terça-feira, 10 de maio de 2011

Maior emissora de esportes do mundo chama Copa 2014 e Rio 2016 de " Jogos Mortais".


Nota da ESPN Internacional, intitulada como 'Jogos Mortais', expõe mentiras e problemas do Rio e diz que estes foram escondidos nas candidaturas nacionais.

Um artigo assinado pelo jornalista Wright Tompson, da rede americana ESPN, publicado no site espn.com, criticou com veemência as candidaturas do Brasil para a Copa de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.Segundo a reportagem, intitulada "Deadly Games" (Jogos Mortais, na tradução livre do inglês), foi vendida uma imagem do país para o restante do mundo durante os processos de seleção mas, por outro lado, a organização brasileira escondeu problemas, sobretudo no Rio de Janeiro.

O artigo aponta que, diferentemente do que foi passado quando da época da candidatura brasileira, o Rio de Janeiro é uma cidade que convive constantemente com problemas de violência, principalmente por causa das organizações criminosas que comandam a periferia da cidade. Alguns dados também foram trazidos pelo texto, como o número de pessoas que foram assassinadas no Rio de Janeiro. O montante, sozinho, é quatro vezes maior do que a quantidade de pessoas mortas em todo o território americano em 2010. "O Rio de Janeiro tem menos de três anos para corrigir uma crise que já dura um século. O relógio está correndo", alerta a publicação.
DO B. DO CEL

Prefeitos apresentam a Dilma conta de quase R$ 28 bilhões na 14ª Marcha Legião de prefeitos, que têm no horizonte a disputa eleitoral de 2012, chega a Brasília nesta terça para reivindicar mais repasses à União e forçar o Congresso a votar temas de interesse municipal 09 de maio de 2011 | 23h 00

Edna Simão / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
No ano em que antecede as eleições municipais, mais de quatro mil prefeitos desembarcam nesta terça-feira, 10, em Brasília com uma lista de desejos que alcança pelo menos R$ 27,9 bilhões. Participantes da 14.ªMarcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que começa nesta terça e termina na quinta-feira, os prefeitos pretendem pressionar a presidente Dilma Rousseff e o Congresso Nacional.

Do governo federal, os prefeitos querem sobretudo impedir o cancelamento de recursos para obras e dividir a arrecadação das chamadas contribuições com a União. No caso dos restos a pagar (verbas que o governo ainda não liberou), segundo estudo preliminar divulgado na segunda-feira, 9, pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pelo menos R$ 1,24 bilhão em compromissos assumidos dos anos de 2007 a 2009 será cancelado por decisão do governo federal.
Os ministérios do Planejamento e da Fazenda preferiram não comentar as reivindicações dos prefeitos. A presidente Dilma Rousseff, no entanto, realizou nesta segunda uma reunião com o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, para avaliar os pedidos dos prefeitos.
Os municípios não abrem mão do pagamento integral dos restos a pagar, que é de R$ 7,9 bilhões, e vão atuar no Planalto para que haja mudanças nas regras estabelecidas em abril. A estimativa foi elaborada com base em levantamento feito em 9.963 dos 22.835 processos de empenhos feitos entre 2007 e 2009.

A descriminação das drogas e o Movimento Antimanicomial: duas formas que os “humanistas” têm de ser perversos, sem que o saibam

A descriminação da maconha — na verdade, das drogas em geral — é um daqueles quase-consensos desastrosos que se vão formando entre os bem-pensantes e que passam ao largo das necessidades e dos problemas reais da esmagadora maioria das pessoas. Infelizmente, os efeitos deletérios de certas escolhas não são, depois, percebidos pelos tais bem-pensantes. As maiorias que se lixem; os outros fizeram a sua parte: foram generosos…

