quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MENSALÃO em Post do Leitor: voto de Lewandowski absolvendo Dirceu é histórico — no pior sentido

"Lewandowski irá vagar como alma penada entre os colegas do tribunal" (Foto: STF)
Com conhecimento de causa — tem longa prática jurídica — e indignação de cidadão, o amigo do blog Reynaldo-BH produziu um texto crítico sobre o voto que o ministro Ricardo Lewandowski acaba de pronunciar sobre o processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal que, a meu ver, deve ser compartilhado com os leitores.

Sinto uma vergonha por outros que, neste caso, chega a incomodar!
O ministro do Supremo Tribunal Ricardo Lewandovski, que absolveu o ex-chefe da Casa Civil do lulalato do crime de corrupção ativa, acabou de RECEBER UMA AULA do ministro Celso de Mello e uma fina ironia do presidente do STF, ministro Ayres Brito.
Lembrou – o que humildemente já escrevi em comentário – que a TEORIA DO DOMÍNIO DOS FATOS nasceu em 1939 com Welzel!! Lewandovsky cita Claus Roxin, como uma contraposição a Welzel que é INUSITADA! NUNCA ninguém citou este posicionamento.
Ao argumentar que o “professor de ginásio” o ensinou que as teorias intelectuais (TODAS) chegam no Brasil com 50 anos de atraso. TOMOU OUTRA REPRIMENDA! ” V.Sa. esta sendo injusto com a intelectualidade brasileira!”. Não se emendou!
No afã de ser subserviente, Lewandovski começa a ser o novo Fantasma DO Supremo. Irá INDUBITAVELMENTE vagar como alma penada por entre os colegas de Tribunal.
Tenta fazer um discurso para quem dele espera o que prometeu entregar.
Seria mais prudente dizer, simplesmente:
– Absolvo o réu!
Ao tentar dar ares de profundidade e conhecimento jurídico (que provou não ter, e NÃO SOU EU QUE DIGO, mas os próprios pares!), ao ignorar provas (dizendo que o que não está nos autos não está no mundo e usando uma entrevista de AGOSTO deste ano assim, como impressões pessoais sobre o “caráter” de acusados, em uma clara contradição do que ele próprio dizia), ao atacar o Ministério Público com uma agressividade incomum, ao desprezar a doutrina defendida pelos pares nos votos anteriores, consegue ser menor do que ontem. E maior que amanhã.
Solicito, encarecidamente, que NÃO vejam em minhas palavras uma crítica ao VOTO de um juiz.
Critico O JUIZ. Talvez seja até mais arriscado!
Defendo – com toda minha convicção! – o direito do magistrado votar com a sua CONSCIÊNCIA. Quando esta se mostra no voto.
Não concordo com a clara e evidente distorção de fatos, conceitos, escolas acadêmicas e postura de defensor pleno por parte de quem deveria JULGAR — e não ser um advogado de defesa.
Isto é VERGONHOSO!
A vergonha não está na discordância.
E sim nos motivos apresentados para tanto.
Desculpem esses comentários recorrentes (não sou comentarista de sessões do STF!) mas o que vejo realmente é HISTÓRICO.
No pior sentido.
Alegou falta de provas para condenar aquele a quem o Ministério Público chamou de “chefe da quadrilha”.
Pois bem, vamos a alguns fatos altamente significativos:
1 – UM dia antes do empréstimo do Banco Rural, Dirceu se reuniu com Kátia Rabelo, presidente do banco, em Belo Horizonte.
2 – TODOS – ATENÇÃO: TODOS! – os componentes do grupo criminosos são unânimes em afirmar que nada era feito sem que Dirceu fosse avisado por telefone!
3 – Dirceu depôs em Juízo afirmando ser dele a responsabilidade da “montagem da base de apoio”. Que já foi JULGADA e CONDENADA por ser CORRUPÇÃO.
4 – Será crível que Delúbio (condenando até por Lewandovsky) agia sozinho? Ou seria necessário um memorando de corrupção?
5 – Dirceu recebeu APÓS a visita do Carequinha a Portugal o presidente da Portugal Telecom. Sem agenda definida.
O ministro Lewandowvski diminui a cada dia, na exata proporção da defesa (e não julgamento) que faz no Plenário do Supremo Tribunal Federal.

