PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
domingo, 10 de agosto de 2014
LULA ORDENOU "IR PRA CIMA" DA CPI. A TURMA DA PETROBRAS OBEDECEU, SÓ NÃO CONTAVA COM A CANETA ESPIÃ QUE GRAVOU TUDO! VEJA O VÍDEO COMPLETO PASSO A PASSO!
Clique AQUI para ver o vídeo completo
Na edição passada, VEJA
revelou uma fraude perpetrada por funcionários graduados da Presidência
da República e da Petrobras, em parceria com a liderança do PT no
Senado, para desmoralizar a CPI que investiga a empresa e engambelar a
opinião pública. Documentada em um vídeo com cerca de vinte minutos de
duração (que pode ser visto AQUI na íntegra), a trapaça funcionava da
seguinte forma: os investigados recebiam as perguntas dos senadores com
antecedência e eram treinados para responder a elas, a fim de evitar que
entrassem em contradição ou dessem pistas capazes de impulsionar a
apuração de denúncias de corrupção na companhia.
Pegos
de surpresa e sem poderem negar o conteúdo do vídeo, os governistas
trataram de interpretá-lo a seu favor. O relator da CPI da Petrobras no
Senado, José Pimentel (PT-CE), negou a existência de armação entre
investigadores e investigados. Funcionários do Planalto admitiram a
parceria com a Petrobras e os parlamentares, mas sustentaram que ela foi
feita em benefício do bom funcionamento dos trabalhos da CPI, e não
para fraudá-la. Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, saiu-se com a
tese de que a combinação de depoimentos em CPIs “vem desde Pedro
Álvares Cabral”. Seria, portanto, um trabalho corriqueiro, normal.
Normal não é. É crime. Pode até ser prática antiga, ninguém sabe, mas
esta é a primeira vez que a malandragem vem a público em som e imagens.
Integrante
da base governista, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou que,
durante a CPI dos Correios, os investigados jamais receberam as
perguntas previamente nem foram ajudados pela equipe técnica da comissão
nas respostas. Por um simples motivo: para avançar, uma apuração
precisa surpreender seus alvos e forçá-los a revelar aquilo que querem
esconder, justamente o contrário da meta perseguida pela fraude
governista. “Uma investigação de verdade pressupõe pegar o investigado
de surpresa”, disse Serraglio. “Como falar em investigação se já se sabe
tudo o que será perguntado e respondido. Imagine um promotor ou um
delegado alertando o investigado sobre quais questionamentos serão
feitos a ele. Isso é ridículo.”
A
indignação do deputado é plenamente justificada. Ele conhece o poder
depurador que uma CPI bem conduzida pode ter na vida política
brasileira. Serraglio, que é advogado, foi relator da CPI dos Correios,
que investigou o mensalão e cujo relatório final serviu de prova para a
cassação de deputados e a prisão de petistas, como o ex-ministro José
Dirceu. Se durante a CPI dos Correios houvesse distribuição de gabarito e
acordo clandestino entre investigadores e investigados, o marqueteiro
Duda Mendonça dificilmente teria admitido que recebera no exterior, via
caixa dois, o pagamento pelos serviços prestados à campanha presidencial
de Lula em 2002. Outras confissões também seriam contidas nos
bastidores. “A CPI dos Correios fez com que o pessoal se blindasse.
Desde então, houve um desvirtuamento das CPIs.
Não
adianta nada a Constituição garantir à minoria o direito de investigar
se a maioria se acha no direito de fechar as portas para a
investigação”, declarou Serraglio. Escaldado pelos resultados da CPI dos
Correios, o ex-presidente Lula sempre ordenou ao PT que tratorasse as
comissões parlamentares seguintes. Foi assim com a CPI do Cachoeira e
com a CPI da Petrobras de 2009. Em abril deste ano, Lula mandou o PT “ir
para cima” da nova CPI da Petrobras. Missão dada, missão cumprida. Leia MAIS
DO ALUÍZIOAMORIM
PMDB abandona Dilma nos Estados
"Infiel,
PMDB causa saia-justa para Dilma nos Estados", diz Veja.com. De fato,
nos oito Estados com maior densidade eleitoral, PT e PMDB só se aliaram
em um. No resto, é um pra cá, outro pra lá. Repito: bom para o Brasil:
Base de
sustentação política do governo Dilma Rousseff, a união PT e PMDB,
reeditada com a candidatura à reeleição da presidente e seu vice, Michel
Temer, repete-se em dez disputas regionais neste ano – não
necessariamente nas cabeças de chapa dos Estados. A quantidade é
equivalente aos Estados em que o PMDB divide o palanque com o PSDB, do
senador Aécio Neves – nove vezes. O PMDB aliou-se ainda ao PSB, do
ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em oito Estados. Apesar da
igualdade numérica de palanques, os dez Estados em que PMDB e PT se
coligaram concentram somente um quarto (25,6%) do eleitorado nacional.
As nove unidades da federação onde há aliança PMDB-PSDB reúnem 30,1% dos
votos.
A
situação é inversa à da disputa de 2010. Naquele ano, PMDB e PT
estiveram na órbita do mesmo candidato em catorze Estados – o dobro de
vezes que o PMDB apoiou candidatos tucanos. Na ocasião, aqueles Estados
representavam 46,3% do eleitorado, ao passo que a dobradinha PSDB-PMDB
concentrava 32,2% do eleitorado.
