domingo, 30 de junho de 2013

CHEGA (Não é pelos vinte centavos)





Gabriel Moura

DO R.DEMOCRATICA

O medo da vaia esvazia a tribuna de honra do Maracanã: Lula refugiou-se na África e Dilma resolveu ficar escondida em casa

Em silêncio sobre o caso Rose há 217 dias, faz 23 que Lula não abre a boca em público sobre as manifestações de rua que vêm ocorrendo em centenas de cidades desde 6 de junho.
E vai continuar fugindo do assunto enquanto puder. Nesta sexta-feira, depois de permanecer enfurnado algumas semanas no Instituto Lula, o maior dos governantes desde Tomé de Souza tratou de afastar-se de problemas novos ou antigos a jato.
Jatinho, para ser mais preciso.
A bordo de um deles, cedido por um dos patrões do camelô de empreiteiros, caiu fora do país que perdeu a paciência com os vendedores de fumaça que arquitetaram a farsa do Brasil Maravilha.
Como informa a coluna do meu irmão Ricardo Setti, o palanque ambulante foi tapear plateias na África. Nos países explorados por ditadores companheiros, as balas que reprimem manifestações contra o governo não são de borracha.
Além de escondê-lo de perguntas sobre o caso de polícia em que se meteu ao lado da segunda dama Rosemary Noronha, e de poupá-lo de caçar explicações para a onda de descontentamento que varre o paraíso imaginário, a viagem livrou o foragido do dilema que atormentou a presidente Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes: ir ou não ir ao Maracanã neste domingo.
Os três ases das urnas alegaram que, antes de anunciar o que fariam, precisavam saber o que pretendiam fazer os manifestantes que vão protestar nas ruas do Rio contra a afrontosa gastança do bando que surfa na Copa da Ladroagem.
Conversa fiada: o que aguça o pavor dos parceiros é a certeza de que nenhum escaparia da surra sonora aplicada por milhares de brasileiros que não embarcaram no conto da “pátria de chuteiras”.
Neste sábado, Dilma enfim revogou a bravata recitada no mesmo dia em que a multidão aglomerada no Mané Garrincha mostrou o que acha do seu desempenho.
Vai ver pela TV o jogo entre o Brasil e a Espanha. Foi aconselhada a ficar em casa pelas lembranças do vexame na abertura da Copa das Confederações, pelo clamor das ruas e pela pesquisa divulgada pelo Datafolha.
Como também aconselhou a chefe a manter distância da zona perigosa, pode-se deduzir que Sérgio Cabral vai torcer pela Seleção em companhia da família.
É provável que convide Eduardo Paes para dividir um sofá. A deserção dos que dias atrás enxergavam a oitava maravilha do mundo no estádio reformado por absurdos 1,2 bilhão de reais atesta que, se soubessem dos planos de Lula, todos teriam disputado a pontapés uma vaga no jatinho do palanque ambulante.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, será vaiado sozinho.

No Maracanã superlotado, estarão vazios os lugares reservados à presidente, ao governador e ao prefeito na tribuna de honra.
É mais uma prova contundente de que os governantes lulopetistas e seus comparsas só protagonizam demonstrações de bravura em combate quando lutam contra a lei, a ética e os cofres públicos.
AUGUSTO NUNES-REV VEJA
29/06/2013

Manuel Castells: ‘O povo não vai se cansar de protestar’

Sociólogo afirma que ausência de líderes é uma das qualidades dos protestos no Brasil e diz que país vai influenciar países vizinhos
Maurício Meireles
Na rua está “a sociedade em sua diversidade”, diz Castells
Foto: Luiz Munhoz/FatoPress/Folhapress/10-6-2013
Na rua está “a sociedade em sua diversidade”, diz Castells Luiz Munhoz/FatoPress/Folhapress/10-6-2013
Para o sociólogo catalão Manuel Castells, boa parte dos políticos é de “burocratas preguiçosos”. Ele é um dos pensadores mais influentes do mundo, com suas análises sobre os efeitos da tecnologia na economia, na cultura e, principalmente, no ativismo. Conhecido por sua língua afiada, o espanhol falou ao GLOBO por e-mail sobre os protestos.
Os protestos no Brasil não tinham líderes. Isso é uma qualidade ou um defeito?
Claro que é uma qualidade. Não há cabeças para serem cortadas. Assim, as redes se espalham e alcançam novos espaços na internet e nas ruas. Não se trata, apenas, de redes na internet, mas redes presenciais.
Como conseguir interlocução com as instituições sem líderes?
Eles apresentam suas demandas no espaço público, e cabe às instituições estabelecer o diálogo. Uma comissão pode até ser eleita para encontrar o presidente, mas não líderes.
Como explicar os protestos?
É um movimento contra a corrupção e a arrogância dos políticos, em defesa da dignidade e dos direitos humanos — aí incluído o transporte. Os movimentos recentes colocam a dignidade e a democracia como meta, mais do que o combate à pobreza. É um protesto democrático e moral, como a maioria dos outros recentes.
Por que o senhor disse que os protestos brasileiros são um “ponto de inflexão”?
É a primeira vez que os brasileiros se manifestam fora dos canais tradicionais, como partidos e sindicatos. As pessoas cobram soberania política. É um movimento contra o monopólio do poder por parte de partidos altamente burocratizados. É, ainda, uma manifestação contra o crescimento econômico que não cuida da qualidade de vida nas cidades. No caso, o tema foi o transporte. Eles são contra a ideia do crescimento pelo crescimento, o mantra do neodesenvolvimentismo da América Latina, seja de direita, seja de esquerda. Como o Brasil costuma criar tendências, estamos em um ponto de inflexão não só para ele e o continente. A ideologia do crescimento, como solução para os problemas sociais, foi desmistificada.
O que costuma mover esses protestos?
O ultraje, causado pela desatenção dos políticos e burocratas do governo pelos problemas e desejos de seus cidadãos, que os elegem e pagam seus salários. O principal é que milhares de cidadãos se sentem fortalecidos agora.
O senhor acha que eles podem ter sucesso sem uma pauta bem definida de pedidos?
Acho inacreditável. Além de passarem por uma série de problemas urbanos, ainda se exige que eles façam o trabalho de profissional que deveria ser dos burocratas preguiçosos responsáveis pela bagunça nos serviços. Os cidadãos só apontam os problemas. Resolvê-los é trabalho para os políticos e técnicos pagos por eles para fazê-lo.
Com organização horizontal, esse movimento pode durar?
Vai durar para sempre na internet e na mente da população. E continuará nas ruas até que exigências sejam satisfeitas, enquanto os políticos tentarem ignorar o movimento, na esperança que o povo se canse. Ele não vai se cansar. No máximo, vai mudar a forma de protestar.
Outra característica dos protestos eram bandeiras à esquerda e à direita do espectro político. Como isso é possível?
O espaço público reúne a sociedade em sua diversidade. A direita, a esquerda, os malucos, os sonhadores, os realistas, os ativistas, os piadistas, os revoltados — todo mundo. Anormal seriam legiões em ordem, organizadas por uma única bandeira e lideradas por burocratas partidários. É o caos criativo, não a ordem preestabelecida.
Há uma crise da democracia representativa?
Claro que há. A maior parte dos cidadãos do mundo não se sente representada por seu governo e parlamento. Partidos são universalmente desprezados pela maioria das pessoas. A culpa é dos políticos. Eles acreditam que seus cargos lhes pertencem, esquecendo que são pagos pelo povo. Boa parte, ainda que não a maioria, é corrupta, e as campanhas costumam ser financiadas ilegalmente no mundo inteiro. Democracia não é só votar de quatro em quatro anos nas bases de uma lei eleitoral trapaceira. As eleições viraram um mercado político, e o espaço público só é usado para debate nelas. O desejo de participação não é bem-vindo, e as redes sociais são vistas com desconfiança pelo establishment político.
O senhor vê algo em comum entre os protestos no Brasil e na Turquia?
Sim, a deterioração da qualidade de vida urbana sob o crescimento econômico irrestrito, que não dá atenção à vida dos cidadãos. Especuladores imobiliários e burocratas, normalmente corruptos, são os inimigos nos dois casos.
Protestos convocados pela internet nunca tinham reunido tantas pessoas no Brasil. Qual a diferença entre a convocação que funciona e a que não tem sucesso?
O meio não é a mensagem. Tudo depende do impacto que uma mensagem tem na consciência de muitas pessoas. As mídias sociais só permitem a distribuição viral de qualquer mensagem e o acompanhamento da ação coletiva.
DO R.DEMOCRATICA

