quinta-feira, 23 de julho de 2015

Servidores do Judiciário prometem "caçar" Dilma país afora

Bem feito, ex-presidente Dilma! 

Não é só a ameaça de cassação que se abate sobre Dilma Rousseff, por crimes fiscais, eleitorais e morais. Segundo os funcionários do Judiciário, a partir de agora ela também será caçada em todo o país. Servidores do Judiciário decidiram ontem continuar em greve. Em reação ao veto, a federação nacional da categoria promete uma "caça" à presidente Dilma Rousseff, com manifestações em todo o País. "Nossos batalhões de grevistas vão monitorar todas as agendas da presidente e vamos fazer protestos aonde quer que ela vá. Será uma verdadeira caça", afirmou o coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), Adilson Rodrigues Santos. DO ORLANDO TAMBOSI

As manifestações de 16 de agosto decidirão a data do enterro do mandato natimorto


Vítima de corrupção generalizada, falência dos truques econômicos, insuficiência mental e raquitismo administrativo, o segundo mandato de Dilma morreu nos trabalhos de parto, E a hora do enterro chegou, acaba de avisar a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes. Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, os donos do picadeiro foram demitidos pela platéia cansada de mágicas baratas.
Lula é derrotado em todas as simulações da sucessão presidencial. O índice de popularidade da afilhada é menor que a taxa de inflação. Oito em cada dez brasileiros acham o governo ruim ou péssimo. Mais de 60% querem que Dilma abandone o emprego. O que falta para a consumação do sepultamento? Falta apenas que a imensidão de descontentes se transfira das pesquisas para as ruas. E sem prazo para voltar para casa.
As dimensões da crise requerem pressa e pressão constante. Neste momento, um ato de protesto por trimestre é quase nada. Há um cadáver a enterrar urgentemente. No dia 16 de agosto, a imensa maioria de indignados precisa exigir o imediato encerramento do velório que há meses adia a ressurreição da esperança. É o povo quem forja o próprio destino. Sempre foi assim. E assim sempre será. - DO A.NUNES-VEJA

Brasil virou filme de terror sem fim, diz Financial Times

“A incompetência, a arrogância e a corrupção esmagaram a magia brasileira”
REUTERS/Ueslei Marcelino
Com ou sem impeachment, próximos três anos devem ser solitários para a presidente, diz FT. Para o jornal, o pior ainda está por vir.
É assim, sem meias palavras, que o jornal britânico Financial Times começa uma dura análise sobre a condição atual do Brasil. O problema: o pior ainda está por vir, nas palavras da publicação.
Com o título “Recessão e corrupção: a crescente podridão no Brasil”, o texto publicado nesta quarta-feira destaca os fatores que levaram o Brasil a virar “um filme de terror sem fim”.
O primeiro deles é o método desastroso que perseguiu as decisões econômicas do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, que, nas palavras do jornal, manipulava a economia com sua “nova matriz econômica”.
Para reparar os erros do passado, o governo Dilma tem adotado medidas corretivas “dolorosas, mas necessárias” que como efeito têm reduzido os salários reais, “cortado empregos e esmagado a confiança nos negócios”, além de levado a petista a um pífio desempenho nas sondagens de opinião pública.
Mas, para a publicação, o que mais pesa na atual delicada situação do Brasil é o escândalo de corrupção na Petrobras.
“A senhora Rousseff enfrenta acusações de que sua gestão quebrou regras de financiamento de campanha e que maquiou as contas do governo; ambas [acusações] são suficientes para um impeachment”.
O Financial Times pondera que, pelo menos por enquanto, os políticos preferem que Dilma se mantenha no poder e ganhe o crédito pelos problemas do país.
“Mas este cálculo pode mudar ao passo que eles precisarem salvar a própria pele”, diz o texto. Para o jornal, o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o governo na última sexta seria uma prova disso.
O cenário deve piorar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for alvo de processo por envolvimento no esquema de corrupção.
“Isso aprofundaria o racha entre ele e Rousseff”, diz o jornal. Se isso se concretizar, todos os fatores conspirariam para a deposição da presidente, na opinião da publicação.
Mas nem tudo são más notícias no país, diz o jornal. O texto argumenta que o zelo pela Petrobras mostra o quanto as instituições democráticas são fortes no Brasil.
“Em um país onde os poderosos pensam que estão acima da lei, Marcelo Odebrecht, chefe da maior empresa de construção do Brasil, está preso”, afirma o texto.
O jornal pontua que, se por um lado, o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato tem preocupado investidores, por outro, se “isso levar políticos e empresários a pensar duas vezes antes de pagar suborno, este terá sido o maior avanço da luta da região [América Latina] contra a corrupção”, diz a publicação.
Enquanto esta história não chega ao seu desfecho prático, o jornal prevê ao menos mais três anos solitários para a presidente Dilma.
“Os brasileiros são pragmáticos, então, o pior cenário de um impeachment caótico será evitado”, afirma. “Mesmo assim, o mercado tem começado a cobrar o preço pelo risco”.
Conclusão: o pior ainda pode estar por vir para o Brasil, na visão do Financial Times. - DO R.DEMOCRATICA