domingo, 16 de julho de 2017

Ali Babá vai roubar lugar de Lula ou Lulia?



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O “presidenciável” ou “presidiável” Luiz Inácio Lula da Silva está com tudo e segue prosa. Ainda mais agora que seus advogados recorrem da primeira condenação que lhe foi imposta pelo juiz Sérgio Moro. O mito decadente Lula aproveitou um evento da petelândia no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para provocar seus inimigos mortais:
“Quero saber onde estão os coxinhas agora depois do Temer governando este País. Cadê as penelas, hein? Cadê os heróis deles? Os heróis deles eram, como se diz santos de barro. Nós somos feitos de carne e osso, de paixão por este País. Esta é a diferença entre nós e eles. Pra nós, é motivo de orgulho se a empregada doméstica tem um celular”.
Não se pode nem deve subestimar Lula e seus fanáticos seguidores. Descontando o canhotismo canhestro de um prisioneiro da ultrapassada luta de classes, que só alimenta o clima de violência e radicalismo em Bruzundanga, Lula fez uma indagação pertinente sobre os iludidos ou idiotas que fizeram um Presidente nas coxinhas, derrubando a Dilma sem noção. Embora contrarie a vontade da maioria que sonha com um País democrático que nunca teve, o Crime Institucionalizado permanece mandando na máquina estatal desonesta que rouba a sociedade.
Mais grave – segundo sugeriu Lula – é que o tal Estado Ladrão é mantido com a conivência ou inação dos tais “coxinhas”. Não basta apenas focar em Lula – a jóia da coroa da Lava Jato. É fundamental promover uma faxina geral que apanhe e detone os principais chefes de esquemas de bandalheira em todo o Brasil. Por isso, não dá para aceitar coxinhas com corruptos de estimação. Otários e bandidos profissionais são vírus que levam a metástase da roubalheira institucionalizada em todo o Poder Público.
Todos precisam compreender que o problema não são os ladrões individualmente. Eles são meros agentes da roubalheira. O verdadeiro inimigo é o Estado-Ladrão. O tal “ente ficcional” é uma máquina (ou mecanismo) estatal que legitima a roubalheira, através do excesso de regras abusivas, por meio das quais os corruptos negociam facilidades produzindo dificuldades. O mais assustador é que o financiador da máquina criminosa é cada um de nós que pagamos quase uma centena de impostos, taxas, contribuições, multas e por aí vai...
A “torcida organizada” continua mais babaca que nunca. Em vez de encarar seriamente a postura de “reeleger ninguém em 2018”, as pessoas em redes sociais começam a “torcer” por quem será o milagroso capaz de derrotar Lula em 2018. Tal postura ingênua favorece a petelândia e suas variantes de canhota – cujo compromisso é manter a máquina estatal como sempre esteve. A esquerdalha não quer liberdade para o cidadão. Quer um Estado ainda mais forte, para dirigir a tal “revolução” (golpe que sempre vendem aos incautos).
Fala sério! Não adianta discutir candidatura presidencial (para uma eventual eleição indireta, caso Michel Temer seja derrubado – o tem chance enorme de não acontecer) e nem para a eleição prevista para outubro de 2018. A única solução verdadeira é a Intervenção Constitucional (ou Institucional). É essencial mudar o Estado brasileiro. A máquina precisa ser enxugada. Os poderes (executivo, legislativo, judiciário e militar) devem ter seus papéis redefinidos claramente, com fiscalização direta pelo cidadão-eleitor. São remédios urgentes: Federalismo pleno, com força ao poder local. Transparência total dos gastos públicos. O Imposto Justo. Voto distrital. Fim da reeleição. Sistema eleitoral confiável (com recontagem).
O Brasil só vai melhorar se a maioria das pessoas de bem o do bem conseguirem entender, claramente, tudo que precisa ser mudado. O maior adversário das mudanças estruturais é o vício nacional de empurrar toda a responsabilidade para o Estado-Ladrão. A Constituição gagá de 1988 legitima tal mania de dependência do cidadão ao setor público, em vez de valorizar a livre iniciativa de quem estuda, trabalha e produz de verdade. O real dever do Estado é não roubar e não se intrometer na vida das pessoas. Fazendo isto, sem atrapalhar e “roubar”, já ajudará muito.
Definido qual o erro essencial, quem é o verdadeiro inimigo (o Estado-Ladrão) e tudo que precisa ser reinventado, temos de conquistar a hegemonia e partir para as mudanças na estrutura estatal. O serviço completo não é para mortadela, coxinha e “roubalo” (prato predileto dos corruptos de fino trato). A missão é para quem tem coragem, honra e sabedoria (o uso correto do conhecimento com base na verdade).
O Brasil não pode nem deve continuar sendo a Terra de Ali babá. Tolerância zero com corruptos! Reeleja ninguém em 2018! Mandemos Lula para o PT que o pariu. Intervenção Institucional é a única solução! Mudança, já!
Vamos correr... Porque Ali Babá não demora e toma o lugar de Lula, de Lulia ou de outra marionete, para deixar tudo como sempre esteve...
Bem Fechado
Circula na Internet que Lula já recebeu seu primeiro apoio formal, fora da Petelândia, para 2018:
“Fechamos com Lula e não abrimos”.
Mensagem da Associação dos Carcereiros do Brasil...
Soltinho da Silva

Releia o artigo de sábado: Pega Lula, Peru! E bota pressão no TRF-4...

