quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Janot nega irregularidade em delação de JBS e diz que faz parte de 'revolução sem sangue'

Vinicius Lemos
De Cuiabá para a BBC Brasil
  • WILTON JUNIOR - 28.ago.2017/ESTADÃO CONTEÚDO
    Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República
    Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República
"É mais ou menos equiparar sorveteiro com esquimó, porque os dois mexem com gelo." Com essa analogia, o ex-procurador-geral da República e atual subprocurador, Rodrigo Janot, classificou, na manhã desta quarta-feira o teor de um email de um de seus então assessores, o ex-procurador da República, Marcelo Miller, para executivos e advogados da JBS.
O material foi divulgado na edição de hoje do jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, Miller teria encaminhado um "roteiro" com orientações sobre como Joesley Batista e os demais delatores deveriam se portar para fechar o acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República.
Dois dias antes do envio da mensagem, o empresário havia gravado uma conversa com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu. O áudio foi utilizado como prova pela Procuradoria.
"O nexo de causalidade, nunca vi um negócio tão ridículo em toda minha vida. O email de um cara (Miller) vai para o outro (Joesley) e já tiram a conclusão de que eu combinei com eles antes. Onde está isso? O email mostra o contrário, ele instruía a eles como se contrapor a nós. Ou seja, nós não tínhamos nenhum vínculo com essas pessoas", defendeu-se Janot, durante palestra que concedeu no 2º Congresso Nacional dos Auditores de Controle Externo (Conacon), realizado no Tribunal de Contas de Mato Grosso, em Cuiabá.
De acordo com Janot, a Procuradoria-Geral da República não tinha conhecimento sobre o email encaminhado pelo ex-procurador.
Nas palavras dele, o vazamento do conteúdo nesse momento faz parte de uma "clara orquestração" para incriminá-lo. No mesmo contexto, estaria a aprovação do depoimento de Eduardo Pelella, ex-chefe de gabinete de Janot, para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da JBS, que acontecerá no fim do mês.
"O fato do presidente da República ter praticado mais de um crime, no exercício da Presidência da República, não é notícia. A notícia é que um dos braços-direitos do procurador instruiu a JBS a se comportar desta ou daquela maneira. Essa é a coerência de se considerar como tais, sorveteiros e esquimós. É assim que eu vejo", disse Janot.
Ele foi convidado a dar a palestra no Tribunal de Contas mato-grossense depois de, em setembro, cinco conselheiros da corte terem sido afastados de suas funções após denúncia do então procurador-geral da República.
Janot aproveitou a ocasião para defender seu legado. Rechaçou a tese de que os acordos de colaboração tenham sido impulsionados pelo desespero de réus presos - tramita no Congresso um projeto de lei que pretende proibir detentos de entrar esse tipo de negociação.
"Das 120 colaborações premiadas, posso afiançar que mais de 80% delas foram feitas com pessoas livres, que não sofriam nenhuma restrição à sua liberdade", afirmou.
Ele criticou a morosidade dos julgamentos, em geral. E culpou a existência do foro privilegiado pela demora para as denúncias tramitarem.
Janot comparou o trabalho feito pela Força-Tarefa da operação Lava Jato a "uma revolução sem sangue".
"A revolução sem sangue é aquela em que você usa as instituições dentro das suas próprias missões para mudar o caminho civilizatório do nosso país. Então, o que eu posso dizer é uma mensagem de otimismo, o que eu posso dizer é que cada um de nós tem que fazer o seu papel. O combate à corrupção estruturada e sistêmica não depende de um sujeito que abra a camisa e diz: 'Eu sou o Superman'. Isso não existe", afirmou o ex-procurador-geral.
"O Brasil de hoje é um Brasil muito diferente de dez anos atrás. Há dez, 15 anos atrás, todo mundo dizia: a Justiça brasileira é a Justiça dos '3 Ps'. Quem é mais velhinho aqui vai lembrar disso. É pobre, preto e prostituta. Era isso."