Dilma perde apoio e enfrentaria segundo turno em 2014, diz Datafolha

Após três semanas de manifestações, a taxa de intenção de votos da presidente Dilma Rousseff caiu até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, Dilma é a pré-candidata que mais perdeu apoio na corrida presidencial e a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno.
O cenário hoje mais provável para a sucessão inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Nessa simulação, a petista tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 deste mês. Agora, desceu para 30%. Esse é o mesmo percentual da aprovação de seu governo, apurada no mesmo levantamento e divulgada neste sábado (29) pela Folha.
Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre a petista e Marina.
O Datafolha foi à ruas na quinta e na sexta-feira. Entrevistou 4.717 pessoas em 196 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
DA FOLHA..

Fifa vê gesto desrespeitoso de Dilma Rousseff por não ir à final

JAMIL CHADE - Enviado especial - Agência Estado
RIO - A Fifa tomou como um gesto de desrespeito a decisão da presidente Dilma Rousseff de não ir à final deste domingo no Maracanã entre Brasil e Espanha. Tradicionalmente, presidente do país sede do torneio está na decisão e entrega a taça ao campeão. Neste sábado, parte da cúpula da Fifa que conversou com a reportagem não escondia surpresa diante da decisão da chefe-de-estado de não viajar ao Rio de Janeiro. Apesar da ausência de Dilma, a ala VIP do estádio do Maracanã estará lotada de políticos.
Dilma foi vaiada na abertura e quer evitar desgaste - Dida Sampaio/Estadão
Dida Sampaio/Estadão
Dilma foi vaiada na abertura e quer evitar desgaste
Dilma foi vaiada no jogo de abertura, em Brasília, e decidiu que, diante dos protestos nas ruas e de sua queda de popularidade, não seria o momento de aparecer num estádio, mesmo que seja no evento-teste para a Copa do Mundo e uma espécie de cartão de visita do País.
Parte dos funcionários da Fifa tentavam entender a decisão de Dilma de não estar no estádio. "Isso é bom ou ruim para ela?", questionou um deles. Para outros mais próximos da presidência, a atitude é um "gesto de desrespeito".
A relação entre governo e Fifa já não era das melhores. Mas um dos legados do torneio será um esfriamento ainda maior dos contatos. O governo ficou irritado com os comentários da Fifa sobre as manifestações e com as cobranças por mais segurança.
Se Dilma não estará no estádio, o Maracanã não sentirá falta de políticos. Além de governadores e do prefeito do Rio, Eduardo Paes, deputados, vereadores e senadores estão sendo aguardados na tribuna de honra.
Nas arquibancadas, a torcida já indicou nos meios sociais que irá usar a final para protestar. Nas ruas que dão acesso ao Maracanã, milhares de pessoas prometem protestar. O estádio estará blindado por mais de 6 mil policiais.
Para fontes na Fifa, a situação chega a ser irônica. Afinal, o governo brasileiro quer usar justamente os megaeventos esportivos para se promover no exterior e as autoridades não têm economizado recursos para o marketing baseado no torneio.
Até mesmo a Agência de Promoção das Exportações, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, se transformou em associada da Fifa, pagando uma cota de patrocínio de R$ 20 milhões. Já o BNDES e diversos outros órgãos foram fundamentais em bancar estádios e infraestrutura para o evento.
Para outro experiente cartola, o que surpreende é o contraste em relação à participação de outros chefes-de-estado em torneios similares. Em 2009, o capitão da seleção brasileira na época, Lúcio, recebeu o troféu de campeão das mãos de Jacob Zuma, presidente sul-africano. Zuma ainda participou de todos os jogos em Johannesburgo, num esforço de mostrar o compromisso do governo com o torneio. Em 2005, na Alemanha, a cúpula do governo de Berlim também se fez presente.
Fontes próximas ao presidente Joseph Blatter insistem que o cartola suíça "entendeu" a decisão política de Dilma. Mas considerou que sua atitude mostra que o governo não está sempre disposto a bancar o evento e que cálculos políticos pesam mais que o torneio em si. "O que parece é que, quando as coisas vão bem, o Brasil quer usar a Copa para se promover. Mas quando não funciona ou há uma crise, todos querem se dissociar do futebol", comentou um membro do Comitê Executivo da entidade, que pediu anonimato.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Dilma volta atrás na Constituinte golpista



Folha Poder
A presidente Dilma Rousseff desistiu da proposta de fazer um plebiscito para convocar uma Assembleia Constituinte, relatou nesta terça-feira (25) o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinícius Coelho, após participar de reunião com a presidente, o vice, Michel Temer, e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), no Palácio do Planalto.
A mudança de posição do Planalto em relação ao assunto - que foi a principal e mais polêmica proposta apresentada pela presidente em resposta às manifestações que têm tomado as ruas do país nas últimas semanas será apresentada publicamente pelo ministro da Justiça, conforme relato de Coelho.

A Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto não confirma a informação. "O governo sai convencido de que convocar Constituinte não é adequado, porque atrasa a reforma política", disse.
Segundo o presidente da OAB, entidade que desde ontem é uma das mais frontalmente contrárias à proposta de Dilma Rousseff, o modelo que deverá ser proposto publicamente agora é que a própria reforma política seja colocada em plebiscito.

Traduzindo: perguntas específicas, ainda a serem definidas, mas que envolverão basicamente reformas do processo eleitoral e não do sistema de representatividade atual, serão feitas à população, que poderá dizer sim ou não a cada um dos pontos.
O presidente da OAB disse que a ideia é fazer o plebiscito até outubro, de forma que valha para as eleições de 2014.

Pela proposta apresentada ontem pela presidente Dilma, e que pegou até Michel Temer de surpresa, a pergunta a ser levada à população seria sobre a concordância ou não com a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para deliberar sobre uma reforma política mais ampla.mNo modelo proposto pela OAB, e agora supostamente encampado pela Presidência da República, não haverá necessidade de alterações na Constituição.

25 de junho de 2013
DO R. DEMOCRATICA

A trinca de conselheiros comprova que Dilma não entendeu a mensagem das multidões

 
O jornalista Lauro Jardim informou que Gilberto Carvalho anda amuado por não ser consultado pela presidente Dilma Rousseff.
Essa é a notícia boa: pouco importa o que tem a dizer quem só diz besteira.
A notícia ruim é que, segundo o ex-seminarista que virou porteiro de bordel (além de secretário-geral da Presidência), a chefe agora ouve apenas ─ além das ordens de Lula ─ a trinca formada por Aloizio Mercadante, Fernando Pimentel e João Santana.
Ministro da Propaganda,João Santana costuma alternar lances espertos com ideias de jerico. Na campanha de 2010, por exemplo, o marqueteiro baiano acertou ao condecorar Dilma Rousseff com a medalha de Mãe do PAC.
A malandragem ajudou a fantasiar de supergerente a dona da lojinha que faliu em Porto Alegreio.
Em contrapartida, foi Santana quem convenceu a presidente a dar as caras na abertura da Copa das Confederações.
Teria uma recepção de rainha, apostou. Foi mais vaiada que um zagueiro que enterrou o time.
Seja qual for o cargo que ocupe, Aloizio Mercadante jamais perde uma chance de justificar o título de Herói da Rendição, obtido graças a notáveis demonstrações de falta de bravura em combate.
Especialista em retiradas e capitulações, inventou a revogação do irrevogável quando liderava a bancada do PT no Senado.
Agora no triplo papel de ministro da Educação, da Economia e de Crises Políticas, foi o primeiro a aconselhar Dilma Rousseff a entrar na batalha da Constituinte. E foi o primeiro a recomendar que se rendesse.
Disfarçado de ministro de Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Fernando Pimentel é o Primeiro-Acompanhante e Melhor Amigo da presidente, com quem convive desde quando tentavam trocar a tiros a ditadura militar pela ditadura do proletariado.
A força do afeto manteve Pimentel no emprego mesmo depois da descoberta de que ganhou muito dinheiro usando as fantasias de “conferencista” e “consultor financeiro” .
O palestrante enriqueceu sem abrir a boca. O consultor precisou de meia dúzia de conselhos para levar à falência uma fábrica de tubaína.
Se estivesse disposta a combater a corrupção, Dilma já teria remetido Pimentel para a delegacia mais próxima.
Se quisesse mesmo reduzir a gastança federal, já teria mandado para casa Mercadante e João Santana.
Caso desejasse fazer as duas coisas com um único despejo, Gilberto Carvalho estaria procurando trabalho há muito tempo.
A demissão do secretário-geral reduziria a taxa de mediocridade do Planalto e talvez impedisse o engavetamento das investigações sobre o escândalo protagonizado pela segunda-dama Rosemary Noronha.
Dilma não fará nada disso, claro. Vai continuar ouvindo o coro dos áulicos, contando mentiras, desfiando promessas grisalhas e irritando milhões de brasileiros fartos de tapeação.
Até que as multidões percam a paciência de vez e acordem a presidente surda à mensagem das ruas com uma passeata debaixo da cama.

25/06/2013-Por Augusto Nunes-REV VEJA

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Oposição acusa Dilma de atropelar o Congresso ao propor plebiscito da reforma política


