por tornozeleira eletrônica. O que os petistas não contam é que uma delação premiada só é homologada pela Justiça – como o fez o ministro Teori Zavascki com o depoimento de Pessoa – após a comprovação de uma base factual que dê credibilidade às denúncias. Se o juiz entender que as denúncias são improcedentes, o acordo é anulado. Quer dizer: delator mentiroso não ganha nada com isso.
Outra esperteza petista, incorporada a seu discurso desde que o PT chegou ao poder e passou de estilingue a vidraça, é tentar se eximir de culpas com o argumento descarado de que seus adversários cometem exatamente os mesmos malfeitos que lhe estão sendo atribuídos. É a isonomia às avessas, segundo a qual todos são iguais não perante a lei, mas perante o crime: se meu adversário pode roubar, eu também posso.
Foi partindo exatamente desse raciocínio – de que roubar não faz mal porque todo mundo rouba – que o presidente Lula impôs, em nome da governabilidade, o peculiar “presidencialismo de coalização”, que justificou o PT ter renegado toda sua pregação histórica pela probidade na vida pública para se aliar aos mais notórios corruptos da política brasileira. De outra maneira, argumentam até os petistas bem-intencionados, “é impossível governar”. Deu no que está aí.
Outro truque a que os petistas – como, de resto, os políticos em geral – recorrem na maior caradura é garantir, invariavelmente, que todo o dinheiro recebido de empresas privadas constitui “doação legal” e “devidamente registrada” na Justiça eleitoral. Ora, o fato de uma doação estar registrada na contabilidade oficial do partido nada prova em relação a sua origem. É sabido, por óbvio, que nas relações com o poder público os empresários não fazem doação, mas um investimento que esperam recuperar com boa margem de lucro. E esse investimento pode ser o produto de chantagem ou das “regras do jogo”, como alegam os cínicos. Investigações como as que estão sendo realizadas com rigor e empenho pela Operação Lava Jato estão servindo para esclarecer de onde vieram as “doações legais” que alimentam os cofres partidários.
É óbvio também, quando se trata de receber “doações”, que quem está no governo leva enorme vantagem sobre quem não está e, portanto, pouco ou nada tem a oferecer em troca. Não é por outra razão que, na mamata da Petrobrás, o propinoduto estava montado para jorrar “doações” e “recursos não contabilizados” – para usar a expressão consagrada pelo primeiro tesoureiro petista a ir para a cadeia – nos cofres do PT e de seus dois principais aliados no governo, o PMDB e o PP.
Acusado por Ricardo Pessoa, o ministro Edinho Silva, chefe da Comunicação Social da Presidência, fez um bom resumo de todos os argumentos falaciosos do PT, ao protestar contra as “mentiras divulgadas pela imprensa”: “Causa-me indignação a tese de criminalização seletiva das doações da nossa campanha (de Dilma, em 2014). E acho estranho suspeitas colocadas apenas sobre as doações legais da campanha da presidente Dilma, enquanto outros partidos também receberam”. Se a defesa da elite do PT ficar nisso, as cadeias vão lotar. DO WELBI

Nota do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

As novas declarações da presidente Dilma Rousseff, dadas hoje, em NY, atestam o que muitos já vêm percebendo há algum tempo: a presidente da República ou não está raciocinando adequadamente ou acredita que pode continuar a zombar da inteligência dos brasileiros.
Primeiro, ela desrespeitou seus próprios companheiros de resistência democrática ao compará-los aos atuais aliados do PT acusados de, nas palavras do Procurador Geral, terem participado de uma “corrupção descomunal”.
A presidente chega ao acinte de comparar uma delação feita, dentro das regras de um sistema democrático, para denunciar criminosos que assaltaram os cofres públicos e recursos pertencentes aos brasileiros, com a pressão que ela sofreu durante a ditadura para delatar seus companheiros de luta pela democracia.
A presidente realmente não está bem.
É preciso que alguém lhe informe rapidamente que o objeto das investigações da Polícia Federal, do MPF e da Justiça não são doações legais feitas de forma oficial por várias empresas a várias candidaturas, inclusive a minha, mas sem qualquer contrapartida que não fosse a alforria desses empresários em relação ao esquema de extorsão que o seu  partido institucionalizou no Brasil.
O que se investiga – e sobre o que a presidente deve responder – são as denúncias feitas em delação premiada pelo Sr. Ricardo Pessoa que registram que o tesoureiro da sua campanha e atual Ministro de Estado Edinho Silva teria de forma “elegante” vinculado a continuidade de seus contratos na Petrobras à efetivação de doações à campanha presidencial da candidata do PT.
Ou ainda a afirmação feita pelo mesmo delator de que o tesoureiro do seu partido, o Sr. João Vacari, hoje preso, sempre o procurava quando assinava um novo contrato para cobrar o que chamou de “pixuleco”.
Não será com a velha tentativa de comparar o incomparável que a Sra. Presidente vai minimizar sua responsabilidade em relação a tudo o que tem vindo à tona na Operação Lava Jato.
O fato concreto é que, talvez nunca na história do Brasil, um Presidente da República tenha feito uma visita oficial a outro país numa condição de tamanha fragilidade. E afirmações como essa em nada melhoram sua situação.
Aécio Neves
Presidente nacional do PSDB

sábado, 27 de junho de 2015

CNBB: lulista até debaixo da lama.