Discurso de Tasso não orna com atos do PSDB

Josias de Souza
Ao formalizar sua candidatura à presidência do PSDB, Tasso Jereissati pronunciou um belo discurso. Prometeu um programa partidário novo e um Código de Ética remodelado. Embrulhou tudo para presente ao declarar coisas assim: “Não adianta ficarmos unidos aqui e distantes do povo.” Ou assim: “É possível fazer política com alta decência, ética e moralidade.” Evocou Mário Covas: “Podemos até estar longe das benesses do poder, mas não podemos estar moucos aos ruídos das ruas.” Será?
No mês passado, sob a presidência interina de Tasso, o tucanato do Senado distanciou-se do povo, esqueceu a decência e achou razoável meter-se num conciliábulo interno para salvar Aécio Neves, devolvendo-lhe o mandato e a liberdade noturna. De resto, o PSDB discute há quase seis meses a hipótese de desembarcar do governo de Michel Temer. Nesse período, fingiu-se de surdo e manteve-se grudado às benesses do poder como coral na rocha.
No momento, o que falta ao PSDB não é novo programa, outro código de ética ou palavras bonitas. Falta à legenda perceber que a sociedade já não é capaz de enxergar no ninho a alegada “alta decência”. E o ninho não é capaz de demonstrá-la. O tucanato consolidou-se como um aglomerado partidário que nunca deixa para amanhã o que pode deixar hoje.
Aécio carrega um rastro pegajoso de nove inquéritos. E faz ao PSDB o favor de conservar o título de presidente licenciado do partido. Repete-se o fenômeno de Eduardo Azeredo, um ex-presidente tucano que, a despeito de já arrostar uma condenação criminal, mantém incólume sua ficha de filiação. Em Brasília, o velho e bom centrão está quase convencendo Temer a expurgar tucanos da Esplanada. E não há sinal de uma revoada voluntária de ministros emplumados.
Tasso chama de autocrítica o movimento que lidera. Simultaneamente, estufa o peito como uma segunda barriga para declarar: “Nos três últimos anos, o que nós vimos foi uma imensa onda escândalos de corrupção envolvendo políticos e empresários em todos os partidos. O nosso, com certeza, foi o que menos sofreu. E menos sofreu porque o nosso partido tem os melhores quadros políticos no Brasil. São aqueles quadros que fazem política com ética, decência, moralidade e espírito público.”
A pretexto de renovar, Tasso moderniza o léxico. Inventa a autocrítica a favor. Além de Aécio, estão enroscados na Lava Jato grão-tucanos do porte de José Serra, Aloysio Nunes Ferreira e até o presidenciável Geraldo Alckmin. O partido saiu da disputa sucessória de 2014 como principal força da oposição. Parecia fadado a retornar ao Planalto em 2018. Hoje, o frequenta a cena política como força auxiliar do PMDB. E Tasso acha que o prejuízo foi módico.
Com os olhos voltados para gramado vizinho, Tasso sataniza o antigo rival: “O PT está acomodado em seus erros, fingindo que não viu ou dizendo que não errou. Isso é grave.” Ainda não se deu conta de que o grande adversário do PSDB é o seu próprio rabo. O partido adia para dezembro providências que deveria ter tomado anteontem. Esqueceu que sua obrigação é oferecer exemplos, não discursos.

CPI aprova condução coercitiva de artista e de curador de exposição

Da Redação | 08/11/2017, 17h31 - ATUALIZADO EM 08/11/2017, 18h22 - DO SENADOFEDERAL

