- Carlos Newton
Tribuna da Internet
A
grande imprensa tem horror a mudanças. Ainda que o interesse nacional e
a opinião pública sinalizem que a mudança seja absolutamente
necessária, os capitães da indústria da comunicação se unem e se
mobilizam para manter o status quo, como está acontecendo agora, nessa
desesperada tentativa de empurrar até 2018 o governo de Dilma Rousseff, o
mais apodrecido de nossa história, que já exala um odor putrefato e
nauseabundo.
A patética
tentativa da grande mídia conduz a todo tipo de distorções, como as
notícias de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, teria
“mandado arquivar” a ação impetrada pelo PSDB contra a eleição da chapa
Dilma Rousseff/Michel Temer.
Sonhar
não é proibido, mas é inútil querer ocultar a realidade. Conforme já
explicamos aqui na Tribuna, a função de comandante do Ministério Público
Federal não dá ao procurador Rodrigo Janot a prerrogativa de mandar
arquivar processos no Tribunal Superior Eleitoral. Longe disso. O que
ele fez foi recomendar o arquivamento de um pedido de reabertura de
investigações, feito pelo ministro-relator Gilmar Mendes. Mas seu
parecer não é autoaplicável, foi levado esta terça-feira ao plenário do
TSE, que por maioria decidiu não acatá-lo, para desespero do Planalto,
do PT, do Instituto Lula e dos barões da grande mídia.
Foram
4 votos a favor (Gilmar Mendes, Dias Toffoli, João Otávio Noronha e
Henrique Neves, e três abstenções (Luciana Lóssio, Maria Thereza Moura e
Rosa Weber, que substituía Luiz Fux).
É
preciso entender que o Ministério Público não abre ação, apenas propõe a
abertura, que pode ser aceita ou não, por juiz ou tribunal. Da mesma
forma, não arquiva ações, apenas sugere o arquivamento. E foi na certeza
de que o exótico parecer de Janot jamais teria como consequência o
arquivamento da ação que os advogados do PT até se apressaram e antes
mesmo da sessão do TSE já haviam apresentado um recurso contra a decisão
do ministro-relator Gilmar Mendes, que mandou reabrir a análise das
contas da campanha que reelegeu Dilma em 2014.
Por
óbvio, a defesa da presidente repetiu os argumentos do
procurador-geral, dizendo que a decisão de Gilmar Mendes se deu “em
evidente abuso no uso das competências conferidas ao julgador, com
evidente desvio de finalidade”, e tome repetições jurídicas.
Por
fim, os advogados pediram que o ministro-relator reconsiderasse sua
decisão de reabrir a análise das contas de campanha e, caso contrário,
que o pedido seja levado ao plenário da Corte eleitoral, o que já
aconteceu.
Os
diligentes advogados da presidente Dilma nem precisavam pedir, porque o
assunto era mesmo da competência do plenário do TSE, que agora vai
decidir a unificação das quatro ações contra Dilma, por uma questão de
economia processual, que é argumento irrecusável na Justiça.
A
unificação das ações mudará o quatro todo e possibilitará novas
investigações que vão deixar muito mal a presidente Dilma Rousseff e a
cúpula do PT, especialmente o ministro Edinho Silva, da Comunicação
Social, responsável pelas contas da campanha presidencial, que usou
gráficas-fantasmas e até uma empregada doméstica que hipoteticamente
teria faturado R$ 1,6 milhão, dona Angela Maria do Nascimento, que na
verdade só recebeu R$ 2 mil, acredite se quiser. Agora, ela quer saber
aonde foram parar os restantes R$ 1.598.000,00. DO HORACIOCB