quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Ibope: Aécio cresce, e Dilma cai no primeiro turno; viés volta a ser de baixa para a candidata do PT; pânico volta às hostes petistas

Agora ficou clara a euforia do mercado nesta terça-feira. Os números do Ibope indicam que o cenário eleitoral tem um viés de baixa para a petista Dilma Rousseff. No primeiro turno, quem cresceu foi o tucano Aécio Neves. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos. O instituto ouviu 3.010 eleitores em 204 municípios, entre os dias 13 e 15, e a pesquisa está registrada no TSE sob o número BR 657/2014. Todos os gráficos deste post foram feitos pela TV Globo.
Ibope 16.09 1º TV Globo
Em uma semana, Dilma caiu três pontos no primeiro turno e aparece, agora, com 36% das intenções de voto. A peessebista Marina Silva oscilou um para baixo e tem 30%. O tucano Aécio Neves cresceu quatro e aparece com 19%. Entre os demais candidatos, só Pastor Everaldo, do PSC, pontuou: 1%.
A petista segue na liderança folgada da rejeição: dizem que não votariam nela de jeito nenhum 32% dos eleitores, contra apenas 19% em Aécio e 14% em Marina.
Segundo turno
No segundo turno, o cenário também piorou para Dilma Rousseff. Vejam.
Ibope 16.09 2º marina dilma
Ibope 16.09 dilma Aécio
Em uma semana, Marina manteve os 43%, e Dilma oscilou de 42% para 40%. Contra Aécio, a diferença em favor da petista caiu sensivelmente: era de 15 pontos — 48% a 33% — e é de apenas 7 agora: 44% a 37%. O tucano cresceu 3 pontos, e a petista caiu 4.
Estando certos os números de antes e os de agora, o que aconteceu em sete dias? O escândalo da Petrobras veio à tona para valer. Observem que, no primeiro turno, Aécio foi o único que cresceu: de 15% para 19%. Dilma caiu de 39% para 36%, e Marina oscilou um ponto para baixo: de 30% para 31%.
Há também a destacar a truculência da campanha petista, que avança contra Marina com uma impressionante violência. O tiro, como aqui já se advertiu, pode sair pela culatra. Voltarei ao assunto nesta madrugada. No confronto com Dilma, Marina se manteve estável: 43%. A presidente-candidata, no entanto, oscilou dois para baixo. Está com 40%.
Mas os números do confronto com Aécio é que devem mais preocupar os petistas, nem tanto pela distância, mas por aquilo que pode ser uma tendência. Ela caiu de 48% para 44%, e ele subiu de 33% para 37%. A síntese é a seguinte: na semana em que Aécio procurou se distinguir de Dilma e Marina, mas sem partir para a baixaria, o tucano cresceu. Nesta mesma semana, em que o PT optou pela truculência, há sinais de que a candidata do partido pode derrapar.
Os petistas voltam a flertar com o fantasma da derrota. A partir desta quarta, restará a dúvida: avançar sobre Marina com ainda mais violência ou diminuir a fúria dos ataques?
Por Reinaldo Azevedo

Caos na cidade de São Paulo foi produzido por entidades ligadas ao PT e com cargo na Prefeitura, comandada por Fernando Haddad

Escrevi ontem aqui que a pancadaria promovida por supostos sem-teto numa reintegração de posse no Centro da cidade de São Paulo não passava de ação partidária. Uma franja ligada ao PT resolveu promover o quebra-quebra na esperança, sei lá, de criar um fato eleitoral. Essa gente ainda não se deu conta de que a baderna tira, não dá, votos. O confronto com a Polícia Militar foi promovido pela Frente de Luta por Moradia (FLM), um movimento ligado ao partido, que pertence a um “coletivo”, como eles dizem, intitulado “Central de Movimentos Populares (CMP), que é também mero esbirro do petismo. Gosto de demonstrar o que afirmo.
Na reportagem do Jornal Nacional, por exemplo, eis que dou de cara com o senhor Raimundo Bonfim, apresentando como coordenador da CMP. 
Raimundo Bonfim - JN
Sim, eu me lembrava dele. Escrevi sobre este bravo no dia 14 de agosto de 2013. Ele pretendia liderar, então, um protesto contra o governo Geraldo Alckmin, que estava sendo convocado pela página do PT na Assembleia Legislativa. Só isso? Não!
Além de coordenador da tal central o homem é advogado e, atenção!, funcionário da Liderança do PT na Assembleia, com salário, no ano passado, de R$ 11.380. É isso mesmo o que você entendeu, leitor amigo: é você quem paga a boa vida do sr. Bonfim para que ele ajude a promover o caos.
Na campanha eleitoral de 2012, ele fez caminhada ao lado do então candidato Fernando Haddad, conforme se pode ver abaixo, e posou para fotos com a bandeira do PT. Não é e nunca foi um sem-teto. Trata-se apenas de um militante profissional.
bonfim com haddad
Bonfim PT
Haddad é grato a toda essa gente, que detém cotas na distribuição de moradas populares na cidade.  Um dos coordenadores da FLM, que promoveu a bagunça nesta terça, Osmar Silva Borges, ganhou cargo na Prefeitura: virou assessor da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), com salário mensal de R$ 5.538,55. Não foi o único. Também Vera Eunice, coordenadora da Associação dos Trabalhadores Sem-Teto da Zona Noroeste, recebeu uma boquinha na empresa, com salário de R$ 5.516,55. Ou por outra: o grupo que protagonizou as cenas lamentáveis de violência e vandalismo é poder na cidade administrada por Haddad.
Fiquei ainda bastante encantado ou ler e ouvir o depoimento de Juliana Avanci, advogada dos invasores. Contra todas as evidências, contra tudo o que mostravam as TVs, ao vivo; contra todos os fatos, ela afirmou que a Polícia é que deu inicio ao confronto. A doutora seria apenas membro de uma ONG, o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos. Apresenta-se simplesmente como uma defensora da causa, sem vínculos com os companheiros.
Pois é… O nome dela está num manifesto de “juristas e advogados” em apoio, então, à candidatura de Haddad à Prefeitura. Ela certamente sabia que o petista, se eleito, faria uma gestão simpática à companheirada e à causa, não é mesmo? E que se note: no hotel invadido e depois desocupado, a polícia encontrou 12 coquetéis molotov.
O que me incomoda nessa gente toda é menos o conteúdo do pensamento, por mais que eu considere lamentável, do que a hipocrisia. Admitam, então, que se trata de uma ação de caráter partidário e que eles avaliam que o caos lhes interessa. Ontem, sustentei aqui que os baderneiros de São Paulo eram apenas os braços operacionais de uma forma de entender o poder, aquela mesma que Lula havia expressado no dia anterior naquela pantomima autoritária e ridícula em frente à sede da Petrobras.
As evidências estão aí.
Por Reinaldo Azevedo
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