sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Bivar pede licença do PSL, Bolsonaro comanda o partido

Eleições 2018

Amarelas Ao Vivo
O deputado federal Luciano Bivar deve pedir em breve licença da presidência do PSL para só voltar após as eleições.
Isso significa que, na prática, o grupo de Jair Bolsonaro vai mandar na legenda.Quem deve dar as cartas agora é o advogado Gustavo Bebianno, assessor de Bolsonaro.
A medida também serve para afastar os boatos de que Bivar deixaria Bolsonaro de fora das eleições na última hora.
O pré-candidato crê que a notícia foi espalhada por membros do Patriotas.


É inadmissível desacatar a Justiça

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A Presidente do Supremo Tribunal Federal tem inteira razão. É inadmissível desacatar a Justiça. No entanto, vale ressalvar que Judiciário nem sempre é sinônimo de Justiça. Se o poder republicano falha – ou age desequilibradamente, de modo totalitário, com rigor seletivo (pune a quem interessa ao “sistema” e poupa quem convém) -, estamos diante do Judasciário. Pode não ser legal nem legítimo confundir Justiça com Judiciário ou sua hedionda corruptela.
A advertência da suprema magistrada Cármen Lúcia foi um recado direto à petelândia e ao líder máximo da seita, Luiz Inácio Lula da Silva – um ex-Presidente da República condenado em segunda instância e réu em mais seis processos da Lava Jato. Lula e seus seguidores não cansam de esculhambar o juiz Sérgio Moro. Eles desafiam não só o princípio de Justiça. Também reclamam do Judiciário.
Os petralhas tentam vender a imagem de que são “vítimas” do Judasciário e de suas teorias do domínio do fato usadas para condenações sem provas inteiramente objetivas, em meio a um oceano de infindáveis recursos. Por ironia da História, foram os próprios ideólogos da petelândia que promoveram um aparelhamento da máquina repressora estatal, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público e a magistratura. Só deram azar que o feitiço virou contra os aprendizes de feiticeiros. Sorte nossa, a máquina de moer gente se voltou contra a petralhada nazista.
Cármen Lúcia se rebelou contra o movimento escancarado de alguns de seus supremos colegas para alterar a regra da prisão autorizada após condenação por órgão colegiado em segunda instância judicial. Neste ano eleitoreiro de 2018, a medida beneficiaria o Grande Líder $talinácio. Tudo indica que, depois de setembro, quando o ex-petista (?) José Dias Toffoli assumir a presidência do STF, o assunto volte à pauta de votação. O plano é mudar a regra novamente, para que o cumprimento da pena de prisão só seja decretado após decisão do Superior Tribunal de Justiça - a terceira instância.
Cabe lembrar que o STF rasgou a Constituição. A tradição jurídica e constitucional brasileira é pela plena presunção da inocência, até que sejam esgotados todos os recursos do processo criminal (o famoso trânsito em julgado). A Magna Carta (Vilã) de 1988 já foi rasgada pela maioria apertada do STF, pelo placar de 6 a 5, quando se permitiu a prisão em segunda instância. Ou seja, nem os “guardiões ou guardiães” da Constituição cumpriram o dever de ofício. Mesmo que a Lei Maior já tenha dado o que tinha que dar, Ela ainda deveria ser cumprida e respeitada, apesar de todos os pesares.
Pode até ser legal, porém não é legítimo interpretar e reinterpretar a Constituição ao sabor dos acontecimentos, conveniências e pressões políticas ou conjunturais. Se querem prender antes do trânsito em julgado, restringindo o amplo direito de defesa, isto só pode ser feito de um modo: alterando-se a Constituição pela via legislativa. Qualquer outro “jeitinho” é golpe. Não importa a “boa intenção” de “combate à corrupção”. A mudança pela via errada é um inaceitável “golpe institucional”. #prontofalei!
O STF tem sido craque em “interpretar” a Lei, No entanto, o Supremo tem falhado no cumprimento da Lei Maior. Aliás, a culpa disso é dos próprios formuladores da Carta de 88. Nela não tem qualquer regra determinando sanções claras a quem desrespeitar a Constituição. Por isso, temos o vale tudo: a judicialização da politicagem e a politicagem do judasciário. Tratam-se de falhas institucionais imperdoáveis. O modelo “interpreta” a Lei. Não garante o efetivo cumprimento legal. Por isso, petralhas e outros bandidos fazem a festa.
O STF livrou o tucano Aécio Neves do recolhimento noturno obrigatório. O STF tem permitido a “Prisão Domiciliar” que desmoraliza as punições aplicadas aos corruptos comprovados do Mensalão, Lava Jato e afins. O STF não mexeu com Renan Calheiros e o deixou na presidência do Senado, mesmo que o poderoso alagoano responda a 12 processos com direito a foro privilegiado. Poderosos bandidos são soltos e beneficiados por habeas corpus...
O mesmo STF agora pode tirar da disputa presidencial o deputado federal Jair Bolsonaro – que responde a acusações deMaria do Rosário e do MPF naquela absurda história do “estupro” que não foi defendido e sequer praticado. Será que os supremos magistrados terão a coragem de “violentar” a realidade jurídica, praticando uma clara injustiça contra Bolsonaro – o inimigo mais temido pelo atual “sistema” que deseja eleger alguém de “centro” para suceder Michel Temer?
Cármen Lúcia tem inteira razão: É inadmissível desacatar a Justiça... O triste é que tudo parece ser possível na plena anormalidade institucional de Bruzundanga, em meio a uma guerra de autofágica de todos contra todos os poderes.
Se não ocorrer uma inédita Intervenção Institucional, para restabelecer a Democracia (Segurança Jurídica), estaremos irremediavelmente perdidos e inviabilizados como Nação. A barbárie e a corrupção seguirão como “lógica” do sistema do Crime Institucionalizado.
Ainda bem que o ministro Gilmar Mendes escalou a Polícia Federal para investigar quem o vaiou em recente vôo. Ele deseja processar quem cometeu tal “crime”. O ministro só deveria saber que não será tarefa fácil ou viável processar a maioria do povo brasileiro, que o vaia dentro e fora do avião... Ainda mais porque o apupo a Gilmar se estende ao STF...
A Deusa Thêmis, estuprada por seus guardiães ou guardiões, é a Suprema Sacanagem...

