quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O regime petista prometeu conduzir a Petrobras à glória. O regime petista quebrou a Petrobras. E tem de pagar por isso nos tribunais e nas urnas

Por Reinaldo Azevedo
Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu a sua promessa: “Nunca antes na história ‘destepaiz’”.
O PT cumpriu a sua promessa: “Nunca antes na história ‘destepaiz’”.
Os mistificadores cumpriram a sua promessa: “Nunca antes na história ‘destepaiz’”.
Nunca antes na história deste país, com efeito, se produziu tamanho desastre numa única estatal, com graves repercussões, ainda a serem devidamente apuradas, nas contas públicas.
Segundo cálculos preliminares do banco americano Morgan Stanley, as perdas na Petrobras, em razão da quadrilha que assaltou a empresa, podem chegar a R$ 21 bilhões. A perspectiva mais otimista, o número mais magrinho e improvável, pasmem!, é R$ 5 bilhões.
Nunca antes um outro governo foi capaz de produzir esse resultado. Nunca antes uma outra gestão chegou tão longe. Nunca antes um outro grupo foi tão ousado. Nunca antes uma outra quadrilha foi tão imodesta.
A questão é saber: tudo isso se deu sob as barbas de Lula? Tudo isso se deu nas sinuosidades robustas dos tailleurs vermelhos de Dilma Rouseff? Segundo Alberto Youssef, eles sabiam de tudo. E, se sabiam, cometeram crime de responsabilidade, além de outros crimes. E, se isso ficar comprovado, Dilma vai cair não porque será vítima de um golpe, mas porque será colhida pela lei. Golpismo seria o país continuar com uma presidente da República que permite o assalto aos cofres públicos.
A Petrobras está em palpos de aranha. Realizando ou não imediatamente o prejuízo monstruoso causado pela quadrilha, a empresa terá dificuldades de se financiar no mercado. Os empréstimos para ela serão mais caros; os investidores vão se distanciar da empresa; os pesados investimentos que lhe foram impostos pelas regras — de resto, estúpidas — de exploração do pré-sal acarretarão encargos com os quais ela não poderá arcar.
E pensar que o PT ganhou as eleições de 2002, 2006 e 2010 mentindo que os tucanos pretendiam privatizar a Petrobras. Nunca pretenderam! Mas o que fez o petismo? A privatização, ao menos, acarreta a entrada de dinheiro nos cofres do Tesouro. Privatizar uma estatal significa trocar um ativo por dinheiro. O que aconteceu com a maior empresa brasileira foi, de fato, algo diferente: um pedaço do seu patrimônio lhe foi roubado, lhe foi arrancado, lhe foi amputado em benefício de vagabundos, de pilantras, de bandidos.
E há, reitero, um enigma nessa história toda: quem é Pedro Barusco, o engenheirozinho de meia-tigela que aceita devolver R$ 252 milhões aos cofres públicos — ou US$ 97 milhões? Como é que um mero estafeta de Renato Duque, o petista que era o chefão da Diretoria de Serviços, tinha todo esse dinheiro disponível em contas secretas, pronto para ser movimentado? Por que não o pulverizou como costumam fazer os bandidos comuns? Por que não o transformou em patrimônio? Por que não pôs em nome de terceiros?
Eu me dou o direito de desconfiar: será que esse dinheiro era mesmo seu? Não estaria este senhor a serviço da máquina verdadeiramente criminosa que se esconde por trás da roubalheira na Petrobras? Não seria ele mero laranja de uma organização muito maior e muito mais poderosa?
Sim, uma penca de crimes comuns e financeiros foi cometida no assalto organizado à Petrobras. Mas o maior de todos os crimes foi mesmo o político.
O regime petista prometeu conduzir a Petrobras à glória. O regime petista quebrou a Petrobras. E tem de pagar por isso nos tribunais e nas urnas.

19/11/2014 - DO R.DEMOCRATICA

Oliver: ‘O bosque’-O cheiro pútrido invade as narinas da nação e nem assim se faz justiça. Escândalo mesmo é isso.

