domingo, 31 de agosto de 2014

Aécio diz que Dilma já perdeu a eleição


TIAGO ROGERO - O ESTADO DE S. PAULO

Candidato tucano ao Planalto participou de jogo com artistas e políticos no centro de futebol do ex-jogador Zico, no Rio de Janeiro

Candidato do PSDB à presidência da República, o senador Aécio Neves afirmou no início da tarde deste domingo, 31, que já é certa a derrota de Dilma Rousseff (PT) na eleição. "O atual governo fracassou, essa é a questão central, e não vencerá as eleições o grupo que está hoje no poder", cravou o tucano, que voltou a criticar o programa de governo da adversária Marina Silva, do PSB. Segundo Aécio, que participou de jogo com artistas e políticos no centro de futebol do ex-jogador Zico na zona oeste do Rio de Janeiro, o PSB traz em seu programa temas defendidos historicamente pelo PSDB, e já criticados num passado recente por Marina e pela presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.
Depois de dizer que Dilma não vencerá, Aécio afirmou que das "duas alternativas competitivas que aí estão", uma é a do PSDB (a outra, a do PSB). "Apresentamos uma alternativa absolutamente coerente com nosso passado, com aquilo que pensamos lá atrás, e com o que queremos fazer pelo Brasil. E a população brasileira terá a oportunidade de avaliar entre essas propostas, até porque não há nada mais velho na política do que o discurso adaptado às circunstâncias do momento", disse, em referência às corriqueiras críticas que Marina Silva faz ao que tem chamado de "velha política".
Aécio Neves participou do "Futebol entre Amigos", promovido pelo ex-jogador Zico
Aécio rebateu as críticas do candidato a vice de Marina, Beto Albuquerque. Ontem à noite, em eventono Rio, Albuquerque afirmou que, para criticar o programa de Marina, Aécio deveria primeiro lançar o seu. "As diretrizes foram lançadas. Talvez o candidato Beto não esteja acompanhando de perto as discussões que fizemos ao longo dos últimos anos. Será lançado nos próximos dias, em data pré-estabelecida, mas não é pra se ofender", disse Aécio.
"Eu apenas encontrei no programa do PSB as defesas das mesmas posições que nós defendemos historicamente, no ponto de vista da macroeconomia, da transformação do Bolsa Família em um programa de estado, a meritocracia no setor público. Lamento apenas que, no momento em que implementamos essas medidas, nenhum deles estava ao nosso lado para ajudar", afirmou.
Participam do jogo, além de Zico e Aécio, os ex-atletas Bebeto (campeão mundial de futebol em 1994 e candidato à reeleição como deputado estadual no Rio) e Giovanni (ex-jogador de vôlei, candidato a deputado federal pelo PSDB em Minas Gerais) e artistas como o ator e cineasta Márcio Garcia. Aécio jogou com a camisa 45 no mesmo time de Zico, que vestiu a 10.
DO J.TOMAZ

MÍDIA INTERNACIONAL ANUNCIA:" O BRASIL QUEBROU!"