Um infográfico interativo
mostra quais partidos estão na órbita de cada candidato à Presidência
da República e aos governos estaduais neste ano. O mapa das coligações
também permite, por meio de combinações de siglas, que se descubra quem
apoia quem nos Estados e no Distrito Federal. Além da barganha por tempo
de TV durante o horário eleitoral gratuito, as coligações locais
indicam por qual candidato à Presidência da República os partidos e seus
candidatos pedirão votos regionalmente – ao menos de forma oficial.
O
cientista político Rui Tavares Maluf, professor da Fundação Escola de
Sociologia e Política de São Paulo, pondera, no entanto, que a
influência dos palanques regionais no desempenho dos candidatos à
Presidência só poderá ser medida durante a campanha. “Num país
federativo e grande, muitas vezes se assume que o candidato a governador
será uma espécie de cabo eleitoral do candidato a presidente, que tem
de se preocupar em buscar voto em todo o país. Mas, de maneira geral, o
grau de contribuição fica muito aquém do esperado. Em muitos lugares, o
presidente é quem tem de contribuir para o candidato a governador”, diz
Tavares Maluf. “De antemão, muito é difícil prever se essas diferenças
nas coligações dos Estados em relação à União afetarão o desempenho dos
candidatos à Presidência. Por enquanto é um elemento coadjuvante, que
poderá assumir maior ou menor importância, dependendo de como a campanha
se desenvolverá nos Estados e como cada candidato vai explorar os
pontos fracos do adversário.” (Continua).
DO ORLANDOTAMBOSI
O PT mostra que tem gabarito - GUILHERME FIUZA
REVISTA ÉPOCA
O Brasil assistiu - sonolento, como sempre - ao sepultamento da CPI do Cachoeira em 2013. Três meses depois, os brasileiros inundaram as ruas para um basta contra alguma coisa que eles não sabiam (não sabem) o que era. Nem um único pedestre, ativista, ninja ou mascarado fez alguma pálida referência ao escândalo. Tratava-se de uma conexão mafiosa entre um mega bicheiro e uma mega empreiteira - a escolhida pelo governo popular para fazer a maior parte das obras do PAC. A Primavera Burra não viu que o Caso Cachoeira, se devidamente investigado com o clamor das ruas, passaria a limpo boa parte da República.
Mas é perda de tempo falar de manifestações que hoje discutem se os pimpolhos incendiários podem ou não tramar em liberdade a explosão da cabeça do próximo inocente. Os novos donos do Brasil - os milionários imperadores do oprimido - sabem bem que nenhum lunático tranca-ruas desses corre o menor risco de entender o truque da elite vermelha. Por isso, a CPI do Cachoeira descansa em paz. Ela havia sido fomentada por Lula para atingir adversários do PT. Quando o oráculo viu que o caldo entornaria para dentro de casa, mandou parar a brincadeira. Nada como um líder.
E assim caminhava também a CPI da Petrobras, montada carinhosamente pelo governo com todas as cartas marcadas, para morrer a quilômetros da praia. A CPI do Cachoeira ainda tinha tido momentos insalubres, com o companheiro Collor, escalado por Dilma, Lula e Sarney para babar seu ódio contra a imprensa e tentar jogar areia nos olhos da opinião pública (como se precisasse). Na CPI da Petrobras, não foi preciso nada disso. Trabalho limpo, manipulação governista tranquila, maioria anestésica garantida - ninguém sabe, ninguém viu doleiro nenhum, muito menos ouviu falar onde fica Pasadena.
Mais um escândalo posto magistralmente em banho-ma-ria pelos companheiros, só esperando que a chegada da Copa do Mundo lhe desse o golpe de misericórdia - natural e indolor. Nem o mau humor dos 7 a 1 vexatórios lembrou ao distinto público a central de negociatas em que foi transformada a maior empresa brasileira. Tudo corria normalmente, até que surge a denúncia bombástica: os depoentes que responderam sobre a Petrobras na CPI são acusados de receber previamente as perguntas que lhes foram feitas pelos integrantes da Comissão.
A farsa em si não tem problema nenhum. Desde que o Brasil reelegeu Lula alegremente com o mensalão nas costas, a farsa está liberada. A CPI da Petrobras já era uma farsa antes da farsa, infestada de companheiros para não investigar nada. É como se você tivesse comprado o professor para lhe dar nota 10, depois montasse outro golpe para roubar o gabarito da prova! Tudo bem que sua vocação para o roubo seja forte, mas por que se arriscar tanto?
O caso do gabarito das questões da CPI para dirigentes da Petrobras é incrível, porque ali todos são índios da mesma tribo: perguntadores e perguntados servem à missão suprema de preservar o projeto de sucção do PT ao reeleger Dilma Rousseff. Essa operação para marcar as cartas já marcadas é, portanto, altamente intrigante. Um bom investigador diria, sem piscar: ainda há algum segredo valioso nessa história. Ainda bem que esse investigador não existe. O trabalho vai sobrar de novo para a imprensa burguesa, coitada. Como exploram essa elite branca.
É sempre um espetáculo assistir à ação coordenada do PT entre empresa estatal, Congresso e Palácio - naquilo que o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso já explicou que não é quadrilha. Seja qual for o nome do esquema, tem a chance de chegar à perfeição se Dilma for reeleita.
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