quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dilma é quem deveria ir para Papuda, diz Paulinho da Força ao lado de Aécio

Daniela Lima - Folha.com
Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress
O senador e candidato a presidência da Republica Aécio Neves (PSDB) faz discurso ao lado de Paulinho da Forca em Santana
O candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, discursa ao lado de Paulinho na zona norte de SP
No evento de comemoração do Dia do Trabalhador promovido pela Força Sindical, a presidente Dilma Rousseff foi duramente criticada e dois ministros que representaram o governo foram vaiados. A comemoração acontece na praça Campo de Bagatelle, em Santana, na zona norte da capital paulista.
Os dois principais candidatos de oposição à Dilma na eleição ao Planalto foram convidados para protagonizar os discursos: o senador Aécio Neves (PSDB-SP) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE).
Mas os ataques mais duros à presidente vieram do anfitrião do evento e presidente licenciado da Força, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força. Ele culpou Dilma pela desvalorização da Petrobras, disse que o governo da petista era corrupto e chegou a insinuar que a petista poderia ser presa junto aos condenados do mensalão na Papuda, em Brasília, pelas acusações de má gestão na estatal.
"O governo que deveria dar o exemplo está atolado na corrupção. Se fizer o que a presidente Dilma falou ontem, quem vai parar na Papuda é ela", disse. A presidente Dilma anunciou ontem, em pronunciamento na TV pelo Dia do Trabalho, aumento de 10% no Bolsa Família, correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda na fonte no ano que vem e promessa de manter a política de valorização do salário mínimo –a atual acaba no fim de 2015.
O deputado Paulinho da Força comanda o Solidariedade, partido que apoia Aécio na disputa eleitoral pela Presidência no ano que vem. Quando fez o ataque, Paulinho estava ao lado de Aécio Neves. Eduardo Campos ainda não havia chegado.
O senador mineiro discursou logo em seguida. Ele disse iria retirar a Petrobras das "garras" do atual governo. Destacou a pressão inflacionária e disse que Dilma não participou de eventos no primeiro de maio. "Ela não veio aqui para olhar para vocês", atacou. Aécio fechou seu discurso dizendo que voltaria no próximo ano como presidente eleito.
Antes de falar ao público, o senador voltou a criticar o pronunciamento de Dilma na TV ontem. Ele afirmou que a petista tenta se apropriar do discurso da mudança, "mas se dará conta que a mudança inclui sua saída do poder".
VAIA
O ministro Gilberto Carvalho (Secretário-Geral da Presidência da Republica) falou instantes depois e foi vaiado. Ele destacou a valorização de 70% do salário mínimo e disse que a candidatura de Aécio é uma tentativa de trazer o governo FHC de volta.
Ele disse que os tucanos tentam desvalorizar a Petrobras para tentar privatizar a empresa. Ao falar das conquistas foi vaiado e respondeu: "pode vaiar. A vaia é parte da democracia".
Antes de sair ele disse que preferia não comentar a fala de Paulinho da Força. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, criticou Paulinho no palanque e também foi vaiado. "Ele não precisava ter ofendido a presidente", disse.
DOWELBI 

A mobilização do povo na internet.

Governo Federal e Políticos estão preocupados com uma grande mobilização que começa a tomar vulto na internet.
É, o clima lembra o período que antecedeu a revolução francesa. O terceiro estado (povo esclarecido) clama por justiça. Há uma enorme movimentação pela internet para reunir um milhão de pessoas na Avenida Paulista pela demissão de toda a classe política (ainda sem data marcada). Este email de convocação já começou a  circular e está sendo lido por centenas de milhares de pessoas. É importante que você repasse para todos os seus contatos. A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo esclarecido que começa a sair da inércia e de sua zona de conforto para lutar por um Brasil melhor. Todos os ''governantes'' do Brasil, até aqui, falam em cortes de despesas - mas não CORTAM despesas - querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos. A história nos mostra que muitos governantes caíram e até perderam suas cabeças exatamente por isto.   
Nenhum governante fala em: 
    