Cobrança imediata
Em pleno sabadão, o telemarketing de um banco telefonou 24 vezes para o cafofo do Negão da Chatuba, até que o cobrado injuriado resolveu atender, com juros e correção:
- Já sei, minha filha. Tu ta ligando para cobrar: 1) a delação premiada da OAS que mexeria com uns magistrados; 2) a delação premiada do Eduardo Cunha, que o advogado dele jura que não existe, mas que todo mundo no Palácio do Planalto se borra de medo; 3) a delação premiada do Antônio Palocci que acaba com os chefões da petelândia, de Guido Mantega pra cima... Não é isso?
A Atendente Sênior de cobrança pediu milhões de desculpas:
- Perdão, excelência... Nosso sistema ligou, por engano, para o Supremo Tribunal Federal... O senhor já está em recesso, né... Pode anotar o protocolo de atendimento, por favor?
As razões da Intervenção
Antônio José Ribas Paiva é o convidado do desembargador Laércio Laurelli, neste domingo, às 22 horas, no programa Direito e Justiça em Foco, na Rede Gospel.
Força do mau hábito

Políticos trocam espírito de corpo pelo de porco

Josias de Souza

Sitiado por investigações criminais, o sistema político brasileiro entrou em convulsão. É como se a desfaçatez tivesse virado um vírus que transmite aos políticos uma doença devastadora. Abateu-se sobre Brasília uma epidemia pilântrica. Quem presta atenção se desespera. Há políticos admiráveis em cena. Mas os outros 99,9% dão a eles uma péssima reputação.
Num instante em que Lula oscila entre duas possibilidades —retornar ao Planalto ou ir para a cadeia—, o deputado petista Vicente Cândido (SP) sugere enfiar dentro de uma suposta reforma política uma cândida novidade: a partir de 2018, nenhum candidato poderá ser preso nos oito meses que antecedem a eleição.
Pior do que a emenda de Cândido, só mesmo o soneto do companheiro Carlos Zarattini (SP), líder do PT na Câmara: ''Essa proposta não é para o Lula e sim para todos os candidatos.” Ele explica que o objetivo é “dar uma maior segurança ao processo eleitoral.'' Ai, ai, ai…
Segurança para quem?, indaga a plateia ao se dar conta de que Lula está mais perto do xadrez do que da urna, que sua sucessora Dilma Rousseff também chafurda no lodo, que o rival Aécio Neves recebe malas de dinheiro de Joesley Batista, que Michel Temer é um presidente sub judice e que seu substituto é Rodrigo Maia, o “Botafogo” da planilha da Odebrecht. Um cenário assim pede camburão, não proteção.
Um dos primeiros sintomas do surto pilântrico que varre Brasília é a perda do recato. Os políticos se esquecem de maneirar. Noutros tempos, o toma-lá-dá-cá era mais sutil. Agora, para facilitar o trabalho do governo, os congressistas andam com o código de barras na lapela.
Na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Temer comprou à luz do dia a rejeição da denúncia em que é acusado de corrupção. O Planalto não se preocupou nem em tirar da decisão a marca do preço. Animado$, os aliados do presidente enxergam a próxima batalha como mais uma oportunidade a ser aproveitada.
Os partidos governistas transformaram o plenário, onde a denúncia contra Temer será votada a partir de agosto, numa espécie de câmara funerária com taxímetro. Quanto mais tempo demorar o percurso até o sepultamento da denúncia, maior será o preço. Nesse jogo fisiológico, o contribuinte brasileiro entra com o bolso.
O Congresso, como se sabe, é vital para a democracia. Mas a cleptocracia brasileira parece dar razão ao ex-chanceler alemão Otto von Bismarck, que dizia no século passado: “É melhor o povo não saber como são feitas as leis e as salsichas.”
Abespinhados com a colaboração judicial de Joesley Batista, grande fabricante de salsichas e produtos afins, os aliados de Temer tramam alterar as regras do instituto da delação. Querem restabelecer a lei da omertà, que garantia a cumplicidade e potencializava os trambiques.
Imaginava-se que a política fosse um imenso saco de gatos. Mas delações como as de Joesley e Wesley Batista ou as confissões de Emílio e Marcelo Odebrecht indicaram que, na verdade, a política virou um saco de ratos.
A mutação genética parece ter sido acelerada por um vexame do Tribunal Superior Eleitoral. No mês passado, submetido ao julgamento mais importante de sua história, o TSE livrou Michel Temer da guilhotina e poupou Dilma Rousseff da inelegibilidade.
Para isentar a chapa Dilma-Temer, a Corte eleitoral jogou no lixo confissões assinadas, documentos bancários, registros sobre o vaivém de malas de dinheiro sujo e otras cositas más.
Os parlamentares concluíram que Deus pode até existir, mas terceirizou a Justiça Eleitoral ao Tinhoso. Desde então, a doença do sistema político só piora. Nada se cria, nada se transforma na política. Tudo se corrompe. Transfigurou-se até o mecanismo de autoproteção. O velho espírito de corpo foi substituído pelo espírito de porco.