PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
sábado, 8 de julho de 2017
Por apoio do PSDB, Temer busca FHC como última cartada
Diante da ameaça de desembarque do PSDB já na próxima semana, o presidente Michel Temer tenta uma última cartada: um encontro com Fernando Henrique Cardoso para apelar ao ex-presidente em busca de apoio dos tucanos.
O interlocutor escalado por Temer é o ministro Antonio Imbassahy, segundo auxiliares do ministro da articulação política.
Fontes ligadas a Imbassahy afirmam que o presidente pediu a ele que sondasse a disposição do ex-presidente, que já pediu a renúncia de Temer.
Mesmo assim, o presidente quer pedir ajuda a FHC para convencer a cúpula do PSDB a adiar a decisão do desembarque do governo, em meio à busca de votos contra a denúncia por corrupção passiva na Câmara .
Diante da insistência de Temer, nem ministros do PSDB acreditam que a nova investida renderá frutos.
Motivo: FHC já pediu publicamente a renúncia de Temer, em um "gesto de grandeza". Antes disso, enviou uma carta ao presidente Temer pedindo novas eleições.
Na carta, o ex-presidente alertou o presidente sobre a situação grave do cenário político e sugeriu que antecipasse as eleições. Temer ignorou a carta e não enviou resposta ao ex-presidente.
Agora, Temer, que volta da Alemanha neste sábado, tenta um novo encontro com o tucano para os próximos dias DO O GLOBO
Receio de serem substituídos na CCJ faz deputados esconderem voto sobre Temer
Gustavo Maia
Do UOL, em Brasília
- Eduardo Anizelli - 23.mai.2017/Folhapress
Sob a condição de anonimato, um parlamentar afirmou ao UOL nesta sexta-feira (7) que já tem a sua decisão tomada, mas preferia não informá-la à reportagem para "preservar" sua vaga na comissão, que tem 66 titulares e 66 suplentes.
"Se abrir o voto, amanhã talvez eu não seja mais membro da comissão"
Deputado federal que é titular da CCJ
"O governo vem com um rolo compressor para tentar derrubar todos os parlamentares que possam dar voto contrário na CCJ. Vai usar, sem dúvida, a estrutura de emenda, de cargos, de ministérios, vai jogar pesado. No meu entendimento, isso é até obstrução de Justiça", afirmou o deputado, cujo partido tem liderança alinhada a Temer.
Procurada pelo UOL, a assessoria do Palácio do Planalto informou que não comentaria as acusações.
Nos últimos dias, a reportagem conversou com diversos integrantes da comissão. O receio de retaliação está presente no discurso de muitos deles, o que os leva a não quererem falar abertamente sobre o assunto, apesar de tanto a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quando a manifestação da defesa já estarem disponíveis.
O silêncio de aliados tem preocupado o governo e gerou cobranças de lealdade de Temer, em reunião realizada na noite de quarta. Governistas se ressentem da raridade dos posicionamentos públicos a favor do presidente.
Desde quarta (5), quatro partidos da base governista fizeram trocas na CCJ. Líder do Solidariedade na Câmara, o deputado Aureo Ribeiro (RJ) –que no mês passado já havia substituído Major Olímpio (SP), declaradamente contrário ao governo Temer-- deu lugar a Laércio Oliveira (SE).
À reportagem, Aureo afirmou que as mudanças ocorreram a partir de reunião com toda a bancada do partido e não se limitaram à comissão. O deputado disse ainda que as posições de Olímpio sempre foram respeitadas dentro da legenda.
"A gente não tem cabresto no partido", declarou, acrescentando que não houve orientação partidária para que nem Laércio nem o outro representante do Solidariedade na CCJ, o deputado Genecias Noronha (CE), votassem contra a denúncia.
"Eles vão analisar com as suas convicções, em respeito aos seus eleitores. É uma questão muito pessoal de cada deputado. Não é uma matéria de governo ou contra governo. Que Deus dê sabedoria a eles para tomarem a melhor decisão." A reportagem não conseguiu entrar em contato com os dois.
No mesmo dia, o PTB realizou uma troca que, na prática, garantiu a promessa de mais um voto pró-Temer. O deputado Nelson Marquezelli (SP) substituiu Arnaldo Faria de Sá (SP) na comissão. Em enquete feita pelo jornal "Folha de S.Paulo", o segundo havia dito que não sabia como votaria. Faria de Sá não foi encontrado pela reportagem do UOL nesta sexta.