País em protestoA oposição acusou nesta segunda-feira a presidente Dilma Rousseff de atropelar o Congresso Nacional ao propor a realização de plebiscito sobre a reforma política. Com críticas ao discurso de Dilma sobre os protestos que se espalham pelo país, os presidentes do PSDB, DEM e MD (Mobilização Democrática) avaliam que a presidente não deu respostas suficientes aos brasileiros que protestam por melhores condições de vida.
"É uma competência exclusiva do Congresso convocar plebiscito. Para desviar atenção, ela transfere ao Congresso uma prerrogativa que já é do Legislativo e não responde aos anseios da população", disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Em reunião com governadores e prefeitos, Dilma sugeriu hoje a realização de plebiscito para ouvir os brasileiros sobre a convocação de um Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política. Como as consultas populares são de competência do Congresso, caberá ao Legislativo viabilizar a proposta da presidente.
A oposição diz ser favorável à consulta popular, mas discorda da convocação de Assembleia Constituinte específica para discutir a reforma política. "Nenhum de nós é contra consulta popular, mas fazer plebiscito sobre o que o Congresso precisa fazer? Não adianta querer entrar agora com manobra diversionista. A reforma é importante, mas vamos cuidá-la com o devido amparo legal", atacou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).
Os presidentes dos partidos de oposição avaliam que Dilma adotou um "discurso velho" ao dialogar com os manifestantes, que têm uma nova forma de protesto --além de ter "transferido" ao Congresso, governadores e prefeitos problemas que são de sua administração.
"A presidente esqueceu que seu partido governa o país há mais de 10 anos, mas parece alguém que acabou de assumir o mandato. Ela transfere ao Congresso essa responsabilidade e aos Estados e municípios a competência para desonerar transporte público", afirmou Aécio.
O presidente do MD, Roberto Freire (PE), disse que a presidente deveria orientar sua base de apoio no Congresso a aprovar propostas que são de interesse da população. "Por que o governo não orienta a sua maioria a derrotar a PEC 37? Por que não orientar a base a apoiar uma CPI para investigar as obras da Copa?", questionou.
Em defesa do plebiscito, aliados da presidente Dilma Rousseff afirmaram que a única maneira de o Congresso aprovar a reforma política é com a realização de Assembleia Constituinte específica para discussão do tema. "Se não tiver um Congresso específico, a gente debruçado em tantos temas não vai conseguir fazer isso", disse o líder do PT, senador Wellington Dias (PI).
Líder do governo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) afirmou que uma decisão da população vai forçar o Congresso a modificar o sistema político brasileiro. "Eu sou a favor da ideia da Constituinte. Já fizemos várias votações sobre a reforma política, em diversos momentos, mas essa reforma não andou. Talvez um pacto com a população faça com que a reforma ganhe um outro ritmo."
Os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), não se manifestaram sobre a proposta de Dilma. Renan estava no Senado quando Dilma fez discurso a governadores e prefeitos com a proposta, mas deixou a Casa sem se manifestar. "Eu estava em outra reunião quando ela falou", desconversou o peemedebista.
MANIFESTO
A oposição divulgou um manifesto com propostas a serem adotadas pelo governo e pelo Congresso em resposta às reivindicações da população. Intitulado de "Os brasileiros querem um Brasil diferente", o manifesto assinado pelos presidentes do DEM, PSDB e MD diz que a "agenda" proposta pela oposição se contrapõe a "discursos vazios e reiteradas promessas não cumpridas pelo governo federal que comanda o país há mais de dez anos".
Uma das propostas é a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso para investigar os gastos com a Copa do Mundo de 2014, além da realização de auditoria nas despesas investidas pelo Executivo no mundial de futebol.
Os partidos dividiram a "agenda" em três áreas, com propostas de transparência e combate à corrupção, gestão e federação, e no campo ético e democrático.
Entre as propostas, estão a revogação imediata do decreto que proíbe a divulgação de gastos da Presidência da República em viagens internacionais, a liberação do acesso aos gastos do governo com cartões corporativos, a divulgação de valores e custos de financiamentos do BNDES, assim como a revelação dos negócios realizados pela Petrobras nos últimos dez anos.
Também há sugestões nas áreas de educação, saúde e segurança, a redução pela metade no número de ministérios e adoção de política de "tolerância zero" com a inflação.
"A presidente frustrou todos os brasileiros. Nossas propostas podem ser adotadas pelo governo e vamos ficar atentos para que não se reedite aqui a falta de respostas do Poder Executivo", afirmou Aécio.
DA FOLHA...

Para ex-ministro, anúncio de Dilma 'é forma para distrair o povo'

O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso classificou nesta segunda-feira, 24, como "uma forma de distrair o povo que está nas ruas" o anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff sobre o plebiscito a respeito da convocação de uma constituinte.
"Que o povo deseja uma reforma política, não há dúvida", disse. "Deseja muito mais: que se ponha fim à gastança desenfreada e deseja reformas que aperfeiçoem o regime político e tornem mais saudável a vida das pessoas", afirmou Velloso, que presidiu o STF de 1999 a 2001.
De acordo com o ministro aposentado, para fazer a reforma política "não há necessidade de convocar uma assembleia constituinte". Além disso, segundo ele, "não existe assembleia legislativa constituinte limitada a discutir uma ou outra questão". Velloso afirmou que para fazer a reforma basta que a presidente apresente propostas de emenda e de leis ordinárias e complementares.
"Dizer que o Congresso está discutindo (as propostas) e não decide é contradição. A competência para convocar plebiscito é do Congresso. Se ele é capaz de atender ao pedido da presidente para convocar plebiscito, também é capaz de votar as emendas ou leis ordinárias ou complementares necessárias à realização da reforma política", disse.
Velloso acrescentou que "o povo quer que se coloque fim à gastança". "Se a presidente da República quisesse realmente reduzir despesas, bastaria que propusesse a extinção de pelo menos metade dos ministérios", completou.

BRASILEIROS QUE VIVEM NA ÁUSTRIA PROMOVEM PROTESTO CONTRA LULA E GOVERNO DO PT EM SOLIDARIEDADE ÀS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL

segunda-feira, junho 24, 2013

O catarinense Giovanni Neumayr acima fala para TV local. Embaixo os cartazes dos brasileiros e seus familiares que vivem e trabalham em Bregenz, na Áustria.
O catarinense Giovanni Luis Neumayr, que vive há 13 anos na Áustria envia com exclusividade para o blog as fotografias da manifestação que organizou em Bregnez, em solidariedade aos protestos que varrem o Brasil de Norte a Sul. Essa cidade austríaca está localizada na região que faz a divisa com a Alemanha e a Suíça.
No protesto desses brasileiros na Áustria, como se vê nas fotos, o governo do PT é questionado. Esse cidadão brasileiros embora longe do Brasil estão muito bem informados, tanto é que exigem que se investigue Lula, que consideram o chefe do mensalão.
O líder do protesto, o catarinense Giovanni Neumayr, é de Santo Amaro da Imperatriz, município que integra a região metropolitana de Florianópolis e é leitor deste blog acompanhando todas as postagens via Facebook.
Neumayr tem uma história interessante. Seu primeiro trabalho com carteira assinada foi como Gari-Mirim, um programa social que existia em Santo Amaro da Imperatriz no início da década de 1990.
Neumayr no entanto nunca parou de estudar. É formado em Eletrônica Automotiva e Gerenciamento de Motores. Atualmente trabalha na empresa Doppelmayr, líder mundial na fabricação e desenvolvimento tecnológico de teleféricos e cablecar, em Bregenz, na Áustria.
O protesto dos brasileiros foi destaque no jornal Vorarlberg, de Bregenz, conforme este facsímle:
Postado por Aluizio Amorim
DO LILICARABINA

Ministros do Supremo Tribunal Federal afirmam que convocação de constituinte exclusiva seria um ‘golpe’ contra a Carta em vigor; proposta foi recebida com perplexidade por oposicionistas