Querem um exemplo escandaloso? O chamado Movimento Antimanicomial, dado o horror dos hospitais e entidades destinadas a receber doentes mentais, conseguiu acabar com as instituições destinadas à internação de doentes irrecuperáveis ou que necessitam de atenção permanente.
Com um pouquinho de Michel Foucault aqui — oh, a loucura é apenas uma das várias formas DE ser DO ser!!! — e muito de desídia do estado brasileiro, conseguiu-se satanizar a internação de doentes mentais. Em vez de se dispensar tratamento adequado aos portadores de patologias, decidiu-se que o melhor era entregá-los mesmo ao deus-dará. E ao deus-dará ficaram. Reiterados estudos demonstram, por exemplo, que a esmagadora maioria dos chamados “moradores de rua” — nome politicamente correto para a mendicância — são portadores de graves distúrbios. Deveriam estar tomando remédio. Em vez disso, o Movimento Antimanicomial os entregou ao consumo de crack e, agora, de oxi. Um plano para exterminá-los, segundo a mais eficiente estratégia da eugenia nazista, não teria sido mais eficiente. Enquanto não morrem à míngua — ou assassinados por seus próprios pares de vício —, vagam pelas cidades como zumbis, literalmente: são mortos-vivos.
Quando os chamados manicômios foram extintos, os “foucaultianos” chegaram às suas casas e acenderam uma vela moral ao guru da sanidade alternativa, do “outro modo de ser”, da conformação psíquica que não estava rendida ao produtivismo reacionário do capital. Pegaram “O Nascimento da Clínica”, deleitaram-se de horror ainda uma vez com as páginas iniciais de “Vigiar e Punir” — com a narrativa da mais horripilante cena de tortura e execução que conheço —, tudo acompanhado de um bom papo, quem sabe de um bom vinho (os mais ousados queimaram um matinho…), e deram seu trabalho por concluído.
Ocorre que a Dona Gislaynne e o Seu Uóxiton ficaram lá na periferia, sem ter o que fazer com o seu maluco. Como ela tem de sair de casa para trabalhar, vê-se, muitas vezes, na contingência de acorrentar  o seu adolescente viciado em crack ou algum outro parente sem condições de viver em sociedade. O risco é algum vizinho denunciar, e ela acabar em cana. O Seu Uóxiton também tem uma vida dura e não pode cuidar dos seus doentes. Com má sorte, um repórter ainda enfia um microfone na sua cara e pergunta como ele tem coragem de ser tão cruel; não entende, afinal, que seu filho ou filha ou é um ser alternativo ou é apenas um doente das drogas, que merece um tratamento humano?
Merece, sim! Mas onde?
O fim dos manicômios é filho do mesmo aparelho mental que pede agora a descriminação das drogas. “Já que os hospitais psiquiátricos se mostram inúteis; já que eles são fontes de violência e agressão aos direitos humanos; já que os doentes são tratados como cães sarnentos; já que tudo isso ofende o nosso senso de dignidade de humanidade, então a única coisa decente a fazer é extingui-los.” E assim se fez! E os zumbis vagam por aí, nem mortos nem vivos, como lhes é próprio.
Por que evoquei a questão de renda? Porque as pessoas com dinheiro têm o que fazer com seus loucos e com seus drogados. Clínicas que atuam do modo como deveriam atuar os tais manicômios, mas a um preço proibitivo para a esmagadora maioria das pessoas, oferecem aos ricos aquilo de que estão privados os pobres. É a forma que tomou o libertarismo dos bem-pensantes.
O mesmo se daria — ou se dará, já que o movimento é crescente — em relação às drogas. Para as classes médias endinheiradas e para os ricos, com efeito, não haveria grandes mudanças. Já hoje a maconha e outras porcarias são vistas como parte de escolhas individuais. O futuro de boa parte dos consumidores está mais ou menos garantido; se necessário, sempre haverá uma clínica à disposição.
Com os pobres, a coisa é bem outra. À medida que a maconha — e as outras drogas; por que só ela? — pudesse circular livremente nas escolas, por exemplo (ainda que não fosse consumida no local), é evidente que aumentaria brutalmente a base de potenciais consumidores, como, aliás, é estupidamente maior a base de pessoas que experimentam álcool. Trata-se de uma droga que altera o comportamento; que potencializa — e isto está cientificamente provado — o efeito de outras doenças psíquicas, como esquizofrenia; que induz o consumidor, sob seu efeito, a imaginar uma vida interior mais rica do que ela efetivamente é no mundo dos não-consumidores.
Que assistência terão esses pobres? A mesma que já têm hoje para o álcool, o crack, o oxi e outras drogas: nenhuma! Ficarão, a exemplo dos loucos das “classes inferiores”, sem ter a quem apelar. O estado brasieiro estará lhes facultando uma chance a mais de se tornarem dependentes químicos sem uma resposta adequada como política pública. É A MESMA LIBERDADE QUE MATA DO MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL.
A descriminação das drogas será mais um presente que os bem-pensantes darão à humanidade ideal, ignorando os homens reais.
Por Reinaldo Azevedo
REV. VEJA

Petrobras contratou empresa doadora de líder do governo

A Imetame Metalmecânica Ltda., empresa cujo fundador doou na campanha do ano passado R$ 1 milhão a mais que o autorizado pela legislação eleitoral para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), fechou pelo menos dois contratos milionários com a Petrobras em 2010. Os acordos somam US$ 145 milhões.


