PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
domingo, 1 de abril de 2012
REPASSE! MOSTRE SUA REVOLTA! O NOSSO QUERIDO IDOSO VESTE A MESMA FARDA! A FARDA DO BRASIL!
Na porta do Clube Militar escarram no rosto de um senhor idoso. Total falta de respeito aos mais velhos? Quem Foi? Um comunista a mando de alguém que queria impedir uma reunião no Clube Militar? Imaginem se nosso Pai fosse a vítima? O que se poderia fazer?
Como podemos chamar um indivíduo como esse: vil, sem caráter, infame, reles; velhaco, Indivíduo, sem dignidade, sem brio; pelintra, biltre, patife, indecente, pulha, torpe, baixo, abjeto, indigno, repugnante, nojento, asqueroso, obsceno, fétido, deteriorado, nauseabundo, nojento, repelente, repulsivo. Além de tudo isso é ainda covarde, poltrão, pusilânime, desleal e traiçoeiro.
Ademais de todas estas qualidades negativas ainda tem uma pior: É COMUNISTA SAFADO E TERÁ RECEBIDO DINHEIRO PARA FAZER UMA AÇÃO TÃO PRÓPRIA DOS VERMES.
Numa sociedade que chega a este ponto, o cidadão digno não tem mais a quem apelar. ESTAMOS ENTREGUE ÁS BARATAS.
Temos vergonha de escrever o que escrevemos. Onde estamos e o que será dos nossos netos e bisnetos? "Quem pode se opor a isso? Quem pode restaurar a republica e todas as suas Virtudes! Ninguém. Quando um Nação se torna corrupta, cínica, promiscua, preferindo o governo dos homens e não o governo da lei, é que começou a sua destruição". Isto foi escrito por CÉVOLA 93 AC.
Estamos vivendo o caos e por isso não se respeita a velhice, pois temos ministro promíscuo, ministros venais, senadores corruptos, deputados de todas matizes, juízes sendo condenados por desvio não republicano.
RUI BARBOSA repete CÉVOLA com outras palavras: "De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto".
A nulidade triunfou no nosso Brasil.
Um imbecil ESCARROU NO ROSTO DE UM VELHO.
Chegamos a BARBÁRIE .
SÓ NOS RESTA DEUS. A ESCURIDÃO DA IGNORÂNCIA E DA VIOLÊNCIA SÃO O ESCARRO DESTE LOUCO QUE MOSTRA O ÓDIO QUE DOMINA O NOSSO PAÍS.
NO PAÍS O GOVERNO ABANDONOU A VERDADE E ESTÁ DEFENDENDO A MENTIRA!
O CLUBR MILITAR É A CASA DA REPÚBLICA DE HOMENS DE BEM.
O ESCARRO DO DEPRAVADO É O SÍMBOLO DO QUE VIVEMOS NO BRASIL.
ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES! PERSONALIDADE JURÍDICA sob reg. Nº12 58 93. Cartório do 1ºregistro de títulos e documentos, em Fortaleza. Somos 1.804 civis – 49 da Marinha - 476 do Exército – 51 da Aeronáutica; TOTAL 2.380 Batistapinheiro30@yahoo.com.br. DIA 1DE ABRIL DE 22012 WWW.FORTALWEB.COM.BR/GRUPOGUARARAPES 1 DE ABRIL DE 2012
TEMOS CERTEZA DE SUA REVOLTA!
BOM BRASILEIRO! REPASSE!
O ESCARRO doc: 85 -2012
www.fotalweb.com.br/grupoguararape
DO UPEC
Os vândalos festejam a Lei da Copa
Com a bebida liberada, eles poderão encher a cara e se matar mais pertinho de seus times do coração
Ato contínuo ao assassinato de dois torcedores do Palmeiras, em confronto com a torcida do Corinthians, o Parlamento brasileiro acertou a votação da Lei Geral da Copa. Trata-se de um conjunto de normas que permitirão, com jeitinho, a venda de bebidas alcoólicas nos estádios e arredores. Essa prática foi proibida no Brasil por causa de todo o sangue que já correu em torno dos jogos de futebol. É uma ótima notícia para os vândalos: eles poderão encher a cara e se matar mais pertinho de seus times do coração.
O problema é que a liberação alcoólica só vale para o período da Copa do Mundo. Em vez de trucidar palmeirenses ou corintianos, os boçais terão de se contentar com os argentinos. Melhor do que nada. Chato vai ser a ressaca depois da Copa. Como dizer aos beberrões que o sonho acabou e que a liberação do porre foi só um soluço da lei?
Dá-se um jeito. Remendos morais são o forte desse povo cheio de ginga. Quem sabe até esse habeas corpus trôpego firme jurisprudência e a tecnologia da Copa seja exportada para o Carnaval. Para não constranger a venda de cerveja, não haveria blitz de Lei Seca nos dias de folia. Trânsito livre para a alegria, as trombadas e os sopapos. O técnico da Seleção Brasileira, que acaba de perder a carteira de habilitação por se recusar a soprar o bafômetro, já não teria o que temer. Com a anistia alcoólica nas ruas e nos estádios, Mano Menezes poderia dirigir seu carro e a Seleção com a mesma calibragem - o que talvez até tirasse seu time do marasmo.
Há quem considere a proibição de bebidas nos estádios uma medida discutível. Indiscutível é a vocação cômica de um país que transforma isso em lei, em nome da segurança dos cidadãos - e depois resolve dar a essa lei umas férias de 30 dias. E a segurança dos cidadãos? Sairá de férias também, é o jeito.