Proposta é mal recebida no STF e no Congresso
Eduardo Bresciani
e Felipe Recondo
O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Deputados, senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) questionaram, nesta segunda-feira, 24, a viabilidade da realização de um plebiscito sobre a convocação de uma constituinte exclusiva para debater e reforma política, proposta feita pela presidente Dilma Rousseff.
O anúncio de Dilma foi recebido com surpresa por surgir em uma reunião com chefes de Executivo e não na presença de integrantes do Legislativo. A convocação do plebiscito, na forma como defendido pela presidente no discurso, teria de acontecer por meio de emenda constitucional, proposição que tem trâmite lento e precisa da aprovação de 2/3 dos parlamentares na Câmara e no Senado.
Um ministro do STF destacou não haver na Constituição previsão de convocação de constituintes exclusivas – integradas não por parlamentares, mas por pessoas eleitas apenas para esse fim. Para outro integrante da Corte, essa possibilidade não está na legislação justamente para dar segurança jurídica ao País. Na visão desses ministros, a atitude seria um golpe contra a Constituição de 1988. Observam que, como o tema é amplo, seria possível mudar o sistema de presidencialista para parlamentarista, por exemplo.
O ex-presidente do Supremo Carlos Velloso classificou como “uma forma de distrair o povo que está nas ruas” o anúncio feito pela presidente. “Que o povo deseja uma reforma política, não há dúvida”, disse. “Deseja muito mais: que se ponha fim à gastança desenfreada e deseja reformas que aperfeiçoem o regime político e tornem mais saudável a vida das pessoas”, afirmou Velloso, que presidiu o STF de 1999 a 2001.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado, criticou a proposta de Dilma, destacando ser possível fazer alterações no sistema de forma mais simples. “É muita energia gasta em algo que pode ser resolvido sem necessidade de mexer na Constituição. Basta alterar a Lei das Eleições e a Lei dos Partidos.”
No Congresso, a proposta foi recebida com perplexidade por oposicionistas. “Todos aqueles que eu consultei disseram que, conceitualmente, está errado”, afirmou o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO).
Interesses. Na base aliada, líderes manifestaram apoio, mas reconheceram confusão na proposta. “É preciso ainda esclarecer por que a presidente também fala em extrair da população pontos para a reforma, mas a ideia demonstra um respeito pela população”, afirmou o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM).
Os defensores da proposta avaliam que o Congresso atual não faria mudanças profundas por não desejar mexer em seus próprios interesses. “Nós sabemos que não vai ter reforma para valer com o Congresso que temos aqui”, disse Wellington Dias (PI), líder do PT no Senado. “Defendo a constituinte exclusiva porque não se faz uma reforma política com um Congresso eleito por este sistema que se deseja mudar”, disse o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF).
COLABORARAM: RICARDO DELLA COLETTA E MARIÂNGELA GALLUCCI
24 de junho de 2013 
DO R.DEMOCRATICA

Proposta de Constituinte é inconstitucional. Trata-se de uma tentativa de golpe bolivariano.



Por Reinaldo Azevedo
Constituinte exclusiva para fazer reforma política é golpe.
É evidente que se trata de uma proposta inconstitucional, que não passaria no Supremo — aos menos, espero que não.
Se passasse, então seria sinal de que estaríamos no reino onde o perdão seria desnecessário porque não haveria mais pecado.
Pois é…
Eu conheço esses caras e essas caras. Sei como pensam. Sei com quais categorias operam. Sei como funcionam. Tenho advertido aqui há três semanas que esse negócio de ser reverente às massas na rua acaba dando em porcaria.

Uma coisa é ser contra congressistas que não prestam. Outra, distinta, é hostilizar o Congresso. Uma coisa é criticar uma justiça lenta e ineficaz. Outra, distinta, é hostilizar o Judiciário e as leis.
A ideia de uma Constituinte exclusiva para fazer a reforma política é de Lula.
E é antiga.

Dilma, quando candidata, defendeu essa ideia numa entrevista ao programa Roda Viva. Não conseguiu dizer direito nem por que queria governar o Brasil, mas veio com essa história.
Escrevi a respeito em julho de 2010. Felizmente, ao longo de sete anos, completados hoje, este blog se manteve no prumo e no rumo.
Na sua proposta, também a reforma tributária seria feita por essa “Constituinte”.
Como ela se operaria?
A “Assembleia da Reforma Política” seria bicameral ou unicameral?
Representaria só os cidadãos ou se tentaria garantir o equilíbrio federativo já no processo de representação?
Vai saber o que se passa pela cabeça tumultuada de Dilma Rousseff. Eu sei o que se passa na cabeça da cúpula do PT: criar mecanismos para se eternizar no poder.
É um escárnio!
O Brasil passou pelo impeachment.
O Brasil passou pela crise dos anões do Orçamento, que dizimou reputações no Congresso.
O Brasil passou, e está passando ainda, pela crise do mensalão.
Ninguém falou em Constituinte. Agora, por causa de meia dúzia na rua — ainda que fossem muitos milhões —, os feiticeiros vêm falar em “Constituinte exclusiva”?
Por quê?
Houve algum rompimento da ordem?

Boa parte da reforma política necessária pode ser feita por legislação ordinária. É raro o caso em que se precisa de emenda, só aprovada com três quintos das duas Casas.
E por que não se chega a lugar nenhum?
Porque o governo não tem rumo e porque, como em jornada recente, os petistas querem impor uma reforma que o beneficie, que torne as eleições meros rituais homologatórios.
Ora, Dilma não recebe em palácio esses patetas do Passe Livre por acaso.
Não acho que essa porcaria vá prosperar, mas é claro que estou preocupado.
Ao mesmo tempo, fico satisfeito. Então eu não estava doido, não!
Muita gente boa se perdeu nesse processo porque não conseguiu resistir ao encanto das massas na rua.
Uma coisa é reconhecer — e isto eu sempre reconheci — que existem bons e enormes motivos para protestar.
Outra, distinta, é não distinguir o ataque à roubalheira e aos desmandos do ataque às instituições.
Que fique claro:
– sapatear no teto do Congresso agride a Constituição;
– botar fogo no Itamaraty agride a Constituição;
– impedir o direito de ir e vir — SENHOR MINISTRO LUIZ FUX — agride a Constituição;
– promover quebra-quebras de norte a sul do país, cotidiana e reiteradamente, agride a Constituição.

Certa estupidez deslumbrada se esqueceu da natureza dessa gente. Os que estão nas ruas não obedecem a nenhum comando, mas estão lidando com forças organizadas.
Daqui a pouco, lembrarei que tipo de reforma política quer o PT e por quê.
Conheço a crítica segundo a qual citar o nazismo como exemplo tende a ser inócuo porque nada se iguala aquilo e coisa e tal…
Mas não dá para ignorar: parte dos liberais e dos democratas brasileiros resolveu, nestes dias, se comportar como os liberais e social-democratas da República de Weimar.
24/06/2013 
DO R.DEMOCRATICA

sábado, 22 de junho de 2013

'Maioria silenciosa do Brasil parece ter encontrado sua voz', diz editorial do 'The New York Times'



Para o jornal americano, protestos que se espalham pelo País não deveriam causar surpresa

Clarice Cudischevitch 
O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Um editorial publicado no jornal norte-americano "The New York Times" na quinta-feira, 20, intitulado "Despertar social no Brasil", afirma que os protestos que se espalham pelo País não deveriam causar surpresa.