MENSALÃO: ao condenar por corrupção ativa os outrora poderosos Dirceu, Genoino e Delúbio, Joaquim Barbosa entra para a História e lava a alma dos brasileiros de bem

STF _ Mensalão _ Joaquim
Post publicado originalmente no dia 3 de outubro de 2012
Amigas e amigos do blog, independentemente do que ocorra no restante do julgamento do escândalo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, o ministro relator do processo, Joaquim Barbosa, no Supremo desde 2003, acaba de entrar para a História da República.
Foi o relator de um processo que, pela primeira vez, condenou em seu voto, por corrupção ativa, dois políticos de alta catadura e graúda condição: o ex-todo-poderoso chefe da Casa Civil do lulalato, José Dirceu, que pretendia chegar um dia à Presidência da República, e 0 ex-deputado e ex-presidente do PT, o partido do governo, José Genoino, também ex-candidato muito bem votado a governador de São Paulo em 2002 — perdeu de longe para o tucano Geraldo Alckmin no segundo turno, mas obteve imponentes 8,4 milhões de votos (41,3% do total).
Dirceu, Delúbio e Genoino: o voto do ministro Joaquim contra figuras poderosas do poder e do partido do governo em crimes tão graves é inédito na história do Supremo (Fotos: veja.abril.com.br)
Nunca, nos quase 123 anos de história do regime proclamado em novembro de 1889, figuras que foram chave no exercício do poder estiveram, como estão Dirceu e Genoino — além de Delúbio Soares, integrante algo apagado do PT, mas fundamental para a bandalheira do mensalão –, tão próximos das grades de uma cadeia.
O ministro Joaquim Barbosa votou depois de desenvolver um trabalho árduo, quase desumano, ao relatar um processo com 38 réus, mais de 700 testemunhas ouvidas, e cujos autos são constituídos por quase inacreditáveis 50 mil páginas, 234 volumes e 500 apensos, e com vários crimes diferentes sendo imputados, em graus diferentes, aos acusados.
Sua tenacidade e coragem recuperam a imagem dos homens públicos no Brasil e dão esperanças, aos brasileiros decentes, de que a violação da lei ”neztepaiz” por parte dos que muito podem não continue a ser como sempre, vergonhosamente, foi: impune.
RICARDO SETTI-REV VEJA

PF diz ter indícios de que dinheiro apreendido no Pará iria para o PT

LUCIANA MARSCHALL - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MARABÁ
AGUIRRE TALENTO - DE BELÉM
Um delegado da Polícia Federal afirmou ontem possuir indícios de que o R$ 1,1 milhão apreendido anteontem num aeroporto no interior do Pará seria destinado à campanha do PT de Parauapebas.
O juiz eleitoral que apreendeu o dinheiro disse à PF que presenciou a fuga do coordenador da campanha petista do aeroporto assim que percebeu a chegada de policiais civis e militares.
Em seguida, um monomotor aterrissou e as notas foram apreendidas.
Um dos que carregavam o dinheiro no avião disse ao juiz que as mochilas seriam entregues a Alex Ohana, ex-secretário municipal de Saúde e atual coordenador da campanha petista. O partido comanda a cidade há oito anos, com Darci Lermen, e agora disputa a prefeitura com José Couto.
"Há veementes indícios de prática crimes eleitorais", disse à Folha o delegado da PF Antônio Carvalho.
"Checamos junto aos vigilantes e ao pessoal da Infraero e realmente o Alex [Ohana] estava no aeroporto e, quando viu o juiz, ele 'vazou'", afirmou Carvalho.
Ontem, um empresário da cidade que se identificou à polícia como dono do dinheiro, cerca de R$ 1,1 milhão, disse que parte desse recurso seria destinado a um partido político, mas não disse qual.
Segundo João Vicente, proprietário da empresa White Tratores, o dinheiro apreendido tem origem legal e seria usado, principalmente, para pagamento de funcionários.
"Aqui em Parauapebas o pessoal está doido atrás de dinheiro [para campanhas]. Houve pessoas que me procuraram pedindo."
O empresário não quis detalhar os pedidos e disse apenas que tem sido assediado.
"Não foi só uma pessoa que estava me procurando, então não quero fazer acusações."
A advogada da empresa, Betânia Viveiros, porém, havia dito que o dinheiro seria usado para "pagamentos de funcionários e credores".
A coordenação da campanha de Couto disse não saber se Alex Ohana estava no aeroporto e afirmou que vincular a presença dele à apreensão do dinheiro é apenas uma "especulação forte", pois a movimentação de pessoas é intensa no local.
Colaboraram DANIEL CARVALHO e REYNALDO TUROLLO JR, de São Paulo
DO WELBI