O acordo para votar a Lei da Copa foi regido pelo presidente da República, Marco Maia. Aproveitando que Dilma Rousseff levara o consultor Fernando Pimentel e mais um exército de companheiros para uma volta na Índia, na ausência do vice, o petista gaúcho sentou-se na cadeira da chefe disposto a arrumar a casa. E futebol é sua especialidade. Como presidente da Câmara dos Deputados, a primeira medida de Marco Maia foi convidar o deputado Romário para uma missão na Espanha: assistir ao clássico Barcelona e Real Madrid. Um homem que sabe para que serve o poder.
Quis o destino que o mandato de Marco Maia como presidente do Brasil coincidisse com a guerra fatídica entre corintianos e palmeirenses. Momento propício para o acordo histórico que afrouxará as regras de segurança em torno do futebol. Mas esse acordo não saiu de graça. Em troca da licença para beber, foi oferecida a licença para desmatar. É o primeiro país do mundo onde a base para a Lei da Copa será o código florestal. O time dos ruralistas pôs a bola debaixo do braço e avisou que só devolvia se sua anistia passasse com a dos bêbados.
Aliviar multas de desmatadores e ampliar sua área de ação é, portanto, um dos requisitos para a Copa no Brasil. Com otimismo, sempre se encontra uma lógica: todo pasto é, potencialmente, um campo de futebol.
O novo código florestal é cheio de controvérsias, tem até defensores respeitáveis. A única certeza é que ecologistas do mundo inteiro o abominam. E ele será aprovado às vésperas da conferência de meio ambiente no Brasil (Rio+20). É muita esperteza. De positivo, essa polêmica pode ao menos ajudar a preservar outra selva - a das obras obscuras da Copa.
São muitas, mas nenhuma há de roubar a supremacia do Itaquerão. Qualquer acordo é brinquedo perto desse empreendimento mágico. De uma só tacada, jogou para escanteio o Morumbi (e um pedaço da história do futebol brasileiro), arrancando quase R$ 900 milhões dos cofres públicos para erguer um estádio novinho em folha. Uma tabelinha mortal de Lula, Ricardo Teixeira, Ronaldo Fenômeno, uma empreiteira e um testa de ferro do Corinthians, time de coração do ex-presidente e futuro dono do pedaço. A última notícia é que os sócios estão pegando um vale de R$ 300 milhões no Banco do Brasil para desenguiçar a obra.
Viva a anistia alcoólica! Ver abertura de Copa do Mundo no Itaquerão, só mesmo bêbado.
O problema é que a liberação alcoólica só vale para o período da Copa do Mundo. Em vez de trucidar palmeirenses ou corintianos, os boçais terão de se contentar com os argentinos. Melhor do que nada. Chato vai ser a ressaca depois da Copa. Como dizer aos beberrões que o sonho acabou e que a liberação do porre foi só um soluço da lei?
Dá-se um jeito. Remendos morais são o forte desse povo cheio de ginga. Quem sabe até esse habeas corpus trôpego firme jurisprudência e a tecnologia da Copa seja exportada para o Carnaval. Para não constranger a venda de cerveja, não haveria blitz de Lei Seca nos dias de folia. Trânsito livre para a alegria, as trombadas e os sopapos. O técnico da Seleção Brasileira, que acaba de perder a carteira de habilitação por se recusar a soprar o bafômetro, já não teria o que temer. Com a anistia alcoólica nas ruas e nos estádios, Mano Menezes poderia dirigir seu carro e a Seleção com a mesma calibragem - o que talvez até tirasse seu time do marasmo.
Há quem considere a proibição de bebidas nos estádios uma medida discutível. Indiscutível é a vocação cômica de um país que transforma isso em lei, em nome da segurança dos cidadãos - e depois resolve dar a essa lei umas férias de 30 dias. E a segurança dos cidadãos? Sairá de férias também, é o jeito.
O acordo para votar a Lei da Copa foi regido pelo presidente da República, Marco Maia. Aproveitando que Dilma Rousseff levara o consultor Fernando Pimentel e mais um exército de companheiros para uma volta na Índia, na ausência do vice, o petista gaúcho sentou-se na cadeira da chefe disposto a arrumar a casa. E futebol é sua especialidade. Como presidente da Câmara dos Deputados, a primeira medida de Marco Maia foi convidar o deputado Romário para uma missão na Espanha: assistir ao clássico Barcelona e Real Madrid. Um homem que sabe para que serve o poder.
Quis o destino que o mandato de Marco Maia como presidente do Brasil coincidisse com a guerra fatídica entre corintianos e palmeirenses. Momento propício para o acordo histórico que afrouxará as regras de segurança em torno do futebol. Mas esse acordo não saiu de graça. Em troca da licença para beber, foi oferecida a licença para desmatar. É o primeiro país do mundo onde a base para a Lei da Copa será o código florestal. O time dos ruralistas pôs a bola debaixo do braço e avisou que só devolvia se sua anistia passasse com a dos bêbados.
Aliviar multas de desmatadores e ampliar sua área de ação é, portanto, um dos requisitos para a Copa no Brasil. Com otimismo, sempre se encontra uma lógica: todo pasto é, potencialmente, um campo de futebol.
O novo código florestal é cheio de controvérsias, tem até defensores respeitáveis. A única certeza é que ecologistas do mundo inteiro o abominam. E ele será aprovado às vésperas da conferência de meio ambiente no Brasil (Rio+20). É muita esperteza. De positivo, essa polêmica pode ao menos ajudar a preservar outra selva - a das obras obscuras da Copa.
