segunda-feira, 16 de março de 2015

Ex-diretor da Petrobras Renato Duque é preso no Rio na 10ª fase da Operação Lava-Jato


A prisão faz parte de nova ação da Polícia Federal, que cumpre 18 mandados de prisão preventiva e foi batizada de
“Que país é esse?”


Por O GLOBO
RIO - Voltou a ser preso na manhã desta segunda-feira o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque. A prisão faz parte da 10ª fase da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, que cumpre 18 mandados e foi batizada de “Que país é esse?”. A ação conta com 40 policiais no Rio e São Paulo. Também serão cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão.
Os crimes investigados nesta etapa são associação criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude em licitação. Duque foi preso em sua casa, na Barra da Tijuca, e não ofereceu resistência.
O empresário paulista Adir Assad, ligado à construtora Delta e investigado na CPI do Cachoeira, também foi preso. Ambas as prisões são preventivas, e os detidos serão levados para o Paraná. Entre outros presos está o filho do empresário Mário Góes, também investigado na operação.
Nesta segunda, o Ministério Público Federal apresenta às 15h a primeira denúncia contra Duque. Ele é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro. A denúncia está baseada nos depoimentos do delator Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços. Ele admitiu à força-tarefa que recebeu propina em 87 obras da Petrobras para ele, Duque e para o PT. Barusco disse que as empreiteiras pagaram de R$ 150 a 200 milhões ao partido.
16/03/2015
DO R.DEMOCRATICA

Mais de 2 milhões de pessoas estiveram nos atos de ao menos 160 cidades.


Em SP, participaram 1 milhão, segundo a PM, e 210 mil, para o Datafolha.

Do G1, em São Paulo -15-03-2015
Brasileiros foram às ruas em todos os 26 estados, no Distrito Federal e em cidades do exterior neste domingo (15) em protesto contra a corrupção e o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Levantamento feito por repórteres do G1 em todo o país indica que ocorreram protestos em ao menos 160 cidades, que mobilizaram, ao todo, 2,3 milhões de pessoas, segundo a PM, e 2,9 milhões, segundo os organizadores. (Há cidades que não tiveram estimativa de público feita pela polícia ou por organizadores).
 As mobilizações foram organizadas pelas redes sociais nas últimas semanas. No geral, os atos foram pacíficos. Em Brasília, houve um princípio de confronto quando o protesto já havia acabado. Em São Paulo, um grupo foi detido com fogos de artifício e soco-inglês, segundo a PM.
A cidade de São Paulo teve o maior público: 1 milhão, segundo a polícia, e 210 mil, segundo o instituto Datafolha (há uma diferença de metodologia entre PM e Datafolha; entenda).
Grande parte dos manifestantes pedia a saída ou o impeachment da presidente Dilma e protestava contra a corrupção. Algumas manifestações isoladas defendiam a intervenção militar no Brasil (o pedido de intervenção militar é uma atitude ilegal e frontalmente contrária à Constitução; em seu artigo 5º, a Constituição diz que "constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático").
No início da noite, os ministros da Secretaria-Geral da República. Miguel Rosseto, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, deram uma entrevista coletiva sobre os protestos e afirmaram que a presidente anunciará medidas de combate à corrupção.
O G1 cobriu os protestos em tempo real, com as últimas notícias, fotos e vídeos.
Veja como foram os protestos em cada estado:
Milhares de acreanos protestaram neste domingo (15) contra o governdo de Dilma Rousseff. Foto mostra manifestantes em frente da prefeitura de Rio Branco (Ac) (Foto: Veriana Ribeiro/G1)Acreanos protestaram contra o governo federal em
Rio Branco (Ac) (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
ACRE
Capital
PARTICIPANTES: 5 mil, segundo a organização e a PM.
COMO FOI: Manifestantes começaram a se reunir às 15h (horário local), em frente ao Palácio Rio Branco,  no Centro da cidade. O ato seguiu para a frente da prefeitura, também no Centro.
Os manifestantes seguiam a pauta nacional de pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Também houve protesto em Cruzeiro do Sul, a 684 km da capital acreana. Leia mais

Bandeira 'Fora Dilma' é carregada pela Orla da Ponta Verde, em Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)Bandeira de 30 metro com 'Fora Dilma' em Maceió
(Foto: Jonathan Lins/G1)
ALAGOAS
Capital
PARTICIPANTES: 10 mil, segundo a PM e organizadores.
COMO FOI: Manifestantes ocuparam a orla de Maceió com faixas e cartazes defendendo mudanças políticas no país. Após concentração na Praça Vera Arruda, no Stella Maris, o protesto seguiu com trio elétrico, apitos e uma bandeira de 30 metros escrito "Fora Dilma" em direção ao Alagoinhas, na orla da Ponta Verde.
Os manifestantes defendiam o impeachment da presidente e disseram ser contra a intervenção militar. Integrantes do Movimento Brasil Livre colheram assinaturas dos manifestantes em um documento que pede a saída da presidente Dilma. Leia mais

Manifestantes no Centro de Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)Manifestantes no Centro de Macapá
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
AMAPÁ
Capital
PARTICIPANTES: 1,5 mil, segundo a PM; 5 mil, segundo a organização.
COMO ESTÁ: A concentração ocorreu à tarde na Praça da Bandeira, no centro de Macapá.
Vestidos de verde e amarelo e com faixas contra o governo da presidente Dilma Rousseff e a corrupção, os manifestantes percorreram as ruas do centro da capital. O ato terminou de forma pacífica por volta das 18h. Leia mais