Evangélicos abrem guerra contra Haddad: ele " infestará as escolas com o kit gay"


Edir Macedo associa o candidato do PT ao mensalão e diz que os "comparsas" de Haddad "roubaram o Brasil e agora assaltarão São Paulo"

  CoroneLeaks

Principal apoiador de Celso Russomanno (PRB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Rede Record, bispo Edir Macedo, centrou fogo contra Fernando Haddad (PT).
Em ataque ao petista, Macedo publicou um texto com cinco motivos para não votar em Haddad.
O principal, segundo o bispo, é que o petista "infestará as escolas municipais com seu kit gay", se eleito.
O documento associa o candidato do PT ao mensalão e diz que os "comparsas" de Haddad "roubaram o Brasil e agora assaltarão São Paulo".
Fala ainda dos problemas do Enem que marcaram a gestão do petista quando ministro da Educação.
Em seu blog, Macedo publicou ontem o texto "Desabafo da revolta", como se fosse uma carta recebida por ele de alguém que assina como "amigo".
No texto, o autor diz que Haddad "tentou obrigar" a distribuição "uma publicação que defende a homossexualidade, que estimula nossas crianças a viverem em pecado" e afirma que Haddad distribuirá o kit gay nas escolas.
O texto é permeado do início ao fim por ataques ao petista. "Haddad mente. Ataca sem argumentos os demais candidatos, principalmente o líder nas pesquisas, Celso Russomanno", diz.
O documento diz que Haddad não é "sério" e que não "assumiu seus erros" quando houve problemas no Enem.
O "desabafo" publicado pelo bispo diz que "José Dirceu, Genoino, Delúbio [Soares] e Marcos Valério", réus no julgamento do mensalão, "são todos companheiros" de Haddad.
"Mesmo que sejam condenados, quem nos garante que irão para a cadeia?
Quem nos garante que, no dia seguinte à posse, não estarão devidamente instalados nos gabinetes do secretariado da prefeitura?
E mesmo que não sejam eles pessoalmente, seus indicados estarão lá".
Por fim, defende Russomanno. Os ataques ao PT fazem parte da estratégia adotada às vésperas do primeiro turno. Além de o candidato subir o tom contra Haddad, a campanha reforçou a ofensiva por meio da igreja neopentecostal e de folhetos contra o petista.
A candidatura distribuiu panfletos com críticas à principal proposta do PT, o Bilhete Único Mensal. "Na proposta do Haddad, uma família com quatro pessoas vai pagar R$ 560 por mês só com o Bilhete Único Mensal do PT", diz o folheto.
"Você quer pagar menos? A proposta de Russomanno tornará a passagem mais barata".
A campanha prepara novos ataques. "Estamos em stand by, mas podemos lançar novos materiais gráficos até sábado", disse o marqueteiro da campanha, Ricardo Bérgamo. Em sua fala, Russomanno assumiu de vez o discurso agressivo contra o PT e repetiu por 14 vezes, em 14 minutos, que Haddad "mente".
O candidato rebateu críticas à sua proposta de cobrar a passagem de ônibus de acordo com o trajeto percorrido. Para Haddad, isso prejudicará os pobres, que vivem na periferia.
"Haddad está mentindo literalmente, deslavadamente a respeito da minha proposta. Ele é mentiroso", declarou, antes de fazer uma carreata na zona leste. "Ele [Haddad] vai para o segundo turno comigo e vai fazer todos os debates comigo. Agora chegue ao segundo turno (sic). Seja competente para chegar, porque até agora não foi". O candidato evitou falar do vínculo com o bispo Macedo. "Não falo mais sobre isso. Sou católico. Vocês querem acompanhar o batismo do meu filho para saber quem eu sou?"
Ao ser questionado sobre as críticas de Macedo, Haddad buscou não relacionar o episódio à opinião pessoal do bispo Edir Macedo. Segundo o petista, a campanha enviará carta para rebater, ponto a ponto, as críticas do texto. "Vamos informar o remetente das injustiças, das injúrias que está cometendo. Muito provavelmente não o faz por má fé, mas por desinformação", afirmou. O petista evitou polemizar.
Russomanno, ao mesmo tempo em que ataca o PT, poupa o candidato do PSDB, José Serra. Ontem a campanha tucana começou a distribuir panfletos dizendo que a candidato do PRB é vinculada à Igreja Universal do Reino de Deus e mostrando denúncias contra o candidato. Russomanno evitou comentar. "Estamos acompanhando. Se houver irregularidade nós vamos tomar as providências jurídicas", afirmou.
Ao comentar sua queda nas pesquisas, Russomanno mostrou-se como "vítima do ataque de sete partidos". "Tenho dois minutos de televisão e os outros têm sete minutos cada. Todos estão me bombardeando", disse.
Segundo o Datafolha divulgado ontem, Russomanno caiu cinco pontos percentuais em uma semana e está com 25% das intenções de voto, em empate técnico com Serra, que tem 23%. Haddad tem 19%.
 