São muitas, mas nenhuma há de roubar a supremacia do Itaquerão. Qualquer acordo é brinquedo perto desse empreendimento mágico. De uma só tacada, jogou para escanteio o Morumbi (e um pedaço da história do futebol brasileiro), arrancando quase R$ 900 milhões dos cofres públicos para erguer um estádio novinho em folha. Uma tabelinha mortal de Lula, Ricardo Teixeira, Ronaldo Fenômeno, uma empreiteira e um testa de ferro do Corinthians, time de coração do ex-presidente e futuro dono do pedaço. A última notícia é que os sócios estão pegando um vale de R$ 300 milhões no Banco do Brasil para desenguiçar a obra.
Viva a anistia alcoólica! Ver abertura de Copa do Mundo no Itaquerão, só mesmo bêbado.
GUILHERME FIUZA
REVISTA ÉPOCA
Pesca em águas turvas e Ideli atolada até o pescoço na corrupção
Mas não será por falta de empenho de sua gente que o álibi confeccionado por Lula há quase sete anos perderá atualidade. Que o digam, por exemplo, os seus companheiros de Santa Catarina. E que o diga a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati, alçada pela presidente Dilma ao cargo de coordenadora política do Planalto depois de ocupar, entre janeiro e junho do ano passado, o semiclandestino Ministério da Pesca – como parco prêmio de consolação por ter perdido a disputa pelo governo do Estado, em outubro de 2010. Em recursos contabilizados, o PT estadual bancou 81% dos R$ 3,6 milhões que a campanha custou. No meio do caminho, o partido recebeu uma doação de R$ 150 mil.
Aí que a história começa a ficar parecida com tantas outras que fazem parte dos usos e costumes políticos do País – com a suposta diferença de que o PT "tem na ética uma de suas marcas mais extraordinárias", nas palavras de Lula para exorcizar o mensalão. Entre 2009 e 2010, sendo o titular da Pesca o também catarinense Altemir Gregolin, a pasta encomendou a uma empresa local, Intech Boating, um total de 28 lanchas-patrulha, ao custo de R$ 31 milhões. Nesse meio tempo, o sócio majoritário da Intech, o paulista José Antonio Galízio Neto, de longa data filiado ao PT, recebeu o irrecusável convite de doar os referidos R$ 150 mil ao comitê financeiro do partido – o que aceitou prazerosamente.
"Não achei nada demais", disse Galízio ao Estado, "porque no governo para quem eu estava trabalhando, faturando naquele momento R$ 23 milhões, R$ 24 milhões, não havia (sic) nenhum tipo de irregularidade." No entanto, como quem quer que o interlocutor confunda popa com proa, ele ora afirmou que "a solicitação de doação veio pelo Ministério da Pesca, é obvio", ora que veio de um político local, que estaria querendo "se aproveitar do negócio" e cujo nome ele se recusou a dar. "Com a insistência, falei: ‘tudo bem, vou fazer a doação para o partido’." Seria o toma lá dá cá das enlameadas relações entre a área pública enfeudada pelos partidos e os seus fornecedores, não fossem alguns agravantes.
Primeiro, o Ministério não tinha nada que comprar lanchas para coibir a pesca irregular, simplesmente porque isso ainda não fazia parte de suas atribuições. Segundo, a pasta não foi capaz de encontrar nem serventia nem abrigo para a flotilha. Tanto que 23 das 28 embarcações ficaram no estaleiro dos próprios fornecedores. "O Ministério me deve quase R$ 400 mil porque fiquei guardando os barcos, limpos e funcionando", reclama Galízio. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) comprovou a enormidade. Em terceiro lugar, a investigação apontou indícios de superfaturamento e licitação dirigida. Sintomaticamente, no último dia de seu mandato, em 2010, o ministro Gregolin encomendou à Intech mais cinco lanchas, embora não soubesse o que fazer com as outras.
Dificilmente a ministra Ideli Salvatti conseguirá navegar politicamente ao largo do escândalo. Se é verdade que não era ela quem conduzia o momentoso Ministério da Pesca, é verdade também que ela não ficou alheia ao arrastão do dinheiro público na pasta. Com bons motivos, decerto, ela aparece no centro da foto da assinatura de uma compra das inúteis lanchas-patrulha – bem no ano em que tentou se eleger governadora de Santa Catarina e pouco antes de substituir o companheiro Gregolin.
Já ao partido só resta agarrar-se à boia lançada por Lula em 2005: "Não é por causa do erro de um dirigente ou de outro que você pode dizer que o PT está envolvido em corrupção".
O título da matéria foi editado
DO B. DO ABOBADO
JOSÉ DIRCEU É O PRÓXIMO ALVO DA MONTE CARLO
Um novo escândalo está por vir e irá abalar o cenário político nacional. Alheio aos resultados obtidos com a operação Monte Carlo, que desmantelou o esquema criminoso liderado pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, os caciques do PT nunca esconderam que sempre houve um interesse maior em atingir grandes opositores do governo, entre eles o senador Demóstenes Torres (DEM). No entanto, com o aprofundamento das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, o tiro pode acabar saindo pela culatra. Tudo porque as apurações podem atingir ninguém menos do que José Dirceu, um dos principais articuladores e influentes nomes do partido da presidente Dilma Rousseff.