1.Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República; 
2.Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo; 
3.Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego; 
4.Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo; 
5.Acabar com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares; 
6.Redução drástica da quantidade de vereadores, acabar com os salários de vereadores, diminuir os gastos das Câmaras Municipais e das Assembléias Estaduais; 
7.Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 5 partidos apenas, seria mais que suficiente; 
8.Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc..., das Câmaras, Juntas, etc..., que se deslocam em digressões particulares pelo País; 
9.Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias,.para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias; 
10. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado; 
11. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc...; 
12. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes; 
13. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES; 
14. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal médico. Às oligarquias locais do partido no poder; 
15. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar; 
16. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Legislativo; 
17. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento imediato dos precatórios judiciais; 
18. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam; 
19. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas valem e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida; 
20. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos; 
21. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois; 
22. Pôr os Bancos pagando impostos equivalente aos juros que cobram e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria; 
23. Fazer Auditoria URGENTE e proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs. Devem ser mantidas por entidades privadas e não pelos governos; 
24. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT e demais partidos políticos, CUT e UNE; 
25. Rever imediatamente a situação dos Aposentados Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às custas dos brasileiros trabalhadores e, dos Próprios Aposentados; 
26. Rever as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros); 
27 .Auditoria sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países; 
28. Acabar com as mordomias (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da Republica, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustível, segurança, etc... 
29. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salário mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família. O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou; 
30. Suspender por 40 anos os Direitos Políticos de todos os PETISTAS salafrários que atentam contra a dignidade dos brasileiros e mamam desesperadamente nas tetas dos governos federal, estaduais e municipais; 
31. Suspender os planos de saúde vitalícios e caríssimos dos parlamentares, que podem ser atendidos até no exterior, determinando que os mesmos façam uso do SUS - Sistema Único de Saúde ou paguem planos de saúde particulares com seu próprio salários como todo assalariado brasileiro faz; 
32. Tornar obrigatório o uso das escolas públicas por todos os filhos de parlamentares durante seus mandatos, até para que sirvam de parâmetro; 
33. Proibir que qualquer político durante o mandato, faça parte de qualquer cargo ou função em estatais, autarquias e de economia mista, inclusive em qualquer tipo de conselho ou vínculo; 
34. Extinguir os recessos parlamentares, sob qualquer pretexto, limitando as férias como a de qualquer trabalhador brasileiro de apenas um mês; 
35. E… (qualquer outra sugestão levantada e devidamente avaliada por uma comissão de brasileiros com a devida idoneidade) 
Já que esses nossos políticos e governantes não querem fazer reformas de fato, não querem passar o Brasil a limpo, cabe a nós, povo esclarecido, fazer isto através da mobilização em massa e ir para as ruas (sem vandalismo, sem black blocs, que são contra o capitalismo, manifestar a nossa insatisfação).
Vamos juntos, vamos mostrar que no Brasil o povo esclarecido pode realmente mudar o rumo da história, já que pelas urnas vai ser difícil, por motivos óbvios. 
*Vera Lúcia Batista - OAB/ DF/3632 - Via Grupo Resistência Democrática.
DOMFORTES

Dilma na TV: “Lupus pilum mutat, non mentem”

“O lobo muda de pelo, mas não de vício”