4 de outubro de 2012
DO R.DEMOCRATICA

STF: num dia, com Cícero, Santo Agostinho e Santo Tomás; no outro, com a tromba do elefante!

O ministro Ricardo Lewadowski protagonizou ontem um dos momentos mais constrangedores do Supremo Tribunal Federal. Se, na segunda-feira, Celso de Mello havia apelado a Cícero, a Santo Agostinho e a Santo Tomás de Aquino, lembrando-nos, afinal, de que o STF é um corte constitucional que honra o saber acumulado de gerações, Lewandowski ontem não se fez de rogado. Malsucedido em sua viagem pela Antiguidade Clássica, quando atribuiu ao escultor Fídias uma frase do pintor Apeles, houve por bem não ousar no terreno da alta cultura — já que o Google trai quem não sabe o que procura — e se deixou levar pela retórica, digamos, popularesca, lustrando os que, afinal de contas, preferiram não acumular saber nenhum. Ao defender a inocência de José Genoino, contou a fábula dos cegos que apalpam um elefante. O que tocou na cauda disse que o bicho se parecia com uma vassoura; o que tocou a orelha, com um leque; o que tocou a tromba… Bem, leitores, não quero que este texto descambe para a linguagem de botequim.
O que estaria querendo dizer o Esopo de São Bernardo? O que ou quem seria o elefante? Quais personagens representariam o papel dos cegos? Só uma conclusão é possível. O processo estaria no lugar do paquiderme, e seriam os demais ministros, privados da visão de conjunto, a apalpar, literalmente às cegas, a realidade, colhendo, todos eles, não mais do que impressões parciais da realidade. Ainda bem que lá estava o professor Lewandowski para, com mais aguda vista do que todos os outros homens, iluminar os fatos. Só ele saberia, porque ministro cuidadoso, que um elefante não é uma vassoura, um leque ou uma mangueira d’água… Como toda fábula, a do ministro também tinha uma moral: “Em terra de cegos, quem tem olhos absolve petistas”… Alguém deveria, nem que fosse por caridade, proteger Lewandowski de si mesmo. Como todo o respeito, está se transformando numa figura patética.
A defesa de Genoino
O ministro voltou a ser implacável com Valério e seus associados. Também resolveu não queimar vela para mau defunto e condenou Delúbio Soares por corrupção ativa. O próprio ex-tesoureiro já deixou claro que sabe qual é seu destino, anunciando que vai cumpri-lo como mais uma tarefa partidária. Quem mobilizou o ânimo militante de Lewandowski foi mesmo José Genoino. Ali não estava o juiz; ali não estava o revisor do processo; ali não estava o membro da corte suprema do país. Ouviu-se foi a voz de um militante. Havia mesmo indignação na sua voz. A sua maneira, ele procurara ser o Celso de Mello do outro lado.
Notem bem, leitoras e leitores: não estou aqui a exigir que Lewandowski condene quem acho que deva ser condenado para que, então, eu o elogie. Nada disso! Estou a cobrar outra coisa: um pouco de decoro na argumentação. A acusação de que se cuidava ontem era “corrupção ativa”. O ministro simplesmente ignorou o objeto que estava em causa e partiu para defender a suposta legalidade de um empréstimo que o Rural teria feito ao PT, que contara com a assinatura de Genoino.