Segundo o texto, apesar de o Brasil ter conquistado muitas realizações nas últimas décadas, como uma economia mais forte e eleições democráticas, "ainda há uma grande distância entre as promessas dos governantes políticos de esquerda e as duras realidades do dia a dia fora da elite política e empresarial".

O editorial ressalta que o Banco Mundial lista o Brasil como a sétima maior economia do mundo, mas que o País tem uma das piores classificações em rankings de igualdade de renda e de habilidades de leitura e matemática.

Além disso, menciona que seus principais políticos foram flagrados em esquemas de desvios de dinheiro público. 
"Não é de se admirar que a taxa de transporte público aumente a indignação das classes pobre e média, que estão sobrecarregadas por um sistema tributário regressivo", afirma o texto.

"Não é de se admirar que os gastos esbanjados em estádios de futebol para a Copa do Mundo, enquanto a educação pública continua gravemente subfinanciada, tornaram-se um grito de guerra." 

O editorial destaca que a presidente Dilma Rousseff tem tentado responder aos manifestantes, declarando que o desejo de mudança é bem-vindo, e que alguns governantes reverteram o aumento das passagens.

"A maioria silenciosa do Brasil parece estar encontrando sua voz política", finaliza o texto. 

"Srta. Rousseff, que concorre à reeleição no próximo ano, terá que enfrentar novas demandas com conteúdo, bem como simpatia." 


21 de junho de 2013 
DO R.DEMOCRATICA 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

MILITÂNCIA DO PT É VAIADA POR MANIFESTANTES EM SÃO PAULO SOB O AÇOITE DO REFRÃO: "FORA PT, LEVA A DILMA COM VOCÊ!"




Por Aluizio Amorim 

Os militantes petistas seguiram as ordens de Lula e decidiram se incorporar aos protestos em São Paulo nesta quinta-feira.

Inclusive, segundo algumas fontes, o ministro sem pasta da Dilma, o celebérrimo marketeiro João Santana (o mesmo que fez a campanha fraudulenta de Nicolás Maduro na Venezuela), já estava nas redondezas com a sua equipe de filmagem para obter cenas que seriam utilizadas na campanha da Dilma à reeleição.
 

Deu tudo errado.

Quando a petezada apareceu com as fatídicas bandeiras vermelhas foi surpreendida por uma gigantesca vaia dos manifestantes ao mesmo tempo em que era entoado o refrão: 

Fora PT, leva a Dilma com você! Fora PT, leva a Dilma com você!...
 

Vejam. O vídeo é imperdível! 
DO R.DEMOCRATICA 

Partidarismo rejeitado



O fato de militantes petistas com suas bandeiras terem sido rechaçados nas manifestações em diversos estados do país ontem é um bom indício de que o movimento que chegou aos corações e mentes da classe média não se deixou contaminar por partidarismos

Merval Pereira
O Globo
Por Ricardo Noblat

Depois de uma reunião da presidente Dilma com o ex-presidente Lula em São Paulo, onde estranhamente estavam presentes o presidente do PT Rui Falcão e o marqueteiro da presidência João Santana, ficou estabelecido que o prefeito Fernando Haddad deveria reduzir os preços das passagens, e o partido entrar nas manifestações ao lado dos movimentos sociais que controla — ONGs de diversos tipos, o MST a CUT, a UNE.

Uma reunião partidária, como se vê, com a presidente da República recebendo instruções de seu tutor político, numa clara demonstração de que depende dele para se posicionar em situações de crise.

A desorientação petista é tamanha que há correntes dentro do partido que pressionam o governo a dar uma guinada à esquerda para supostamente se sintonizar com esses movimentos.

Já há movimentos dentro do PT a exigir do governo que deixe de fazer superávit primário para pagar a dívida e use esse dinheiro para investimentos em saúde e educação.

Ou então para que o PT deixe de lado as coalizões partidárias com o PMDB e que tais e faça uma ligação direta com as massas. Renasce em alguns setores da esquerda o sonho da democracia direta, tão em voga nos regimes bolivarianos da América Latina.

É difícil saber no que vai dar tudo isso. Não há como definir o que vai prevalecer nessas manifestações. Assim como há baderneiros infiltrados e toda uma gama de manifestantes dispostos ao vandalismo, que consideram a depredação a melhor maneira de enfrentar os governos, há também no próprio movimento do Passe Livre uma predominância de pensamento de esquerda radical.

Agora que conseguiram a redução do preço das passagens, querem a tarifa zero e outras reivindicações que não estão na pauta da maioria que foi às ruas.

A tarifa zero é uma utopia do bem, que se pode tentar alcançar, e seria boa para todo mundo, embora me pareça impossível em cidades grandes como São Paulo e Rio. Mas há outras reivindicações que nada têm a ver com a grande massa que participou das manifestações, como o protesto contra o “latifúndio urbano”.

E querem introduzir na pauta também a reforma agrária, uma reivindicação bastante discutível hoje no Brasil onde o agronegócio é um dos sustentáculos da economia brasileira e o latifúndio improdutivo praticamente desapareceu.

Um processo de modernização agropecuária que, hoje, caracteriza o capitalismo no campo, fez com que nos últimos 30 anos o latifúndio se transformasse em grande empresa rural, tornando-se produtivo.

A maioria não está nem com os baderneiros nem com essa politização que, embora não seja partidária, é política, de grupos que lideram os movimentos.

A maioria está nas ruas por causa da melhoria do dia a dia, quer que o dinheiro público seja gasto com transparência e com prioridades claras, esse é o foco central da maioria. E é por isso que as manifestações contra o aumento de ônibus cresceram se ampliaram.

Houve a adesão de um grupo grande da classe média que está sentindo os efeitos da inflação, dos péssimos serviços públicos, da opressão do Estado, que viu nessas manifestações um caminho para extravasar suas frustrações e exprimir suas reivindicações.

E eles sabem porque a vida não é melhor: porque o dinheiro público é desperdiçado, roubado; os governos de maneira geral têm projetos imediatistas de poder e não projetos de longo prazo para o país.

Quem quiser levar os protestos para caminhos radicais, vai perder apoio.

21.06.2013 

O LADO MAIS FRACO...