A empresa Delta Construções, que foi alvo de mandados de busca e apreensão durante a ação da PF seria usada para lavar dinheiro dos jogos de azar e ao mesmo tempo abocanhar contratos milionários com a administração pública graças a influência de Cachoeira no meio político. É justamente essa característica que teria aproximado Zé Dirceu e o maior bicheiro do País. Ambos teriam formado uma parceria, por meio da empresa Delta, para firmar o contrato de reforma do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
José Dirceu seria parceiro de Cachoeira em obra |
O Fala Sério DF apurou que houve dispensa de licitação para a realização das obras que terão um custo de dezenas de milhões de reais. Dirceu e Cachoeira uniram forças e exerceram seu grande poder de tráfego de influência para faturar a obra e muito dinheiro. Todo o esquema foi denunciado por uma empresária que acabou envolvida com a operação Monte Monte Carlo e teve suas contas bloqueadas pela Justiça Federal. A empresária em questão é Neide Leão, dona da empresa Leão & Leão Consultoria.
No ano passado, a empresa, que é especializada no desenvolvimento de projetos ligados a saneamento básico e fica sediada em Cuiabá, Mato Grosso. Neide Leão trabalhou em uma obra conduzida pela Delta e cerca de R$ 100 mil foi depositada na conta-corrente de sua empresa sem seu conhecimento. Depois desse fato, a justiça colocou a empresa de Neide no rol das investigadas no esquema de Cachoeira.
A mesma empresária se tornou um arquivo vivo, pois durante seu trabalho com a Delta teria conhecido de perto uma série de transações feitas entre a Delta e políticos importantes no cenário nacional, entre eles José Dirceu e a obra em que ele está envolvido, no aeroporto de Guarulhos. Quando o Ministério Público Federal ouvir o depoimento da empresária Neide Leão um novo escândalo se abaterá sobre o PT nacional e a presidente Dilma terá fortes dores de cabeça...
DO B. FALA SERIO
Demóstenes e José Dirceu: dois casos emblemáticos da República.
Ou: Como reagem os moralmente doentes e os moralmente saudáveis diante do caso
Peço que vocês leiam com muita atenção este texto
Já escrevi vários posts sobre a situação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Publiquei, aliás, a primeira entrevista com ele tão logo veio a público reportagem da VEJA — e foi a VEJA a primeira a tratar do assunto em letra impressa — sobre o caso. Sabia-se bem menos do que hoje a respeito. Algumas das perguntas feitas então:
- O senhor é um dos mais severos críticos dos desmandos do petismo. Não pega mal para alguém com esse perfil ser flagrado conversando com Carlinhos Cachoeira?
- O senhor já foi secretário de Segurança de Goiás, entre 1999 e 2002. Não é impróprio alguém nessa posição ter amizade com um contraventor?
- Mas que tanto o senhor tinha para falar com Cachoeira?
Alguns vagabundos, que hoje são empregados do quadrilheiro-chefe da República, tentaram ligar meu nome às acusações contra Demóstenes. Ele seria “a fonte” e o “interlocutor” de Reinaldo Azevedo, como se falar com políticos não fosse uma obrigação do jornalista — e olhem que até falo pouco… O que é impróprio para jornalista é ser cúmplice de criminosos. Aliás, jornalistas falam com políticos e com o resto da humanidade — inclusive com aquela parte que chamo “imprópria para consumo… humano”. Boa parte das falcatruas que são reveladas, o que serve para proteger os cofres públicos, nasce da denúncia de pessoas envolvidas em esquemas que têm interesses contrariados. Conversar com uma fonte não é se comprometer com ela. Esse caso está ainda no começo. Eu posso lhes assegurar que os decentes da imprensa rirão por último. Mas, até lá, cumpre fazer algumas observações importantes.
As perguntas que lhe fiz, reproduzidas acima, nada tinham de “levantada de bola”. Ele só está numa situação muito difícil porque não tem boas respostas pra elas e porque o que vazou até agora indica que elas são pouco satisfatórias. Sim, eu lamento profundamente a desgraça política de Demóstenes porque, em si, independentemente do mérito (e falarei, sim, do mérito), o fato é ruim para o Brasil. Qualquer democracia do mundo precisa de uma oposição atuante. É a sua existência que demonstra, como lembro sempre, que o regime é democrático. Governos existem também nas ditaduras, mas só os regimes que asseguram as liberdades públicas e individuais contam com oposições organizadas e legais.
Lamento a situação de Demóstenes — e não sou o único — POR AQUILO QUE SE CONHECIA DE SUA ATUAÇÃO, não por aquilo que não se conhecia. A essa altura, ele próprio deve saber que dificilmente conseguirá se recuperar politicamente. Em certa medida, nem o ex-governador José Roberto Arruda, do DF, caiu de tão alto. Havia um halo de desconfiança que cercava Arruda em razão dos episódios ligados à quebra de sigilo do painel eletrônico do Senado. Mais: a política no Distrito Federal tem algumas características próprias que a tornam especialmente perversa mesmo para os padrões da lambança geral. Demóstenes estava em outro patamar e certamente sabe disso.
Os moralmente saudáveis e os doentes
Essas são pessoas de bem! Ninguém, até agora, me enviou comentários afirmando que isso tudo é só uma tramoia do PT; que Demóstenes foi obrigado a fazer essas coisas para sobreviver politicamente; que ele age como agem todos; que há também petistas — e os há!!! — na lista de políticos amigos de Cachoeira. Aliás, nota à margem: existe um vídeo em que o contraventor promete dinheiro a um deputado do… PT!!!