A CPI dos Maus-Tratos aprovou nesta quarta-feira (8) requerimentos para a convocação coercitiva do artista Wagner Schwartz, responsável pela performance de um artista nu no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), e do curador da exposição, Gaudêncio Fidélis. Por não terem respondido ao convite para as audiências da comissão em São Paulo, Schwartz e Fidélis agora serão conduzidos por força policial à reunião da CPI.
Também foi aprovado requerimento do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que pede a constituição de grupo de trabalho com representantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Secretaria da Receita Federal, Banco Central do Brasil, Ministério Público, Safernet e Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS).
O objetivo do grupo é elaborar mecanismos de investigação financeira para identificação e punição de quem compra material pela internet cujo conteúdo envolva maus tratos de crianças e adolescentes.
Outros requerimentos de convite a quatro psicólogas e a uma advogada que atuaram em processos de violência contra crianças em São Paulo também foram aprovados pela comissão. Também foram convidados a depor a delegada de polícia civil Viviane Costa Rios, Alexandra Barros Clemente e Daniela Pavan Mendes, que devem prestar esclarecimentos sobre um caso de maus-tratos e violência contra uma criança informado durante diligência da CPI em São Paulo.

Balanço

O presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), fez um balanço da atuação da CPI nas audiências públicas realizadas no Ministério Público de São Paulo nos dias 23 e 24 de outubro. O colegiado ouviu na capital paulista juízes, promotores, procuradores e gestores de redes protetivas, além de mães de crianças que sofreram maus-tratos.
Malta relatou que as audiências contribuíram para a adequação e formulação de proposições legislativas com o objetivo de proteger crianças e adolescentes, além da elaboração de políticas públicas. Para o presidente da CPI, as reuniões em SP também evidenciaram a necessidade de continuar as investigações de denúncias de abuso sexual e maus-tratos de crianças indígenas.
— Tivemos a oportunidade de ter contato com os promotores da infância, com a Secretaria de Segurança e com o próprio Ministério Público.
Elizabete Finger, que teria autorizado a filha a participar da performance com o artista Wagner Schwartzno, no MAM, compareceu a uma reunião reservada da CPI, mas preferiu não se pronunciar.
— A minha indagação era se ela não tinha conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente — afirmou Malta.
O senador também relatou visita realizada em  Janaúba (MG), onde, no mês passado, crianças foram vítimas de um incêndio ocorrido em uma creche. Malta visitou ainda o presídio Colônia Agrícola Major Cesar Oliveira, entre Teresina e Altos (PI), onde, em setembro, um menino de 13 anos foi encontrado escondido em uma cela.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

GUIDO MANTEGA DENUNCIADO NA ZELOTES

A força-tarefa da Operação Zelotes denunciou hoje Guido Mantega, o empresário Victor Sandri –amigo e, segundo Joesley Batista, operador de Mantega– e outras 12 pessoas.
O ministro da Fazenda dos governos petistas é acusado de ter agido para livrar a empresa de Sandri de uma multa de mais de R$ 110 milhões. Para a força-tarefa, a influência da organização criminosa sobre Mantega era “inquestionável”.
O Antagonista já publicou uma série de posts sobre as relações entre Mantega e Sandri. Clique aqui para ler um deles, de 2015. E este outro, do final de 2016.

‘A Carta aos Brasileiros’ de Bolsonaro

Jair Bolsonaro enviou a O Antagonista a mensagem abaixo, com a qual espera rebater especulações a respeito de seu futuro comportamento na área econômica, caso seja eleito presidente da República.
“Comunicado aos cidadãos do Brasil:
Nos últimos dias o Dr. Adolfo Sachsida foi apresentado pela imprensa como o “conselheiro” do deputado Jair Bolsonaro. Conforme nota já divulgada, houve sim conversas com o talentoso economista.
Também entendemos o interesse da sociedade pela equipe de acadêmicos e profissionais que estão integrando nosso time.
Nesse sentido, podemos antecipar que já contamos com um sólido grupo, composto por professores de algumas das melhores universidades do Brasil e da Europa. Indivíduos que são referência na academia, com vários papers publicados em revistas ranqueadas, com larga experiência profissional e sem máculas em seus respectivos históricos.
Evidentemente que nenhum dos membros de nossa equipe defende ideias heterodoxas ou apreço por regimes totalitários.
Sabemos que estamos lidando com a vida e o futuro de centenas de milhões de pessoas. Assim, afirmamos que, absolutamente, todas as propostas serão pautadas pelo respeito aos contratos, respeito às leis e pelo TOTAL respeito à Constituição Brasileira.
Um amplo trabalho vem sendo desenvolvido há alguns meses e já existiram dezenas de reuniões. Não se tratando de algo rápido ou superficial.
Sabemos do momento dramático pelo qual o Brasil atravessa e estamos cientes que o nome de Jair Bolsonaro representa esperança de dias melhores para mais de duzentos milhões de brasileiros. Todavia, pedimos um pouco mais de paciência a todos, para que tudo seja feito de forma profissional, séria e ética. Como sempre será feito!
Brasil acima de todos e Deus acima de tudo.”