 A BBC E DEMAIS MÍDIAS EUROPEIAS E AMERICANAS ESTÃO DANDO EM MANCHETE GARRAFAIS:
 "O BRASIL ESTÁ EM RECESSÃO!"
"O BRASIL QUEBROU!!!", DEPOIS DE 12 ANOS DE MEGA ROUBALHEIRAS ,CRIMES DE LESA PÁTRIA CONTINUADOS E CORRUPÇÃO MAIS A INCOMPETENCIA CONGENITA DESTES PILANTRAS TRAVESTIDOS DE COMUNISTAS MARXISTA LENINISTAS , O PAÍS ESGOTOU-SE ,LITERALMENTE ESTA PARADO, QUEBRADO, INDUSTRIA,COMERCIO E O POVO 
____F-A-L-I-D-O-S____
QUEM ESTÁ AFIRMANDO É A MÍDIA INTERNACIONAL QUE REPRESENTA O MERCADO, OS INVESTIDORES,OS GRANDES BANQUEIROS E A DONA DO MUNDO, A NOVA ORDEM MUNDIAL.
ESTA AFIRMAÇÃO É A FORMA DE MANDAR UM RECADO PUBLICO PARA ESSA DUPLA DE DELINQUENTES QUE ELES FORAM DESPEJADOS...
DERAM PREJUIZOS ENORMES A MATRIX... VÃO AGORA SERVIR DE BODE EXPIATÓRIOS NA NOVA AGENDA DA ONU: "O COMBATE A CORRUPÇÃO",   VÃO VIRAR DE CABEÇA PARA BAIXO  O LULLA,LULLINHA,DILMAMULENGA E TODOS OS CORRUPTOS NÓTORIOS ASSOCIADOS.
VÃO SERVIR DE DISTRAÇÃO MÍDIATICA PARA GÁUDIO POPULAR ENQUANTO OS REMÉDIOS AMARGOS PARA REFAZER A ECONOMIA DO BRASIL FOREM APLICADOS...
TEM CHUMBO MUITO GROSSO  A SER DETONADO JÁ JÁ! O PMDB DA MADRE SUPERIORA JÁ MANDOU  ROMBOSO JUCÁ DEFECAR O PT...
AS RATAZANAS PETISTAS ESTÃO DESESPERADAS!

Brazil's economy falls into recession, latest figures show

Brazil has fallen into recession, just a month before the general election, latest figures show.
Economic output, GDP, fell by 0.6% in the three months to June, worse than analysts had predicted, and revised figures for the first quarter of the year also showed a fall of 0.2%.
A recession is usually defined as two consecutive quarters of contraction.
The news will be damaging for the government of President Dilma Rousseff.
According to the most recent poll, Ms Rousseff would lose to a rival candidate, environmentalist Marina Silva, if October's election went to a second round.
The World Cup, held in June and July, was not regarded as generally good for business, says the BBC's Wyre Davies in Rio de Janeiro.
"There were more days off for employees and many traditional tourists stayed away," he says.
"The problem is that, with elections due in early October, the economy is increasingly seen as President Dilma Rousseff's weak point." 

The data showed that civil construction, manufacturing and investment especially suffered during the second quarter.
'Worrying slowdown' "This recession shows the exhaustion of a growth model that has been centred on internal consumption," said Eduardo Velho, chief economist at investment firm INVX Global in Sao Paulo.
"It is a good picture of what the economy is suffering - a slowdown in industry, a fall in investment, rising inventories. The recovery from here will be slight," he continued, saying that deep reforms would be needed whoever wins the next election.
The second quarter figures prompted analysts to revise down expectations for full-year figures.
"With the sharp fall in investment, the potential GDP growth rate shows a significant and worrying slowdown in recent quarters," said Cristiano Oliveira, economist at Banco Fibra in Sao Paulo.
"That said, we now expect no growth in the Brazilian economy in 2014, despite moderate growth in the global economy."

line
Analysis: Katy Watson, business reporter, Sao Paulo A decade ago, Brazil was the darling of emerging economies. The country reaped the benefits of soaring commodity prices and government spending helped millions of poor Brazilians enter the middle class - the future looked bright.
But it's a very different picture now. Investor and consumer confidence has fallen, just like industrial output and retail sales are struggling too.
The World Cup may have taken people's minds off economic worries temporarily, but the issue is now top of the agenda. There is just over a month to go before the presidential elections and today's figures will be seen as an opportunity for candidates hoping to unseat President Dilma Rousseff.
They'll use the R-word to try to convince voters that their economic policies are a better alternative for the country's future.
DO ALARICOTROMBETA

Nos últimos quatro anos, SUS desativa nada menos que 13 mil leitos

Rio de Janeiro e Nordeste foram as regiões mais prejudicadas. O Ministério da Saúde tenta se justificar, mas especialistas consideram equivocada a decisão.

