sábado, 24 de dezembro de 2016

Fala de Temer é recebida com panelaços em diversas cidades

O pronunciamento oficial do presidente Michel Temer (PMDB) em rede nacional de rádio e televisão feito na noite deste sábado, 24, foi recebido com panelaço em diversas cidades do Brasil. Nas redes sociais, houve relatos de protestos em cidades como São Paulo, Rio, Salvador, Brasília, Recife, Porto Alegre, Bauru e Feira de Santana. 
Foto: Dida Sampaio
Michel Temer anuncia pacote natalino
Temer apresentou balanço de sua gestão em rede nacional
Na capital fluminense, foi possível ouvir o som das panelas em boa parte da zona sul, como no Botafogo e em Copacabana, mas também em bairros como a Tijuca. Em São Paulo, houve panelaço em boa parte da região central e também nas zonas Sul e Oeste, em locais como Perdizes, Pompeia e Pinheiros. 
Em sua fala, Temer apresentou um balanço de sua gestão até o momento e alegou que enfrentou "imensos desafios" nos primeiros meses de governo, mas que tem trabalhado "dia e noite para fazer as reformas necessárias" para o País voltar a crescer. Segundo ele, o Brasil está "no caminho certo" e o próximo Natal "será muito melhor do que este".
"O Brasil tem pressa, e eu também. Nesses poucos meses do nosso governo, muito já foi feito. Com os esforços que fizemos, a inflação caiu e voltou a ficar dentro da meta, o que vai colocar um freio na carestia que você sente no supermercado", disse o presidente.
Temer afirmou que no próximo ano o País retomará investimentos e diminuirá o número de desempregados. "Precisamos crescer. Trabalhamos para voltar a crescer. Vamos crescer. Desta vez, um crescimento sustentável e responsável. Estamos mudando as estruturas do nosso País."
No vídeo, ele lembrou da aprovação recente no Congresso da PEC que limita os gastos públicos e da lei que moraliza e dá transparência à administração das estatais, além da reforma do ensino médio, que foi aprovada apenas na Câmara e aguarda análise do Senado. O presidente também afirmou que começou a preparar o terreno para a reforma da Previdência, tema espinhoso que deverá ser analisado pelos parlamentares no início do ano que vem. Ele finalizou a mensagem fazendo uma homenagem ao cardeal dom Paulo Evaristo Arns, falecido no dia 14 de dezembro. - DO ESTADÃO

ALEGRIAS LUZ E PAZ - FELIZ NATAL


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Natal bandido - por Luiz Carlos Prates


Urgente! Ex PGR recorreu ao STF pelo impeachment de Gilmar Mendes


Notas do Instituto Lula trituram imagem de Lula

Lula é ao mesmo tempo um ex-heroi e uma vítima da ética de mostruário que cultivou antes de chegar ao poder. O seu sucesso político é um trunfo do ideal da perseverança do brasileiro humilde que veio ao mundo para servir de exemplo. Sua desgraça é o surgimento de uma interrogação: exemplo de quê? Imaginando-se dono um destino de glórias, Lula tornou-se uma melancólica fatalidade. E as notas oficiais do Instituto Lula, a pretexto de rebater ataques à imagem do líder imaculado, contribui para a dessacralização do personagem, expondo-lhe os pés de barro.
A penúltima evidência de que o todo-poderoso do PT também está sujeito à condição humana foi a autuação da Receita Federal ao Instituto Lula por “desvio de finalidade”. Isenta de impostos, a entidade efetuou despesas fora dos padrões. Por exemplo: repassou R$ 1,3 milhão para uma empresa chamada G4 Entretenimento. Pertence a Fábio Luís, filho de Lula. E tem como sócio Fernando Bittar, dono do sítio que Lula utiliza como se fosse dele. Para o fisco, não houve prestação de serviço, mas transferência de recursos para Lula ou parentes. Cobraram-se os tributos devidos.
Em nota, o Instituto Lula disse que entregou ao fisco o papelório que comprovaria que a G4 prestou serviços “em diferentes projetos”. O texto dá de barato que todos os contribuintes brasileiros devem considerar natural que o Estado dê isenção tributária para que o instituto de Lula contrate a empresa que seu primogênito mantém em sociedade com o dono do sítio que a OAS e a Odebrecht reformaram para o usufruto da divindade. Ai, ai, ai.
O que mais assusta nas notas do Instituto Lula é sua banalidade. A desfaçatez, o malabarismo retórico para esconder o fiasco do ex-mocinho, nada disso surpreende a plateia, já habituada ao cinismo associado aos motivos dos poderosos. O que espanta é o desprezo à castidade presumida da “alma mais honesta” que o Brasil já conheceu.
Como se sabe, o mensalão não justificou o impeachment. Naquele escândalo, Lula escapou pela tangente do “eu não sabia”. Mas o acúmulo de reincidências —do petrolão aos confortos bancados por terceiros— é um atentado contra a paciência alheia. O problema não é a idiotice das notas do Instituto Lula. O que incomoda é a tentativa permanente de fazer a plateia de idiota. DO J.DESOUZA