sexta-feira, 1 de março de 2019

Bolsonaro avisa que não disputa reeleição

sexta-feira, 1 de março de 2019

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Justamente no dia em que o Presidente Jair Bolsonaro reuniu representantes da mídia jornalística tradicional para tomar um cafezinho no Palácio do Planalto, com a promessa de que também vai prestigiar os canais de comunicação convencionais, a legítima pressão cidadã nas redes sociais produziu mais um “milagre”.
O ministro Sérgio Moro (da Justiça) voltou atrás e “desnomeou”, do Conselho de Política Criminal e Penitenciário, a bela “desarmamentista” Ilona Szabó. A “direita” barrou mais um lance (estratégico?) da esquerda? Talvez os deuses da ideologia possam responder... Inegavelmente, Moro foi sensível (e solidário) aos protestos nos grupos de discussão nos “ringues” da Internet.
Véspera esquisita de Carnaval, com clima fechado. Aqui, com muita chuva. Na Venezuela, sem novidades. Em Brasília, Juan Guaidó – um corajoso autoproclamado substituto temporário do ditador Nicolas Maduro – se encontrou com Bolsonaro e com diplomatas do mundo inteiro que lhe dão apoio. A turma do Maduro só entregará a rapadura se e quando tiver certeza de que não sofrerá retaliações.
O maçom Guaidó recebeu homenagem do Grande Oriente do Brasil. Excetuando a esquerda irresponsável, a maioria das pessoas sensatas torce para uma saída civilizada e pacífica para a crise venezuelana. Na ONU, Rússia e China usaram seu poder de veto para barrar a proposta dos EUA para a queda de Maduro, com eleições livres e honestas, já.
Lá na casa do pequeno ditador da Coréia do Norte, Donald Trump sofreu mais uma derrota. Não fechou o acordo de desarmamento nuclear do regime do inteligente, implacável e (para uns malvado) Kim Jong-Un. O encontro de cúpula terminou sem almoço. A turma do Kim exigiu que todas as sanções comerciais norte-americanas fossem abolidas, em troca da interrupção no programa atômico de defesa (ou ataque?)...
A luta continua... E deve ir longe... No Congresso Nacional, não pegaram bem os sinais do Presidente Bolsonaro de que aceita, antecipadamente, mexer em alguns pontos do recém-enviado pacote da Reforma da Previdência. A equipe econômica não chegou a murmurar por descontentamento nas redes sociais. No entanto, o mercado reagiu com uma bolsa de valores em leve queda...
Mas será que a culpa não foi do anúncio de mais um pibinho (1,1%) – e não do remendo previdenciário repleto de incertezas? O noticiário só foi canalha, como de hábito, porque não relacionou a estagnação econômica com a incompetência gerencial, a roubalheira sistêmica e a falsidade ideológica dos governos da Nova República, sobretudo o megaestelionato do PT e outras quadrilhas bem votadas.
Seguimos na esperança de decolagem e crescimento. Porém, a lentidão do processo ainda deixa “na pista” muitos empreendedores e trabalhadores. O regramento continua excessivo e canalha. Os impostos continuam altíssimos. Os juros, nem se fala... O risco de investir e empregar segue altíssimo. A máquina judiciária e fiscal permanece cruel. Os calotes e o desemprego, também. Potencial esquisito de consumo e Vendas sofríveis desestimulam a produção, impactam o comércio e deprimem o consumidor.
Será que o ano começa mesmo depois do Carnaval, na quarta-feira de cinzas da semana que vem?
Vamos para a folia de Momo – ou para um descanso forçado – com essa ilusão?
Depois do Carnaval, retornam as pressões, por tudo e por todos, com toda força e vigor.
O desafio do Governo Bolsonaro, até os 100 dias de cobranças internas, populares e mercadológicas, é ainda provar que pode dar certo...
Segurança, combate à corrupção e crescimento econômico... Este foi o ultimato dado pelo eleitorado volúvel...
Bolsonaro está aberto ao diálogo. No entanto, as cobranças mais fortes não devem demorar a se intensificar. Só não podem ficar insuportáveis...
Em tempo: no cafezinho com a mídia, Bolsonaro avisou que não pretende disputar a reeleição... Será que o Rei Momo gostou da novidade?
Fala sério...
Alguém acredita que o Judiciário e o Ministéerio Público conseguirão impedir o desfile das escolas de samba no sambódromo sem licença do Rio de Janeiro?
O Corpo de Bombeiros fará um milagre burocrático, flexibilizará suas rígidas normas e não vai apagar o fogo de uma folia com gigantescos interesses econômicos, políticos e culturais...
É mais fácil – e conveniente - o desfile ocorrer do jeito como sempre ocorreu...
Será que a coisa ficará Preta para os tucanos que negam relação de negócios escusos com Paulo Vieira de Souza – o primeiro condenado pela Lava Jato em terras Bandeirantes?

