PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
Crianças foram conduzidas por escolas públicas para ver quadros
escabrosos como este ao lado, que mostra cenas de zoofilia e um menino
negro fazendo felação num e sendo objeto de sexo anal com outro.
O ministro Alexandre Moaes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou na última sexta-feira a condução
coercitiva do curador da
exposição Queermuseu, Porto Alegre, para
prestar depoimento na “CPI dos Maus Tratos em Crianças e Adolescentes”, em
Brasília. A exposição foi fechada em Porto Alegre um mês antes do previsto
após denúncias que
acusavam a exposição e apologia à pedofilia e à zoofilia.
O curador, o gaúcho Gaudêncio Fidelis, pediu para anular o pedido de condução
coercitiva, feita pelo presidente da CPI, o senador Magno Malta (PR-ES), mas não levou.
Isso significa que o curador gaúcho Gaudêncio Fidelis pode ser levado à força
para depor.
Dirigentes do Santander também terão que falar na CPI.
Sem William Waack há uma semana, afastado após o vazamento de um vídeo com uma suposta fala racista,
o "Jornal da Globo" perdeu audiência e chegou até a perder para o SBT.
Nas últimas sete edições, o ibope do telejornal caiu 14% em relação a
duas semanas atrás, quando foi apresentado por seu titular, e acumula
três derrotas para a rede de Silvio Santos.
Entre 8 e 16 de
novembro, Renata Lo Prete e Carlos Tramontina substituíram Waack, mas
não mantiveram a audiência do titular. No período, o telejornal
registrou média de 8,5 pontos no Ibope da Grande São Paulo, segundo
levantamento obtido pelo UOL. Há duas semanas, com
Waack na bancada durante as sete edições, entre 19 e 27 de outubro, o
"JG" teve média de 9,9 pontos (14% a mais).
Se comparada à semana
de 30 de outubro a 7 de novembro, em que Waack folgou no feriado de
Finados, a média (de 9,5) também ficou um ponto acima de
agora. Cada ponto equivale a 70,5 mil domicílios na Grande São Paulo.
A
suspensão de Waack pode ter influenciado na queda de audiência do
"Jornal da Globo". Em outros períodos em que o âncora deixou a bancada, o
telejornal não perdeu tanta audiência como na última semana. Quando o
apresentador foi internado com um problema cardíaco, em julho, o "JG" com Tramontina chegou a crescer no Ibope.
Nas últimas férias de Waack, entre agosto e setembro, o "Jornal da Globo" com Renata Lo Prete manteve boa audiência e perdeu somente uma vez para o SBT.
SBT na liderança
Durante
o afastamento do jornalista, quem se deu bem foi a emissora de Silvio
Santos, que liderou o ibope em três ocasiões. Um dia após a suspensão de
Waack, o "Jornal da Globo" com Lo Prete registrou 8,5 pontos, contra
8,9 do SBT, que exibia "A Praça É Nossa" e "The Noite".
Nesta
semana, o telejornal com Tramontina perdeu na terça para a 19ª exibição
do filme "Riquinho" no SBT (9,3 x 8,5), e na quinta, novamente para
"Praça" e "The Noite" (9,0 x 7,7).
Segundo o colunista Flávio Ricco, do UOL, Waack não tem previsão para retornar ao telejornal. "Globo e William Waack ainda estão conversando", informou a Comunicação da emissora.
Suspensão
William
Waack foi afastado após o vazamento de um vídeo com o jornalista
conversando nos bastidores, pouco antes de uma entrada ao vivo de
Washington (EUA), na cobertura da vitória de Donald Trump na eleição
presidencial, em novembro de 2016. No material, o âncora xinga um
motorista que passa buzinando. "Está buzinando por quê, seu merd* do
cacete?".
Depois, Waack diz claramente: "Deve ser um, com certeza,
não vou nem falar de quem, eu sei quem é, sabe o que é?" O
entrevistado, o jornalista e diretor do Wilson Center, Paulo Sotero, faz
cara de dúvida.
A seguir, o jornalista cochicha, mas não é
possível identificar com clareza suas palavras. Internautas, que levaram
o assunto aos "trending topics" do Twitter, afirmam que ele diz:
"Preto, né? É coisa de preto com certeza".
O operador de VT Diego Rocha Pereira, ex-funcionário da Globo, e o designer gráfico Robson Cordeiro Ramos assumiram a autoria do vazamento do vídeo de Waack.
Comunicado da Globo sobre o afastamento de William Waack
"A
Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e
manifestações. Nenhuma circunstância pode servir de atenuante. Diante
disso, a Globo está afastando o apresentador William Waack de suas
funções em decorrência do vídeo que passou hoje a circular na internet,
até que a situação esteja esclarecida.
Nele, minutos antes de ir
ao ar num vivo durante a cobertura das eleições americanas do ano
passado, alguém na rua dispara a buzina e, Waack, contrariado, faz
comentários, ao que tudo indica, de cunho racista. Waack afirma não se
lembrar do que disse, já que o áudio não tem clareza, mas pede sinceras
desculpas àqueles que se sentiram ultrajados pela situação.