Também à "Folha", o líder do PTB na Casa, Jovair Arantes (GO), disse que a troca não tem relação com a votação da denúncia e que já havia uma previsão de "rodízio" da bancada do partido na comissão. G.MAIA UOL-BRASILIA
EDITORIAL: O desalento, o desprezo e o desencanto
A culpa da crise é da sogra ou da mídia? É DA CORRUPÇÃO...
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Não existe mais crise econômica no
Brasil? Não exagere, Presidente Michel Temer, ou passará para a História como
“mentiroso” (o que talvez seja menos ruim do que “corrupto passivo” ou “Chefe
da Organização Criminosa” – aliás, uma injustiça com outros “chefões” e seus
controladores lá de fora). O desemprego segue alto. Juros e impostos, também,
como sempre. Temos sinais de estagnação com inflação (estagflação). A
gigantesca economia informal ainda segura a "onda" e atrasa a convulsão social
visível no horizonte de perdição sob regime Capimunista Rentista.
Felizmente, a maioria consegue
perceber que a Crise é Estrutural. A escrotidão estatal brasileira é a mãe de
todas as outras crises. A situação se torna explosiva quando se combinam as
confusões moral, econômica e política. Esta última está enchendo o saco da
maioria do povo. A cada instante estoura um escândalo de corrupção envolvendo
três “atores”: a máquina pública, a politicagem que a infesta e o empresariado
babaca que a sustenta – de forma intencional ou por falta de alternativa em um
modelo que corrompe a honestidade.
A Lava Jato é canalhamente sabotada.
A maioria não aprova tal safadeza. No entanto, a minoria roubante finge que não
se importa. A bandidagem organizada só teme a pressão popular. O resto, na
avaliação criminosa deles, não há nada que um corpo caríssimo de advogados não
resolva. Ainda tem a transação penal. Se a coisa ficar feia, e o ndp for
apanhado, ainda dá para se dar bem e reduzir a pena, dedurando os esquemas. Até
nas “delações premiadas” os delinqüentes se dão bem no final. Vide José Dirceu,
que acaba de proclamar: “Vamos retomar o Governo do Brasil”...
O discurso político aceita qualquer merda.
Tem horas que consegue superar a mais elaborada galhofa. A Rede Globo tem o
“Zorra” - um programa humorístico, sábado à noite, que tem como slogan “está
difícil competir com a realidade”. Nossa politicagem sem graça pega pesado.
Vide a recente declaração do presidente da Câmara dos Deputados. Rodrigo Maia
acaba de redefinir o conceito familiar, de acordo com suas conveniências
momentâneas: “O ministro Moreira Franco não é meu sogro, ele é casado com a
minha sogra, para você ver o nível de irresponsabilidade de alguns na imprensa
brasileira”.
O filho de César Maia, que delações
da Odebrecht deduram ser o “Botafogo” no esquema de recebimento de propinas da
empreiteira, só pode estar querendo trocar uma quase-Presidência da República,
por uma vaguinha de coadjuvante no Zorra. Será que o Moreira gostou de saber
que Rodrigo não o reconhece como sogro? E se o camarada casado com a sogra não
é o sogro, ele é o quê? Melhor o genro infiel não responder, para não magoar
ainda mais o “Gato Angorá” – que também figura na listinha da turma do
condenado Marcelo Odebrecht, baiano cansado de suportar a geladeira do cárcere
na República de Curitiba.
Na Alemanha, no intervalo do G-20 em
que proclamou não haver crise econômica no Brasil, o Presidente quase fora
Michel Temer confirmou, corroborou e repetiu que confia plenamente na
fidelidade de quem desconhece ser genro do sogro. Na Argentina, em evento
parlamentar no qual não desgrudou do celular um segundo, Rodrigo Maia ressaltou
seus valores familiares: “Aprendi em casa a ser leal, correto e serei com o
presidente Michel Temer sempre”.
Temer não deve ter a mesma crença na
base aliada que prefere não lhe declarar apoio público incondicional, diante do
tiroteio promovido pelas denúncias do Procurador Geral da República ao Supremo
Tribunal Federal, que antes precisa ter a surreal aprovação da Câmara dos
Deputados (com centenas de políticos envolvidos em denúncias de corrupção).