OS BRASILEIROS QUE ELEGERAM O PRESIDENTE JAIR BOLSONARO NÃO PERMITIRÃO A VOLTA DOS ALGOZES COMUNISTAS



sexta-feira, março 01, 2019

Limpando a área: Renato Sergio de Lima, o ongueiro que tem apoio de George Soros e atuava em órgão da Pasta do Ministro Sergio Moro pediu para sair. 
As ocorrências inexplicáveis continuam assombrando os cerca de 50 milhões de eleitores que levaram o agora Presidente da República Jair Messias Bolsonaro ao Palácio do Planalto. Aliás em postagem de ontem, quinta-feira 28 de fevereiro, que escrevi aqui no blog trato desse tema. O foco foi a presença de esquerdistas dentro do Conselho de Política Criminal do Ministério da Justiça, cujo titular é Sergio Moro.

E já nessa quinta-feira o Ministro Sergio Moro decidiu exonerar a ongueira esquerdista Illona Szabó do tal Conselho dada à pressão dos apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais e nas mídias independentes na internet.

Em solidariedade à Zsabó, também pediu o boné nesta quinta-feira o Diretor-Presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sergio de Lima, que integrava o Conselho Nacional e Política Criminal e Penitenciária.

Renato Sergio de Lima também é dono do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (parece até um órgão estatal pelo nome e empáfia), organização que também desfruta do apoio da Open Society Foundation, organização de propriedade do bilionário globalista George Soros que dispensa maiores apresentações. Só para lembrar, a representação do grupo de George Soros foi expulsa recentemente da Hungria, aliás, seu país de nascimento.

Esse bilionário húngaro-americano financia atividades de uma miríade de ONGs esquerdistas no mundo inteiro, inclusive aqui no Brasil. Os húngaros velhos de guerra que foram açoitados pelos verdugos comunistas da ex-URSS, sentiram imediatamente o cheiro de carne queimada que exalava do luxuoso prédio em que Soros mantinha suas operações naquele país e trataram de expulsar das empresas de Soros da Hungria.

A seguir reproduzo um vídeo com comentários do jornalista Claudio Dantas, do site O Antagonista, que faz uma análise geral do que está acontecendo nas hostes governistas, em especial no âmbito de atuação da Pasta do Ministro Sergio Moro.

Dantas também comenta a partir de 7 minutos no vídeo abaixo a saída do ongueiro esquerdista Renato Sergio de Lima do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Vejam:

Mas não é só isso que atiça milhares de apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro em ação nas redes sociais. Há outros temas semelhantes que devem vir à tona justamente porque colidem com as promessas de campanha de Bolsonaro que uniram os eleitores em torno de sua candidatura. É o caso, por exemplo, da nomeação da nora da jornalista Míriam Leitão, da Rede Globo, como chefe da Assessoria de Comunicação do Ministério da Justiça. Trata-se da jornalista Giselly Siqueira.

O site da revista esquerdista Forum que noticiou essa nomeação, afirma que a nora de Miriam Leitão já foi assessora-chefe do Supremo Tribunal Federal (STF) na gestão do ministro Gilmar Mendes e trabalhou como assessora da Procuradoria-Geral da República (PGR) quando se casou com Vladimir.
"Um conceituado jornalista de Brasília"-  afirmou à Fórum que, "quando Giselly trabalhava no órgão, a TV Globo, emissora de seu marido e de sua nora, enviava um motoqueiro para buscar informações vazadas do órgão em primeira mão."

Seja como for, o fato é que todas essas contradições suscitam fundadas preocupações por parte do eleitorado do Presidente Jair Bolsonaro, toda aquela massa humana que o carregava nos ombros e que entrou em desespero quando Bolsonaro sofreu o atentado em Juiz de Fora.

E mesmo quando permaneceu hospitalizado e depois recuperando-se em sua residência no Rio de Janeiro sem poder fazer campanha até a eleição, o Presidente Jair Bolsonaro contou com o apoio e as orações de milhares de brasileiros. A rua em frente à sua residência passou a ter uma vigília diária de seus eleitores, algo nunca visto na história do Brasil em relação a um político.