Justamente indignado, Percival Puggina não poupa críticas ao comportamento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (que já chamei aqui de Conferência Nacional dos Bispos Bolivarianos): mesmo diante dos crimes e escândalos do lulopetismo, a CNBB e suas pastorais continuam apoiando o tiranete Lula e o Partido Totalitário. Corrompida pela "Teologia da Libertação", a entidade acabara por "arrastar a Igreja para o volume morto":
Toda a existência do PT, do nascimento à glória, e da glória ao atual fundo do poço (ou ao volume morto, na expressão usada pelo próprio Lula) se fez sob incondicional apoio da CNBB e de suas pastorais. A exceção, se houver, que se identifique.
Aliás, Lula e o PT sabem: os tenebrosos dias que se avizinham serão enfrentados ao abandono de muitos dos seus antigos seguidores. Há um grupo, porém, que não o abandonará. Esse grupo é formado por religiosos, padres e bispos que foram buscar água benta na Teologia da Libertação e chegaram ao poder da entidade em 1971, com D Aloísio Lorscheider. A partir de então, foi um Deus nos acuda. São João Paulo II, que conheceu o comunismo desde as entranhas, condenou a Teologia da Libertação (TL) em documento da Congregação para a Doutrina da Fé. Esse texto, de 1984, deixa claro ser a TL uma teologia marxista, de classe, "que confunde o pobre da escritura com o proletário de Marx". 
Nada melhor do que ler Frei Betto para saber o quanto essa confusão é real. Em "O paraíso perdido" ele relata dezenas de viagens que fez para levar a TL a Cuba e aos países do Leste Europeu onde o marxismo-leninismo já estava instalado. Com a TL ele conseguiu tornar comunistas milhares de cristãos do nosso continente, mas não conseguiu converter ao cristianismo um único líder comunista. Falando ao site Opera Mundi, em junho do ano passado, o frei confessou a estreita ligação da TL com aquela doutrina: "João Paulo II era um homem conservador que, quando foi bispo do Concílio Vaticano II sempre votou com os conservadores. Anticomunista visceral, jamais entendeu ou assimilou a Teologia da Libertação". É essa TL, rejeitada por anticomunistas (exatamente por ser o que é) que inspira parte significativa do clero católico brasileiro e continua incrustada como ácaro nas paredes e estruturas da CNBB e de suas pastorais. Ora, quem mistura religião com comunismo transforma uma coisa na outra. Daí essa obstinação que nada aprende da experiência, da evidência e do absoluto fracasso da doutrina abraçada.
Foi o que, às vésperas das manifestações de março, levou o alto comando da CNBB até Dilma, para dizer-lhe, entre excelências e eminências, que não viam motivos para o impeachment. E foi o que agora, dia 20, levou D. Pedro Stringhini e dirigentes de pastorais sociais ao investigado e mal afamado Instituto Lula. Nesse encontro, coube a Luís Inácio a tarefa de desancar o próprio partido e o governo Dilma. E coube ao bispo dar a absolvição, explicando o que os motivava neste momento de crise: "É importante reconhecer o senhor e os avanços em seus oito anos de governo. Mas, diante da crise atual, esse esforço tem de ser continuado". Em outras palavras, nada mais importante do que o PT e seu governo. Dane-se tudo mais. 
Mesmo que a Polícia Federal rastreie as digitais de Lula. Mesmo que, tantos petistas estejam na cadeia. Mesmo que o "protetor dos pobres" seja um patrocinador de bilionários, inclusive em causa própria e de seus familiares. Mesmo que tantos petistas ataquem frontalmente os valores cristãos. Mesmo que, nestes dias, os companheiros do ex-presidente estejam, em todo país, forçando Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas a incluir a ideologia de gênero nas tarefas "educacionais" de suas redes de ensino. Mesmo que a casa caia e que a mula manque e que com tais manifestações de autoridades eclesiásticas a Igreja esteja sendo arrastada junto para o volume morto, dane-se tudo mais porque o ultrajante apoio persiste. DO ORLANDOTAMBOSI

A REPORTAGEM-BOMBA DE VEJA: O EMPREITEIRO CONTA TUDO – Renuncie, Dilma! Faça ao menos um bem ao Brasil. Ou aguarde o impeachment, o que vai custar mais caro aos pobres