Não! Os antigos admiradores de Demóstenes não recorreram a essas estratégias. Isso é desculpa de petista! Isso é desculpa de petralha! Isso é desculpa do JEG (Jornalismo da Esgotosfera Governista)! Isso é desculpa de quem dá trela para José Dirceu! Os ex-admiradores de Demóstenes estão sinceramente decepcionados e não se mostram dispostos a perdoá-lo, AINDA QUE ELE TENHA SIDO ALVO DE UMA ILEGALIDADE CONTINUADA, ao contrário do que diz o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (já chego lá). Ocorre que essa ilegalidade não muda a natureza e o conteúdo dos diálogos.
O senador é um homem inteligente. Sabe que aqueles que o elegeram e que o admiravam não o perdoarão politicamente. E é por isso que, segundo leio, teria comentado com pessoas de seu círculo que está politicamente liquidado. Salvo um evento formidável, vindo de outra esfera, não creio que consiga se sair bem desse inferno.
Essa é a reação das pessoas saudáveis. Mais: elas querem que Demóstenes, confirmadas as ligações com Cachoeira, pague pelo que fez. Não há votos em favor da impunidade, não! Os que o admiravam são muito diferentes dos, como é mesmo, “amigos de José Dirceu”. Estes querem impunidade mesmo! Estes acham que o Zé só estava comandando a “revolução petista” por outros meios; estes acham que o Zé só estava agindo como agem todos, mas em favor do “lado certo”, o PT.
O SENADOR DEMÓSTENES TORRES SABE QUE, HOJE, O SEU PIOR INIMIGO É A SUA PRÓPRIA ATUAÇÃO NO SENADO, A PARTE CONHECIDA, QUE ERA EXCELENTE! E SEU SEGUNDO PIOR INIMIGO SÃO EXATAMENTE AS PESSOAS QUE O ADMIRAVAM EM RAZÃO DESSES VALORES. No caso de Dirceu é diferente: os valores dos seus admiradores o protegem porque iguais aos seus. Trazida à luz a relação de Demóstenes com Cachoeira, ele caiu em desgraça. Pego com a boca na botija, o Zé virou herói.
Acho que a carreira de Demóstenes está acabada. Já o Zé, como a gente viu, fez fama e fortuna. Não estivesse com os direitos políticos suspensos, haveria petistas bastantes para elegê-lo deputado. Afinal, o Zé, processado no STF por formação de quadrilha, cassado pela Câmara por corrupção, virou até “colunista político”, além de “consultor de empresa privada”.
A reação daqueles que tendem a inviabilizar a carreira política de Demóstenes é a reação de pessoas moralmente saudáveis. A reação daqueles que garantiram a sobrevivência de Dirceu — que o transformaram, pasmem!, em oráculo, que ainda votariam nele e que agora vibram com a desgraça do senador do DEM — é moralmente doente.
Mais sobre os doentes
- Então ninguém pode se opor ao PT do mensalão por bons motivos?
- Então ninguém pode se opor ao PT dos aloprados por bons motivos?
- Então ninguém pode se opor ao PT de Erenice Guerra, ex-braço-direito da própria Dilma, por bons motivos?
- Então ninguém pode se opor ao PT das lanchas de Santa Catarina (ver posts abaixo) por bons motivos?
Uma ova!
São exatamente as pessoas que não aceitam a moral elástica do petismo que estão a dizer a Demóstenes: “Assim não dá, senador! Isso é coisa da turma do lado de lá! Não somos petistas! Não justificamos os malfeitos das pessoas que estão do lado de cá!”
Polícia política
Quero chamar a atenção de vocês para outro aspecto. Repararam que o método empregado com Demóstenes é muito parecido com aquele que destruiu Arruda? Faz-se uma operação secreta, vão se colecionando provas ou indícios e depois começa o trabalho de vazamento, de modo que a pessoa colhida não tem para onde correr. Não por acaso, os “peixões” capturados são justamente lideranças da oposição.
Fizeram coisa errada? Que paguem! Quanto a isso, não há a menor dúvida. Quem gosta de impunidade são os amigos do Zé Dirceu! Mas por que essa mesma PF não emprega igual método contra petistas? Quantos resistiram a essa forma de investigação? Digamos que a Polícia Federal não tenha cometido uma só ilegalidade nessa ação. Diremos, então: eis aí uma instituição que serve ao Estado. Ocorre que começa a ficar caracterizado que os alvos são seletivos. SER DE OPOSIÇÃO NO PAÍS PASSOU A COMPORTAR UM RISCO ADICIONAL. E esse particular não caracteriza uma polícia de estado, mas uma polícia política.
Dado o andamento dos fatos, pergunta-se: de quais garantias dispõem os demais senadores da República — na verdade, o conjunto dos parlamentares — de que não estão sendo monitorados, sob a desculpa de que não são eles os alvos da investigação? A resposta: nenhumas! (o certo é “nenhumas” mesmo…). Fica uma advertência no ar: “Tomem cuidado!”