Vários parlamentares já classificam Michel Temer como um morto-vivo – prontinho
para experimentar o golpe que aplicou na ex-companheira Dilma.
Já que Moreira não é sogro do Maia, e
nem o deputado é genro do ministro, a culpa só pode ser da sogra – figura
épica, motivo lendário de ódio e alvo de sambas compostos pelo imortal Dicró.
Quem mandou ela casar com o Gato Angorá? Quem mandou Rodrigo matrimoniar com a
esposa? Quem mandou eles fazerem parte do governo que foi parceiro do PT até o
instante que não deu mais?
Bem fez o Temer que casou que a
Marcela – bela, jovem e do lar. Triste é que nosso Presidente seja alvo de
piadas que devem deixá-lo tão ou mais pt da vida que os ataques do Janot. Nas
redes sociais, os sacanas de plantão não param de repetir uma piada que seria
uma maldição cruel: A coisa está tão ruim para o Temer que só falta ele
descobrir que a Marcela é um traveco”...
Calma, Temer... Tudo indica que desse
mal você não padecerá... No entanto, se a Marcela não planeja traí-lo, é melhor
tomar cuidado com aquela base no Congresso. Ali só tem gente que mata a sogra e
te dá um pau – se este for o preço da salvação pessoal. Sabotar a Lava Jato é a
única coisa que une sogro, genro e outros filhos da pátria - menos ou mais
votados. O povo não está gostando... E a campanha #reelejaninguém vai bombar em
2018...
Cova cavada
Retomando
Testemunha ideal
"Um governo terminal", por Merval Pereira
A gente sabe que a situação não está boa quando as metáforas mais usadas
se referem a situações terminais, como a morte. Foi assim com o relator
do processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Herman
Benjamim, que, ao constatar que a chapa Dilma/Temer seria absolvida “por
excesso de provas”, saiu-se com a frase já famosa: “Recuso o papel de
coveiro de prova viva. Posso até participar do velório, mas não carrego o
caixão”.
Pois agora, na Câmara, a situação é a mesma. O (quase) defunto governo de Michel Temer nem bem ainda esfriou, já estão brigando pelo inventário. A família Picciani, chamada a intermediar uma trégua com o relator do processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado também do PMDB do Rio Sérgio Zveiter, já está disputando a presidência da Câmara, antevendo que o atual, deputado Rodrigo Maia, está a ponto de assumir a presidência da República.
Não parece haver dúvidas de que seu relatório será favorável à aceitação do pedido de processo contra o presidente Temer. Já há um movimento majoritário no Congresso que acha que o presidente Michel Temer não tem mais salvação.
Conversas de bastidores reveladas – todo grande amigo tem um grande amigo – mostram que Rodrigo Maia já garantiu a interlocutores que a equipe econômica continuaria caso ele assumisse a presidência da República.
Os principais membros da equipe já haviam se adiantado, numa demonstração de fraqueza do atual presidente, afirmando que se dispunham a continuar nos mesmos lugares em caso de saída de Temer.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, declarou no dia 29 que permanecerá no cargo. O ministro da Fazenda Henrique Meirelles garantira a investidores uma semana antes que tem disposição para continuar no comando da equipe econômica caso o presidente deixe o cargo.