Manifestantes pintaram o rosto com as cores da bandeira do Brasil (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)Manifestantes pintaram o rosto em Manaus
(Foto: Marcos Dantas/G1 AM)
AMAZONAS
Capital
PARTICIPANTES: 13 mil, segundo a PM; 150 mil, segundo a organização.
COMO FOI: A manifestação no Centro de Manaus foi pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e pelo fim da corrupção. Os grupos também protestaram contra o aumento da gasolina e o reajuste de energia.
A concentração teve início por volta das 9h (hora local), na Avenida Eduardo Ribeiro. A manifestação terminou por volta das 13h (hora local), com os organizadores lendo – em português, inglês e espanhol – um manifesto contra o governo federal. Leia mais

Manifestantes protestam mesmo com chuva no Farol da Barra, em Salvador (Foto: Ruan Melo/G1)Manifestantes protestam mesmo com chuva no
Farol da Barra, em Salvador (Foto: Ruan Melo/G1)
BAHIA
Capital
PARTICIPANTES: 11 mil, segundo a PM; 23 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Salvador teve dois protestos – um pela manhã e outrio à tarde.
Às 9h começou a concentração do primeiro ato, no Farol da Barra,que teve a participação de 8 mil pessoas, segundo a organização, e 5 mil, segundo a PM. Não houve registro de confusão. Durante o percurso, fizeram apitaço, gritaram "Fora PT" e cantaram o Hino Nacional. Por volta das 12h15, os manifestantes começaram a dispersar.
O segundo ato começou por volta das 16h, também no Farol da Barra, e terminou às 18h40 no bairro Ondina. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes pediam o combate à corrupção e criticavam o governo Dilma. Segundo a PM, do ato da tarde participaram 5 mil pessoas; 15 mil, segundo a organização. Leia mais
Interior
Também houve mobilização nas principais cidades do interior baiano: Feira de Santana, Serrinha, Vitória da Conquista, Jequié, Juazeiro, Itabuna, Teixeira de Freitas, Eunápolis, Ilhéus e Barreiras.

Concentração do protesto na praça portugal em fortaleza (Foto: GAbriela ALves)Concentração do protesto em Fortaleza
(Foto: Gabriela Alves)
CEARÁ
Capital
PARTICIPANTES: 20 mil, segundo a PM e os organizadores.
COMO FOI: As pessoas começaram a chegar à Praça Portugal, em Fortaleza, às 9h. Os organizadores discursaram em cima de caminhões. O grupo já se dispersou.
Os participantes usaram roupas com as cores da bandeira brasileira e levaram cartazes com diferentes temas, como o pedido de reforma políca, defesa de direitos trabalhistas, fim da corrupção e "Fora Dilma''. Os manifestantes que estavam à frente do movimento pediram a "rigorosa investigação do escândalo de corrupção na Petrobras". Leia mais

GNEWS_Manifestação_Brasília (Foto: GloboNews)Manifestação em Brasília (Foto: GloboNews)
DISTRITO FEDERAL
PARTICIPANTES: 45 mil, segundo a PM; 80 mil, segundo organizadores.
COMO ESTÁ: A concentração começou por volta das 9h na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A polícia acompanhou a movimentação. Houve um princípio de confronto no início da noite, após o fim do protesto.
Grupos realizaram buzinaços e panelaços e se reuniram também no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, no Museu Nacional e na Rodoviária do Plano Piloto. A PM reforçou a segurança em prédios públicos.
Durante a manifestação em frente ao Congresso Nacional, um homem exibiu um cartaz em apoio à presidente Dilma Rousseff. Ele foi hostilizado e teve de pedir proteção à PM para deixar o local. Leia mais

Manifestação reuniu cerca de 120 mil pessoas em Vitória, estima organização (Foto: Viviane Machado/ G1)Manifestantes se reuniram na Praça do Papa
em Vitória (Foto: Viviane Machado/ G1)
ESPÍRITO SANTO
Capital
PARTICIPANTES: 100 mil, segundo a PM; 120 mil, segundo a organização.
COMO ESTÁ: Por volta das 15h30, começou a concentração de pessoas na Praça do Papa, em Vitória. A mobilização foi organizada pelos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Livre.
Cerca de 15 mil pessoas cruzaram a terceira Ponte vindas de Vila Velha para participar do ato na capital. A manifestação terminou por volta das 18h20 sem ocorrência de tumulto. Também houve protestos em Cachoeiro de Itapemirim e Colatina. Leia mais

GOIÁS
Capital
PARTICIPANTES: 60 mil, segundo a PM; 150 mil, segundo a organização.
COMO FOI: Os manifestantes se concentraram na Praça Tamandaré, na capital Goiânia. Integrantes do Movimento Brasil Livre Goiás, que são contra o governo da presidente Dilma Rousseff, instalaram um balcão para que pessoas assinem um “manifesto pró-impeachment”.
O ato começou às 14h e durou cerca de três horas, percorrendo um trajeto de 5 km. Segundo a PM, não houve registro de ocorrências. Um aeromodelo levando uma faixa com a frase "Fora Dilma" sobrevoou o protesto (veja vídeo acima). Também houve protesto em Rio Verde, Jataí, Itumbiara e Anápolis. Leia mais