Abre VEJA - Revelações de Pessoa
A economia vai mal. Muito mal. Mas a política está muito pior. É discutível se a crise econômica piora a política, mas é certo que a crise política piora a economia. É a fraqueza do governo que dá as cartas. Dilma não sabe o que dizer, o que fazer, o que anunciar. E, um ano e três meses depois de iniciada a operação Lava Jato — depois de muitos desacertos, ainda em curso, protagonizados também pela Procuradoria-Geral da República, sob o comando de Rodrigo Janot, e pelo juiz Sergio Moro —, eis que cai a máscara, eis que a verdade se desnuda: UMA VERDADEIRA MÁFIA TOMOU CONTA DO ESTADO BRASILEIRO. E ELA PRECISA SER TIRADA DE LÁ PELA LEI.
Vá à banca mais próxima e adquira um documento: a edição desta semana da revista VEJA. Em 12 páginas, você lerá, no detalhe, como atuou — atua ainda? — a máfia que tomou conta do Brasil e como se construiu o establishment político que nos governa. O empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e ex-amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, resolveu contar tudo. Ficou preso mais de cinco meses. Só fez o acordo de delação premiada depois de ter deixado a cadeia. ESTE BLOGUEIRO FALASTRÃO, COMO LULA ME CLASSIFICOU NO CONGRESSO DO PT, SENTE-SE, DE ALGUM MODO, VINGADO. Vingado também contra as hostes da desqualificação e do cretinismo da esquerda e da direita burra e desinformada. NÃO HÁ NEM NUNCA HOUVE CARTEL DE EMPREITEIRAS, COMO SEMPRE SUSTENTEI. O QUE SE CRIOU NO BRASIL FOI UMA ESTRUTURA MAFIOSA DE ACHAQUE.
É claro que as empreiteiras praticaram crimes também. Mas não o de formação de cartel. Insistir na tese do cartel CORRESPONDE A NEGAR A ESSÊNCIA DO MODELO QUE NOS GOVERNA.
Achaque Edinho
O achaque
VEJA teve acesso ao conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, homologada pelo ministro Teori Zavascki. É demolidor. Segue, em azul, um trecho do que vai na revista:
Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de dezoito figuras coroadas da República. Foi com a verba desviada da estatal que a UTC doou dinheiro às campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. Foi com ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais.
A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. O empreiteiro delatou ao STF essas somas que entregou aos donos do poder, segundo ele, mediante achaques e chantagens. Relatou que teve três encontros em 2014 com Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma e atual ministro de Comunicação Social.
Nos encontros, disse, ironicamente, ter sido abordado “de maneira bastante elegante”. Contou ele: “O Edinho me disse: ‘Você tem obras na Petrobras e tem aditivos, não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Eu estou precisando”. A abordagem elegante lhe custou 10 milhões de reais, dados à campanha de Dilma. Um servidor do Palácio chamado Manoel de Araújo Sobrinho acertou os detalhes dos pagamentos (…).
Documentos entregues pelo empresário mostram que foram feitos dois depósitos de 2,5 milhões de reais cada um, em 5 e 30 de agosto de 2014. Depois dos pagamentos, Sobrinho acertou com o empreiteiro o repasse de outros 5 milhões para o caixa eleitoral de Dilma. Pessoa entregou metade do valor pedido e se comprometeu a pagar a parcela restante depois das eleições. Só não cumpriu o prometido porque foi preso antes.
(…)
Retomo
Edinho, claro, nega. Será preciso agora saber quem é o tal Manoel Araújo Sobrinho, que tem de ser convocado pela CPI nas primeiras horas da segunda-feira. Ricardo Pessoa sempre foi considerado o homem-bomba do caso, muito especialmente por Lula e pelo Palácio do Planalto. Ele é apontado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como o coordenador do “Clube do Bilhão”. O nome é meio boboca, e duvido que tenha existido algo parecido. Mas é inegável que ele exercia uma espécie de liderança política entre os empresários.
Escrevi aqui umas quinhentas vezes que INSISTIR NA TESE DO CARTEL CORRESPONDIA A NEGAR A NATUREZA DO JOGO. Empresas, quando se cartelizam, fazem uma vítima do outro lado. Sim, as vítimas da roubalheira são os brasileiros, é inegável. Mas, do outro lado da negociação com as empreiteiras, estava a Petrobras, a contratadora única, que determinava os preços, e no comando da empresa, a máfia que tomou conta do governo e impunha as suas vontades.
Achque caneco
Máfia cachaceira
Quando falo em máfia, não forço a mão nem recorro a uma figura de linguagem. Havia até senha secreta para entregar dinheiro aos petistas, segundo Ricardo Pessoa. As palavras, nem poderia ser diferente, referem-se, vamos dizer, ao universo alcoólico. Tudo compatível com um Poderoso Chefão chamado “Brahma”. Leiam esta passagem da reportagem, em que o empreiteiro conta como era entregue O DINHEIRO VIVO AO TESOUREIRO DA CAMPANHA DE LULA, EM 2006.
Segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, a UTC contribuiu com 2,4  milhões de reais em dinheiro vivo para a campanha à reeleição de Lula, numa operação combinada diretamente com José de Filippi Júnior, que era o tesoureiro da campanha e hoje trabalha como secretário de Saúde da cidade de São Paulo.
Para viabilizar a entrega do dinheiro e manter a ilegalidade em segredo, o empreiteiro amigo de Lula e o tesoureiro do presidente-candidato montaram uma operação clandestina digna dos enredos rocambolescos de filmes sobre a máfia. Pessoa contou aos procuradores que ele, o executivo da UTC Walmir Pinheiro e um emissário da confiança de ambos levavam pessoalmente os pacotes de dinheiro ao comitê da campanha presidencial de Lula. Para não chamar a atenção de outros petistas que trabalhavam no local, a entrega da encomenda era precedida de uma troca de senhas entre o pagador e o beneficiário.
Ao chegar com a grana, Pessoa dizia “tulipa”. Se ele ouvia como resposta a palavra “caneco”, seguia até a sala de Filippi Júnior. A escolha da senha e da contrassenha foi feita por Pessoa com emissários do tesoureiro da campanha de Lula numa choperia da Zona Sul de São Paulo. Antes de chegar ao comitê eleitoral, a verba desviada da Petrobras percorria um longo caminho. Os valores saíam de uma conta na Suíça do consórcio Quip, formado pelas empresas UTC, Iesa, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que mantém contratos milionários com a Petrobras para a construção das plataformas P-53, P-55 e P-63.
Em nome do consórcio, a empresa suíça Quadrix enviava o dinheiro ao Brasil. A Quadrix também transferiu milhares de dólares para contas de operadores ligados ao PT. Pessoa entregou aos investigadores as planilhas com todas as movimentações realizadas na Suíça. Os pagamentos via caixa dois são a primeira prova de que o ex-presidente Lula foi beneficiado diretamente pelo petrolão.
Até agora, as autoridades tinham informações sobre as relações lucrativas do petista com grandes empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato, mas nada comparável ao testemunho e aos dados apresentados pelo dono da UTC. Depois de deixar o governo, Lula foi contratado como palestrante por grandes empresas brasileiras. Documentos obtidos pela Polícia Federal mostram que ele recebeu cerca de 3,5 milhões de reais da Camargo Corrêa. Parte desse dinheiro foi contabilizada pela construtora como “doações” e “bônus eleitorais” pagos ao Instituto Lula. Conforme revelado por VEJA, a OAS também fez uma série de favores pessoais ao ex-presidente, incluindo a reforma e a construção de imóveis usados pela família dele. UTC, Camargo Corrêa e OAS estão juntas nessa parceria. De diferente entre elas, só as variações dos apelidos, das senhas e das contrassenhas. “Brahma”, “tulipa” e “caneco”, porém, convergem para um mesmo ponto.
Vaccari pixuleco
Pixuleco
Leiam a reportagem da VEJA. Ao longo de 12 páginas, vocês vão constatar que o país foi literalmente assaltado por ladrões cínicos e debochados. João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT que foi objeto de um desagravo feito pela Executiva Nacional do partido na quinta, depois de um encontro de Rui Falcão com Lula, chamava a propina de “pixuleco”. Segue um trecho.
O empreiteiro contou que conheceu Vaccari durante o primeiro governo Lula, mas foi só a partir de 2007 que a relação entre os dois se intensificou. Por orientação do então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, um dos presos da Operação Lava-Jato, Pessoa passou a tratar das questões financeiras da quadrilha diretamente com o tesoureiro. A simbiose entre corrupto e corruptor era perfeita, a ponto de o dono da UTC em suas declarações destacar o comportamento diligente do tesoureiro: “Bastava a empresa assinar um novo contrato com a Petrobras que o Vaccari aparecia para lembrar: ‘Como fica o nosso entendimento político?’”. A expressão “entendimento político”, é óbvio, significava pagamento de propina no dialeto da quadrilha. Aliás, propina não.
Vaccari, ao que parece, não gostava dessa palavra. Como eram dezenas de contratos e centenas as liberações de dinheiro, corrupto e corruptor se encontravam regularmente para os tais “entendimentos políticos”. João Vaccari era conhecido pelos comparsas como Moch, uma referência à sua inseparável mochila preta. Ele se tornou um assíduo frequentador da sede da UTC em São Paulo. Segundo os registros da própria empreiteira, para não chamar atenção, o tesoureiro buscava “as comissões” na empresa sempre nos sábados pela manhã.
Ele chegava com seu Santa Fé prata, pegava o elevador direto para a sala de Ricardo Pessoa, no 9º andar do prédio, falava amenidades por alguns minutos e depois partia para o que interessava. Para se proteger de microfones, rabiscava os valores e os porcentuais numa folha de papel e os mostrava ao interlocutor. O tesoureiro não gostava de mencionar a palavra propina, suborno, dinheiro ou algo que o valha. Por pudor, vergonha ou por mero despiste, ele buscava o “pixuleco”. Assim, a reunião terminava com a mochila do tesoureiro cheia de “pixulecos” de 50 e 100 reais. Mas, antes de sair, um último cuidado, segundo narrou Ricardo Pessoa: “Vaccari picotava a anotação e distribuía os pedaços em lixos diferentes”. Foi tudo filmado.
Retomo
Aí está apenas parte dos descalabros narrados por Ricardo Pessoa. E agora? Até havia pouco, parecia que o petrolão era fruto apenas de empresários malvados, reunidos em cartel, que decidiram se associar a três funcionários corruptos da Petrobras — tese de Dilma, por exemplo — e a alguns parlamentares, a maioria de segunda linha, para roubar o país. Faltava o cérebro dessa operação, que sempre esteve no Poder Executivo.
Eis aí. Nunca houve cartel. Eu estava certo! O depoimento de Ricardo Pessoa — que não se deixou constranger pela prisão preventiva e que, tudo indica, confessou o que quis, não o que queriam ele confessasse — REVELA A REAL NATUREZA DO JOGO.
Ainda não terminei. Em outro post, vou chamar Rodrigo Janot e o juiz Sergio Moro para um papinho sobre lógica elementar.
Leia na revista:
Achaque 15 milhões
Achaque Gim Argello
achaque Dirceu
achaque TCUAchaque Collor
Achaque MercadanteDO REINALDO AZEVEDO-REVISTA VEJA
.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' REVELA AS CONFISSÕES DO EMPREITEIRO DELATOR E ABRE O CAMINHO PARA O IMPEACHMENT DA DILMA E PROSCRIÇÃO DO PT