A ideia é que, sendo afastado por seis meses, Temer continua como presidente com todas as regalias e proteções, e o Congresso retoma as condições para aprovar as reformas, inclusive a da Previdência. E depois desse tempo, voltaria se fosse inocentado no Supremo Tribunal Federal; e se não for, Rodrigo Maia seria o nome natural para a eleição indireta para terminar esse mandato.A questão é que, se a Câmara aceitar a denúncia e o processo for para o STF, dificilmente ele deixará de ser condenado, porque vai ter a deleção premiada do Eduardo Cunha, talvez a do Rocha Loures e a cada dia que passa a situação de Temer fica pior. Algum tipo de proteção seria negociado, se o ambiente político permitisse. E mesmo que escape da primeira denúncia, o que é improvável com os dados de hoje, o mais provável é que demonstre uma fraqueza na base aliada que terá repercussão em um segundo ou terceiro novo processo. Há um constrangimento na base em votar contra Temer que, ao contrário de Dilma, é estimado por seus antigos pares. Mas o constrangimento maior está na pressão das bases eleitorais. Força-Tarefa da PF
Segundo relatos internos,é realmente forte o rumor de um acordão costurado para a saída do diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. O sonho dele seria alguma promoção. Já cogitou ser adido na Itália, hoje pensaria em secretarias ou ministérios, além de fazer o sucessor, o que justificaria estar aderindo a essas medidas, como o fim da Força-Tarefa.Fala-se também que o fim da Força-Tarefa agradaria aos delegados descontentes com o protagonismo dos procuradores. Sobre a estrutura da Força-Tarefa, ela passou a integrar uma nova delegacia, de combate a crimes financeiros. Ao invés de ser uma estrutura solta, através de um grupo de trabalho, passou a integrar uma estrutura física permanente, sob a justificativa maior de que, caso saia o diretor-geral, a Lava Jato estará preservada dentro do organograma da Polícia Federal. O núcleo investigativo foi todo preservado, ninguém saiu. Porém, os delegados da Lava Jato integram agora essa delegacia e concorrem a escalas de sobreaviso e distribuição de outros inquéritos. Terão que trabalhar o cotidiano da delegacia: tocar inquéritos e participar de outras investigações também para dividir a carga do novo setor. Há um caso exemplar: um desses delegados teve que deixar por algumas horas um trabalho relacionado à Lava-Jato para investigar um derrame de moedas falsas no interior. A burocracia evitada, reduzida no formato da Força-Tarefa, voltará ao habitual. Então, corre-se o risco de haver burocracia no trâmite normal das investigações da Polícia Federal, uma vez que no formato de Força-Tarefa, o contato com Ministério Público e com o Judiciário era permanente e exclusivo.
Pois agora, na Câmara, a situação é a mesma. O (quase) defunto governo de Michel Temer nem bem ainda esfriou, já estão brigando pelo inventário. A família Picciani, chamada a intermediar uma trégua com o relator do processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado também do PMDB do Rio Sérgio Zveiter, já está disputando a presidência da Câmara, antevendo que o atual, deputado Rodrigo Maia, está a ponto de assumir a presidência da República.
Não parece haver dúvidas de que seu relatório será favorável à aceitação do pedido de processo contra o presidente Temer. Já há um movimento majoritário no Congresso que acha que o presidente Michel Temer não tem mais salvação.
Conversas de bastidores reveladas – todo grande amigo tem um grande amigo – mostram que Rodrigo Maia já garantiu a interlocutores que a equipe econômica continuaria caso ele assumisse a presidência da República.
Os principais membros da equipe já haviam se adiantado, numa demonstração de fraqueza do atual presidente, afirmando que se dispunham a continuar nos mesmos lugares em caso de saída de Temer.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, declarou no dia 29 que permanecerá no cargo. O ministro da Fazenda Henrique Meirelles garantira a investidores uma semana antes que tem disposição para continuar no comando da equipe econômica caso o presidente deixe o cargo.