Manifestantes começaram a se reunir às 9h na Avenida Litorânea em São Luís (MA) (Foto: Lucas Vieira/G1 Maranhão)Manifestantes em São Luís (MA)
(Foto: Lucas Vieira/G1 Maranhão)
MARANHÃO
Capital
PARTICIPANTES: 3 mil, segundo a PM; 5 mil, segundo a organização.
COMO FOI: O protesto ocorreu pela manhã na Avenida Litorânea. Os manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o fim da corrupção. A manifestação foi convocada pelos movimentos sociais Brasil Livre, os Caras Pintadas e o Acorda Maranhão. Leia mais
Houve protestos em Imperatriz, a segunda maior cidade do estado, e Balsas, no interior maranhense. Leia mais

Protesto contra a corrupção em Cuiabá. (Foto: André Souza/G1)Protesto contra a corrupção e o governo em
Cuiabá (Foto: André Souza/G1)
MATO GROSSO
Capital
PARTICIPANTES: 20 mil, segundo a PM; 35 mil, segundo a organização.
COMO FOI: O protesto contra a corrupção e contra o governo Dilma Rousseff começou no fim da tarde, em Cuiabá.
O ato aconteceu na Praça Alencastro, no Centro. Cerca de 1,6 mil veículos, entre carros e motos, saíram da região do Centro Político Administrativo para participar do protesto na capital.
Os manifestantes usaram camisetas verde e amarelo com o slogan 'Muda Brasil'. Eles defendem o impeachment da presidente. Leia mais
Também houve manifestações em Rondonópolis, Nova Mutum, Tangará, Sinop e Barra do Garças.

Manifestantes percorreram as principais ruas da região central de Corumbá (MS) por cerca de uma hora.  (Foto:  Laura Toledo/TV Morena)Manifestantes percorreram as principais ruas da
região central de Corumbá (MS)
(Foto: Laura Toledo/TV Morena)
MATO GROSSO DO SUL
Capital
PARTICIPANTES: 100 mil, segundo a organização; 32 mil, segundo a PM.
COMO FOI: Na Capital Campo Grande,  os manifestantes se reuniram na avenida Afonso Pena. Também participaram motociclistas e produtores rurais a cavalo.
Os participantes foram até o Parque das Nações Indpigenas, onde cantaram o Hino Nacional e encerraram o ato por volta das 18h30 (hora local).
Também houve protestos em Corumbá, Três Lagoas, Dourados e Ponta Porã. Leia mais

Manifestantes fazem apitaço na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. A Polícia Militar estima que quatro mil pessoas estejam no protesto. Às 9h40, uma das organizadoras do protesto falou em duas mil pessoas (Foto: G1)Manifestantes fazem apitaço na Praça da Liberdade,
em Belo Horizonte (Foto: G1)
MINAS GERAIS
Capital
PARTICIPANTES: 25 mil, segundo a PM e os organizadores.
COMO FOI: A manifestação na capital mineira foi pacífica e se concentrou na Praça da Liberdade no início da tarde deste domingo. Os manifestantes seguiram para a Praça Savassi.
Os manifestantes pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff e simularam o “enterro do PT” com um caixão em luto. Alguns manifestantes usavam nariz de palhaço e pintaram os rostos de verde e amarelo. Não houve registro de tumulto, segundo a PM.
O movimento Vem pra Rua, organizador do protesto, afirma que é contra qualquer tipo de golpe ou intervenção militar. Leia mais
Juiz de Fora
PARTICIPANTES: 2,5 mil, segundo a PM; 10 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Representantes dos Movimentos "Muda Brasil" e "Brasil Livre" se reuniram em Juiz de Fora, em protesto contra a corrupção, a falta de transparência do governo e por mais segurança, saúde e educação. Os participantes usaram adesivos contra o Congresso, camisas contra a presidente Dilma Rousseff e narizes de palhaço.
Vale do Aço
Foram registrados atos nas cidades de Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo. Leia mais
Sul
No Sul de Minas houve protestos em Pouso Alegre, Varginha, Poços de Caldas, Elói Mendes, Boa Esperança, Guaxupé, Lavras, Passos, São Lourenço e Santa Rita do Sapucaí. Leia mais
Manifestação Divinópolis (Foto: Ricardo Welbert/G1)Manifestação Divinópolis (Foto: Ricardo Welbert/G1)
Divinópolis
PARTICIPANTES: 1 mil, segundo a organização; 1,5 mil, segundo a PM.
COMO FOI: Manifestantes se reuniram por volta das 9h30, na praça do Santuário, com faixas e cartazes pedindo reforma política e a saída da presidente Dilma Rousseff. Por volta das 10h houve a passeata. Moradores de um prédio mostraram uma bandeira do PT e a multidão gritou em resposta.
O ato terminou em frente à Catedral de Divinópolis, onde os manifestantes cantaram o Hino Nacional. Leia mais

Em Belém, manifestante carrega cartaz de apoio à volta da ditadura e da intervenção militar. Ato, que reuniu cerca de 20 mil pessoas, terminou por volta das 12h30, depois de chuva. (Foto: Alexandre Yuri/G1)Manifestante pede intervenção militar em Belém
(Foto: Alexandre Yuri/G1)
PARÁ
Capital
PARTICIPANTES: 30 mil, segundo a PM; 60 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Em Belém, os manifestantes fizeram uma caminhada da Avenida Visconde de Souza Franco, no Centro, até o Theatro da Paz.
Segundo a PM, o protesto foi pacífico, sem registro de tumultos. A passeata terminou por volta de 12h30. Uma manifestante, que não quis dar entrevista, carregava um cartaz que pedia intevenção militar. Leia mais
Também houve manifestação contra a presidente Dilma Rousseff em Santarém. Leia mais