A reportagem-bomba de Veja que chega às bancas neste sábado não poderia ser diferente. São 12 páginas que recheiam o miolo da publicação. Veja teve acesso aos espantosos relatos que levaram o Supremo Tribunal Federal (STF) a aceitar a delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC.
O resumo da reportagem-bomba, que é um aperitivo apenas dessa história cabulosa que tem mantido o PT no poder até agora e poderá ser lida nas 12 páginas de Veja, é uma narrativa demolidora, impressionante! Na sua delação à Justiça, Ricardo Pessoa confessou que com a verba desviada da Petrobras, a UTC doou dinheiro para as campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. 
Foi com ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais. A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. Altas somas.
Deve-se assinalar, que essa soma fabulosa de dinheiro roubado dos cofres públicos é que tem financiado até aqui o tal "projeto do PT", ao qual Lula se refere sempre. Esse projeto é o projeto do Foro de São Paulo, a organização comunista transnacional destinada a solapar a democracia e as liberdades civis para entronizar eternamente no poder esses velhacos que estão destruindo o Brasil e todos os países latino-americanos. O exemplo mais eloquente é a Venezuela e, mais recentemente, o Equador, conforme revelei nesta sexta-feira aqui no blog. Portanto, não há justificativas de nenhuma espécie para protelar a permanência do PT no poder. E mais, sua própria existência, já que colide frontalmente com os anseios do povo brasileiros fundados na democracia, na paz e na liberdade.
Transcrevo, do site da revista Veja, um resumo ligeiro dessa reportagem-bomba que é histórica e que deve ser lida e guardada por todos os cidadãos brasileiros de sorte que nunca mais a Nação brasileira seja exposta à rapinagem desses vagabundos asquerosos. Também reproduto abaixo a lista de políticos que se locupletaram com o dinheiro desviado da Petrobras. É uma indecência odiosa! Têm de ser punidos com a perda do mandato e uma temporada na cadeia. Leiam:
O engenheiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, tem contratos bilionários com o governo, é apontado como o chefe do clube dos empreiteiros que se organizaram para saquear a Petrobras e cliente das palestras do ex-presidente Lula. Desde a sua prisão, em novembro passado, ele ameaça contar com riqueza de detalhes como petistas e governistas graúdos se beneficiaram do maior esquema de corrupção da história do país. Nos últimos meses, Pessoa pressionou os detentores do poder - por meio de bilhetes escritos a mão - a ajudá-lo a sair da cadeia e livrá-lo de uma condenação pesada. Ao mesmo tempo, começou a negociar com as autoridades um acordo de delação premiada. o empresário se recusava a revelar o muito que testemunhou graças ao acesso privilegiado aos gabinetes mais importantes de Brasília. O Ministério Público queria extrair dele todos os segredos da engrenagem criminosa que desviou pelo menos 6 bilhões de reais dos cofres públicos. Essa negociação arrastada e difícil acabou na semana passada, quando o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o acordo de colaboração entre o empresário e os procuradores.
VEJA teve acesso aos termos desse acerto. O conteúdo é demolidor. As confissões do empreiteiro deram origem a 40 anexos recheados de planilhas e documentos que registram o caminho do dinheiro sujo. Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de 18 figuras coroadas da República. Foi com a verba desviada da estatal que a UTC doou dinheiro para as campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. Foi com ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais. A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. Altas somas.
O engenheiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, tem contratos bilionários com o governo, é apontado como o chefe do clube dos empreiteiros que se organizaram para saquear a Petrobras e cliente das palestras do ex-presidente Lula. Desde a sua prisão, em novembro passado, ele ameaça contar com riqueza de detalhes como petistas e governistas graúdos se beneficiaram do maior esquema de corrupção da história do país. Nos últimos meses, Pessoa pressionou os detentores do poder - por meio de bilhetes escritos a mão - a ajudá-lo a sair da cadeia e livrá-lo de uma condenação pesada. Ao mesmo tempo, começou a negociar com as autoridades um acordo de delação premiada. o empresário se recusava a revelar o muito que testemunhou graças ao acesso privilegiado aos gabinetes mais importantes de Brasília. O Ministério Público queria extrair dele todos os segredos da engrenagem criminosa que desviou pelo menos 6 bilhões de reais dos cofres públicos. Essa negociação arrastada e difícil acabou na semana passada, quando o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o acordo de colaboração entre o empresário e os procuradores.
VEJA teve acesso aos termos desse acerto. O conteúdo é demolidor. As confissões do empreiteiro deram origem a 40 anexos recheados de planilhas e documentos que registram o caminho do dinheiro sujo. Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de 18 figuras coroadas da República. Foi com a verba desviada da estatal que a UTC doou dinheiro para as campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. Foi com ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais. A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. Altas somas. Do site de Veja
A DIVISÃO DO BUTIM
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
DO ALUIZIOAMORIM

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Senador tucano diz que lugar de Lula na Papuda está reservado.