O cheiro pútrido invade as narinas da nação e nem assim se faz justiça. Escândalo mesmo é isso.
Augusto Nunes
VLADY OLIVER
Com cheiro de bosque, cor de bosque, cara de bosque, consistência de bosque. E a justiça que fingiu que não viu a quadrilha aboletada no poder é obrigada agora a engolir um mar de lama se aproximando inexoravelmente da coisona pública toda.
Não sei se vou adquirir essa fleugma segura de quem conhece estes escaninhos políticos – como o mestre Augusto Nunes – ou nunca passarei de um tremendo indignado com tudo o que vejo desfilar em minha frente. A coisa está irremediavelmente podre. Tem cheiro de coisa podre e atributos de coisa podre, mas sua essência nauseabunda nem sempre é corretamente identificada pelos narizes incautos desta república de bananas da terra.

Enquanto saudamos a primeira vez que alguns tubarões entram no cercadinho da Polícia Federal, também sabemos que a lista de “otoridades” envolvidas na roubalheira ainda é um solene segredo, correto? Vi minha sobrinha tentar enganar o próprio pai estes dias, tentando convencê-lo de que o mundialmente famoso discurso do “cachorro atrás de cada criancinha brazuca” nada mais é que um efeito especial parido pelo golpistas da revista VEJA, aquela que é queimada em salas de aula de universidades públicas que são verdadeiras privadas ideológicas.
Que tempos estes, não?
Você apresenta as provas do crime, o criminoso confessa sua participação, negocia um abrandamento da pena, denuncia o esquema criminoso e nada disso é avassalador o suficiente para a desgraça fossa admitir que é uma anta disfarçada de caveira.

Eu duvido de muita coisa por aqui, menos da ousadia desmesurada dessa gente tosca. Tudo leva a crer que a quadrilha no poder se move como quadrilha, se defende como quadrilha, se junta como quadrilha e nem assim o STF consegue ver sua verdadeira natureza. Tungar a sociedade agora é uma questão de honra avessa dessa gente manca. Mentir, dissimular e negar até o fim dos seus propósitos pilantras será a palavra de ordem, repetida como um mantra, dessa camarilha financiada com o nosso lombo combalido. Acho que vamos precisar de algo mais que simples burocracia tupi-guaraná para apear essa gente do dorso dos pagantes, meus caros.
Por este prisma, o impeachment é sim de uma urgência urgentíssima, clamando para que a classe política finalmente tome vergonha na cara parva e comece a fazer a vontade soberana do povo que paga a conta.
O país parou. Estacionou fragorosamente sua embarcação à deriva para exigir ser tratado com um pingo de respeito por toda essa laia, que finge não ver as manifestações país afora, aceita passivamente o resultado de uma eleição fraudada por todos os lados e permite que milícias vagabundas sejam financiadas com o NOSSO DINHEIRO PÚBLICO para ficarem diuturna e noturnamente achincalhando, constrangendo e ameaçando pobres pagadores dos impostos mais vergonhosos do planeta.

Não sei até quando a corda não rói os pescoços, meus caros, mas os olhos fora das órbitas de Khadafi, que tudo vêem, já estão vendo a pororoca assoreando as margens da decência. Há um plano por trás de tudo isso. Uma tal de Pátria Grande, que é o sonho de consumo e sadismo de dez em cada dez candidatos a ditadores picaretas dessa América prostrada na latrina.
A seita vagabunda se move pela causa. Sabe que os “meninos do Brasil” não são mais peça de ficção, mas a gangue da qual a camorra deve sua eleição este ano ameaçador. Ninguém foi atrás da Smartmatic até o momento. Ninguém quis saber o que fazia por aqui aquele “ministro da agitação” bolivariano e sua babá de garrucha na lancheira. Ninguém foi perguntar para os pobres nordestinos sob que pressões tiveram que votar na Máfia da petralharia.

E depois querem me fazer acreditar nessa oposiçãozinha bamba, nos jornalistas cheios de moscas cobrindo as manifestações para ninguém ver e nos nobres togados que não enxergam uma quadrilha onde já há um exército. É nesse caldo que o bosque prolifera, meus caros. O cheiro pútrido invade as narinas da nação e nem assim se faz justiça. Escândalo mesmo é isso. 19/11/2014 
DO R.DEMOCRATICA