dilma e padilha Nos últimos quatro anos, SUS desativa nada menos que 13 mil leitos
Pesquisa recente encomendada pelo Conselho Federal de Medicina mostra que 87% dos usuários do Sistema Único de Saúde mostraram-se insatisfeitos com o serviço recebido do governo. Entre os vários motivos da insatisfação, pode-se apontar levantamento feito pelo mesmo conselho, baseado em dados do Ministério da Saúde, no qual descobre-se que o SUS desativou quase 13 mil leitos entre 2010 e 2014.
A psiquiatria, com 7.449 leitos a menos, foi a especialidade com maior queda. Na pediatria houve redução de 5.992; na obstetrícia, 3.431 e na cirurgia geral houve uma redução de 340 leitos. Em janeiro de 2010, o SUS tinha 361 mil leitos, em julho deste ano, caiu para 348.303.O Ministério da Saúde justificou a drástica redução de leitos psiquiátricos afirmando que a nova política não prioriza a hospitalização de pacientes com problemas do tipo, mas a psiquiatra Fátima Vasconcelos considera a decisão equivocada.Fátima diz que há ilhas de excelência em psiquiatria em hospitais universitários, mas a realidade do serviço público mostra que existe uma grande dificuldade de conseguir uma consulta. “Não existe esse ambulatório tão bem ajeitado que evite internações. É um viés ideológico. Achar que não existe doença psiquiátrica é uma insanidade”, disse Fátima.
Alguns estados, como Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Distrito Federal e Amapá, apresentaram aumento no número de leitos, mas as regiões Sudeste e Nordeste registraram grandes perdas.
No estado do Rio de Janeiro, 4.621 leitos foram desativados desde 2010. No Nordeste, a maior queda foi no Maranhão (-1.181). Entre as capitais, o Rio de Janeiro foi a que mais perdeu leitos na rede pública (-1.113), seguido por Fortaleza (-467) e Curitiba (-325).
Enquanto isso, em vez de tomar providência, a administração petista segue lançando projetos que não tem competência para finalizar. Até março deste ano, quase 50% das obras do PAC 2 direcionadas à melhoria da saúde não haviam saído do papel.
De acordo com levantamento inédito divulgado pelo Conselho Federal de Medicina, das 24.006 obras “tocadas” pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Nacional de Saúde por meio da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apenas 11% foram concluídas, o que equivale a 2.547 obras. (…) Das 21.519 restantes, apenas 9.509 encontram-se em execução. Cerca de metade (12.010) das obras de Saúde inscritas no PAC 2 ainda estão “no papel”. A maior parte (10.328) encontra-se em ação preparatória. Sete estão em fase de licitação e 1.675 de contratação.
Doze anos depois, o governo petista, em discursos de campanha, sempre que confrontados com o tema, faz vista grossa para o tema e minimiza a culpa, dividindo a responsabilidade com estados e municípios. De resto, aproveita a deixa para defender o polêmico Mais Médicos, por mais que o programa, mesmo que nada de polêmico trouxesse, busque resolver apenas um dos problemas enfrentados pela saúde no Brasil: o da falta de médicos longe dos grandes centros. Fato é que, três mandatos depois, a saúde pública caminhou muito timidamente sob os cuidados do PT. Pior ainda, chegou a regredir, como nesse sumiço de leitos. Não à toa, o principal ministro da saúde no período vem obtendo um resultado pífio nas pesquisas que apontam a intenção de voto para o governo do estado de São Paulo, cargo o qual almeja.
DO IMPLICANTE

Dilma joga o Brasil na recessão.