(O Globo) No momento em que o presidente Lula sobe o tom das críticas ao PT e ao governo da presidente Dilma Rousseff, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) subiu nesta terça-feira a tribuna do Senado para, num discurso pesado, dizer que ele é o maior responsável pela crise ao escolher sua sucessora, e pelo escândalo de corrupção na Petrobras. Disse que não adianta o ex-presidente tentar fugir porque desta vez não escapará, como escapou do mensalão, e seu lugar no presídio da Papuda está reservado. 
O tucano disse que Lula quer passar para Dilma toda a culpa do desastre moral, político e econômico. Mas ele perdeu uma grande oportunidade de fazer o país avançar com a herança que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lhe deixou em 2003. 
Segundo Oliveira, em seu discurso, o Brasil vive hoje uma República que tem ladrões, malfeitores e corruptos de toda ordem no comando, isso se deve principalmente ao ex-Presidente Lula, “que trouxe os corruptos para o poder, permitiu que o Estado brasileiro fosse assaltado, e ele se beneficiou dos esquemas sujos executados por seus companheiros”.
- Esse governo do PT teve todas as oportunidades para fazer crescer a economia deste País, mas não o fez. O que fez foi saquear os cofres públicos, sem a mínima responsabilidade! - atacou o senador tocantinense.
Ele continuou acusando o PT de ter comprado as eleições de 2014 inflando os programas sociais, “só que comprou muito caro” e hoje o Pais enfrenta crise de desemprego, criminalidade, inflação e corrupção. Segundo Ataídes, Lula ainda terá que prestar contas ao juíz Sérgio Moro, da Operação Lava-jato, que na semana passada prendeu dirigentes das maiores empreiteiras do País. No discurso da tribuna, disse que qa constatação de que a Justiça pode atingir a todos causou terror e pânico no Governo do PT : da Presidente Dilma ao mais inexpressivo ministro, todos perceberam que não poderão contar com a cumplicidade do Poder Judiciário.
- O pânico generalizado no Governo e no PT só não é maior do que aquele que tomou conta do verdadeiro responsável pelos desastres em série que estamos vivendo: o ex-Presidente Lula. Sim, é preciso deixar claro quem era o verdadeiro, aspas, “número 1” do esquema, o “Brahma”. Mas essa farra começa a cobrar o seu preço. Lula hoje é um homem ameaçado, acuado, que dorme com medo de ser acordado pela Polícia Federal na porta da sua casa. Lula hoje tem medo de ser preso e tem pânico do juiz Sérgio Moro - discursou o senador Ataídes. DO CELEAKS

sábado, 20 de junho de 2015

Resposta do Pr. Silas ao Jornalista Boechat; Ouça o Áudio em que o Jornalista Xinga o Pastor


Marcelo Odebrecht ameaça derrubar a República

“Terão de construir mais 3 celas: para mim, Lula e Dilma”, dizia Emilio Odebrecht, sobre possível prisão do filho. O presidente da Odebrecht, Marcelo, foi preso nesta sexta

Desde que o avançar inexorável das investigações da Lava Jato expôs ao Brasil o desfecho que, cedo ou tarde, certamente viria, o mercurial empresário Emilio Odebrecht, patriarca da família que ergueu a maior empreiteira da América Latina, começou a ter acessos de raiva. Nesses episódios, segundo pessoas próximas do empresário, a raiva – interpretada como ódio por algumas delas – recaía sobre os dois principais líderes do PT: a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A exemplo dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, outros dois poderosos alvos dos procuradores e delegados da Lava Jato, Emilio Odebrecht acredita, sem evidências, que o governo do PT está por trás das investigações lideradas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Se prenderem o Marcelo (Odebrecht, filho de Emilio e atual presidente da empresa), terão de arrumar mais três celas”, costuma repetir o patriarca, de acordo com esses relatos. “Uma para mim, outra para o Lula e outra ainda para a Dilma.”
Na manhã da sexta-feira, 19 de junho de 2015, 459 dias após o início da Operação Lava Jato, prenderam o Marcelo. Ele estava em sua casa, no Morumbi, em São Paulo, quando agentes e delegados da Polícia Federal chegaram com o mandado de prisão preventiva, decretada pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal da Justiça Federal do Paraná, responsável pelas investigações do petrolão na primeira instância. Estava na rua a 14ª fase da Lava Jato, preparada meticulosamente, há meses, pelos procuradores e delegados do Paraná, em parceria com a PGR. Quando ainda era um plano, chamava-se “Operação Apocalipse”. Para não assustar tanto, optou-se por batizá-la de Erga Omnes, expressão em latim, um jargão jurídico usado para expressar que uma regra vale para todos – ou seja, que ninguém, nem mesmo um dos donos da quinta maior empresa do Brasil, está acima da lei. Era uma operação contra a Odebrecht e, também, contra a Andrade Gutierrez, a segunda maior empreiteira do país. Eram as empresas, precisamente as maiores e mais poderosas, que ainda faltavam no cartel do petrolão. Um cartel que, segundo a força-tarefa da Lava Jato, fraudou licitações da Petrobras, desviou bilhões da estatal e pagou propina a executivos da empresa e políticos do PT, do PMDB e do PP, durante os mandatos de Lula e Dilma.