Os contratos são referentes às obras de um terminal industrial em Barra do Sahy, junto ao estaleiro Jurong, em Aracruz (ES). A Imetame foi anunciada vencedora de duas licitações da estatal para construção de estruturas para plataformas de exploração de petróleo. Um contrato é de US$ 65 milhões e o outro, de US$ 80 milhões.
DO BLOG DO WELBI

A ministra não é autista. Ela é esperta.


Emir Sader, o burlesco sociólogo petista que o ex-senador Jorge Bornhausen botou em cana e fez perder o emprego público, acabando com a sua "raça", disse que a ministra Chica de Hollanda, irmã do Chico Jabuti, era "meio autista". Como sempre, estava equivocado. Ela é muito esperta. Depois de cobrar milhares de reais de diárias aos finais de semana, enquanto esbaldava-se no Rio de Janeiro, onde reside, também aprovou um super financiamento com renúncia fiscal através do Ministério da Cultura para a sobrinha. A captação é de R$ 1,9 milhão para a primeira turnê no Brasil da cantora Bebel Gilberto. O projeto "Bebel Gilberto -Sem Contenção" foi apresentado em dezembro passado pela empresa Super Amigos e prevê shows em 11 cidades, além da gravação de um DVD da cantora. O nome é uma ironia. Enquanto a proposta da Dilma é contenção de despesas, o excesso de dinheiro público no show garante que não haverá contenção nas despesas e lucro garantido para a querida sobrinha da titia Chica de Hollanda.
DO BLOG DO CEL

Serra lança site para aprofundar discussões sobre o País


Inspirado pelo filósofo, escritor e poeta francês Paul Valéry, o ex-governador de São Paulo José Serra estreou hoje o seu site na web (www.joseserra.com.br), destacando que ''os deuses sopram ao poeta o primeiro verso; o resto, depois, é com ele, fruto do seu esforço''. Em seu primeiro post, ele diz ainda que existem "milhões de sites pelo mundo afora", mas que decidiu criar o seu, para dividir com os internautas suas descobertas, alegrias, anseios e esperanças. E, sobretudo, "um lugar para debater políticas públicas, temas que digam respeito ao futuro do Brasil e dos brasileiros".
E nas discussões sobre o País, Serra estreou com críticas ao governo da adversária Dilma Rousseff (PT). Ele criticou a dificuldade em vigiar as fronteiras e o desafio de fazer o País crescer diante de um cenário marcado pela falta de infraestrutura e pela pesada carga tributária. O ex-governador classificou de "modesto" o desempenho da economia brasileira nos últimos oito anos e disse ainda que a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou um legado preocupante para o País.
Entre as "preocupações" citadas por Serra no artigo "Uma realidade pouco animadora", é destacada a alta carga tributária, o câmbio valorizado, o gargalo no setor de transportes e as carências em Saneamento, Saúde e Educação. "O novo governo promete que vai enfrentar os desafios, mas mostra falta de convicção e de rapidez, além de falta de prioridades, cujo símbolo maior é o trem-bala", disparou Serra.
Convicção
Para o tucano, os desafios só podem ser enfrentados com crescimento rápido e sustentado. "A falta de convicção apareceu na crise do sistema aeroportuário, onde depois de anos demonizando as privatizações o PT e a presidente Dilma concluíram que melhor mesmo é privatizar", disse. "E a falta de rapidez fica visível no atraso das providências para a Copa do Mundo. Assunto no qual em vez de resolver os problemas o governo prefere terceirizar responsabilidades", apontou. "Minha torcida, como a de todo brasileiro, é para que as coisas deem certo, ou o prejuízo será, como já tem sido, coletivo. Para tanto, é preciso que se tomem as providências adequadas. Não é o que está em curso ainda, infelizmente", finalizou.
Fonte: DAIENE CARDOSO - Agência Estado