OS VERMES COMUNISTAS ESTÃO AGITADOS


quarta-feira, novembro 08, 2017
Uma cena que não tem preço é ver um comunista esperneando. É o caso do chefete do PPS -Partido Popular Socialista a sigla mais asséptica que os canalhas comunistas encontraram para enganar os trouxas. Afinal, o PPS é o antigo PCB - Partido Comunista Brasileiro. Aqui mesmo em Florianópolis há uma penca desses psicopatas. Alguns já andam trôpegos urinando na ponta do dedão do pé mas continuam firmes na sua luta contra a "burguesia". Por certo muitos desses tipos foram aquinhoados pela "bolsa ditadura', e ainda têm a cara e a coragem de posar de "vítimas da ditadura".
O chefete desses trastes é o velho comunista Roberto Freire, o presidente do PPS, que costuma aparecer em véspera de eleição. Desta feita os comunistas que dominam as redações da grande mídia sempre que há uma eleição o convocam para conceder entrevista. É nesses momentos que Freire vira uma espécie de ventríloquo e passa a desfiar aquele velho e surrado palavrório das ditas "esquerdas". Eles falam no plural - esquerdas - conceito que envolve desde Fernando Henrique Cardoso até Luciano Huck.
Nesta terça-feira, o indigitado líder comunista Roberto Freire foi 'ouvido'- ou fez-se ouvir... - pelo site O Antagonista e resolveu desancar o deputado presidenciável Jair Messias Bolsonaro. Nesse caso, para tornar seu palavrório palatável, usou o Lula nivelando-o a Bolsonaro. O Roberto Freire pensa que todos - menos ele e seus asseclas, é claro - são idiotas.
É por causa de fake news desse nível que toda a grande mídia já foi para o vinagre. Não é à toa que lutam desesperadamente para manipular a opinião pública de sorte a garantir que os comunistas hoje aliados de primeira hora com os globalistas da diversidade bundalelê continuem no poder. É a tábua de salvação para essas empresas e, por via de consequência, da própria sobrevivência política do esquerdismo.
Não contavam, entretanto, com as redes sociais, blogs e sites independentes. Como também não contavam com o fenômeno Jair Bolsonaro. Seja como for, não tem preço ver esses vermes vermelhos se contorcendo, estrebuchando e babando raivosos. DO A.AMORIM