O artigo “Chegamos ao fundo do poço ou ainda há poço?”, assinado pelo excelente Rolf Kuntz no “Estadão traz a luz uma perspectiva realmente sombria para a economia brasileira nos tempos vindouros. Lendo-o, mesmo os leigos da economia haverão de temer pelo pior. Ao final de suas linhas, Kuntz lamenta: “Talvez o País tenha chegado ao fundo do poço. Talvez ainda haja alguma descida”. Mais que uma mera formulação retórica, a dúvida sobre a profundidade do poço tem fundamento: todos os indicadores da economia ( agora até mesmo os do trabalho e emprego, até então tidos como bons) estão em franca deterioração, com impacto sobre o consumo; preços administrados deverão sofrer reajustes; o déficit público já aponta para 4% do PIB e o superávit primário, mesmo com as criatividades da Fazenda, é insuficiente para honrar os juros da dívida pública; a inflação, ressuscitada e já no “teto da meta”, poderá chegar a 10% ou mais, já em 2015, impondo novas altas à taxa básica de juros Selic (já, hoje, a mais alta do mundo) e, ainda, o que só alguns poucos enxergam, tem a virtual alta dos juros de Tio Sam, já sinalizada pelo Fed para enxugar a liquidez nos EUA. Quando acontecer, o câmbio vai saltar para R$ 2,50 ou mais e os “swaps cambiais” do Banco Central não conseguirão segurar a cotação do dólar, que baterá asas daqui, fragilizando ainda mais nossas contas. Isso se nada pior acontecer lá fora... Grave é que a dna. Dilma, grande responsável por tudo isso, lidera a campanha eleitoral e uma certa líder messiânica, chefe de tribo ambientalista, hostil ao agronegócio, amiga do MST e simpática ao Decreto 8.243, poderá sucedê-la para ( quem sabe?) terminar o “trabalho”. Qual será a profundidade desse poço ??
DO MARIOFORTES

