quinta-feira, 21 de maio de 2020

Lula, com gafe do Kung Flu, afaga o Mecanismo

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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A guerra é uma empreitada apaixonada de estratégia, inteligência e vontade. Os três fatores são indispensáveis na luta, no combate ou na guerra efetiva. Do contrário, o lutador, combatente ou guerreiro já entra morto, de véspera. Parece a tragédia antecipada do Peru de Natal. A Revolução Brasileira é uma guerra de Libertação contra os que defendem um regime de Estado Necessário contra os que desejam e se locupletam do Estado (autoritário e controlador).
O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem desculpas pelo comentário absolutamente infeliz que fez sobre o Kung Flu. Numa live com Mino Carta, da Carta Capital, o companheiro $talinácio vomitou: “Quando eu vejo os discursos dessas pessoas, quando eu vejo essas pessoas acharem bonito que 'tem que vender tudo o que é público', que 'o público não presta nada', ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises. Essa crise do coronavírus, somente o Estado pode resolver isso, como foi a crise de 2008".
Lula e o Kung Flu parecem gêmeos univitelinos. $talinácio voltou ao teatro de operações da guerra de todos contra todos. Felizmente, Lula tem a menor chance de retornar ao poder. Afinal, ele é um cadáver politicamente insepulto. No entanto, Lula realinhou o discurso em defesa da falsa “solução do aumento da presença estatal” – que ainda continua exagerada na vida dos brasileiros, apesar da eleição e mais de 500 dias de governo de Jair Messias Bolsonaro - que tinha compromisso de mudar o quadro. Até o momento, o time do Mecanismo vai ganhando de 7 a 1...
Estatisticamente, pelas manifestações em enquetes e no resultado final das últimas eleições presidenciais, entre 25% e 30% querem mudanças no modelo estatal, na evolução para um Capitalismo Democrático. O mesmo percentual defende o Estado Capimunista Rentista, patrimonialista e repleto de parasitas, como suportamos historicamente. O resto é a massa indiferente: a turma do “tanto faz como tanto fez” – que acaba, por inércia, jogando a favor dos mantenedores do atraso, dos quais Lula é um dos membros proeminentes.
A canhota sinistra segue firme na batalha de narrativas. Nesta quinta-feira (21 de maio), às 11h, será apresentado na Câmara dos Deputados o pedido de impeachment popular de Jair Bolsonaro. O bagulho vai endossado pelos partidos PSOL, PT, PCB e PCdoB e por mais de 400 entidades civis e movimentos sociais. Até agora, a esquerda considera que este é o pedido de impeachment mais amplo, unitário e significativo da oposição. Tudo indica que será mais um para o “neoaliado” Rodrigo Maia arquivar...
A situação parece cada vez mais feia. Só que, na verdade, temos um exagero de narrativas... Inclusive da “situação”. O papo que rola, nos tensos bastidores do poder, sobre Estado de Sítio, não é para valer... Ao menos por enquanto... O “boato” faz parte do roteiro da guerra fria entre todos contra todos os poderes. Se a gente atingir o patamar hipertenso dos anos 20 do século XX, aí sim, a pancada poderia comer, de verdade, exigindo uma medida drástica de força.
Do jeito que a coisa vai, corremos risco de caminhar para a velha “conciliação” de sempre? A tendência realista é para um sim duvidoso. O ponto a ser considerado (para uma resposta mais próxima da certeza) é o componente de extremismo, radicalismo, violência e ignorância que contaminam a sociedade brasileira. A crise pós-coronavírus agravou o quadro de instabilidade institucional com arroubos estatais autoritários contra a classe média baixa que sobrevive da economia informal – nunca antes tão afetada na História deste País...
A saída da crise coronaviriana será complexa e tensa. O Presidente Jair Bolsonaro e seu ainda Super-Ministro da Economia terão de reverter as expectativas pessimistas e as incertezas das pessoas comuns e dos agentes produtivos, sobretudo a turma da economia informal. O governo federal, que realinhou sua base de apoio no Congresso Nacional, precisará aprovar as reformas urgentemente e tomar medidas efetivas para arrumar a economia que já não vinha bem - antes do Kung Flu.
Bolsonaro precisa ter clareza de que, apesar do governo com generais, o céu não está de brigadeiro, nem o mar de Almirante. A classe média alta joga na oposição. Mergulhada em incertezas, a classe média baixa exige posturas corretas e soluções imediatas do Presidente.
O Posto Ipiranga que se cuide, porque, passada a pandemia (sabemos lá quando?), as cobranças chegarão mais rápidas que os boletos via Internet... Além da oposição e dos pessimistas, o Mecanismo está aí para atrapalhar...
No todos contra todos, só não vale o auto-suicídio... Seria muita glória para a Dilma...
Eleição, apesar da pandemia!
Diante dos desafios impostos às eleições, em virtude da crise sanitária provocada pela Covid-19, a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) elaborou relatório com sugestões para garantir a manutenção da realização das eleições municipais em 2020.
O documento, encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Congresso Nacional, opõe-se firmemente à unificação das eleições em 2022, proposta inconstitucional e que é considerada oportunista por aproveitar-se de um momento de excepcionalidade para sugerir prorrogação de mandatos que tem prazo constitucional definido.
Como alternativa, o relatório indica a possibilidade de flexibilização no calendário eleitoral com perspectiva de 1º e 2º turno entre novembro e dezembro deste ano, respectivamente, e recomenda aos ó rgãos competentes alternativas tecnológicas para diminuição dos riscos de contágio durante etapas do processo eleitoral.
Relatório