Por que Alckmin não tem chance presidencial

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

   
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Talvez de maneira nunca antes vista na História deste País, os donos do poder nunca estiveram tão fragilizados na capacidade de influenciar no resultado eleitoral. O temor deles tem dois motivos. O primeiro é o crescimento consolidado da candidatura de Jair Bolsonaro. O segundo é o alto risco de Lula da Silva não conseguir disputar a eleição de 2018. Por motivo de saúde e, sobretudo, por falta de condições morais, se for condenado novamente e tiver sentença confirmada em segunda instância judicial por crimes ligados à corrupção.
Os controladores do sistema de poder no Brasil podem não ter condições de manipulação no Judiciário para salvar Lula. Pior ainda, têm tudo para falhar na previsível tentativa de sabotagem contra Jair Bolsonaro. O tal “Fator Honestidade” parece tão consolidado quanto à candidatura do “mito”. Além dele, o grande tema popular para a eleição de 2018 será a “Segurança”, em seus aspectos policial, econômico e jurídico. O quesito favorece, claramente, Bolsonaro. O discurso dele incorpora o anseio popular. É muito improvável que outro candidato consiga fazer o mesmo. Por mais bem representar o anseio popular por segurança, Bolsonaro tende a crescer.
O “sistema” tem algumas dificuldades para assimilar o eventual retorno de Lula ao Palácio do Planalto. Primeiro, porque se tem a certeza de que ele e os seguidores da seita petralha jogarão todas as fichas em um projeto bolivariano que atrapalha meganegócios. Segundo, porque Lula no poder promoveria um violento ataque contra a Lava Jato e afins, no compromisso de salvar os parceiros na corrupção do próprio PT e do PMDB, PP, PSDB e afins, e a corrupção descontrolada também afetaria negativamente os negócios. Resumindo: os deuses do mercado rejeitam Lula.
O inverso acontece com Bolsonaro. Embora alguns ainda alimentem dúvidas sobre a visão estatizante, desenvolvimentista e interventora do candidato, a maioria avalia que Bolsonaro não atrapalhará os grandes negócios. Já se consolida a imagem de Bolsonaro como um “Trump dos pobres”. O discurso moralista-conservador, principalmente contra a corrupção, sinaliza um ambiente de liberdade e segurança para a retomada de investimentos em empreendimentos fundamentais, principalmente em infraestrutura, que não podem nem devem ser atrapalhados pela ação da corrupta máquina estatal e seus agentes operacionais ou pelos sabotadores ideológicos.
Lula prejudicado. Bolsonaro consolidado e crescendo. Então, o que torna a candidatura de Geraldo Alckmin sem chances de vitória? Primeiro, o seu estilo “Picolé de Chuchu”. Ele é muito fraco – já demonstrou isto na eleição que perdeu feio para Lula – no discurso ofensivo. O estilo “moderador” é ineficaz na campanha programada para uma polarização radical e imagética entre “honestos e bandidos”. O segundo motivo é que ele concorre pelo desgastado PSDB – fatalmente enterrado pelas denúncias contra Aécio Neves. O tal "orgulho tucano" nunca esteve tão abalado...
O terceiro motivo contra Alckmin é o desgaste natural de mais de 20 anos no Governo do Estado de São Paulo. Ele não está preparado para agüentar o volume da pancadaria que tomará dos adversários, inimigos e, sobretudo, do “fogo amigo” tucano. O nome de Alckmin só une o PSDB na base da força. A trituração promovida (por ele) contra João Dória é a prova de que nenhuma candidatura resiste a um movimento de assassinato de reputação. Alckmin será alvo de graves denúncias de corrupção contra a gestão dele no Palácio dos Bandeirantes. O negócio ficará feio quando surgir e se consolidar o candidato anti-PSDB ao governo paulista.
Apenas parece, desenha-se uma falsa impressão, de que o momento atual se parece com 1989 – naquela campanha que elegeu o fenômeno Fernando Collor de Mello, com a violenta sabotagem que impediu a candidatura (imbatível e surpreendente) do showman e empresário Sílvio Santos. Tudo não passa de ilusão, porque Bolsonaro não é Collor. Do mesmo jeito como Luciano Huck ou (o já detonado) João Dória nem chegam perto do que simbolizava, no final da década de 80, o Homem do Baú da Felicidade. Além disso, o descontrole econômico da Era Sarney nem se compara com a crise estrutural de agora – que impede até o mais banal vôo de galinha.
Com o agravamento da descontrolada insegurança com requintes de violência, a presente conjuntura política e econômica está gerando as pré-condições para uma inédita mudança estrutural no Brasil. Curiosamente, a figura hedionda de Lula – se puder disputar a eleição – contribuirá para consolidar a rejeição da maioria dos brasileiros contra os políticos corruptos. Para completar, a quase certa tentativa de sabotagem contra Bolsonaro pode gerar uma revolta inédita da maioria contra o “sistema” (“o verdadeiro inimigo” – conforme prega o Capitão Nascimento de Tropa de Elite I e II).
Independentemente do resultado que tenha, a eleição de 2018 tem tudo para consolidar as pré-condições para as inevitáveis mudanças estruturais que acontecerão, em breve, pela via de uma inédita Intervenção Institucional (ou Constitucional).
Desenhando, para facilitar o entendimento: O Brasil tem de mudar e romper com seu modelo Capimunista meramente rentista, sem compromisso com a produção, emprego e renda, porém aliada aos agentes do Estado-Ladrão. Se a mudança não acontecer, pode ter certeza que “a porrada vai comer”, e o resultado é imprevisível.
Vavá é Lula amanhã