Manifestantes enrolam bandeira do Brasil no busto do almirante Tamandaré, em João Pessoa (PB), e dizem que ele está 'muito feliz' com a manifestação. Ato ocorre na orla marítima da cidade (Foto: Diogo Almeida/G1)Manifestantes em ato contra o governo em João
Pessoa (Foto: Diogo Almeida/G1)
PARAÍBA
Capital
PARTICIPANTES: 2,5 mil, segundo a PM; 7 mil, segundo a organização.
COMO ESTÁ: Os manifestantes se concentraram às 15h no Busto de Tamandaré, onde fez um panelaço e um apitaço. Por volta das 18h, eles seguiram em passeata pela Avenida Almirante Tamandaré. O grupo sae dispersou às 19h no Lago da Gameleira.
O protesto pedia o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas também havia pessoas com faixas pela intervenção militar no país. A intevenção militar contraria a Constituição Federal.
Campina Grande
PARTICIPANTES: 2 mil, segundo a PM; 5 mil, segundo a organização.
COMO FOI: A concentração aconteceu às 14h na Praça da Bandeira e a manifestação seguiu pelas ruas do Centro até o monumento Tropeiros da Borborema. O ato foi pacífico contra a presidente e o PT. Leia mais

Protesto de 15 de março em Ponta Grossa (PR) (Foto: Andre Salustiano/G1)Protesto de 15 de março em Ponta Grossa (PR)
(Foto: Andre Salustiano/G1)
PARANÁ
Capital
PARTICIPANTES: 80 mil, segundo a PM; 100 mil, segundo a organização.
COMO FOI: Os manifestantes se reuniram na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, perto das 14h.
A passeata seguiu pela Rua Marechal Deodoro até a Boca Maldita, também no Centro, onde o ato foi encerrado às 17h. Os manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o fim da corrupção na política. Após a dispersão, um grupo seguiu para a sede do governo, onde protestou também contra o governador Beto Richa (PSDB).
Outras cidades
Também houve protestos em outras regiões do Paraná. Durante o domingo, aconteceram atos em Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Castro, Arapongas, Foz do Iguaçu, Paranavaí, Ponta Grossa e Umuarama. Leia mais

Concentração de manifestação no Recife, neste domingo (Foto: Katherine Coutinho / G1)Concentração de manifestação no Recife
(Foto: Katherine Coutinho / G1)
PERNAMBUCO
Capital
PARTICIPANTES: 15,1 mil, segundo a PM; 50,5 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: a concentração de manifestantes começou às 8h junto à padaria Boa Viagem, na orla da zona sul recifense. A caminhada começou às 10h30, acabou ao meio-dia e foi retomada à tarde.
Por volta das 14h, o protesto se concentrava na Praia da Boa Viagem. Não houve registro de tumulto. Os integrantes do Vem para a Rua levaram faixas, narizes de palhaço, cartazes e um boneco gigante representando um juiz, em alusão ao julgamento de ações da Lava Jato. Também houve atos em Caruaru e Petrolina. Leia mais

Enterros simbólico da presidente Dilma (Foto: Ellyo Teixeira/G1)Enterros simbólico da presidente Dilma
em Teresina (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
PIAUÍ
Capital
PARTICIPANTES: 4 mil, segundo a PM; 5 mil, segundo a organização.
COMO FOI: Em Teresina, manifestantes com cartazes pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff se reuniram em frente à Assembleia Legislativa, na Avenida Marechal Castelo Branco.
Houve um enterro simbólico da presidente, do ex-presidente Lula e do governador do estado, Wellington Dias. Os caixões foram colocados no jardim da Assembleia. Leia mais

Manifestante exibe cartaz em Copacabana (Foto: Daniel Silveira/G1)Manifestante exibe cartaz em Copacabana
(Foto: Daniel Silveira/G1)
RIO DE JANEIRO
Capital
PARTICIPANTES: 100 mil, segundo a organização; a PM não deu estimativa de participantes.
COMO FOI: Pela manhã, uma manifestação ocorreu na orla de Copacabana. Com apitos, camisetas do Brasil e faixas de “Fora Dilma” e “Fora o Supremo”, o grupo fez uma passeata na Avenida Atlântica.
Um carro de som trazia uma faixa pedindo o impeachment da presidente e tocou o Hino Nacional. Algumas pessoas exibiam cartazes e camisetas pedindo intervenção militar. Pessoas que mostraram apoio ao governo e à Petrobras e foram vaiadas, mas não houve registro de tumulto. À tarde, houve um novo protesto no Centro. Leia mais
Na Região Serrana, houve atos em Petrópolis e Nova Friburgo. Leia mais
As cidades de Barra Mansa, Volta Redonda e Resende também tiveram protestos.

Potiguares realizam ato contra a corrupção em Natal (Foto: Fernanda Zauli/G1)Ato em Natal contra a corrupção e a presidente
(Foto: Fernanda Zauli/G1)
RIO GRANDE DO NORTE
Capital
PARTICIPANTES: 12 mil, segundo a PM; 40 mil, segundo a organização.
COMO FOI: Por volta das 16h15, os manifestantes começaram a caminhada pelas ruas de Natal aos gritos de "Fora PT". Muitas pessoas levam faixas pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff e contra a corrupção. Segundo a Polícia Militar, não houve tumultos.
No carro de som, foram tocadas paródias de músicas criticando o governo do PT. Também houve manifestação em Mossoró. Leia mais