Caminhando para a conclusão
Que Demóstenes pague pelo que fez. Aliás, os vazamentos todos já caracterizam uma antecipação de pena, é evidente. É a correta atuação do senador — a parte que conhecíamos — que, entendo, inviabiliza o seu futuro político. Mas é justamente a atuação asquerosa de um Zé Dirceu (e de outros mensaleiros que estão de volta à Câmara) que lhe dá um futuro político! Não é mesmo um paradoxo interessante? Os crimes dos adversários do PT crimes são! E isso é correto! Os crimes do PT, ora vejam!, transformam-se em virtudes, em atos de resistência! E isso é um crime adicional — no caso, moral. Ou não lemos ontem na coluna de Mônica Bergamo, da Folha, que os amigos do Zé (quem? quem?) pensam até em recorrer à OEA caso ele seja condenado???
Vigaristas atuando a soldo na rede, notórios bandidos que vivem de joelhos para o poder, esbirros de mensaleiros, tentam comprometer até mesmo o jornalismo que se dedica ao trabalho honesto, como ficará evidente pela enésima vez. É gente que está vibrando com a destruição de Demóstenes não porque cultive bons princípios, mas porque a serviço de bandidos que estão no poder.
Encerro reafirmando aos leitores que o senador Demóstenes está numa situação crítica NÃO PORQUE TENHA VIVIDO CONFORME O QUE PREGAVA, mas porque, é bem provável, DEIXOU DE FAZÊ-LO. Não havia e não há nada de errado com aqueles princípios. Eles continuam bons. Em suma, os maiores algozes de Demóstenes são aqueles que ele conseguiu conquistar com a sua atuação, tanto quanto os maiores defensores de Dirceu são aqueles que ele também conseguiu conquistar!
30/03/2012
DO R.DEMOCRATICA
PAC, QUE PAC?
Saneamento: apenas 7% de 114 obras no PAC estão prontas
Levantamento aponta ainda que 60% delas estão atrasadas, paralisadas ou não foram iniciadas
ALESSANDRA DUARTE / CAROLINA BENEVIDES - O GLOBO
RIO - O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não tem feito jus ao nome quando o assunto é saneamento. Estudo inédito do Instituto Trata Brasil mostra que apenas 7%, ou oito das 114 obras voltadas às redes de coleta e sistemas de tratamento de esgotos em municípios com mais de 500 mil habitantes, estavam concluídas em dezembro de 2011. O levantamento aponta ainda que 60% estão paralisadas, atrasadas ou não foram iniciadas. Os dados foram fornecidos por Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Siafi (Sistema Integrado de Informação Financeira do governo federal) e BNDES. As 114 obras totalizam R$ 4,4 bilhões.
— O país avança devagar. Cinco anos é um prazo razoável, mas o PAC 1 foi lançado em 2007 e não temos 10% das obras concluídas em 2011. Houve deficiência grande na qualidade dos projetos enviados ao governo federal e muitos tiveram que ser refeitos. O problema teria sido menor se, antes de enviar os projetos, as prefeituras, companhias de saneamento e estados tivessem sido qualificados — diz Édison Carlos, presidente do Trata Brasil. — O estudo mostrou que 21% das obras podem estar concluídas até dezembro deste ano. Mas, para isso, nenhuma pode ter atrasos ou parar, e não tem sido assim com o PAC.
— A cadeia produtiva do saneamento estava desmobilizada até o PAC, e nessa cadeia entram os governos, empresas e também projetistas e consultores de obras; para você projetar grandes obras, precisa de uns dez anos de experiência, e não havia essa experiência, até porque não havia recursos do PAC para essas áreas. Então, quando chegaram os recursos, todos quiseram aproveitar. E mandaram os projetos que estavam na prateleira -— conta Walder Suriani, superintendente-executivo da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe).
No Norte, 100% das obras paralisadas
Por e-mail, o Ministério das Cidades reconhece que "os principais entraves estão na baixa qualificação dos projetos técnicos e na própria capacidade de gestão dos órgãos executores". Diz ainda que 14% das 114 obras já tiveram seus "contratos concluídos".
A maioria dessas obras do PAC passa pelas concessionárias e empresas estaduais: segundo a Aesbe, dos 5.565 municípios, cerca de quatro mil têm o saneamento gerido por essas empresas. E, na avaliação de Suriani, o ritmo de execução das obras só começa a se normalizar em pelo menos cinco anos.
Segundo o Trata Brasil, o Norte tem 100% das obras do PAC paralisadas, seguido por Centro-Oeste (70%) e Nordeste (34%). O Nordeste tem ainda o maior percentual de obras atrasadas: 49%. Quando somadas as paralisadas, atrasadas e não iniciadas, a pior situação é a do Centro-Oeste, com 90% das obras nessas categorias. Em seguida, aparece o Nordeste, com 88%. Já o Sudeste, região que mais avançou entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011, tem apenas 13% das obras concluídas.
Para a manicure Patricia Vieira, o atraso é mais do que uma porção de números. Moradora do Centro de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, ela vive numa casa onde o banheiro não tem descarga e o esgoto vai in natura para o valão, que um dia foi um rio.
— Preferia o banheiro funcionando. Tem também o problema da chuva. Com 15 minutos, o valão transborda e invade as casas. Já perdi todos os móveis, e tenho que conviver com ratos, lacraias e mosquitos — conta Patricia, que cumpre um ritual toda vez que sai. — Coloco peso no vaso sanitário e nos ralos e deixo a chave com o vizinho, que corre aqui se chover.
A vida de Patricia podia ser melhor. O Centro de Caxias e os bairros Laguna e Dourados e Parque Lafaiete serão beneficiados pela obra "construção de sistema de coleta e transporte de esgotamento sanitário da Pavuna". Mas, em dezembro de 2011, a obra estava atrasada e, em 2010, não iniciada.