A elite vermelha está pronta pra se esverdear

A racialista elite lulista, tão embusteira ao demonizar a "elite branca", está prontinha para assumir tons verdolengos. Tudo para se manter no poder, mesmo com a ex-ministra Marina Silva, que saiu do partido e não tem partido, parasitando o PSB. Artigo de Guilherme Fiuza, no jornal O Globo:
Pela primeira vez em 12 anos, os companheiros avistam a possibilidade real de ter que largar o osso. Nem a obra-prima do mensalão às vésperas da eleição de 2006 chegara a ameaçar a hegemonia dos coitados sobre a elite branca. A um mês da votação, surgem as pesquisas indicando que o PT não é mais o favorito a continuar encastelado no Planalto. Desespero total. 
Pode-se imaginar o movimento fervilhante nas centrais de dossiês aloprados. Há de surgir na Wikipédia o passado tenebroso dos adversários de Dilma Rousseff. Logo descobriremos que foram eles que sumiram com Amarildo, que depenaram a Petrobras, que treinaram a seleção contra os alemães. É questão de vida ou morte: como se sabe, a elite vermelha terá sérias dificuldades de sobrevivência se tiver que trabalhar. Vão “fazer o diabo”, como disse a presidente, para ganhar a eleição e não perder a gerência da boca.
O Brasil acaba de assistir à queda de um avião sobre o castelo eleitoral do PT. Questionada sobre as investigações acerca da situação legal da aeronave que caiu, Dilma respondeu que não está “acompanhando isso”, e que o assunto não é do seu “profundo interesse”. Altamente coerente. Se a presidente e seu padrinho não “acompanharam” as tragédias no governo popular — mensalão, Rosemary e grande elenco — não haveria por que terem “profundo interesse” numa tragédia que veio de fora. Eles sempre fingiram que estava tudo bem e o povo acreditou, não há por que acusar o golpe agora. Avião? Que avião?
Melhor continuar arremessando gaivotas de papel, para distrair o público. Até o ministro decorativo da Fazenda foi chamado para atirar a sua. Guido Mantega, como Dilma e toda a tropa, é militante de Lula. O filho do Brasil ordena, eles disparam. Mantega já chegou a apresentar um gráfico amestrado relacionando o PAC com o PIB — um estelionato intelectual que o Brasil, como sempre, engoliu. Agora o homem forte (?) da economia companheira entra na campanha para dizer que Armínio Fraga desrespeitou as metas de inflação. Uma gaivota pornográfica.
Para encurtar a conversa, bastaria dizer que Armínio Fraga foi um dos homens que construíram aquilo que Mantega e seu bando há anos tentam destruir. Inclusive a meta de inflação. Armínio foi o comandante da etapa de consolidação do Plano Real — última coisa séria feita no Brasil — enfrentando o efeito devastador da crise da Rússia, que teria reduzido a economia nacional a pó se ela estivesse nas mãos de um desses bravateiros com estrelinha. Mantega e padrinhos associados devem a Armínio Fraga e aos realizadores do Plano Real a vida mansa que levaram nos últimos 12 anos. E deve ser mesmo angustiante desconfiar pela primeira vez que essa moleza vai acabar.
Se debate eleitoral tivesse alguma ligação com a realidade, bastaria convidar os companheiros a citar uma medida de sua autoria que tenha ajudado a estruturar a economia brasileira. Uma única. Mas não adianta, porque, como o eleitorado viaja na maionese, basta aos petistas dizer — como passaram a última década dizendo — que eles livraram o Brasil da inflação de Fernando Henrique. A própria Dilma foi eleita em 2010 com esse humor negro, e jamais caiu no ridículo por isso. Com a fraude devidamente avalizada pelo distinto público, Guido Mantega pode se comparar a Armínio Fraga e entrar em casa sem ter que esconder o rosto.
Em meio às propostas ornamentais, aliás, Armínio é o dado concreto da corrida presidencial até aqui. Nada de poesia, de “nova política”, de arautos da “mudança” — conceito tão específico quanto “felicidade”, que enche os olhos da Primavera Burra e dos depredadores do bem. Armínio não é terceira, quarta ou quinta via, nem a mediatriz mágica entre o passado e o futuro. É um economista testado e aprovado no front governamental, que não ficará no Ministério da Fazenda transformando panfleto em gaivota. 
O PSDB, como os outros partidos, adora vender contos de fadas. Mas seu candidato, Aécio Neves, resolveu anunciar previamente o seu principal ministro. Eis a sutil diferença entre o compromisso e a conversa fiada.
Marina Silva também é uma boa notícia. Só o fato de ser uma pessoa íntegra já oferece um contraponto valioso à picaretagem travestida de bondade. Nunca é tarde para o feminismo curar a ressaca dos últimos quatro anos. O que seria um governo Marina, porém, nem ela sabe. Se cumprir a promessa de Eduardo Campos e empurrar o PMDB S.A. para a oposição, que grande partido comporia a sua sustentação política? Olhe em volta e constate, com arrepios, a hipótese mais provável: ele mesmo, o PT — prontinho para a mudança, com frete e tudo.
Marina vem do PT e está no PSB, cujo ideário é de arrepiar o maior sonho cubano de José Dirceu. E tentar governar acima dos partidos foi o que Collor fez. Que forças, afinal, afiançariam as virtudes de Marina?
A elite vermelha está pronta para se esverdear.
DO GUILHERMEFIUZA-OGLOBO

Grandes empresários próximos do governo abandonam o barco: antes tarde do que nunca!