Manifestação Parcão Porto Alegre pró impeachment (Foto: Caetanno Freitas/G1)Manifestação Parcão Porto Alegre
pró-impeachment (Foto: Caetanno Freitas/G1)
RIO GRANDE DO SUL
Anti-Dilma
PARTICIPANTES: 100 mil, segundo a PM; 120 mil, organizadores.
COMO FOI: O pretesto pedindo o impeachment da presidente começou no Parcão, em Porto Alegre. Os manifestantes seguiram em caminhada pela cidade e encerraram o ato no mesmo parque, no fim da tarde.
Segundo a Brigada Militar, o ato foi pacífico e não houve registro de tumultos. A maioria dos cartazes e faixas pedia a saída da presidente Dilma Rousseff e o fim da corrupção, mas também havia manifestações pedindo a intervenção militar no país. Leia mais
Protesto pró-Dilma em Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)Protesto pró-Dilma em Porto Alegre
(Foto: Felipe Truda/G1)
Pró-Dilma
PARTICIPANTES: entre 100 e 150, segundo a PM; entre 600 e 700, segundo organizadores.
COMO FOI: Ao som de samba e com churrasco de coxa de galinha, um grupo organizou um ato pró-Dilma e contra o impeachment em frente ao Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção, em Porto Alegre, em contraponto a outra manifestação que ocorreu na cidade.

Outras cidades
Também houve protestos contra o governo em Caxias, Santa Maria, Santa Cruz, Pelotas, Erechim, Uruguaiana, Nova Hamburgo, Passo Fundo e Lajeado.

Concentração ocorreu na praça do Centro Cívico, em Boa Vista (Foto: Marcelo Marques/G1)Concentração ocorreu na praça do Centro Cívico,
em Boa Vista (Foto: Marcelo Marques/G1)
RORAIMA
Capital
PARTICIPANTES: 2,5 mil, segundo PM e organização.
COMO FOI: Ato ocorreu no Centro Cívico da capital Boa Vista durante a tarde deste domingo. A manifestação começou em frente à Assembleia Legislativa e seguiu em passeata. Uma churrascada organizada por caminhoneiros encerrou o protesto por volta das 18h.
Os manifestantes pediam a saída da presidente Dilma Rousseff do governo. Segundo o governo do estado, o ato foi pacífico e sem ocorrência de tumultos. Leia mais

Em Ji-Paraná (RO), manifestantes caminham pelas duas pistas da BR-364, em frente ao Ginásio Gerivaldão, levando faixas e cartazes com frases de protesto contra a corrupção. (Foto: Pâmela Fernandes / G1)Manifestantes em Ji-Paraná (RO)
(Foto: Pâmela Fernandes / G1)
RONDÔNIA
Capital
PARTICIPANTES: 15 mil, segundo a PM; 10 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: A concentração em Porto Velho começou às 15h (hora local) na Praça Três Caixas D'Áágua e seguiu até a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, onde o protesto foi encerrado por volta das 18h.
A maioria dos participantes vestia verde e amarelo, usava apitos e carregava faixas e cartazes com críticas ao governo. Também houve manifestações pedindo a intervenção militar. Leia mais
Outras cidades
Também foram registrados protestos em Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná e Ariquemes. Leia mais

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Passeata começou por volta das 16h20 em Florianópolis (Foto: Antonio Neto/RBS TV)Passeata começou por volta das 16h20
em Florianópolis (Foto: Antonio Neto/RBS TV)
SANTA CATARINA
Capital
PARTICIPANTES: 30 mil, segundo PM e organização.
COMO FOI: A mobilização começou na capital Florianópolis por volta das 14h em frente ao Terminal Integrado do Centro. Os manifestantes caminharam pela Avenida Beira-Mar Norte e fizeram uma moção de apoio às investigações da Lava-Jato em frente às sedes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Os manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Também houve atos nas seguintes cidades: Chapecó, Palmitos, Lages, Canoinhas, Brusque, Campos Novos, Pomerode, Timbó, Blumenal, Lontras, Itajaí, Balneário Camboriú, Concórdia, Fraiburgo, Taió, Xanxerê, Criciúma, Joinville, Jaraguá do Sul, Tubarão, Canoinhas, Araranguá, Rio do Sul e Garopaba. Leia mais

Aglomeração começa a se formar sob o vão e em frente ao Masp, na Avenida Paulista, para protesto contra a corrupção (Foto: Reprodução/TV Globo)Aglomeração em frente ao Masp, em São Paulo
(Foto: Reprodução/TV Globo)
SÃO PAULO
Capital
PARTICIPANTES: 1 milhão, segundo a PM e a organização; 210 mil segundo o Datafolha.
COMO FOI: Os manifestantes se concentraram na Avenida Paulista, em frente ao Masp, no sentido Consolação. Logo, grande parte da avenida estava tomada, e o trânsito ficou interditado nos dois sentidos. Algumas estações de metrô tiveram que ser fechadas por medida de segurança.
Os participantes levavam cartazes com “Fora, Dilma” e cantaram o Hino Nacional. A polícia acompanhou o grupo. Houve detenções.
Uma jovem foi detida após tirar a roupa em cima de um caminhão. Um grupo com camisas onde se lia "Carecas do Subúrbio" foi detido e escoltado pela PM para um local seguro após uma ameaça de linchamento. A polícia afirmou que o grupo tinha material explosivo dentro de mochilas.
Por volta das 18h começou a dispersão dos manifestantes da Avenida Paulista. Um protesto de 30 caminhoneiros ocorreu na Ponte Estaiada, na Zona Sul da capital. Leia mais
Região metropolitana
Segundo a PM, perto de 14h, mil pessoas protestaram na Praça Getúlio Vargas, em Guarulhos; 300 pessoas, em São Caetano do Sul; 10 mil, em Santo André, e 40, em Osasco.
Outras cidades
Também houve protestos em Bauru, Jaú, Araras, Santo André, Guarulhos, Santos, Sertãozinho, Franca, Ribeirão Preto, Cubatão, Tatuí, Laranjal, Catanduva, Presidente Prudente, Praia Grande, Americana, Mogi das Cruzes, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, Araraquara, Limeira e Piracicaba.