De sorte que a preocupação que toma conta dos eleitores do Presidente Jair Bolsonaro tem sim fundadas razões, afinal é ele o esteio da muralha que impede a transformação do Brasil numa nova Venezuela. Aliás, seu mote de campanha com base no seu diálogo direto com os eleitores. Um fenômeno sim, que não tem paralelo na história política do Brasil.
EXPECTATIVA DOS BRASILEIROS
O Presidente Jair Bolsonaro dispõe, portanto, de um capital político jamais alcançado por por outros políticos. E esse capital não foi auferido por artimanhas de compra de apoio. Não havia comboio de ônibus para conduzir eleitores aos seus comícios. Bolsonaro viajava em avião de carreira e tinha contra si todo o establishment, todos os veículos de mídia e formadores de opinião pública.

Portanto, esta é a realidade e esta é a percepção de seus eleitores que manifestam muita preocupação com o comportamento de vários de seus colaboradores, incluindo-se Ministros de Estado e mesmo de militares de alta patente que compõem o seu staff.

Esta oportunidade de salvar o Brasil das garras assassinas dos comunistas é única, é histórica e faz um corte radical na história da República erigida sob golpe de Estado que derrubou a Monarquia iniciando um processo de rapinagem dos cofres públicos que vem sendo passado por tradição hereditária há 129 anos!

A eleição do Presidente Jair Bolsonaro é, portanto, uma marco histórico, um corte radical nesse processo de apropriação do Estado pelas hostes do estamento burocrático em conluio com os comunistas.

Os eleitores não irão dar de barato essa conquista e tampouco se calar perante quaisquer tentativas de reverter esse processo histórico que demanda um novo Brasil. O Presidente Jair Bolsonaro foi escolhido pela esmagadora maioria do eleitorado para levar adiante essa travessia.

Finalmente, é de intuir-se que se o Ministro Sergio Moro é um jurista competente e se deve muito a ele o importante trabalho levado a cabo pela Operação Lava Jato, no que tange à política é marinheiro de primeira viagem. Dedicou a sua vida até aqui estritamente ao Direito e a Magistratura. Isso não o impede de se assessorar bem com consultores na área da política no seu sentido amplo.

Não me refiro apenas à política partidária, mas à filosofia política e o domínio de seus conceitos e de suas metamorfoses conceituais, como a guerra cultural esquerdista, a geopolítica de viés 'globalista' suas metas e modus operandi. Sem uma noção, ainda que ligeira, de todas essas variáveis que interferem no processo político as ações os agentes públicos correm sérios riscos de equívocos que podem ser fatais! A liberdade sempre existiu como uma plantinha delicada. DO A.AMORIM

Calote, corrupção e fracasso: a obra que é símbolo da relação entre o PT e o chavismo.

sexta-feira, 1 de março de 2019

Acordo para construção da refinaria de petróleo Abreu e Lima, em Pernambuco, firmado entre Lula e Hugo Chávez, gerou obra cara, com denúncias de corrupção, atraso na execução e funcionamento ineficiente. Reportagem da Gazeta do Povo:
Obras atrasadas, calote, denúncias de corrupção, projeto entregue pela metade, parceria fracassada, demissões e acidentes de trabalho. A Refinaria de Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, resume o quadro de projetos mal-sucedidos que marcaram o Brasil nos últimos anos. Mas o empreendimento carrega outro traço negativo, ainda mais significativo: simboliza a obscura relação que os governos do PT mantiveram com o regime chavista da Venezuela.

A Rnest foi lançada em 2005 como um projeto conjunto entre a Petrobras e sua equivalente venezuelana, a PDVSA. Os venezuelanos tinham uma extração intensa de petróleo e capacidade menor de refino da commodity. A ação integrada, então, parecia boa para os dois lados: as estatais comercializavam petróleo com uma empresa do mesmo continente e se beneficiariam com o resultado do refino.

A Petrobras seria responsável por 60% do investimento para construir a Rnest, com os 40% restantes ficando a cargo da PDVSA. O orçamento inicial do projeto era de US$ 2,5 bilhões, e a expectativa de conclusão era para 2011.
Praticamente nada, porém, seguiu o roteiro inicialmente planejado. Os gastos com a construção da refinaria dispararam, superando a casa dos US$ 20 bilhões. A obra até hoje não foi integralmente concluída e entrega, atualmente, menos da metade da produção de petróleo esperada. E o projeto acabou figurando como uma das “estrelas” dos superfaturamentos descobertos pela operação Lava Jato, a ponto de ter relação com a condenação que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão.