Sabe quem são os vândalos que hoje não respeitam o patrimônio público nem a polícia?

Por Mara Montezuma Assaf

 São os mesmos marginais que há tempos nos atormentam e que já não temem a lei porque ela é frouxa, ela deixa que assassinos hediondos respondam processo criminal em liberdade mediante pagamento de fiança...conforme lei 12.403 sancionada por Dilma em 2011, feita para esvaziar as cadeias superlotadas.

Sabem quem são os menores delinquentes que metem o porrete e a pedrada nas portas envidraçadas de bancos e lojas?

São os menores capazes de colocar fogo numa vítima ainda viva...e que são protegidos pelo ECA; e sobre este assunto o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo deixou bem claro que a cláusula que os protege é pétrea e não passará sequer por revisão.

Sabe porque estes delinquentes estão arrasando e detonando sem parar?

Porque o governo do PT, na figura do ministro da Justiça, obrigou a PM de São Paulo a permanecer manietada diante da violência , diante dos vândalos, diante da desordem...automaticamente deixando a população de São Paulo refém desta corja de bandidos!

Os motivos das manifestações são mesmo difusos, e são tantos que é muito difícil elencá-los .

Basta que saibam que são esses sapos que o PT nos vem obrigando a engolir calados há mais de 10 anos que de repente estão sendo vomitados !

Agora aguentem!

Puxaram demais a corda e ela estourou ...maravilha...estourou do lado mais fraco!

Essa foi a grande descoberta da população brasileira...o lado mais fraco não somos nós, são elles!

Nem todo um exército de cientistas políticos e especialistas em comportamento de massas vai conseguir descobrir uma saída medianamente digna para o governo!
21.06.2013
DO R.DEMOCRATICA 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Apupos e desespero político


De: Ucho Haddad – Para: Dilma Rousseff – Assunto: Apupos e desespero político

(*) Ucho Haddad
Dilma, ao longo da vida conheci pessoas ridículas, mas você com certeza supera qualquer expectativa. Ouso dizer que você é a personificação do ridículo. Você deve estar estranhando o tom menos cavalheiresco desse colóquio, mas é que a situação passou dos limites. Vocês, magnânimos petistas, são como carro velho e enguiçado. Só funcionam no tranco. De tal modo, o tormento redacional que lhe dirigido regularmente será marcado por solavancos, o que vez por outra compromete a minha elegância.
Seu desempenho como governante é tão pífio, que por mais que tenha forçado a memória não consegui pinçar um período político tão descontrolado do Brasil como agora. Isso faz do palavrório insensato e chicaneiro de Lula uma profecia: “nunca antes na história deste país”. Você é a protagonista desse apocalipse, enquanto nós, brasileiros de bem, as vítimas.
Sem um grama de talento para ser chefe de Estado, você não soube assimilar os apupos que lhe foram dirigidos no Estádio Mané Garrincha e continuou com a máquina palaciana de sandices acionada. Dilma, sua soberba é tão agigantada que impede que você enxergue o óbvio. O Brasil está desmoronando por causa da sua incompetência e a de Lula, mas você continua afirmando que aqui é a filial do paraíso. É a primeira vez em pouco mais de meio século de existência que vejo alguém querendo travestir o inferno com a cangalha do paraíso.
Dilma, coloque a mão na consciência, se é que você tem e sabe como funciona, e reflita. É possível acreditar que o Brasil está muito melhor do que há uma década? Não se avexe em reconhecer a verdade, pois se isso acontecer – o que duvido – você entrará para a história do País pela porta da frente e com direito a pompa e circunstância. É a chance derradeira para deixar um bom exemplo, principalmente ao seu neto, se é que você o tem em boa conta. Assim ele terá orgulho de no futuro dizer, sem qualquer nesga de medo, sou neto da Dilma.
No segundo turno da corrida presidencial de 2010, Dilma, você conseguiu arrancar das urnas pouco mais de 55 milhões de votos, o que não é pouco e a transformou na primeira mulher a chegar à principal cadeira do Palácio do Planalto. Na última segunda-feira, 17 de junho, 230 mil manifestantes nas ruas de várias cidades brasileiras fizeram você amarelar. Viu só, Dilma, como você é ridícula? Não adianta ficar de mau humor, me xingar ou pensar em colocar a tropa petista no meu encalço. Já chega a patrulha que rotineiramente aturo, sem contar um companheiro que você detesta e que prometeu eliminar-me. Mas não se preocupe, pois esse tipo de atitude é coisa de gente ridícula, desqualificada e covarde. Típico de Lessie metida a pitbull.
Voltando à sua essência ridícula… Diante das ruidosas manifestações, você e sua horda de aduladores alegaram não entender o movimento. Tudo bem, Dilma, você combateu a ditadura militar, integrou organizações terroristas e patrocinou atentados contra os adversários apenas porque é tola e ingênua? Tudo bem, essa farsa de quinta faz parte da liturgia do cargo, mas não queira que todo o Brasil acredite nessa sua inocência de ocasião, que sequer convence uma noviça na clausura.
Sua incompetência é de tal forma atroz, Dilma, que você gastou quase R$ 100 mil para viajar às pressas a São Paulo para submeter-se aos devaneios totalitaristas de Lula e aos conselhos pirotécnicos do marqueteiro do PT. Na minha terra, Dilma, isso atende pelo nome de desespero político. Seja sincera ao menos uma vez na vida. Tenho ou não razão para perder a elegância de sempre? Dilma, nem mesmo no mais absurdo dos sonhos você tem capacidade para estar na presidência.
Sob a desculpa de salvar o companheiro Fernando Haddad, você torra o suado dinheiro do contribuinte para se sujeitar às ordens de um lobista-fugitivo, responsável pelo período mais corrupto da história nacional, aceitando se reunir em um hotel? Para não ultrapassar a minha lhaneza, dou-me por satisfeito classificando-a de ridícula. Além desse limite que ora estabeleço, minha mãe, que lê diariamente o que escrevo, me contemplaria com uma carraspana, apesar do deleite de ver a presidente dentro de uma saia justa.
Dilma, pense no absurdo que você cometeu! Submeteu os destinos da nação a um bandoleiro político e a um marqueteiro partidário. Dilma, você foi eleita para presidir o Brasil, não Lula e João Santana. É verdade que essa dupla deve tramar contra você diuturnamente, mas o seu papel foi de pequenez assustadora.

