Se
não bastasse a corrupção e a roubalheira de dinheiro público que tem
vindo à tona à medida em que a Operação Lava Jato avança nas
investigações, uma lei de então presidente José Sarney, datada de 1986,
garante uma mordomia vitalícia indecente a ex-presidentes.
Quem
cumpriu um mandato no Planalto pode contar com dois carros e oito
funcionários: dois motoristas, quatro servidores para a segurança
pessoal e mais dois assessores. Todos são de livre nomeação e custeados
pela Presidência da República.
Segundo levantamento do jornal O Globo,
corresponde aos meses de setembro e outubro deste ano, Lula custou à
Presidência R$ 6.916,74 com abastecimento de combustível. No mesmo
período, Fernando Henrique gastou R$ 864,11, e Dilma despendeu R$
594,50. Os ex-presidentes têm à disposição até dois veículos, que
costumam ser da categoria sedan premium ou sedan grande. Segundo médias
de gasolina por município da Agência Nacional do Petróleo (ANP) no
período, e considerando-se um consumo médio de 7 km por litro de
gasolina desse tipo de automóvel — estimativa conservadora —, Lula
percorreu nesses dois meses 14.284 km. O tucano andou 1.780 km, enquanto
a sucessora de Lula correu 1.074 km.
Agora
imaginem quanto custa esta mordomia a cada um dos ex-presidentes
anualmente somando-se as despesas com salários, diárias, passagens
aéreas e outras despesas correlatas de suas respectivas comitivas.
Ah!
Ainda tem os famigerados “cartões corporativos”, cartões de crédito
para gastos sem limite pela dinastia do Palácio do Planalto que também
beneficia os ex-presidentes.
Isso é o que se sabe. Imaginem o que não se sabe? DO A.AMORIM