Presidente da Cedae, no Rio, Wagner Victer explica que "a licitação deve sair dia 3 de abril", que a obra é para "beneficiar a Baía de Guanabara", e que o governo do estado iniciou com recursos próprios obra similar, em fevereiro de 2011, o que fez com que o atraso "não trouxesse prejuízo":
— O Centro de Caxias, Parque Lafaiete e Dourados (Laguna e Dourado) serão alguns dos beneficiados pela obra. Mas a obra que o governo do estado já faz vai tratar mais esgoto que a do PAC, que, quando ficar pronta será, um plus à nossa. As obras do PAC têm mais burocracia. Do ponto de vista da segurança do administrador, isso é bom.
Há 15 anos morando no Laguna e Dourados, Élcio Viana ficou cheio de esperança quando os "homens do PAC chegaram há uns 2 anos":
— Eles reviraram o valão, tiraram umas famílias e deixaram entulho. Daí, abandonaram tudo.
O que Élcio não sabe é que o bairro em que vive conta com duas obras do PAC: a que ele viu começar e não ir adiante — Urbanização Vila Nova e Vila Real — e a que o Trata Brasil constatou que estava atrasada.
— Duas obras? A realidade é que o esgoto vai direto para o valão. Minhas filhas não podem brincar na rua e vivem com dor de barriga — conta Élcio.
O atraso no PAC ganha contornos piores quando confrontado com o Atlas de Saneamento 2011, do IBGE. Em 2008, 55,1% dos municípios tinham coleta de esgoto — avanço de 2,9% se comparado com 2000. O menor índice estava no Norte: 13,3%. Já o Sudeste tinha 95,1% .
— São dois países. Para mudar, não bastam dinheiro e obras. Precisa melhorar a gestão — diz Cassilda de Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. — Se mantivermos o ritmo dos últimos três anos, vamos levar mais 50 para universalizar o saneamento.
DO GENTE DECENTE
Levantamento aponta ainda que 60% delas estão atrasadas, paralisadas ou não foram iniciadas
ALESSANDRA DUARTE / CAROLINA BENEVIDES - O GLOBO
RIO - O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não tem feito jus ao nome quando o assunto é saneamento. Estudo inédito do Instituto Trata Brasil mostra que apenas 7%, ou oito das 114 obras voltadas às redes de coleta e sistemas de tratamento de esgotos em municípios com mais de 500 mil habitantes, estavam concluídas em dezembro de 2011. O levantamento aponta ainda que 60% estão paralisadas, atrasadas ou não foram iniciadas. Os dados foram fornecidos por Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Siafi (Sistema Integrado de Informação Financeira do governo federal) e BNDES. As 114 obras totalizam R$ 4,4 bilhões.
— O país avança devagar. Cinco anos é um prazo razoável, mas o PAC 1 foi lançado em 2007 e não temos 10% das obras concluídas em 2011. Houve deficiência grande na qualidade dos projetos enviados ao governo federal e muitos tiveram que ser refeitos. O problema teria sido menor se, antes de enviar os projetos, as prefeituras, companhias de saneamento e estados tivessem sido qualificados — diz Édison Carlos, presidente do Trata Brasil. — O estudo mostrou que 21% das obras podem estar concluídas até dezembro deste ano. Mas, para isso, nenhuma pode ter atrasos ou parar, e não tem sido assim com o PAC.
— A cadeia produtiva do saneamento estava desmobilizada até o PAC, e nessa cadeia entram os governos, empresas e também projetistas e consultores de obras; para você projetar grandes obras, precisa de uns dez anos de experiência, e não havia essa experiência, até porque não havia recursos do PAC para essas áreas. Então, quando chegaram os recursos, todos quiseram aproveitar. E mandaram os projetos que estavam na prateleira -— conta Walder Suriani, superintendente-executivo da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe).
No Norte, 100% das obras paralisadas
Por e-mail, o Ministério das Cidades reconhece que "os principais entraves estão na baixa qualificação dos projetos técnicos e na própria capacidade de gestão dos órgãos executores". Diz ainda que 14% das 114 obras já tiveram seus "contratos concluídos".
A maioria dessas obras do PAC passa pelas concessionárias e empresas estaduais: segundo a Aesbe, dos 5.565 municípios, cerca de quatro mil têm o saneamento gerido por essas empresas. E, na avaliação de Suriani, o ritmo de execução das obras só começa a se normalizar em pelo menos cinco anos.
Segundo o Trata Brasil, o Norte tem 100% das obras do PAC paralisadas, seguido por Centro-Oeste (70%) e Nordeste (34%). O Nordeste tem ainda o maior percentual de obras atrasadas: 49%. Quando somadas as paralisadas, atrasadas e não iniciadas, a pior situação é a do Centro-Oeste, com 90% das obras nessas categorias. Em seguida, aparece o Nordeste, com 88%. Já o Sudeste, região que mais avançou entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011, tem apenas 13% das obras concluídas.
Para a manicure Patricia Vieira, o atraso é mais do que uma porção de números. Moradora do Centro de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, ela vive numa casa onde o banheiro não tem descarga e o esgoto vai in natura para o valão, que um dia foi um rio.
— Preferia o banheiro funcionando. Tem também o problema da chuva. Com 15 minutos, o valão transborda e invade as casas. Já perdi todos os móveis, e tenho que conviver com ratos, lacraias e mosquitos — conta Patricia, que cumpre um ritual toda vez que sai. — Coloco peso no vaso sanitário e nos ralos e deixo a chave com o vizinho, que corre aqui se chover.