William
Waack é um dos mais respeitados profissionais brasileiros, com um
extenso currículo de serviços ao jornalismo. A Globo, a partir de
amanhã, iniciará conversas com ele para decidir como se desenrolarão os
próximos passos." DO UOL
Sábado, 18/11/2017 às 10:25 A
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, capitaneada pelo
patético Cristiano Zanin, está prestes a eleger um novo desafeto. Como não poderia ser diferente, é também um magistrado. Trata-se do juiz Vallisney Oliveira, responsável pela Operação Zelotes. Assim
como fez o juiz Sérgio Moro, o magistrado de Brasília também não
pretende permitir às tentativas da defesa de Lula de protelar o curso do
processo crime e atrasar a prolação da sentença. No caso do tráfico
de influência na compra de caças suecos pelo governo brasileiro, Zanin
arrolou como testemunha o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy. O
advogado quer que o processo só tenha prosseguimento após o retorno do
depoimento a ser tomado pela Justiça francesa, para só então serem
efetuadas as oitivas de Lula, Luleco e demais réus. Vallisney já indeferiu. É óbvio que é mera tentativa de protelação. Os réus serão ouvidos logo. E também já nos próximos dias o juiz deve analisar o pedido de bloqueio de R$ 21,5 milhões de Lula e R$ 2,5 milhões de Luleco. Se deferir, vai enfrentar com mais veemência a ira insana e obstinada de Zanin. DO J.CIDADEONLINE
“Não desista do Brasil”, escreveu o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa de Curitiba, em reação à decisão
da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que tirou da cadeia três
caciques da facção parlamentar do PMDB fluminense. Diante do mutismo do
asfalto, o procurador acrescentou: “Nós não podemos nos anestesiar, mas
sim dar vazão à nossa indignação, de modo pacífico e democrático, por
meio da participação popular.”
Debruçado na janela do Facebook,
Dellagnol afirmou: “Os deputados da Assembleia do Rio deveriam ser os
primeiros a endossar a atuação da Justiça e apurar a responsabilidade de
seus líderes, mas o comportamento foi o oposto.” Mergulhado nos
processos da Lava Jato desde 2014, o procurador conhece a podridão por
dentro. Num instante em que os parlamentares, com a lama pelo nariz,
apelam à cumplicidade e ao compadrio dos colegas para obter blindagem,
Dallagnol soa como se enxergasse as urnas como um atalho ao Judiciário.
“Se
Você não se envolver, eles ocuparão o seu espaço. Se hoje os políticos
mostraram do que são capazes, em 2018 a sociedade brasileira precisa
mostrar do que é capaz, nas urnas, agindo de modo organizado para eleger
apenas políticos com ficha limpa, que expressem compromisso com a
democracia e que apoiem propostas anticorrupção, com palavras, votos e
atitudes.”
Dallagnol prosseguiu: “Há entidades respeitadas da
sociedade civil trabalhando nesse sentido. Não esqueça do que aconteceu
hoje e se una a elas em 2018, o ano que representa a grande chance
brasileira contra a corrupção.”
O procurador trata o descalabro do
Rio como prenúncio de desatinos maiores. “O que aconteceu no Rio de
Janeiro hoje é uma amostra do que pode acontecer em Brasília e com a
Lava Jato se em 2018 não virarmos o jogo contra a corrupção. Quando a
punição bater na porta dos grandes líderes corruptos, eles perderão a
vergonha de salvar a própria pele. A única solução é por meio da
democracia e de uma política mais íntegra, e isso depende de você.”
O
procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, outro conhecido membro da
força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, também despejou no Facebook sua
indignação com o que se passou no legislativo fluminense. Ele direcionou
suas baterias, no entanto, para o ministro Marco Aurélio Mello, do
Supremo Tribunal Federal. Surpreendeu com a notícia de que o magistrado ficara perplexo com o comportamento dos parlamentares do Rio.
“Marco
Aurélio está perplexo!?!?!?”, escreveu Carlos Fernando. “Perplexo
estamos nós em ouvir isso, pois foi justamente o seu voto no caso de
Aécio, incoerente com sua própria decisão de afastamento de Renan
Calheiros, que permitiu esse descalabro que estamos vivendo. Marco
Aurélio é responsável pela decisão que levou a este estado de coisas.”
Os
políticos brasileiros fundaram o MFP, Movimento Fora Povo. Todas as
pesquisas de opinião informam que a corrupção está na lista dos
problemas que mais inquietam o brasileiro. A Lava Jato animava a plateia
com a perspectiva de igualar todos os transgressores perante a lei. De
repente, o vendaval que ameaçava os corruptos foi substituído pela mesma
velha brisa de sempre —a brisa da impunidade.
Insatisfeitos com o
foro privilegiado, os políticos agora perseguem a blindagem absoluta. O
mais trágico é que eles fazem isso com a ajuda do Supremo Tribunal
Federal, que, sob a presidência gelatinosa da ministra Cármen Lúcia, não
só lavou as mãos no caso de Aécio Neves, como autorizou o Senado a
sumir com o sabonete.
Ao permitir que Aécio recuperasse o mandato e
se livrasse do recolhimento domiciliar noturno não pelo peso dos seus
argumentos mas pela força do compadrio e do corporativismo, o Supremo
acionou um abracadabra que fez aflorar o lado Ali-Babá das Assembleias
Legislativas.
A conversão de imunidade em impunidade já livrou a
cara de deputados estaduais em Mato Grosso e no Rio Grande do Norte. Vem
agora o escárnio do Rio de Janeiro. A melhor arma contra o Movimento
Fora Povo é o voto. O instinto de autoproteção dos corruptos transforma
as urnas de 2018 numa espécie de raticida.