Atualmente líder da
minoria petralha na Câmara, o deputado José Guimarães (lembre-se: o
irmão do mensaleiro José Genoino teve um assessor preso, em 2005, com dólares na cueca) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República. É mais um líder petista a caminho da prisão:
A procuradoria-geral
da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia
contra o líder da minoria na Câmara dos Deputados, José Guimarães
(PT-CE), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Conforme revelou VEJA,
o delator da Operação Lava Jato Alexandre Romano, conhecido como
Chambinho, contou aos procuradores do Ministério Público que o
parlamentar havia usado sua influência política junto ao Banco do
Nordeste para destravar um negócio milionário: a concessão de
financiamento de 260 milhões de reais pela instituição a subsidiárias de
uma empresa responsável pela construção de usinas eólicas ligada ao
grupo Engevix. Em troca, Guimarães recebeu cerca de 97.000 reais de
propina em dois cheques. As investigações são um desdobramento das
apurações sobre o petrolão.
“O panorama
probatório coletado demonstra robustamente o recebimento doloso de
vantagem indevida pelo deputado federal Guimarães, mediante o pagamento
de dívidas pessoais por terceiros. A propina foi recebida em razão da
atuação do parlamentar perante a presidência do Banco do Nordeste do
Brasil, de sua indicação e sustentação política, para viabilizar a
concessão de financiamento de acordo com os interesses da empresa
Engevix”, disse o procurador-geral Rodrigo Janot na peça enviada ao
Supremo.
Durante as
investigações, Chambinho apresentou às autoridades cópia dos cheques
dados ao político. No canhoto do talão, ele registrou a natureza do
gasto: “despesas gerais JG”, de José Guimarães. Embora o dinheiro tenha
sido enviado ao parlamentar depois dos favores escusos, o deputado
petista preferiu não embolsar a propina e utilizou o dinheiro para pagar
os honorários de seus advogados.
Sem saber da origem
dos recursos, o escritório Bottini & Tamasauskas Advogados confirmou
a VEJA o recebimento do dinheiro, informou que declarou a operação e já
prestou todas as informações à Justiça. O outro cheque, de 67.761
reais, era a uma empresa que forneceu matéria-prima para uma gráfica
contratada pelo político.
Em nota, o deputado
negou ter participado da transação envolvendo o Banco do Nordeste e a
Engevix. “Jamais intermediei junto ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB)
quaisquer recursos para a empresa Engevix, nem pratiquei ato de natureza
imprópria junto a qualquer instituição. Tenho a consciência tranquila
de que nunca me beneficiei de recurso público, razão pela qual manifesto
meu repúdio a todas as acusações”, disse. “Essa acusação, oriunda de um
personagem sem credibilidade, encaro com grande revolta, mas também
como oportunidade de provar minha inocência. E é isso que farei. Tenho
como grande aliado o povo que me concedeu mandato, o qual honro
diariamente com muito trabalho”, completou. (Veja.com). DO O.TAMBOSI