Os comentários de Emilio Odebrecht eram apenas bravata, um desabafo de pai preocupado, fazendo de tudo para proteger o filho e o patrimônio de uma família? Ou eram uma ameaça real a Dilma e a Lula? Os interlocutores não sabem dizer. Mas o patriarca tem temperamento forte, volátil e não tolera ser contrariado. Também repetia constantemente que o filho não “tinha condições psicológicas de aguentar uma prisão”. Marcelo Odebrecht parece muito com o pai. Nas últimas semanas, segundo fontes ouvidas por ÉPOCA, teve encontros secretos com petistas e advogados próximos a Dilma e a Lula. Transmitiu o mesmo recado: não cairia sozinho. Ao menos uma dessas mensagens foi repassada diretamente à presidente da República. Que nada fez.
Quando os policiais amanheceram em sua casa, Marcelo Odebrecht se descontrolou. Por mais que a iminência da prisão dele fosse comentada amiúde em Brasília, o empresário agia como se fosse intocável. Desde maio do ano passado, quando ÉPOCA revelara as primeiras evidências da Lava Jato contra a Odebrecht, o empresário dedicava-se a desancar o trabalho dos procuradores. Conforme as provas se acumulavam, mais virulentas eram as respostas do empresário e da Odebrecht. Antes de ser levado pela PF, ele fez três ligações. Uma delas para um amigo que tem interlocução com Dilma e Lula – e influência nos tribunais superiores em Brasília. “É para resolver essa lambança”, disse Marcelo ao interlocutor, determinando que o recado chegasse à cúpula de todos os poderes. “Ou não haverá República na segunda-feira.”
>> A reportagem de maio de 2014 de ÉPOCA sobre evidências de corrupção e caixa dois num contrato da Petrobras com a Odebrecht

Antes mesmo de chegar à carceragem em Curitiba, Marcelo Odebrecht estava “agitado, revoltado”, nas palavras de quem o acompanhava. Era um comportamento bem diferente de outro preso ilustre: o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo. Otávio Azevedo, como o clã Odebrecht, floresceu esplendorosamente nos governos de Lula e Dilma. Tem uma relação muito próxima com eles – e com o governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, também investigado por corrupção, embora em outra operação da PF. Otávio Azevedo se tornou compadre de Pimentel quando o petista era ministro do Desenvolvimento e, como tal, presidia o BNDES.

Não há como determinar com certeza se o patriarca dos Odebrechts ou seu filho levarão a cabo as ameaças contra Lula e Dilma. Mas elas metem medo nos petistas por uma razão simples: a Odebrecht se transformou numa empresa de R$ 100 bilhões graças, em parte, às boas relações que criou com ambos. Se executivos da empresa cometeram atos de corrupção na Petrobras e, talvez, em outros contratos estatais, é razoável supor que eles tenham o que contar contra Lula e Dilma.

A prisão de Marcelo Odebrecht encerra um ciclo – talvez o maior deles – da Lava Jato. Desde o começo, a investigação que revelou o maior esquema de corrupção já descoberto no Brasil mostrou que, em 2015, é finalmente possível sonhar com um país com menos impunidade. Pela primeira vez, suspeitos de ser corruptores foram presos – os executivos das empreiteiras. Antes, apenas corruptos, como políticos e burocratas, eram julgados e condenados. E foi precisamente esse lento acúmulo de prisões, e as delações premiadas associadas a elas, que permitiu a descoberta de evidências de corrupção contra Marcelo Odebrecht, o empreiteiro que melhor representa a era Lula. Foram necessárias seis delações premiadas, dezenas de buscas e apreensão em escritórios de empresas e doleiros e até a colaboração de paraísos fiscais para que o dia 19 de junho fosse, enfim, possível.

  •  
As provas contra a Odebrecht
Os documentos obtidos pela Lava Jato mostram como a empreiteira seguiu o roteiro de obras superfaturadas e obteve informações privilegiadas para acertar contratos com a Petrobras
E-mail do assessor de Marcelo Odebrecht fala em superfaturamento (Foto: Reprodução)
Diretor da Odebrecht Rogério Araújo avisa que sabia de orçamento interno da Petrobras (Foto: Reprodução)
A Polícia Federal anexou na investigação mensagens de outro empreiteiro, Léo Pinheiro, da OAS.  (Foto: Reprodução)
>> Continue lendo esta reportagem em ÉPOCA desta semana 
Revista ÉPOCA - capa edição 889 - Ele ameaça derrubar a República (Foto: Revista ÉPOCA/Divulgação)



FILIPE COUTINHO, THIAGO BRONZATTO E DIEGO ESCOSTEGUY
20/06/2015 - 00h11 - Atualizado 20/06/2015 00h14

REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' REVELA LAVA JATO EM SUA FASE DERRADEIRA: FALTA PEGAR A ESTRELA PRINCIPAL DO FIRMAMENTO GOVERNISTA. ELA DAVA EXPEDIENTE NO PALÁCIO DO PLANALTO.