Os idiotas úteis do comunismo

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Há uns meses fomos assistir a peça "A Plenos Pulmões", que pretendia contar a história do poeta russo Vladimir Mayakovsky, conhecido como "poeta da revolução". 100 anos depois e com a perspectiva de quem viu o comunismo falhar fragorosamente depois de assassinar milhões de inocentes, eu esperava algum tom crítico, mas o que vi foi a exaltação da revolução russa de 1917 e a romantização do morticínio pelos dois atores no palco, com direito até a um "FORA TEMER" no fim.
A ironia é que dois mil intelectuais, acadêmicos e artistas soviéticos foram presos durante os expurgos do final dos anos 30, sendo que mais de 1500 deles morreram nas prisões e nos campos de concentração. O próprio Mayakovsky é uma vítima tardia do regime que ele ajudou a glorificar através de sua poesia, suicidando-se com um tiro no peito após cair em descrédito com o regime e depois de sucessivas críticas da Associação Russa dos Escritores Proletários.
E, a partir de hoje, o Cinema da USP apresentará uma mostra com 13 filmes celebrando os 100 anos da Revolução. Quem faz e assiste esse tipo de festival é gente como o rapaz da foto, que não vê contradição entre envergar uma camiseta com o símbolo do regime que matou 20 milhões de pessoas em tempos de paz, ao mesmo tempo em que pontifica sobre "direitos humanos". 
"A revolução é como Cronos: ela sempre devora seus filhos". Quem disse isso foi Pierre Vergniaud, revolucionário francês. Advogado e deputado, defendeu na Assembléia os perpetradores do massacre de Avignon, em que revolucionários lincharam dezenas de conservadores rurais da região de Carpentras, que desejavam permanecer fiéis ao papado. Girondino, foi guilhotinado pelos jacobinos em 1793, sob a acusação de ser "moderado demais".
Pelo menos fica o alento: toda essa beautiful people esquerdista leite com pera, esses atores, atrizes, poetas, músicos e estudantes, seriam os primeiros a levar uma bala na cabeça, na hipótese de vitória da Revolução. E puxando o gatilho estariam seus próprios correligionários. 
São os próprios idiotas úteis. DO A D.B.EM AÇÃO

PMDB derruba, centrão prefere ocupar governo


Josias de Souza

Os partidos do chamado centrão fazem com Michel Temer o que o PMDB fazia com Dilma Rousseff: usurpam a autoridade presidencial. Dilma fez cara feia. E foi destituída pelo PMDB. Temer entregou a alma. Safou-se duas vezes. Agora, é diminuído por quem o salvou. Descobre da pior maneira uma fatalidade da política brasileira: quem com fisiologismo fere com fisiologismo será ferido.
Em meio a uma fase que poderia ser chamada de ‘pilântrica’, a política brasileira produz tristes espetáculos. Para livrar-se de denúncias criminais, Temer inseminou o centrão com cargos e verbas. Vitaminado, o centrão deu à luz uma versão mais impaciente e irascível de si mesmo. Já não se contenta com tudo. Quer mais.
Um dos generais do centrão, Arthur Lira, líder do PP, partido campeão no ranking do petrolão, avisa a Michel Temer: “Ou muda o ministério ou não vota mais nada aqui no Congresso.” O grupo cobiça dois ministérios da cota do PSDB: Relações Institucionais, que gerencia o balcão; e Cidades, que toca o Minha Casa, Minha Vida, visto como máquina de votos. Em vez de derrubar o governo, o centrão deseja ocupá-lo. E não há de ser para fazer bem ao país. Pobre Brasil.