Chuva atrasa organização do movimento de protesto na Orla da Atalaia, em Aracaju (Foto: Tássio Andrade/G1)Chuva atrasa organização do movimento de
protesto em Aracaju (Foto: Tássio Andrade/G1)
SERGIPE
Capital
PARTICIPANTES: 5 mil, segundo organizadores; 900, segundo a PM.
COMO FOI: manifestantes se reuniram em frente aos Arcos da Orla da Atalaia, ponto turístico que simboliza Aracaju. A concentração estava prevista para as 9h30 deste domingo (14), mas atrasou por causa da chuva.
Por volta das 11h40 o grupo saiu em passeata sentido a Passarela do Caranguejo. A manifestação terminou por volta das 12h30. Leia mais

Protestos contra o governo marca a manhã em Araguaína (Foto: Lucas Ferreira/TV Anhanguera)Protestos contra o governo em Araguaína
(Foto: Lucas Ferreira/TV Anhanguera)
TOCANTINS
Capital
PARTICIPANTES: 10 mil, segundo a PM; 18 mil, segundo organizadores
COMO FOI: Em Palmas, a manifestação teve início na Praça dos Girassóis, por volta das 15h, e terminou às 18h30.
Os manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a saída do PT do governo federal, além do fim da corrupção e mais investimentos na saúde, educação e segurança.
Também houve manifestações em Araguaína e Gurupi. Leia mais

Manifestantes protestam contra o governo na Union Square, em Nova York, neste domingo (15) (Foto: Alan Severiano/TV Globo)Protestam contra o governo na Union Square, em
Nova York (Foto: Alan Severiano/TV Globo)
EXTERIOR
COMO FOI: Brasileiros também fizeram manifestações contra o governo federal e a corrupção em cidades ao redor do mundo.
Houve registro de protestos em Buenos Aires (Argentina), Nova York e Miami (Estados Unidos), Londres (Inglaterra), Sidney (Austrália) e Lisboa (Portugal).

SP: um oceano de indignados.

Antes de começar o protesto, PM já calcula mais de 1 milhão na Paulista.
ACABOU, DILMA! ACABOU PT! ACABOU LULLA!
protesto paulistahelvioromero

Rio e Brasília: UM MAR DE REVOLTADOS.

FORA DILMA!
FORA PT!
FORA LULLA!
protestos rio
protesto brasiliaDO GENTEDECENTE

O 15 DE MARÇO 2 – A entrevista de um descontrolado e de um deprimido. E tome novo panelaço Brasil afora! PT nunca esteve tão perdido