Muitos são aqueles que condenam o modelo capitalista pois o confundem com o “capitalismo de estado” ou o “capitalismo de laços”, com aquela enorme simbiose entre grandes empresários e estado. Os liberais defendem algo bem diferente. Clamam por menos intervencionismo estatal e menos poder concentrado no estado, justamente porque sabem do risco de sua captura por grandes grupos, que passam a demandar subsídios e barreiras protecionistas que dificultam a livre concorrência.
O liberal é pró-mercado, não necessariamente pró-negócios. É o processo competitivo que funciona bem, não a aliança nefasta entre governo e grandes empresas. O caso da Fiesp é claro: vários liberais, como eu mesmo, reconhecem que a entidade muitas vezes joga contra o livre mercado, pois pressiona o governo por vantagens ou privilégios. É do jogo, e com um Custo Brasil tão alto, nada mais natural do que essas empresas buscarem compensações.
O problema é que isso acaba produzindo um modelo cada vez mais ineficiente, repleto de remendos pontuais que ignoram a essência do mal e contribuem para a perpetuação do monstrengo estatal obeso e poderoso ao extremo. As empresas acabam reféns dos governantes, e o “investimento” em lobby em Brasília passa a ser mais relevante do que o investimento produtivo.
Alguns empresários grandes, no legítimo esforço de lutar pelo interesse de seus milhares de acionistas, aproximaram-se bastante do governo Dilma desde o começo. Alguns se excederam nos elogios, outros na ingenuidade de que seria possível influenciar a gestão de dentro, ignorando o viés ideológico e o perfil autoritário da presidente. Deram com os burros n’água. E agora acusam o golpe, apontam para as falhas do governo, abandonam o barco furado.
É o caso de Benjamin Steibruch, que até ontem era só elogios ao governo Dilma, e hoje diz que só louco investe no Brasil. Ele já foi devidamente criticado por mim aqui. Foi o entrevistado nas páginas amarelas da Veja desta semana. Seguem alguns trechos:
Steinbruch3
O principal problema de Dilma não é deixar de escutar o “mercado”, para ela sinônimo de 30 grandes empresários reunidos numa sala; e sim seu viés intervencionista, sua descrença no funcionamento do mercado, da iniciativa privada. É um ranço ideológico que estava visível desde o começo. Nenhuma reforma estrutural foi realizada por seu governo, e tudo apontava para a direção atual, de um quadro recessivo e com alta inflação.
Steinbruch
Agora Steinbruch resolve subir o tom, alertar que, no rumo atual, bateremos no muro. Antes tarde do que nunca! O desemprego será a próxima vítima das trapalhadas de Dilma. A perda de credibilidade é total. As medidas pontuais para ajudar uns e outros criaram distorções, insegurança nas regras do jogo. O gasto público só aumenta. Não são medidas positivas, como afirma o empresário. São ruins, equivocadas, erráticas.
Steinbruch2
Aqui Steinbruch deixa transparecer que ainda não está totalmente curado de sua cegueira. Ainda parece acreditar na boa vontade da presidente, diz que o Brasil não está tão mal assim, mesmo se comparado a outros países. Mentira! Está muito pior que a grande maioria. Talvez seja receio de Dilma ser reeleita. Ninguém gosta de ficar mal com o governo. Mas é preciso ter coragem para dizer a verdade e, com isso, contribuir para a efetiva mudança de rumo.
Steinbruch não foi o único a pular do barco que afunda. Antes dele, Jorge Gerdau já vinha atacando o governo, a quantidade insana de ministérios, a burocracia. Como alguém que tentou ajudar de dentro, ele sabe como é difícil mexer no que precisa ser mexido, ainda mais com uma equipe tão ideológica como a de Dilma, além de incompetente.
Abílio Diniz foi outro que subiu o tom e agora critica o governo Dilma, junto com o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. Ambos fizeram comentários negativos e demonstraram preocupação com os rumos atuais, conforme relata uma reportagem da Veja:
Gerdau
Não foi por falta de aviso. De bobos esses empresários não têm nada, ou não chegariam aonde chegaram. Com muitos bilhões em risco, talvez seja natural adotar um viés otimista, desejar crer que é possível levar um pouco de razão aos governantes, mesmo quando se trata de alguém como Dilma. Era uma doce ilusão.
Dilma está blindada contra a lógica. Sua carcaça ideológica a torna impermeável à razão. Esses grandes empresários levaram tempo demais para perceber isso. Alguns ainda não caíram na real totalmente. Mas antes tarde do que nunca, pois com mais quatro anos de governo Dilma, o Brasil teria o mesmo destino da Argentina. Esses empresários precisam parar de alimentar o monstro que quer devorá-los…
Rodrigo Constantino