A ideia é que, sendo afastado por seis meses, Temer continua como presidente com todas as regalias e proteções, e o Congresso retoma as condições para aprovar as reformas, inclusive a da Previdência. E depois desse tempo, voltaria se fosse inocentado no Supremo Tribunal Federal; e se não for, Rodrigo Maia seria o nome natural para a eleição indireta para terminar esse mandato.A questão é que, se a Câmara aceitar a denúncia e o processo for para o STF, dificilmente ele deixará de ser condenado, porque vai ter a deleção premiada do Eduardo Cunha, talvez a do Rocha Loures e a cada dia que passa a situação de Temer fica pior. Algum tipo de proteção seria negociado, se o ambiente político permitisse. E mesmo que escape da primeira denúncia, o que é improvável com os dados de hoje, o mais provável é que demonstre uma fraqueza na base aliada que terá repercussão em um segundo ou terceiro novo processo. Há um constrangimento na base em votar contra Temer que, ao contrário de Dilma, é estimado por seus antigos pares. Mas o constrangimento maior está na pressão das bases eleitorais. Força-Tarefa da PF
Segundo relatos internos,é realmente forte o rumor de um acordão costurado para a saída do diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. O sonho dele seria alguma promoção. Já cogitou ser adido na Itália, hoje pensaria em secretarias ou ministérios, além de fazer o sucessor, o que justificaria estar aderindo a essas medidas, como o fim da Força-Tarefa.Fala-se também que o fim da Força-Tarefa agradaria aos delegados descontentes com o protagonismo dos procuradores. Sobre a estrutura da Força-Tarefa, ela passou a integrar uma nova delegacia, de combate a crimes financeiros. Ao invés de ser uma estrutura solta, através de um grupo de trabalho, passou a integrar uma estrutura física permanente, sob a justificativa maior de que, caso saia o diretor-geral, a Lava Jato estará preservada dentro do organograma da Polícia Federal. O núcleo investigativo foi todo preservado, ninguém saiu. Porém, os delegados da Lava Jato integram agora essa delegacia e concorrem a escalas de sobreaviso e distribuição de outros inquéritos. Terão que trabalhar o cotidiano da delegacia: tocar inquéritos e participar de outras investigações também para dividir a carga do novo setor. Há um caso exemplar: um desses delegados teve que deixar por algumas horas um trabalho relacionado à Lava-Jato para investigar um derrame de moedas falsas no interior. A burocracia evitada, reduzida no formato da Força-Tarefa, voltará ao habitual. Então, corre-se o risco de haver burocracia no trâmite normal das investigações da Polícia Federal, uma vez que no formato de Força-Tarefa, o contato com Ministério Público e com o Judiciário era permanente e exclusivo.
Cunha vai sustentar que Temer chefiava ‘organização criminosa’
O ex-deputado citará em delação o nome de Michel Temer como
'verdadeiro chefe' e ligá-lo a propinas pagas em aeroportos e no Porto de
Santos.Elecomntou como Joesley entregou-lhe R$5 milhões no aeroporto de Jacarepaguá.
Os repórteres de Veja, Daniel Pereira, Thiago Bronzatto, Robson Bonin e
Rodrigo Rangel, contam hoje que o presidente Michel Temer será apontado pelo
ex-deputado Eduardo Cunha como o 'verdadeiro chefe' da quadrilha do PMDB.
Leia tudo:
Por razões óbvias, a parte relativa ao presidente Michel
Temer é considerada a mais vistosa da proposta de delação do ex-deputado
Eduardo Cunha. Nos dez capítulos dedicados exclusivamente ao presidente, há
acusações das mais diversas. Nas palavras de um interlocutor com quem tem
conversado frequentemente, Cunha pretende demonstrar que o presidente da
República é o “verdadeiro chefe” da organização criminosa formada pelo chamado
“PMDB da Câmara”. Ele se dispõe a revelar negociações de propinas ocorridas na
presença de Temer.
No rascunho da delação, Cunha relacionou Michel Temer a
negócios escusos na Petrobras, especialmente na área internacional da estatal,
onde foram alojados executivos indicados pelo presidente. Ele também liga o
Temer a propinas pagas por empresas que atuam no setor de aeroportos e no Porto
de Santos, ambos comandados, durante anos, por aliados do presidente – ao
analisar arquivos encontrados no material apreendido com Cunha, por sinal, os
investigadores da Lava-Jato encontraram um dossiê com informações sobre a
atuação de Temer no porto do litoral paulista. - DO P.BRAGA
CLIQUE AQUI para ler mais.
Generalato tucano tem de apoiar sua infantaria’
Josias de Souza
Alheio às críticas que soaram na Alemanha, onde se encontra Michel Temer, o senador tucano Cássio Cunha Lima, vice-presidente do Senado, adotou uma linguagem bélica para traduzir o seu desejo em relação ao governo. “Os generais do PSDB não podem ficar protegidos no quartel enquanto a infantaria do partido leva tiro na Câmara. O generalato tem de apoiar sua infantaria na linha de frente.”
Cássio acrescentou: “Como podemos ficar nos ministérios desse governo se nossos deputados votarão na Câmara a favor da denúncia que pede a abertura de ação penal contra o presidente no Supremo Tribunal Federal? Não dá. Precisamos fazer uma opção. Eu prefiro ficar do lado dos deputados, sem os ministérios.''