Vejam esta foto, que me foi enviada por um amigo. Desconheço o autor. Se quiser se identificar, é só mandar uma mensagem para o blog.
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Não poderia haver retrato maior da perdição em que se meteu o petismo. Desde que o partido foi criado, nunca o vi cometer tantos erros em série. Com essa tropa de trapalhões, Dilma está lascada. Mas como ignorar que é ela a chefe? Como vocês veem acima, um grupo de negros — tudo indica se tratar de uma família — faz troça da máxima veiculada nas redes sociais pelo PT e por seus asseclas no subjornalismo: só a elite branca teria disposição para ir às ruas. Bem, como eles são obviamente negros e como estão protestando contra Dilma, então passam a ser, segundo critérios petistas, elite branca.
O PT e o governo demonstraram, mais uma vez, na noite de ontem, que não estão entendendo nada. Isso, sim, é perigoso, não a população pacífica nas ruas. Mal os protestos haviam terminado, os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, concederam uma entrevista coletiva. Não foi veiculada em rede nacional. Mesmo assim, ouviu-se um várias cidades do país uma panelaço semelhante àquele do dia 8 de março, quando Dilma foi a TV sob o pretexto de homenagear as mulheres.
Apresento a Miguel Rossetto três perigosas golpistas da elite branca, de olho azul... Governo está perdido!
Apresento a Miguel Rossetto três perigosas golpistas da elite branca, de olho azul… Governo está perdido! (Foto: Beto Ribeiro)
Com ar deprimido, visivelmente perdido, Cardozo anunciou que o governo pensa num pacote de medidas contra a corrupção. Dilma prometeu o mesmo em 2013. Mas não ficou por aí: apontou a reforma política como a cura dos males. Segundo os ministros, é preciso acabar com a doação de empresas privadas a campanhas políticas — talvez a ideia mais estúpida e malandra do petismo.
O tom de Cardozo em relação às manifestações mudou. Segundo disse, não viu golpismo, não. Aí foi a vez de Miguel Rossetto barbarizar. Para o ministro, “os protestos ocorridos hoje são de setores críticos ao governo, e seguramente essa participação parece ser de eleitores que não votaram na presidente Dilma”. É a tese cretina do terceiro turno. Rossetto, que certamente não estava nas ruas, chamou de golpista, sim, a defesa do impeachment de Dilma. Membro de uma corrente de esquerda do PT chamada “Democracia Socialista”, o ministro certamente nunca viu o povo de verdade, sem o pedigree ideológico da sua turma.
Dia desses, Renan Calheiros disse que o governo tinha envelhecido precocemente. Pode ser. Mas velho mesmo, de verdade, é o PT. Nas ruas, havia pobres, ricos, gente de classe média. Lá estavam negros, brancos, mestiços. Protestavam mulheres e homens, homo e heterossexuais, adultos, jovens e muitas crianças acompanhando os país. O repúdio ao governo petista os unia a todos.
A entrevista, que deveria servir como uma bandeira branca, uma tentativa de aproximação, teve efeito contrário: panelaço, buzinaço, gritos de “Foraaa!”. Ou por outra: Dilma ajudou a convocar a manifestação deste domingo com o seu desastrado pronunciamento do dia 8. Os dois ministros praticamente marcaram um novo protesto.
Pior: a tese da reforma que os dois abraçaram na entrevista não conta com o apoio do PMDB, seu maior aliado. Eu me pergunto que espírito soprou aos ouvidos de Dilma e de seus homens fortes que a entrevista coletiva era uma boa ideia. O bom senso estaria a indicar que o governo deveria, no máximo, ter lido uma nota curta, parabenizando os brasileiros pela manifestação ordeira e pacífica, reiterando que está empenhado em combater a corrupção e reconhecendo que existem motivos para descontentamento. E pronto.
Rossetto, com cara e discurso de descontrolado, e Cardozo, o deprimido:  a entrevista serviu para piorar um pouco as relações com a população e também com o PMDB
Rossetto, com cara e discurso de descontrolado, e Cardozo, o deprimido: a entrevista serviu para piorar um pouco as relações com a população e também com o PMDB. Obra de gênios. Não é fácil fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
Seria um sinal de humildade no dia em que dois milhões tomaram as ruas, segundo dados das Polícias Militares. Mas não! O que se viu foi um atestado de prepotência e de hostilidade com os manifestantes — refiro-me a Rossetto nesse particular. Pior: o governo, que também é do PMDB, oferece como resposta uma saída que não conta — e ainda bem que não! — com o apoio do… PMDB!
A Folha informa que Dilma desabafou com um assessor: “Eu não contribuí para isso tudo e levo a culpa”. Pois é… Digamos que assim fosse. Quem, então, contribuiu, presidente? De quem é a culpa?
Está tudo errado! Mas é evidente que a presidente não tem motivos para seguir os meus conselhos, não é mesmo? Para piorar, a rede petralha, incluindo os blogs sujos, faz uma pregação abjeta e odienta na Internet, como se isso fosse resolver alguma coisa. Piora tudo.
O PT não entendeu nada. Perdeu o discurso. Perdeu as ruas. Perdeu a hegemonia nas redes sociais. Perdeu o rumo. Isso, sim, é um tanto perigoso. Nessas condições, tende a fazer ainda mais bobagens. A entrevista da dupla serviu para piorar um pouco mais a relação do governo com a população e com o PMDB. É obra de gênios. Não é fácil fazer as duas coisas ao mesmo.
Por Reinaldo Azevedo - Rev Veja

O 15 DE MARÇO 1 – Dois milhões saem às ruas de verde-e-amarelo contra a roubalheira. Em paz, manifestantes protestam contra o PT, pedem a punição dos culpados e o impeachment de Dilma. Ou: O movimento das pessoas direitas