A vida, Dilma, tem seus oximoros, mas há situações inexplicáveis. Pego-me imaginando os antagonismos que marcam sua existência. Um dia você está no Vaticano como se fosse o maior milagre de todos os tempos, em outro se reúne em um hotel com o namorado da Marquesa de Garanhuns. Um dia você está em Paris querendo ensinar os europeus a enfrentarem a crise, em outro se submete aos palpites de um sujeito que se especializou na produção de engodos eleitorais. Reconheça, Dilma, chamá-la de ridícula é um elogio e tanto. Uma descomunal reverência que lhe faço.
Confesso, Dilma, que em algum momento pensei que pudesse ser injusto com você, mas a última pesquisa de opinião tirou esse eventual peso da minha consciência. Em nova rodada, sua popularidade despencou oito pontos, mais uma vez. Seus estafetas de plantão entendem que essas pesquisas nada representam, mas, convenhamos, é uma ducha de água fria para quem sofre de hidrofobia. Dilma, sua situação só não é pior porque pesquisas de opinião no Brasil são tão confiáveis quanto uma cédula de R$ 3, além de refletiram as opiniões de apenas 0,001% da população do País. Ou seja, é melhor acreditar em você do que nas pesquisas.
Para não ser intransigente, Dilma, algo que o seu partido cultiva como se fosse a mais fina e frágil flor, deixo aqui duas propostas. A primeira não exige doses extras de tutano, mas requer coragem: dentro de uma caixa colocamos pequenos papeis com os nomes das 27 capitais. Sorteamos dez e vamos juntos para esses destinos. Você embarca no avião presidencial, eu, em aeronave de carreira. Não que sua companhia seja demasiadamente indesejável, mas a carga negativa que deve ter nesse Aerolula é capaz de coisas absurdas. Nessas capitais caminharemos juntos, porém disfarçados. Eu estarei fantasiado de Dilma, você, atrás de uma máscara qualquer. Com a promessa de ficar calada e de não imitar o andar do John Wayne. Ouviremos a voz rouca das ruas, a mesma que você garantiu que escuta e é legítima. Gravamos tudo e depois revelamos aos brasileiros. Se a maioria dos depoimentos for favorável a você, farei um imediato mea culpa. Do contrário, você assume que fracassou como inquilina do Palácio do Planalto.
A segunda proposta exige tutano, que,creio, está em falta no almoxarifado palaciano. De novo sem querer ser intransigente, aceito que você esteja acompanhada de assessores e tenha em mãos as anotações que quiser. Sugiro até que convide o Lula e o João Santana, que poderão ajudá-la no desafio. Fazemos um debate em ordem, como costumo dizer, sobre qualquer tema que envolva o Brasil e depois apuramos o resultado através da opinião pública. Eu, Dilma, irei ao encontro com a cara, a coragem e a coerência. Você, se quiser, pode levar tudo e quem quiser. Inclusive a empáfia, que será a primeira a cair.
(*) Ucho Haddad é jornalista político e investigativo, analista e cometarista político, cronista esportivo, escritor e poeta.





DO R.DEMOCRATICA

terça-feira, 18 de junho de 2013

Uma cineasta brasileira desmontou em seis minutos a vigarice bilionária forjada pelos organizadores da Copa da Ladroagem

Por Augusto Nunes
Nascida em São Paulo e residente na Califórnia, a cineasta Carla Dauden presenteou o Brasil decente com um vídeo que, em 6:10, reduz a farrapos a fantasia triunfalista costurada nos últimos seis anos.
Desde que ficou oficialmente decidido que o País do Futebol seria o anfitrião da Copa do Mundo de 2014, o governo federal, a Fifa e a CBF agem em cumplicidade para vender como empreitada patriótica o que sempre foi uma conjunção de negociatas bilionárias com pilantragens eleitoreiras.
Nesta segunda-feira, enquanto multidões de brasileiros incluíam o oceano de obras superfaturadas entre os alvos dos atos de protesto, Carla postou seu vídeo no YouTube.
Passadas 24 horas, o número de acessos vai chegando a 600 mil. A menos de 12 meses do apito inicial, a fraude foi implodida.
E o mundo começou a descobrir o que fizeram, fazem e pretendem continuar fazendo os governantes e supercartolas que arquitetaram a Copa da Ladroagem.


"O que REALMENTE está por trás das manifestações no Brasil?


Pra quem não sabe o que está acontecendo no Brasil, este é um texto traduzido da CNN Americana:

#naosao20centavos

"O que REALMENTE está por trás das manifestações no Brasil?
Os protestos que vêm ocorrendo no Brasil vão além do aumento de R$ 0,20 na tarifa dos transportes públicos.
O Brasil está experimentando atualmente um colapso generalizado em sua infraestrutura.
Há problemas com portos, aeroportos, transporte público, saúde e educação.
O Brasil não é um país pobre e as taxas impostos são extremamente altas.
Os brasileiros não veem razão para uma infraestrutura tão ruim quando há tanta riqueza tão altamente taxada. Nas capitais, as pessoas perdem até quatro horas por dia no tráfego, seja em automóveis ou no transporte público lotado que é realmente de baixíssima qualidade.
O governo brasileiro tem tomado medidas remediadoras para controlar a inflação apenas mexendo nas taxas e ainda não percebeu que o paradigma precisa compreender uma aproximação mais focada na infraestrutura.
Ao mesmo tempo, o governo está reproduzindo em escala menor o que a Argentina fez há algum tempo atrás: evitando austeridade e proporcionando um aumento com base em interesses da taxa Selic, o que está levando à inflação alta e baixo crescimento.

Além do problema de infraestrutura, há vários escândalos de corrupção que permanecem sem julgamento, e os casos que estão sendo julgados tendem a terminar com a absolvição dos réus.
O maior escândalo de corrupção da história do Brasil finalmente terminou com a condenação dos réus e agora o governo está tentando reverter o julgamento usando de manobras através de emendas constitucionais inacreditáveis: uma, o PEC 37, que aniquilará os poderes investigativos dos promotores do ministério público, delegando a responsabilidade da investigação inteiramente à Polícia Federal.
Mais, outra proposta busca submeter as decisões da Suprema Corte Brasileira ao Congresso – uma completa violação dos três poderes.

Estas são, de fato, a revolta dos brasileiros.

Os protestos não são movimentos meramente isolados, unificados ou badernas de extrema esquerda, como parte da imprensa brasileira afirma.
Não é uma rebelião adolescente.
É o levante da porção mais intelectualizada da sociedade que deseja pôr fim a esses problemas brasileiros.
A classe média jovem, que sempre se mostrou insatisfeita com o esquecimento político, agora “despertou” – na palavra dos manifestantes."

DO R.DEMOCRATICA