Dilma faz pronunciamento de 1º de maio na TV Foto: Reprodução

Por Reinaldo Azevedo
Dilma fez nesta quarta o seu pronunciamento de Primeiro de Maio, tentando atingir o maior público possível, ainda antes do feriado prolongado. Pergunta óbvia: ela foi bem? Eu acho que não! “Ah, você não vale porque é um crítico da presidente Dilma…” Então tá.
Começo pelos mistérios da imagem. Televisão — ou vídeo — é um troço meio perverso. É claro que todas as providências foram tomadas para que ela parecesse e aparecesse bem e altaneira. Mas não pareceu nem apareceu. Não me perguntem exatamente o quê — depois passo o vídeo para o meu amigo Gerald Thomas avaliar, um especialista também na linguagem não-verbal. O fato é que transmitia a impressão de cansaço. Mostrou-se algo desenxabida e meio brava. A coisa vinha do fundo dos olhos, reforçada por um discurso meio infeliz.
“Lupus pilum mutat, non mentem”. Era uma frase popular já entre os latinos. O lobo muda de pelo, mas não de caráter, de personalidade, de mentalidade. Essa é uma versão mais comum entre os ingleses. Em português, ganhou uma tradução que acho excelente: “O lobo muda de pelo, mas não de vício”.
Pois é… Todos os pronunciamentos oficiais de Dilma Rousseff são eleitoreiros — ou alguém se esqueceu do pré-anúncio da redução da tarifa de energia elétrica em 2012, coisa que só aconteceria no ano seguinte, em 2013, com os resultados desastrosos de todos conhecidos. Ocorre que Dilma, naquele tempo, navegava lá nas alturas. A expectativa era de que a eleição seria um passeio; um mero ritual homologatório. Logo, tudo era festa.
João Santana cometeu a imprudência de não mudar o tom, mas de manter o conteúdo ufanista. O que quero dizer com isso? O pronunciamento continuou a ser eleitoreiro, mas num momento em que, sabidamente, a presidente não vai bem. Resultado: o discurso soou defensivo e cheio de desculpas.
Dilma disse inconveniências e, mais do que isso, ilegalidades como: “Nosso governo tem o signo da mudança e, junto com vocês, vamos continuar fazendo todas as mudanças que forem necessárias para melhorar a vida dos brasileiros”. Ora, é evidente que ela não está se referindo ao período que separa maio de dezembro. Refere-se à reeleição. Como o feriado do Dia do Trabalho também pertence a quem não votou nem votará nela; como o feriado do Dia do Trabalho pertence também a quem reprova o governo; como o feriado do Dia do Trabalho também é da oposição, é evidente que isso caracteriza campanha eleitoral antecipada.
O discurso teve o seu melhor pior momento quando a presidente afirmou: “Posso garantir a vocês que a inflação continuará rigorosamente sob controle, mas não podemos aceitar o uso político da inflação por aqueles que defendem ‘o quanto pior, melhor’. Temos credibilidade política para dizer isso. Nos últimos 11 anos, tivemos o mais longo período de inflação baixa da história brasileira.”
Vamos lá. A inflação, no momento, está estourando o teto da meta. Então está sob o controle, mas no alto. Apontar os descaminhos nessa área é uma obrigação intelectual, não uma aposta “no quanto pior, melhor”. Reduzir as críticas da oposição a essa antítese boçal é desrespeitar a democracia — como se já não fosse agressão o bastante usar a rede nacional para fazer campanha. Quanto ao compromisso dos últimos 11 anos, só não naufragamos na hiperinflação porque o PT foi derrotado na sua luta contra o Real e depois nas eleições de 1994 e 1998. O partido recorreu ao Supremo contra o plano de estabilização.
Mas fazer o quê? A exemplo dos lobos, eles não sabem ser de outro jeito, não é? Podem mudar de aparência, mas não de vício, não de caráter. Antigamente, Dilma dizia essas coisas e tinha pela frente uma esmagadora maioria que apostava na continuidade. Hoje, dizem as pesquisas, a maioria aposta é em mudança. E boa parte quer mudar também de presidente. Por isso Dilma fez um discurso agressivo, eleitoreiro, na defensiva e passou a imagem de quem está um pouco cansada.
Muitos brasileiros também estão.
Pois é…
Dilma anunciou a correção de 10% no Bolsa Família. Tá. Quem já votava nela por isso não poderá votar de novo; quem não votava mesmo já recebendo o benefício não o fará por causa dos 10%. Quem acha que Bolsa Família é caça-votos acaba ficando meio irritado. E quem já é petista faça chuva ou faça sol não precisa disso.
A presidente também anunciou a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5%. Pois é… Podem apostar: haverá muita gente brava por ela ter feito isso logo depois do fim do prazo da entrega dos dados à Receita… Medidas como essas correm o risco de ser contraproducentes.
30/04/2014