E se esforçou, então, com mais energia do que a própria defesa do ex-presidente do PT, para demonstrar que Genoino só assinara os documentos do empréstimo que a Justiça considera falsos porque, afinal, fazê-lo estava entre as suas atribuições. Assim, entende-se, condenar Genoino seria aderir à tese da “responsabilidade objetiva”: só porque estava no cargo, seria então culpado. Calma lá! O esquema que passou a ser chamado de “mensalão” era, como resta claro dos depoimentos até mesmo de Delúbio, uma decisão do comando do PT — com a anuência de Lula, é evidente! Genoino não era um qualquer nessa estrutura. Ao contrário! Estava na presidência da legenda, sucedendo José Dirceu. Não se chega ao topo da hierarquia partidária sem conhecer suas entranhas, seus métodos, suas escolhas.
E como Genoino conhecia! Ele era, aliás, uma dos cardeais do partido, talvez a sua cabeça mais ágil para lidar com assuntos do Congresso. Pode-se acusá-lo de muita coisa, menos de ser idiota. Então Delúbio lhe apresentava documentos, e ele os ia assinando assim, sem mais nem menos? Então era ele o presidente do partido que, de forma deliberada, comprava a base aliada, e devemos acreditar que ignorava a lambança? Parte da dinheirama repassada aos corruptos passivos saiu desses empréstimos chancelados por Genoino.
Lewandowski, não obstante, insiste que ele não sabia de nada. Vá lá… Se acha isso mesmo, que diga. Mas que o faça julgando o que está sendo julgado. E não se cuidava, ali, da veracidade ou não dos empréstimos, mas da compra de apoio parlamentar. Num momento em que esperou encontrar um socorro do ministro Marco Aurélio, deu-se mal. Tentando conquistar a solidariedade do outro para a sua tese de que assinatura de Genoino nos empréstimos era parte de suas atribuições, teve de ouvir uma resposta vexaminosa, que poderia ser resumida assim: “Sim, ministro, assinar o documento era parte das atribuições de Genoino, mas não um empréstimo fraudulento”.
Um ministro ligeirinho
O ministro surpreendeu a muitos. O Lewandowski que não tem demonstrado especial amor pela celeridade, parecia ontem ter comido a sua lata do superespinafre. Quando se imaginava que a sessão caminharia para o fim, ele fez questão de votar — a tempo ao menos de o Jornal Nacional informar que o relator havia absolvido Genoino. Com quantos votos contará na corte? Não dá para saber. Mas parece que o PT não anda a desprezar qualquer nesga de esperança. Nesta quinta, ouviremos, certo como dois e dois são quatro, o seu voto absolvendo José Dirceu.
Lewandowski também resolveu apelar a Kafka, sugerindo que Genoino é vitima de um julgamento discricionário, que apela ao absurdo. É uma má leitura da realidade e… de Kafka. Josef K., a personagem de “O Processo”, é levado pelas autoridades, acusado de um crime que nem ele próprio sabe qual é. As lambanças que unem os petistas, Marcos Valério e os bancos são conhecidas. Em parte delas, há a assinatura de José Genoino!
No extremo da argumentação insana, o ministro cantou as glórias de Genoino e nos contou que a sua assinatura só foi exigida porque, afinal, ela conferia credibilidade ao documento, segurança. Entendi, então, que o homem que assinava uma peça do que o próprio tribunal considera uma tramoia não era o presidente do partido, aquele que era um dos chefes da organização, que conhecia, por óbvio, seus segredos, seus projetos e seus atos. Nada disso! O Genoino que assinava era o outro, o homem sem mácula. Na formulação de Lewandowski, o PT até poderia ser alvo de algumas desconfianças, mas Genoino jamais!
Curioso! Como Lewandowski deve absolver também José Dirceu, entendo que o ministro quer nos fazer concluir que o verdadeiro chefe do PT era mesmo Delúbio Soares. Quem acredita nisso? Não sei que parte do elefante o ministro andou tateando; sei que não foi uma boa parte.
POR REINALDO AZEVEDO
REV VEJA