Estrela do PAC se apagou

A Rnest foi parte do ciclo de obras que figurou no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conjunto de iniciativas no campo da infraestrutura que foi uma das principais bandeiras do governo Lula. O ex-presidente disse, em depoimento ao então juiz Sergio Moro em 2017, que a Rnest foi concebida em uma época em que havia uma concorrência forte entre os estados brasileiros para sediar a nova refinaria da Petrobras. Pernambuco foi selecionado até por relações diretas do comandante da Venezuela à época, Hugo Chávez, com membros do governo do estado.
Mais do que uma obra de engenharia e infraestrutura, a Rnest acabou por se transformar em mais uma peça na linha da “internacionalização do Brasil”, que vigorou principalmente no segundo mandato de Lula e que tinha nas chamadas “relações Sul-Sul” – isto é, vínculos diretos entre países do chamado Terceiro Mundo, sem a presença dos EUA ou potências europeias – uma de suas maiores apostas.

“O que aconteceu como fato histórico, ontem, é que a PDVSA olha para o Sul, para a América do Sul e olha para o Brasil, e a Petrobras olha também para a América do Sul e para a América Latina. São duas empresas gigantescas, duas empresas que, trabalhando juntas, podem contribuir para mudar a história energética na área de combustível e gás do mundo”, disse Lula em abril de 2008, em uma visita dele e de Chávez às obras da refinaria.
Discursos vazios. Faltou combinar com a PDVSA

A sintonia entre os dois governos, entretanto, não durou muito tempo. Ao longo de todo o processo de construção da Rnest, a PDVSA e o governo venezuelano não chegaram a desembolsar nenhum recurso. O Brasil mostrou preocupação com a dívida e buscou, por anos, cobrar a Venezuela, sem sucesso. Até que formalizou que não buscaria mais a contrapartida venezuelana e que iria tocar o projeto sem o país vizinho, então já comandado por Nicolás Maduro.

O motivo da desistência brasileira foi, principalmente, a falta de formalização na negociação entre Brasil e Venezuela. A PDVSA não chegou, em nenhum momento, a entrar oficialmente no negócio da Rnest – os discursos e promessas de Chávez em relação à refinaria jamais foram efetivados. Sem ter como evocar o contrato, ao Brasil restou aceitar o calote. Já em 2013, a Petrobras divulgava que “como as partes não chegaram a um consenso acerca da sociedade, a Rnest foi incorporada pela Petrobras, que, com tal medida, otimizou a gestão de seu portfólio”.

No mesmo depoimento de 2017 a Moro, o ex-presidente Lula falou que “o que aconteceu é que não aconteceu a tão sonhada parceria [entre Brasil e Venezuela]. A Petrobras fez sozinha a refinaria”.
Hoje, a Rnest, que foi parcialmente inaugurada em 2014, processa 100 mil barris de petróleo por dia. O número é menos da metade da capacidade total do empreendimento, que é de 230 mil. A produtividade inferior se deve à falta de conclusão do Trem II, que é o segundo conjunto de unidades que formam o local de refino, e também à não entrega de um aparelho para redução de emissões, o SNOX, que evitaria a limitação no processamento.
Para o próximo quadriênio (2019-2023), a Petrobras almeja a finalização do Trem II e do SNOX. A expectativa é de ampliar o processamento em 160 mil barris diários. Os investimentos, segundo a estatal, serão de US$ 1,3 bilhão.
Histórico de problemas

A Rnest se apresentou como uma “pedra no sapato” da Petrobras já poucos anos após o lançamento do projeto. Ainda em 2010, o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu um alerta sobre os trabalhos em Abreu e Lima – segundo a corte de contas, a Rnest registrava “irregularidades graves”. A refinaria passou aos holofotes nos anos seguintes, com a comprovação do aumento dos gastos para a obra e a descoberta da possibilidade de que a Venezuela não fosse honrar seu compromisso.
Em 2012, a então presidente da Petrobras, Graça Foster, disse à Câmara dos Deputados que a alta dos custos com a Rnest era o resultado de “erros de avaliação” cometidos pela empresa e também se explicaria pela alteração no cenário econômico. A executiva prometeu, na mesma ocasião, que a refinaria estaria em pleno funcionamento em 2015.
Mecanismo exposto

Foi a operação Lava Jato, entretanto, que acabou por tumultuar em definitivo a trajetória da Rnest. A obra foi envolvida no escândalo de superfaturamentos e pagamento de propinas descoberto pela Polícia Federal e o Ministério Público. Era um dos alvos do “clube de empreiteiras”, acordo ilícito entre as maiores empresas brasileiras no setor para a distribuição de projetos junto ao poder público.
Figurou em delações e nas denúncias que mencionavam empreiteiras como OAS, Odebrecht, Engevix e Camargo Corrêa. Foi também apontada como uma das fontes de financiamento que abasteciam o caixa de diferentes partidos.