Impopularidade de Temer leva Planalto a comemorar até mesmo margem de erro


A mais recente pesquisa do Datafolha demonstrou que a imagem de Michel Temer continua no lodo. Estabilizada no fundo do poço, a taxa de aprovação do presidente oscilou de 5% para 6%. O índice de reprovação, foi de 71% para 70%. Submetido a essas oscilações de um ponto percentual, o ministro palaciano Moreira Franco entrou em êxtase. Foi como se a glória lhe subisse à cabeça —pelo elevador de serviço.
“Comemoramos mais uma boa notícia”, escreveu Moreira no Twitter. “Cai a reprovação do governo e a popularidade do presidente Michel Temer cresce, segundo o Datafolha.” Esquecendo-se de lembrar (ou lembrando-se de esquecer) que os 70% de reprovação conservam Temer no pedestal reservado aos presidentes mais impopulares da história, Moreira atribuiu a façanha de um soluço na margem de erro da pesquisa “às reformas pontuais que foram realizadas e já refletem na melhoria da vida de muita gente.”
Em verdade, o fenômeno que envolve Temer é de outra natureza. O presidente tornou-se uma espécie de teflon às avessas. Por ora, boas notícias como a queda dos juros e a inflação abaixo da meta não grudaram nele. Diferentemente do que Moreira tenta fazer crer, o brasileiro ainda não enxergou luz no fim do túnel. Pior: tomados pelo mau humor, muitos parecem avaliar que já roubaram até o túnel.

Josias de Souza

Para Pezão, solução do Rio é trocar de imprensa

Josias de Souza
O governador Luiz Fernando Pezão descobriu uma solução revolucionária para os problemas do Rio de Janeiro. Após profundas reflexões, ele concluiu que, no quesito segurança pública, a capital do seu Estado é bem menos violenta do que se imagina. E tudo pode ficar ainda melhor com uma providência simples: trocar de imprensa. Essa que atua no Rio é de péssima qualidade.
Pressionado a pronunciar meia dúzia de palavras sobre o surto de violência que invade o noticiário, Pezão declarou: “A cidade do Rio não é a cidade mais violenta do país. Mas se a gente vir os nossos noticiários, os nossos jornais, parece que é. É uma cobertura cruel, o que a nossa área de segurança tem aqui. Infelizmente.”
Para que o Rio se torne um paraíso seguro, livrando seus moradores da violência, é imperioso que os jornalistas, depois de reciclados como lixo, façam o seu papel: de cegos. Do jeito que está, o noticiário não pode continuar. Se deixar, essa gente acaba retratando o governador como um reles impostor.
Se a imprensa não for trocada, disseminará a tese segundo a qual alguém que, em meio ao pipocar de escândalos e de tiros, depois de anos em que o Rio foi saqueado pelos esquemas que o acompanham no poder desde Sergio Cabral, continua a empunhar a bandeira da normalidade ou é um cínico ou um banana. Em nenhum dos casos é o governador que seus eleitores esperavam.
Com uma imprensa nova e menos rigorosa, nem que seja pela desatenção, o comandante da Polícia Militar do Rio, Wolney Dias, poderá levar adiante o plano que expôs a Pezão. Prevê a redução do número de UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora —em vez de 38, restariam apenas 18.
“A proposta foi no sentido de se extinguir 18 UPPs”, explicou o coronel Wolney. “Logicamente que isso passa, como eu disse, por uma análise técnica. […[ Aquelas em que não haja um domínio territorial maior, talvez possa ser reavaliada a sua manutenção.” Genial: as favelas que o Estado, por esculhambado, não conseguiu dominar voltam integralmente para o controle do crime organizado.
A fórmula encontrada por Pezão é revolucionária porque serve para solucionar problemas em qualquer área. Tome-se o exemplo da medicina. Guiando-se pela lógica do governador, os médicos não precisarão mais curar as doenças. Basta que destruam as radiografias e as tomografias. Com uma vantagem: num Estado assim, tão criativo, as pessoas poderão escolher entre dois papeis: bobos ou cínicos.