A vida de Patricia podia ser melhor. O Centro de Caxias e os bairros Laguna e Dourados e Parque Lafaiete serão beneficiados pela obra "construção de sistema de coleta e transporte de esgotamento sanitário da Pavuna". Mas, em dezembro de 2011, a obra estava atrasada e, em 2010, não iniciada.
Presidente da Cedae, no Rio, Wagner Victer explica que "a licitação deve sair dia 3 de abril", que a obra é para "beneficiar a Baía de Guanabara", e que o governo do estado iniciou com recursos próprios obra similar, em fevereiro de 2011, o que fez com que o atraso "não trouxesse prejuízo":
— O Centro de Caxias, Parque Lafaiete e Dourados (Laguna e Dourado) serão alguns dos beneficiados pela obra. Mas a obra que o governo do estado já faz vai tratar mais esgoto que a do PAC, que, quando ficar pronta será, um plus à nossa. As obras do PAC têm mais burocracia. Do ponto de vista da segurança do administrador, isso é bom.
Há 15 anos morando no Laguna e Dourados, Élcio Viana ficou cheio de esperança quando os "homens do PAC chegaram há uns 2 anos":
— Eles reviraram o valão, tiraram umas famílias e deixaram entulho. Daí, abandonaram tudo.
O que Élcio não sabe é que o bairro em que vive conta com duas obras do PAC: a que ele viu começar e não ir adiante — Urbanização Vila Nova e Vila Real — e a que o Trata Brasil constatou que estava atrasada.
— Duas obras? A realidade é que o esgoto vai direto para o valão. Minhas filhas não podem brincar na rua e vivem com dor de barriga — conta Élcio.
O atraso no PAC ganha contornos piores quando confrontado com o Atlas de Saneamento 2011, do IBGE. Em 2008, 55,1% dos municípios tinham coleta de esgoto — avanço de 2,9% se comparado com 2000. O menor índice estava no Norte: 13,3%. Já o Sudeste tinha 95,1% .
— São dois países. Para mudar, não bastam dinheiro e obras. Precisa melhorar a gestão — diz Cassilda de Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. — Se mantivermos o ritmo dos últimos três anos, vamos levar mais 50 para universalizar o saneamento.
DO GENTE DECENTE
Organização criminosa suprapartidária.
A organização criminosa financiada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira é suprapartidária. Até agora, além do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), também estão envolvidos Jovair Arantes (PTB), Rubens Otoni (PT) e Sandes Júnior (PP), todos de Goiás, além de Stepan Nercessian (PPS-RJ). Isso que o bicho ainda nem começou a pegar.
DO CELEAKS
Os reféns dos vermelhos.
Dizem que os vermelhos se assanharam e gravaram milhares de horas de conversas entre políticos e seus amigos e financiadores de suas campanhas políticas.
Assim, estariam utilizando órgãos policiais e transformando-os em polícia política.
São gravações referentes a políticos de quase todos partidos, menos, é claro, do PT.
Quando surge um nome de petista "por acaso" numa gravação,transversa, esta é descartada se o compromete. Busca-se, então, um "novo contexto".
São gravações ilegais, sim, mas sob este prisma, inegável é o fato de que verdades surgem e incriminam, ou culpabilizam, políticos que se posicionam contra o governo.
Dizem, ainda, que não pouparam nem Aécio Neves, político eclético, "de bem com Deus e com o diabo" e transita com desenvoltura nos meios petistas.
O que se fala em Brasília é que há cerca de três anos estas gravações vêm sendo praxe da "polícia política" dos comunistas que estão no poder.
Alguns até afirmam que o "maneirismo" de Serra e Aécio, nas últimas eleições, foram causados pelo medo que tais gravações fossem divulgadas. Se isso for verdade este país está á beira do caos.
Demóstenes duvidou que gravações ilegais fossem levadas ao conhecimento público. O que o senador esqueceu foi que os meios de comunicação também estão reféns do Governo que acena, vez por outra, com fechamento das torneiras das verbas de publicidade, com a possibilidade de não renovar concessões e de até "intervir legalmente" (sic) nas emissoras.
E mais: O senador demóstenes, além de completamente errado e medido até o pescoço com as safadezas de "cachoeira" não alertou para o fato de que o no STF Lula e Dilma só tem " admiradores"...
E agora Senador? Além da "bola da vez", Vossa Excelência serve de "exemplo" para que nenhum político da oposição, "comprometido", aponte as "cachoeiradas" do Governo vermelho.
Quem é cristão, democrata, e torce pela liberdade e pela decência, estamos temendo que, de repente, cale-se a oposição pelo fato - pasmem - de estar comprometida tanto quanto o governo das falcatruas e das mentiras deslavadas.
Desse jeito, em se tratando da qualidade intelectual e moral dos que estão no poder, sobretudo daqueles que em nome da implantação de uma ditadura comunista no Brasil, roubaram, assaltaram, mataram e sequestraram, não nos resta senão orar a Deus para que nos conceda a devida serenidade para conscientizar o que resta de bons, na sociedade, para que não calem diante do desgoverno em que vivemos poquanto o silêncio, neste momento, só nos causará perdas irrecuperáveis na formação da sociedade brasileira.
Que se separe o joio do trigo e que se mantenha firme a fé e a esperança de um país melhor, sem a mácula do comunismo e do desrespeito às leis.
Eu ainda tenho fé no Brasil!
DO B. DO MARIO FORTES
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