Neste aspecto, se caracterizou como “suprapartidária”: os desvios de seus recursos serviram para as verbas de PT, PMDB e PP, que compunham o consórcio governista nas gestões de Lula e Dilma Rousseff, e também foram mencionados em acusações a políticos de outro campo ideológico, como o deputado Paulinho da Força (SD-SP), o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra (PE), morto em 2014.

A série de denúncias chegou a motivar a Petrobras a determinar a suspensão das obras para a finalização da Rnest. Mas a ligação mais “ilustre” da refinaria com a corrupção se deu por meio do pagamento de propinas que a OAS fez ao ex-presidente Lula. A empresa, segundo as acusações do Ministério Público, direcionou R$ 3,7 milhões ao petista, sendo R$ 2,4 milhões na reforma do triplex do Guarujá (SP) e o restante na gestão do acervo do ex-presidente.

Lula teria recebido a propina como meio para facilitar as negociações entre a OAS e a Petrobras. A denúncia foi a que a levou à primeira condenação de Lula, pela qual ele cumpre pena em regime fechado desde abril do ano passado. DO O.TAMBOSI

Desconvidada por Moro, Ilona Szabó cita pressão do MBL e de Bolsonaro

Postado em 01/mar/2019
“Ficou muito claro que o presidente Bolsonaro ainda não se elevou à altura do cargo que ocupa”, afirmou Ilona Szabó, que foi convidada por Moro para integrar, como suplente, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, mas foi desconvidada um dia depois à sua nomeação, após pressão de bolsonaristas e grupos como o MBL; “São grupos que precisam de inimigos, e por isso não estão comprometidos com o debate democrático”, enfatizou.

“O ministro Sérgio Moro me ligou de volta. Dado o clima, eu sabia que o risco existia. O ministro me pediu desculpas. Disse que ele lamentava, mas estava sendo pressionado, porque o presidente Bolsonaro não sustentava a escolha na base dele”, contou Ilona Szabó, ao relatar como ficou sabendo da sua exoneração.

Ilona foi convidada por Moro para integrar, como suplente, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Mas por conta de suas críticas a política de armas do governo, ela foi desconvidada um dia depois a sua nomeação, após pressão de bolsonaristas e grupos como o MBL.

“Hoje começaram os comentários nas redes sociais. Foi a polêmica do dia. Colocaram a história na rede, e o Movimento Brasil Livre ajudou a reverberar. São grupos que precisam de inimigos, e por isso não estão comprometidos com o debate democrático”, afirmou Ilona em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Na entrevista, a cientista disse que, assim como ela, vários integrantes do Igarapé – instituto que ela fundou – participam de conselhos na área de segurança em vários Estados e municípios. “Em geral, ministros e secretários têm toda a liberdade para escolher conselheiros. Tais conselheiros costumam vir de todos os setores, com visões diferentes, diversas maneiras de ver o mundo. Dá trabalho, mas é assim que a gente constrói boas políticas públicas”, disse ela, apontando a ingerência anormal do governo Bolsonaro.

Questionada se a sua exoneração poderia ser comparada com o caso de Mozart Araújo, outro nome técnico, que acabou sendo desconvidado do Ministério da Educação por pressão da base de Bolsonaro, Ilona disse que sim.

“Vejo total paralelo. Nos dois casos, ganha a polarização e perde o Brasil”, disse. “Ficou muito claro nos dois episódios que o presidente Bolsonaro ainda não se elevou à altura do cargo que ocupa. Um presidente tem que construir diálogos e consensos. Quando ele diz que quem pensa diferente é inimigo, mostra que não está à altura do País. Acho que os brasileiros estão cansados disso. Uma prova é todas as mensagens de apoio que recebi quando decidi ir para o governo, muitas delas de gente que votou contra o Bolsonaro. Os brasileiros querem gente que pense no País, não gente que fica procurando inimigos”, completou.DO P.MAIS