Quem mesmo estava nas ruas? Eram as pessoas direitas
Quem mesmo estava nas ruas? Eram as pessoas direitas, o que parece insuportável aos “companheiros”
Dois milhões de pessoas foram às ruas nos 26 Estados do Brasil e no Distrito Federal — um milhão só em São Paulo. O número decorre da soma de estimativas feitas pelas PMs locais. O Datafolha, que vive sendo malhado pelos blogs sujos, agora mereceu testemunho de fé da companheirada porque assegura que 210 mil passaram pela Avenida Paulista. Considerada só a área dessa via, talvez. Fui ao topo de um prédio muito alto. Todas as perpendiculares estavam tomadas por uma massa compacta. A Rua da Consolação também. A PM diz ter levado em conta essas áreas adjacentes, considerando cinco pessoas por metro quadrado, mesmo critério empregado para chegar aos 12 mil petistas que se concentraram na região no dia 13.
Quantos estiveram nas ruas na cidade de São Paulo, afinal, neste domingo? Participei ativamente dos comícios das Diretas e estive presente a algumas manifestações pelo impeachment de Collor. É experiência pessoal e memória, sei disto, mas nunca vi nada igual a este 15 de março. Se, no lendário comício das Diretas do dia 17 de abril de 1984, no Anhangabaú, havia 400 mil pessoas, parece-me difícil supor que, neste domingo, o contingente se resumisse à metade daquele.
Mas digamos, para efeito de pensamento, que o instituto esteja certo. Ainda assim, quase um milhão de pessoas teriam marchado em protesto contra o governo Dilma. Seja um número ou outro, já é a maior manifestação política da história. Até porque os comícios das Diretas ocorriam em uma determinada capital e pronto. Desta feita, houve protesto em todas elas e em 185 outras cidades.
A massa verde-amarela na Paulista. Um protesto sem vermelho (Foto: Hélvio Romero/Estadão)
A massa verde-amarela na Paulista. Um protesto sem vermelho (Foto: Hélvio Romero/Estadão)
Uma imensidão verde e amarela
Este 15 de março marca ainda outro fato inédito. Nas campanhas das Diretas e em favor do impeachment de Collor, as esquerdas davam o tom do discurso — aliás, assim tem sido desde a redemocratização do Brasil. Nas ruas, os petistas passavam a impressão de ser a força hegemônica. O vermelho disputava o espaço com o verde-e-amarelo. Neste domingo, não! O PT não estava presente. Ainda que Dilma tenha mobilizado boa parte das palavras de ordem, a maioria delas, no tempo em que acompanhei a manifestação — e foi bastante — tinha o PT como alvo principal. Horas depois, ficaria claro, uma vez mais, por quê.
Enquanto governistas falavam em ódio, violência e golpe, manifestantes levavam seus filhos para a rua (Foto: Beto Ribeiro)
Enquanto governistas falavam em ódio, violência e golpe, manifestantes levavam seus filhos para a rua (Foto: Beto Ribeiro)
Ódio? Qual? Violência? Onde?
Desde que começou a ficar claro que o país poderia assistir à maior manifestação de sua história, o PT, ministros de Estado e a própria presidente evocaram a palavra “golpe”, como se o vocabulário terrorista fosse afastar as pessoas das ruas. Não funcionou. Perdidos, mudaram, então, a estratégia e passaram a fazer estranhas advertências sobre o risco de violência e a política do ódio.
Nem uma coisa nem outra. Hostilidade ao petismo? Ah, havia, sim. Ou os petistas trataram com afeto, em suas pequenas manifestações do dia 13, os que hoje se opõem ao governo Dilma? Violência? Exceção feita a algumas escaramuças aqui e ali — especialmente no Distrito Federal e depois de encerrado o protesto —, nunca se viu povo tão ordeiro. Em São Paulo, a Polícia Militar, em trabalho exemplar, prendeu um grupo de autointitulados “Carecas do Subúrbio”. Carregavam bombas caseiras e soco inglês. Um deles conseguiu escapar e se escondeu no meio da multidão. Acompanhei o momento em que foi identificado. As pessoas se agacharam, colocaram-no em evidência e chamaram a Polícia. Funcionou.
Uma cartolina com uma verdade clara e simples: país mudo não muda
Uma cartolina com uma verdade clara e simples: país mudo não muda
Sem black blocs
As manifestações deste domingo provaram uma tese antiga deste blog. Os “black blocs” nunca foram um fenômeno urbano, uma estética, uma ética — ou seja lá que outro lixo subintelectual se tenha tentado inventar. Eram e são bandidos tolerados e protegidos por movimentos de ultraesquerda. Onde estavam no dia de ontem? Sabiam que não seriam nem abrigados nem protegidos. Sabiam que seriam expulsos da rua pela massa de, estes sim, trabalhadores!
Como esquecer que Gilberto Carvalho, em entrevista histórica concedida à Folha, confessou ter se reunido várias vezes com lideranças da canalha mascarada?
Eram poucas as faixas porque praticamente não havia movimento organizado. Também não se permitiu que o protesto fosse aparelhado por partidos políticos — e, com isso, não estou rejeitando a política, não! Ao contrário! Vi nas ruas um momento de tomada de consciência de pessoas que já não aguentam mais a conversa mole e vigarista, segundo a qual, na prática, uma suposta justiça social serve como compensação à roubalheira descarada.
O Brasil está mudando. Os reacionários do PT e suas franjas fascistoides na subimprensa optam, agora, por atacar a população de trabalhadores que vai às ruas. Perderam o eixo e a noção de tudo. Com satisfação, vi uma frase de um texto deste blog estendida na Paulista: “Não somos de direita. Somos brasileiros direitos”.
Atenção! A democracia nos reserva, sim, o direito de ser de direita. Mas, neste domingo, as pessoas direitas é que estavam nas ruas, de direita ou não.
Por Reinaldo Azevedo -REVISTA VEJA

Resumo das declarações de José Eduardo Cardozo e Miguel Rossetto


1) Disseram tacitamente que essas manifestações de hoje são fruto de golpismo de gente que não aceitou perder a eleição.
2) Citaram muito mais os pelegos alugados a 35,00 no dia 13/03 do que a multidão que foi às ruas hoje.
3) Advertiram que não aceitam uma tal "violência nas manifestações", algo que não houve.
4) Apresentaram novamente a reforma política bolivariana do PT que já tinha sido apresentada em 2013 e 2014 e que ninguém fora os puxa-sacos e sanguessugas lulopetistas quer.
5) Advertiram que "não admitem" que alguém peça impeachment, como se isso dependesse da autorização deles.
6) Prometeram que o governo vai lançar um "pacote contra a corrupção", como se colocar uma estrela de xerife no peito do bandido resolvesse o problema da criminalidade.
7) Praticamente afirmaram que hoje, 15/03, nas ruas só havia "insatisfeitos", "pessimistas de plantão" e "gente que já não gostava mesmo do governo".
8) Aconselharam todos a voltar calminhos para casa, porque vão ficar aí até 2018 (só faltaram avisar que depois tem Lula de novo).
Ao invés disso tudo me irritar, confesso que me deixou contente. Quanto mais se fizerem de surdos, quanto mais desqualificarem as pessoas insatisfeitas, quanto mais empurrarem a agenda de pelegos da CUT, vagabundos do MST, estudantes profissionais da UNE e sanguessugas de movimentos sociais, mais o PT e Dilma se enfiarão num buraco de onde só sairão para a lata do lixo da história a que pertencem.
A conclusão do pronunciamento dos ministros é: tudo vai continuar exatamente como está, até que Dilma e o PT não estejam mais ali.Fica a dica - DO R.DEMOCRATICA