Como não poderia deixar de ser, a reportagem-bomba da revista Veja que chega às bancas neste sábado vai fundo na 14a. fase da Operação Lava Jato, que investiga a maior roubalheira de dinheiro público já ocorrida na história do Brasil e, quiçá, do mundo. 
A chamada de capa da revista, como se constata, continua fazendo da revista Veja o último bastião da imprensa livre e comprometida com os fatos, sem resvalar para laudatórias emprenhadas de ideologia de botequim. Sim, porque praticamente a totalidade dos veículos de comunicação no Brasil nesta nefasta era lulopetista foram transformados em porta-vozes oficialistas. Quando opinam sobre política é para descer o sarrafo na oposição ou para desqualificar os gigantescos atos de protesto popular que ocorreram recentemente e que podem retornar às ruas a qualquer momento ou em edição extraordinária com a finalidade de exigir o impeachment da Dilma e a proscrição PT e seus satélites comunistas.
E a capa de Veja está de acordo com os fatos, quanto em caixa alta anuncia "A queda do príncipe dos empreiteiros", o todo-poderoso Marcelo Odebrecht, presidente e herdeiro da Odebrecht, considerada a maior empresa brasileira com forte atuação inclusive no exterior e até mesmo nos Estados Unidos. Marcelo Odebrecht amarga a sua primeira noite na carceragem da Polícia Federal. Um avião fretado pela Polícia Federal levou os novos prisioneiros da Lava Jato para Curitiba, onde corre o inquérito do petrolão. Vale assinalar que essa operação quando começou não estava focada em achar chifre em cabeça de burro. Todavia uma investigação de lavagem de dinheiro no Paraná, aparentemente envolvendo bandidos comuns, fez emergir toda a trama do propinoduto do famigerado petrolão, um festival milionário de propinas que bateu na Petrobras e que explica muito sobre a supostas fortunas e vida nababesca de supostos ricaços. 
Não se trata de satanizar a riqueza. O que não se pode concordar é que fortunas sejam feitas à sorrelfa e turbinadas com dinheiro  público, sobretudo num país esfacelado e carente e que não tem sequer esgoto sanitário em suas cidades, que não tem segurança pública, que não tem estrutura de saúde pública minimamente decente, que não tem infra-estrutura principalmente nas áreas de energia, transporte e comunicação, que não não tem ferrovias e as estradas se transformaram num desespero. Os portos e aeroportos estão completamente sucatados. Tudo no Brasil é transportado sobre rodas. A lista de deficiências é gigantesca e tudo isso se torna dramático quando a população do Brasil ultrapassa os 200 milhões de habitantes.
Por tudo isso essa roubalheira infernal é deplorável e, portanto, é justa a indignação da maioria dos brasileiros, ainda mais premidos pela brutal desvalorização do real, vendo os seus salários serem esfarelados enquanto o noticiário sobre o mega escândalo do petrolão reporta cifras na casa de bilhões de reais. Sim, porque as propinas que irrigam as arcas do PT e seus sequazes somam um montante de dinheiro fabuloso que flui dentro dessa teia diabólica de corrupção inaudita.
Segundo a reportagem-bomba de Veja, a prisão de Marcelo Odebrecht leva a investigação do escândalo da Petrobras ao patamar mais alto do poder na era Lula. 
Na sequência um aperitivo do conteúdo da reportagem-bomba da revista Veja. Leiam:
Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do Brasil, deixa a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, para ser conduzido, preso, a Curitiba: a Lava Jato chegou aos mais altos suspeitos da frente empresarial do petrolão; é possível dar um passo a mais na frente política (Foto: Veja). Clique sobre a foto para vê-la ampliada
O PENÚLTIMO DEGRAU DA LAVA JATO
A partir das primeiras delações premiadas de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e do doleiro Alberto Yousseff, os responsáveis pela Operação Lava-Jato se deram conta de que estavam lidando com um caso que só ocorre uma vez na vida de um policial, de um promotor ou de um juiz. À medida que os depoimentos se sucediam e mais provas iam sendo encontradas, o esquema foi tomando a forma de uma gigantesca operação político-partidária e empresarial destinada a levantar fundos com contratos espúrios de empresas com a Petrobras. As raízes do esquema começaram a ficar cada vez mais profundas, enquanto sua copa passava a abranger políticos postados em galhos cada vez mais altos. Em abril, Carlos Fernandes de Lima, um dos procuradores da Lava-Jato, disse em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que a investigação se tornara tão ampla que chegaria a "mares nunca dantes navegados". Na sexta-feira passada, a Lava-Jato aproou para praias que pareciam inatingíveis, prendendo os presidentes das duas maiores empreiteiras do Brasil - Marcelo Odebrecht, presidente e herdeiro da empresa que leva seu sobrenome, e Otávio Azevedo, o principal executivo da Andrade Gutierrez. O nome da operação da Polícia Federal que fez as prisões não podia ser mais ilustrativo das pretensões dos investigadores: "Erga Omnes", a expressão latina que significa "para todos" e nos tratados jurídicos é usada para proclamar um dos pilares do sistema democrático que diz que ninguém está acima da lei.
A Lava-Jato chegou ao topo? Não existe mais ninguém acima da lei em seu radar investigativo? A resposta é não. A operação chegou aos mais altos suspeitos do braço empresarial do esquema que desviou cerca de 6 bilhões de reais dos cofres da Petrobras. O braço político, acreditam os investigadores, pode subir mais um degrau além do ocupado, por exemplo, por João Vaccari, tesoureiro do PT, preso em Curitiba.Os presos da semana passada podem fornecer as informações que ainda faltam para que a lei identifique e alcance quem comandava o braço político do esquema criminoso. Quem permitia o funcionamento de uma engrenagem que abastecia PT, PMDB e PP com dinheiro sujo. Disse o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula: "A ideia é dar um recado claro de que a lei vale para todos, não importa o tamanho da empresa, seu destaque na sociedade, sua capacidade de influência e seu poder econômico".
O juiz Sérgio Moro determinou a prisão de Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, por considerar que os dois capitaneavam o cartel de empresas que ganhava contratos da Petrobras em troca do pagamento de propina a funcionários da estatal e a políticos. Em seu despacho, Moro registrou que delatores do petrolão haviam dito que a Odebrecht pagara subornos no exterior por meio da construtora Del Sur, sediada no Panamá. A Odebrecht vinha negando ter relação com a Del Sur. Moro também anotou a existência de um depósito feito pela Odebrecht numa conta no exterior controlada por Pedro Barusco, o delator que servia ao PT e prometeu devolver aos cofres públicos 100 milhões de dólares. Moro determinou a prisão de outros cinco executivos, três da Odebrecht e dois da Andrade Gutierrez, e expediu 38 mandados de busca e apreensão.
Resta apenas pegar a estrela principal no firmamento governista. Os procuradores e os delegados estão convictos de que a estrela dava expediente no Palácio do Planalto. Resumo do site da revista Veja
DO ALUIZIOAMORIM

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Marcelo Odebrecht aguarda Lula na prisão. Já pediu asilo a Fidel, ‘companheiro’?

Lula já pediu asilo político ao ‘companheiro’ Fidel Castro?
Felipe Moura Brasil
Veja.com
Com a prisão nesta manhã do patrão Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht acusado de pagamento de propinas no exterior em contratos da Petrobras, Lula não apenas perdeu o emprego de lobista internacional da empreiteira, como sentiu o bafo quente da Operação Lava Jato mais perto do que nunca.
Até porque a Polícia Federal prendeu também o executivo Alexandrino Alencar, colocado por Lula entre os integrantes de sua delegação oficial em viagem de 2011 à Guiné Equatorial – lá onde também atuava a Andrade Gutierrez, cujo presidente, Otávio Azevedo, patrocinador de Lula desde a década de 1980, foi igualmente preso nesta sexta-feira.

