terça-feira, 1 de julho de 2014

Aécio Neves dispara na intenção de votos para presidente em Minas Gerais

Aécio Neves dispara na intenção de votos para presidente em Minas Gerais Pesquisa MDA/EM Data sobre a intenção de voto dos mineiros para presidente mostra Aécio Neves com 43,8%, contra 31,9% de Dilma. O tucano também venceria numa simulação de segundo turno

Isabella Souto -
Publicação: 01/07/2014 06:00 Atualização: 01/07/2014 07:11


Se dependesse somente do votos dos mineiros, o senador Aécio Neves (PSDB) estaria eleito presidente do Brasil pelos próximos quatro anos. A primeira rodada da pesquisa MDA/EM Data, encomendada pelo Estado de Minas, mostra o tucano na dianteira da disputa presidencial, com 43,8% das intenções de voto, seguido da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), com 31,9%. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) aparece na terceira colocação, com 4,3%. Pastor Everaldo (PSC) recebeu a indicação de 1,8% daqueles que responderam ao levantamento. Brancos, nulos e indecisos somam 16,8%. Outros candidatos somaram 1,3%. A pesquisa registrada sob o número 00188/2014 foi realizada entre 22 e 26 de junho e ouviu 2.002 eleitores. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Na modalidade espontânea – quando não são apresentados os nomes dos candidatos –, o senador Aécio Neves continua na frente, mas com uma vantagem bem menor: o tucano foi apontado por 27,1% dos eleitores, seguido de perto por Dilma Rousseff, citada por 24,7%. Eduardo Campos recebeu a menção de 1,9%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não é candidato, foi citado por 1,2%. Marina Silva, que compõe a chapa de Eduardo Campos como candidata a vice-presidente, recebeu 0,9% das indicações.
Em uma simulação de segundo turno, Aécio Neves vence nos dois cenários em que aparece. No primeiro deles, contra Dilma Rousseff, o tucano derrota a petista por 49,7% a 35,5%. Brancos, nulos e indecisos somaram 14,8%. Em uma disputa com Eduardo Campos, o tucano venceria com mais folga ainda: 63,7% a 14,4%. Brancos, nulos e indecisos somaram 21,9%. Em um terceiro cenário em que a disputa ficaria com Dilma Rousseff e Eduardo Campos, a petista leva vantagem por 45,3% a 30,9%. Indecisos e aqueles que pretendem votar em brancos ou anular o voto totalizaram 23,7%.
AprovaçãoNa avaliação do diretor do MDA/EM Data, Marcelo Costa Souza, a preferência dos mineiros por Aécio Neves é reflexo da boa avaliação do tucano nos pouco mais de sete anos em que governou Minas Gerais – ele deixou o cargo em abril de 2010 para disputar uma cadeira no Senado. “Mas isso não significa uma reprovação a Dilma, até porque o índice dela é semelhante aos números das pesquisas nacionais”, diz o pesquisador.
Um ponto que chama a atenção na pesquisa é o baixo número de indecisos (7,1%) e daqueles que manifestaram a intenção de votar em branco ou nulo (9,7%). Uma explicação apresentada por Marcelo Costa é o fato de ambos serem bem conhecidos no estado: Aécio por ter sido governador por dois mandatos, e Dilma por ser a atual presidente da República. Na disputa para o governo mineiro, acontece o contrário. A edição de ontem do EM mostrou que 45% do eleitorado mineiro ainda não definiu o voto para governador em outubro.
DO ESTADO DE MINAS

Vereadores de São Paulo aprovam Plano Diretor proposto por prefeito do PT que beneficia invasões de sem-teto

PRESSÃO – Militantes dos chamados "sem-teto" pressionaram os vereadores durante a votação do Plano Diretor na Câmara Municipal de São Paulo (Foto: Ernesto Rodrigues/Folhapress)
PRESSÃO – Militantes dos chamados “sem-teto” pressionaram os vereadores durante a votação do Plano Diretor na Câmara Municipal de São Paulo (Foto: Ernesto Rodrigues/Folhapress)
Depois de nove meses de discussões, a Câmara Municipal aprovou de São Paulo aprovou nesta segunda-feira o Plano Diretor da cidade. O texto recebeu 44 votos a favor e 8 contra, na segunda votação em plenário.
Na sequência, os vereadores separaram as 117 emendas apresentadas em dois blocos: um deles foi aprovado, embora os ajustes não modifiquem substancialmente o texto-base. O próximo passo será a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, sem seguida, a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).
O texto aprovado por iniciativa do prefeito petista beneficia quatro invasões de propriedade privada feitas pelo chamado Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) na cidade.
A quinta área invadida, a chamada de Copa do Povo, na região agora muito valorizada da Arena Corinthians, na Zona Leste, ainda será analisada por meio de outro projeto de lei.
Com o novo Plano Diretor, invasões serão transformadas nas chamadas “Zonas Especiais de Interesse Social” (Zeis).
Leia também: A ocupação fantasma dos sem-teto
PSDB: “Uma afronta à Constituição”
O Plano Diretor visa gerenciar o crescimento da cidade pelos próximos dezesseis anos. Para alcançar os 33 votos necessários, o prefeito Fernando Haddad fez concessões a vereadores da base aliada, que até a semana passada nem sequer davam quórum para o início dos debates.
Esta foi a 22ª vez que a lei entrou como pauta na Casa. Na semana passada, as sessões foram encerradas por falta de quórum.
Além da bancada do PSDB, Gilberto Natalini (PV) e Toninho Vespoli (PSOL) votaram contra a lei.
“Estamos incentivando as invasões de terrenos privados ou públicos, que acabam se tornando motivo de negociação. Isso é um erro constitucional e uma afronta à Constituição”, disse o líder do PSDB, Floriano Pesaro.
DO RSETTI