Mascote mais original da Copa 2014 ...

Acharam o tatuzinho da Copa!
Além dos 'sugestivos' e 'bem bolados' nomes
que a Fifa sugeriu para a mascote da copa,
agora temos mais uma opção...
Ou, quiçá, duas:
LULECO ou MENSALECO
DO LILICARABINA

40 milhões viram a quadrilha do PT ser desmascarada no Jornal Nacional.

A cobertura que interessa está aqui. No Jornal Nacional. Uma matéria de mais de cinco minutos foi ao ar. Nela brilhou Joaquim Barbosa condenando todos os envolvidos por corrupção ativa, com especial atenção para José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Mais de quatro minutos de pau puro na quadrilha. Aí entrou um pouco do Ricardo Lewandowski, que dispensa comentários. 

Marta perde as estribeiras, Haddad perde a compostura, Lula perde a vergonha na cara e lá vai o PT descendo a ladeira.

O que Lula, o chefe do Mensalão, tem feito nos últimos dias é, na linguagem lulesca, "incomentável". Marta Suplicy, então, além de agredir verbalmente Russomanno, agora atacou todo o PRB, que é da base do governo. Disse Marta: "A cidade de São Paulo não é para isso. A cidade de São Paulo é para quem tem plano de governo bom, e o PT tem, e para quem tem partido para apoiar, que o PT tem". Haddad, por sua vez, paralisado nas pesquisas, quer debate de qualquer maneira com Russomanno. Ontem desafiou o oponente para um debate na internet, depois de ofendê-lo e levar um "mentiroso" em troca, na TV. Bateu o desespero no PT inteiro. E hoje à tarde tem o dono do partido no banco dos réus. Começa daqui a pouco o julgamento do José Dirceu. Não percam!
DO CELEAKS

UM "FORA LULLA" SILENCIOSO.

Já disse aqui que me orgulho do meu passado.
E me orgulho dele por ser um dos brasileiros que lutaram, DE FORMA ORDEIRA E PACÍFICA, pela volta da democracia.
Não condeno, em momento algum, o Regime Militar como regime de força. Condeno os excessos de radicalóides que elamearam a luta que o EXÉRCITO BRASILEIRO empreendeu em boa hora, para não deixar que nosso país fosse entregue para um bando de vagabundos, que queriam transformar o meu país em um quintal de Fidel.
Não existe melhor lugar no mundo, qualquer que seja ele, do que aquele onde a plena democracia seja exercida em sua totalidade.
Não existe melhor lugar no mundo, qualquer que seja ele, do que aquele onde a justiça imparcial prevaleça.
Erramos muitas vezes, como jovem nação que somos?
Erramos. E continuaremos errando até que o povo amadureça como nação.
Mas mesmo com nossos erros, quando escolhemos errado quem nos representa, quando deixamos de lado nosso direito de cobrar dos que nos representam, quando fazemos vista grossa para a atuação de trapaceiros profissionais, quando endeusamos falsos profetas da justiça social, ainda assim é a democracia que estará presente, enquanto tivermos a oportunidade de errar e acertar, errar e corrigir nossos erros, até que aprendamos, como nação, a errar sempre menos do que erramos no passado.
O Chefe de quadrilha, que por 10 anos enganou grande parte desta nação, deve estar deseperado.
Está descobrindo que o povo, adubo que lhe alimenta o ego, está de costas para o demiurgo palanqueiro e começa a prestar atenção ao personagem real que durante 10 anos, conseguiu esconder a pele de lobo que lhe adorna os cornos.
Haddad, o escolhido, ANOTEM: VAI FICAR FORA DA DISPUTA. Justo na terra onde nasceu a quadrilha de LuLLa. Mas não é só na maior capital do país não.
O movimento popular de um silencioso "FORA LULLA!" se espraia por capitais importantes e pelos mais longínquos recantos deste Brasil que começa a despertar de uma letargia quase doentia, que fez vistas grossas para os crimes hediondos cometidos pelo farsante.
A pesquisa Datafolha de hoje, diz muito deste "FORA LULLA" silencioso. É como a passeata dos cem mil, que saiu em silêncio da Cinelândia para desaguar, também silenciosamente ordeira, bem na frente da Candelária.
As faixas falavam por nós. Não havia bombas, nem coquetéis molotov, não havia armas, não havia slogans. Havia um silêncio ensurdecedor que calou os militares que se preparavam para "dispersar" a multidão.
É esse o grito silencioso de "FORA LULLA" que os brasileiros estão começando a bradar silenciosamente. Democraticamente. Ordeiramente. Usando seu sagrado direito de, solitário em uma cabine, gritar bem alto um "FORA LULLA".
LuLLa não tem mais poder algum. Não enfeitiça transeuntes, não deixa embasbacados os idiotas de plantão.
LuLla está deseperado por que está descobrindo que o povo está lhe virando as costas.
LuLLa está sendo derrotado pela democracia que quis destruir.
Esse mesmo povo tem que começar a virar as costas para o que representa o petismo ladrão.
Não dá para esquecer que LuLLa é Dilma, que Dilma é LuLLa, que ela é "a muié do LuLLa", que eLLa é o que resta do petismo crminoso e que o governo atual ainda pertence ao partido-quadrilha e que, por ainda ter o poder, tem a prerrogativa de continuar sacaneando nossa democracia, a justiça e o povo.
O "FORA LULLA" silencioso que presenciamos nesta eleição, tem que se transformar em um "FORA PT".
FORA LADRÕES.
FORA PARTIDO-QUADRILHA.
Aí sim, nossa democracia dará, de vez, um exemplo e tanto de maturidade política. 

DO GENTE DECENTE

O COMEÇO DO FIM