Alexandrino, comparsa de Lula, sendo levado pela PF
A inclusão de Alencar no grupo causara estranheza no Itamaraty, que pediu informações sobre o caso à assessoria de Lula, porque o nome não estava em lista oficial enviada inicialmente ao ministério. Mas isso nunca foi problema para quem levava até amante em avião presidencial, não é mesmo?
Lula e Alexandrino são conhecidos de longa data, segundo a Folha: no livro “Mais Louco do Bando”, Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, relata uma viagem em 2009 que Alexandrino fez a Brasília com Emílio Odebrecht, presidente do conselho de administração da empresa. Na época, Lula pediu ajuda à Odebrecht para o Corinthians construir seu estádio.
Alexandrino também levou Lula para Cuba, EUA e República Dominicana em janeiro de 2013, como lembrou o Estadão. Com o apoio da empreiteira, o lobista corintiano também viajou a países como Panamá, Venezuela e Angola - e só no Panamá, por exemplo, a Odebrecht abocanhou contratos de US$ 3 bilhões com uma ajudinha de Lula.
A força-tarefa da Lava Jato detectou indícios de que Odebrecht e Andrade Gutierrez estão envolvidas em crimes de formação de cartel e fraude em licitações não apenas em contratos com a Petrobras. (Foi citada também Angra 3.)
O procurador da República no Paraná Carlos Fernando dos Santos afirmou que as duas gigantes da construção, sobretudo a Odebrecht, exerciam papel de liderança no chamado clube do bilhão e, de quebra, desmascarou as sucessivas notas oficiais em que os presidentes Marcelo e Otávio, cujos bens foram bloqueados pela Justiça, negavam seus envolvimentos:
“A atitude das empresas de negar sistematicamente pela imprensa a participação nos atos criminosos, de não trazer investigações internas que apontem os responsáveis pelos fatos, indica que estavam envolvidas no negócio como um todo. Não estavam sendo usadas. No caso dessas duas empresas, parece que elas são tão envolvidas nesses atos, que elas não têm como fazer uma apuração interna.”
Mesmo assim, Marcelo Odebrecht, segundo o Estadão, “ficou completamente chocado com a ida dos policiais à sua casa”, o que deveria, na verdade, agravar sua pena.
Em depoimentos de delação premiada, os dois principais delatores do escândalo do petrolão, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, foram enfáticos ao citar dirigentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez como participantes do cartel e responsáveis pelo pagamento de propinas, mas os indícios mais fortes do envolvimento das duas empresas foram conseguidos a partir do rastreamento de contas secretas no exterior.
Ambas pagaram pelo menos 764 milhões de reais em propina e usavam um esquema “mais sofisticado” de corrupção, segundo o procurador do MPF.
Para o juiz Sergio Moro, há indícios de que eles poderiam destruir provas de participação no esquema, o que justificou a prisão de ambos.
É melhor, de fato, que eles aguardem o lobista Lula atrás das grades. De preferência, com duas delações premiadas, para acelerar o processo.
* Relembre as entrevistas deste blog com a Odebrecht e divirta-se:
- Se a Odebrecht cair, Lula também cairá?
- Propina e lula frita
- O fim do silêncio
19/06/2015 -DO R.DEMOCRATICA

GRANDALHÕES DA ODEBRECHT E GUTIERREZ AMIGOS DO LULA FORAM PRESOS NESTA SEXTA-FEIRA NA OPERAÇÃO LAVA JATO

Polícia Federal cumpre mandado na sede da Odebrecht em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (19). A ação faz parte da 14ª fase da Operação Lava Jato e está sendo cumprida em quatros estados pelo país. Foto: Veja
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a 14ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Erga Omnes (do latim, Vale para Todos), e mira agora as construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. Cerca de 220 agentes cumprem doze mandados de prisão e 38 de busca e apreensão em quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). Alvos de mandados de prisão preventiva, o diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, já foram presos.
Também foram expedidos mandados de prisão preventiva contra o diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, apontado por delatores do petrolão como operador de propina na empreiteira, o diretor Rogério Araújo, da Odebrecht Plantas Industriais e Participações, e o executivo Márcio Faria, citado por delatores como o contato da construtora no Clube do Bilhão. Entre 2008 e 2012, Alencar encontrou-se diversas vezes com Rafael Angulo Lopez, auxiliar do doleiro Alberto Youssef que, além de distribuir a propina do petrolão para políticos, também fazia depósitos em contas no exterior para beneficiários do esquema criminoso. O executivo chegou a viajar com o ex-presidente Lula para o exterior em uma "missão oficial" do petista para Guiné Equatorial. Já Araújo foi apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como a pessoa que sugeriu a ele que abrisse uma conta no exterior para receber propina da empresa. Em nota, a construtora classificou os mandados como "desnecessários", uma vez que afirma que os executivos já colaboravam com as investigações.
Há mandados de prisão também contra Paulo Dalmazzo, ex-presidente da área de Engenharia da Andrade Gutierrez e citado por Paulo Roberto Costa como responsável pelo pagamento de propina na empresa. A empresa afirma, em nota, que não tem qualquer relação com os fatos investigados na Lava Jato.
Embora citadas por delatores do petrolão as duas gigantes da contrução hoje na mira da PF passavam ilesas até aqui: ao contrário das concorrentes OAS, Camargo Corrêa e UTC, por exemplo, ainda não tinha executivos presos na Lava Jato. Dentre as construtoras que integravam o chamado Clube do Bilhão, Odebrecht e Andrade Gutierez são algumas das mais próximas de poderosos em Brasília. A primeira chegou até a bancar viagens do ex-presidente Lula ao exterior. A Procuradoria da República no DF investiga se o petista cometeu tráfico de influência ao articular contratos em benefício da empreiteira.
Na nova fase da Lava Jato são cumpridos 59 mandados judiciais - além dos 38 de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária. No cerco contra agentes que atuaram nas fraudes a contratos com a Petrobras, os mandados estão sendo cumpridos em São Paulo, Jundiaí, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Os presos serão levados para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Confira, na íntegra, a nota da Odebrecht sobre a operação:
A Construtora Norberto Odebrecht (CNO) confirma a operação da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Da mesma forma, alguns mandados de prisão e condução coercitiva foram emitidos.
Como é de conhecimento público, a CNO entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Confira a íntegra da nota da Andrade Gutierrez:
A Andrade Gutierrez informa que está acompanhando o andamento da 14ª fase da Operação Lava Jato e prestando todo o apoio necessário aos seus executivos nesse momento. A empresa informa ainda que está colaborando com as investigações no intuito de que todos os assuntos em pauta sejam esclarecidos o mais rapidamente possível. A Andrade Gutierrez reitera, como vem fazendo desde o início das investigações, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Operação Lava Jato, e espera poder esclarecer todas os questionamentos da Justiça o quanto antes. Do site da revista Veja
DO ALUIZIOAMORIM