MORDERAM DILMA, por Ricardo Noblat

Dilma na posse do novo ministro dos Transportes, Paulo Passos (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)
Dilma na posse do novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)
Nota de Ricardo Noblat publicada em sua excelente coluna no site de O Globo
Na última sexta-feira, em Salvador, ao participar da convenção que lançou o candidato do PT ao governo do Estado, Lula afirmou que a política vive um momento de descrédito e que é preciso moralizá-la.
E completou: “Aos olhos do povo parece uma coisa vergonhosa”.
E não é?
Ora, Lula e o PT, mas não somente eles, contribuem para que boa parcela dos brasileiros sinta nojo da política e dos políticos.
Um dia antes, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff havia dado posse a Paulo Sérgio Passos, o novo ministro dos Transportes.
Ministro costuma ser empossado em uma das amplas salas do segundo andar do Palácio do Planalto. As cadeiras, ali, jamais são suficientes para o número pessoas interessadas em prestigiar o novo ministro.
Pois a cerimônia ocorreu numa sala menor do terceiro andar. Durou menos de 20 minutos. E foi quase clandestina. Políticos de peso não compareceram. O discurso de Dilma não passou de uma peça chocha e cínica.
Ela disse que a ocasião se prestava para uma “pequena reorganização do time que toca a infraestrutura e logística do governo”. E concluiu: “Estou realocando as melhores pessoas em funções diferentes”.
Referia-se à transferência de Paulo Sérgio, presidente da Empresa de Planejamento e Logística, para o lugar de César Borges, até então ministro dos Transportes.
Borges foi rebaixado à condição de ministro da Secretaria Especial dos Portos em substituição a Antônio Henrique Silveira, que doravante responderá pela secretaria-executiva do ministério de Borges.
Por que esse troca-troca?
A implacável faxineira ética do início do governo, a dura executiva que não perdoa falhas dos seus auxiliares, a mulher valente que se orgulha de manter distância dos políticos por considerá-los desprezíveis, enfim essa senhora antipática e refratária a salamaleques rendeu-se à pressão de uma agremiação inexpressiva chamada Partido da República (PR).
Piscou primeiro. E ofereceu o ombro para ser mordido. Arrancaram-lhe uma fatia de autoridade.
Preocupada em assegurar o apoio do PR à sua reeleição e, por tabela, pouco mais de um minuto de propaganda eleitoral na televisão e no rádio, Dilma demitiu do Ministério dos Transportes quem mais de uma vez apontara como um dos seus melhores ministros.
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DO RSETTI

Serra é candidato ao Senado pelo PSDB


Daniela Lima - Folha.com
Um acordo costurado por mais de seis horas dentro do Palácio dos Bandeirantes pôs fim ao impasse em torno do nome que será indicado pelo PSDB de São Paulo ao Senado. Após um gesto do governador Geraldo Alckmin, José Serra decidiu representar o partido na disputa.
Segundo a articulação, José Aníbal será o primeiro suplente de Serra na chapa. Os dois tucanos eram desafetos, mas se aproximaram após Alckmin oferecer ao PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, a possibilidade de indicar o senador de sua chapa à reeleição.
O acordo fechado na madrugada desta terça-feira (1) prevê que 14 dos 15 partidos que apoiam Alckmin se aliem a Serra na disputa ao Senado. A única sigla que insistiu em lançar candidatura própria foi o PTB, chefiado no Estado por Campos Machado. A candidata será a mulher do petebista, Marlene Machado.
Com a garantia de que a maioria dos partidos ficaria ao seu lado, Serra concordou em sair para senador. Com a aliança que foi fechada em torno de seu nome, ele terá cerca de três minutos de propaganda na TV, segundo os tucanos.
O ex-governador havia anunciado que seria candidato a deputado federal. Isso porque houve uma cisão no PSDB após o convite a Kassab. Na última semana, os principais aliados de Alckmin disseram a Serra que ele não uniria a maioria das siglas que fecharam apoio a Alckmin, o que não daria a ele um tempo de propaganda competitivo.
A união entre Serra e Aníbal, seu suplente, põe fim a anos de troca de farpas entre os dois. A candidatura do ex-governador ao Senado também atende a interesses do senador Aécio Neves, nome doa tucanos para a disputa presidencial. Ele defendeu internamente que o ex-governador saísse para o Senado.
DO WELBI