Mais cedo, o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), senador licenciado do PSDB, criticara no Twitter a retórica antigovernista adotada por Cássio e Tasso Jereissati, presidente interino do partido. “Do ponto de vista dos interesses do Brasil, não poderia haver ocasião mais inoportuna para os recentes ataques de dirigentes do PSDB ao presidente da República, quando ele representa nosso país na cúpula do G20″, anotou Aloysio. ''Nem Lula nem Dilma tiveram esse tratamento de nossa parte quando éramos oposição.”
Cássio não se deu por achado. Quer marcar a data do desembarque. Defende que o PSDB deixe o governo depois da votação da reforma trabalhista no Senado, que deve ocorrer na próxima terça-feira. Na véspera, o relator da denúncia contra Temer, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), terá apresentado o seu relatório na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. A expectativa é a de que Zveiter, embora seja do partido de Temer, apresente um relatório desfavorável ao presidente.
Temer e Maia dançam o balé da enganação
Josias de Souza
Ao
perceber a intensificação dos movimentos de Rodrigo Maia, Michel Temer
passou a desconfiar horrores do seu aliado. No momento, os dois dançam o
balé da enganação. O presidente da República diz confiar plenamente na lealdade do deputado. E o presidente da Câmara, primeiro na linha sucessória, chama de especulação o noticiário sobre os acertos
que já fez com o PSDB para consolidar sua condição de pretendente ao
trono —não para uma substituição temporária de seis meses, caso Temer
vire réu no Supremo Tribunal Federal, mas para uma transição completa,
até 2018.
Temer derrubou sua blindagem de presidente ao receber o delator Joesley Batista para uma conversa desqualificada. Desde então, os aliados condicionam o apoio ao governo à ausência de fatos novos. E os tais fatos novos não param de desabar sobre a cabeça do presidente. O penúltimo foi a prisão do amigo Geddel Vieira Lima. Os próximos serão as delações de Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro.
Ao permitir que sua língua fizesse um striptease diante do gravador de um delator, Temer ateou fogo às próprias vestes. Perdeu a autoridade para falar em conspiração. Rodrigo Maia teve um bom professor. Quando Dilma entrou em processo de autocombustão, Temer também tomou distância. A semana termina com o condomínio governista em chamas. A dúvida é saber quanto tempo o país resiste a mais esse incêndio. Se na segunda-feira você acordar, olhar em volta e só enxergar cinzas, é porque estamos mal.
Temer derrubou sua blindagem de presidente ao receber o delator Joesley Batista para uma conversa desqualificada. Desde então, os aliados condicionam o apoio ao governo à ausência de fatos novos. E os tais fatos novos não param de desabar sobre a cabeça do presidente. O penúltimo foi a prisão do amigo Geddel Vieira Lima. Os próximos serão as delações de Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro.
Ao permitir que sua língua fizesse um striptease diante do gravador de um delator, Temer ateou fogo às próprias vestes. Perdeu a autoridade para falar em conspiração. Rodrigo Maia teve um bom professor. Quando Dilma entrou em processo de autocombustão, Temer também tomou distância. A semana termina com o condomínio governista em chamas. A dúvida é saber quanto tempo o país resiste a mais esse incêndio. Se na segunda-feira você acordar, olhar em volta e só enxergar cinzas, é porque estamos mal.
Corte de verbas da PF é escândalo no The New York Times, aqui nenhum panelaço
A Polícia Federal do Brasil anunciou irá encerrar uma força-tarefa de combate à corrupção (Lava-Jato), o que gerou uma reação por parte dos promotores públicos que advertiram a mudança poderá estrangular as investigações que expuseram a corrupção sistêmica entre as elites políticas e empresariais do país.
Coincidência? A
decisão (citada acima) vem justamente quando o presidente Michel
Temer , que está entre os políticos que enfrentam acusações criminais,
luta para fortalecer seu apoio entre os deputados com o objetivo
de escapar das denúncias de corrupção passiva […] que é a primeira de
outras que virão.
Em
declaração, a PF informou que a mudança ocorrida é uma reestruturação
burocrática de pessoal e que a eficiência nas investigações não seria
interrompida.
Já
os membros da força-tarefa, a associação nacional de promotores
nacionais e a federação de agentes da Polícia Federal discordaram
completamente dessa lógica. DO F.VERDADES
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