"Quero ver o Lula sentar no banco dos réus", diz procurador


Ricardo F. Santos

A acusação base da ação penal sobre o mensalão, feita pela Procuradoria Geral da República, isenta de responsabilidade o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, Manoel Pastana, procurador da República no Rio Grande do Sul, quer mudar esse quadro. Em 17 de abril, ele encaminhou ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, uma representação em que pede a responsabilização criminal de Lula pela existência do mensalão. "Ele não vai poder pegar essa representação e jogar no lixo - ele vai ter que dar uma resposta, uma justificativa pra sociedade", diz Pastana.
De acordo com Pastana, existem provas de que o ex-presidente é responsável pelo mensalão, um esquema de captação e distribuição de recursos para aliados. Ele afirma que o governo criou, por meio de atos normativos, condições para o BMG - banco por onde circulou o dinheiro do mensalão - faturar R$ 3 bilhões com crédito consignado para aposentados da Previdência.
"Não é invenção minha, isso aí foi apurado pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Foram baixados decretos e medidas provisórias, um monte de atropelos administrativos para possibilitar qualquer banco de emprestar para aposentados", afirmou Pastana. Ele diz que logo após o banco BMG poder oferecer crédito consignado, mais de 10 milhões de cartas oficiais sobre o assunto foram mandadas a aposentados, cartas que se referiam, implicitamente, ao banco BMG. "Pra se ter uma ideia, o BMG faturou mais do que a Caixa (Econômica Federal) com esses empréstimos. As provas são escandalosas."
Pastana cita o relatório da Polícia Federal, divulgado pela imprensa há algumas semanas, para ligar o esquema ao mensalão. "O relatório diz na página 182 que o BMG não só 'emprestou' ao PT, mas a mais três empresas ligadas ao Marcos Valério. De acordo com o artigo 29 do Código Penal, o Lula deve ser responsabilizado criminalmente por isso", diz ele. "Até então não havia nada acusando o Lula de alguma coisa. Agora há essa ação de improbidade administrativa, oficialmente protocolada", disse.
Pastana acredita que, apesar da força política do ex-presidente, Lula possa ser responsabilizado criminalmente pelo mensalão. "Quero que ele seja acusado, porque aí ele terá que sentar na frente de um juiz e explicar por que mandou as cartas, baixou decreto, medida provisória, quem deu as instruções. Aí a casa vai cair, porque ele terá que dizer se assinou sozinho ou quem estava por trás", afirma Pastana. "O procurador-geral da República pode até dizer que essa representação é mentira, mas aí terá que provar", diz ele, confiante.
A assessoria do ex-presidente Lula afirmou que ele não vai comentar o caso e não pretende dar nenhuma entrevista em todo o primeiro semestre deste ano.
O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, o ministro Joaquim Barbosa apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
TERRA.COM

Mais dois ministros devem devolver diárias recebidas indevidamente

A ministra da Cultura Ana de Hollanda/Foto de Leonardo Aversa
BRASÍLIA - A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, terá de devolver as diárias recebidas do governo por dias em que esteve de folga no Rio de Janeiro, sua terra natal. Em nota divulgada na noite desta segunda-feira, a Controladoria Geral da União (CGU) informou ter chegado ao entendimento, com a ministra, de que "seria mais conveniente a devolução dos valores correspondentes às diárias recebidas naqueles dias em que não houve compromissos oficiais". Além dela, os ministros Paulo Bernardo e Afonso Florence também receberam diárias ao viajarem para suas cidades.
Segundo com a nota, a ministra telefonou nesta segunda-feira para o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, solicitando orientação para prestar esclarecimentos sobre o caso. A CGU ponderou que em todas as viagens ao Rio a ministra teve, de fato, agendas de trabalho. Porém, cobrará dela os valores pagos pelos dias sem compromissos, em fins de semana.
A ministra deve receber nos próximos dias uma guia de recolhimento da União (GRU), com a qual fará o pagamento. A devolução refere-se às diárias dos dias 09/01, 16/01, 10, 16 e 17/04. A CGU explicou que ainda fará o cálculo dos valor. De acordo com o decreto presidencial que instituiu as diárias para ministros, o montante será de R$ 2.905.
Paulo Bernardo e Afonso Florence também receberam diárias de viagens equivocadamente
De acordo com o Portal da Transparência, Paulo Bernardo recebeu R$ 1.381,18 por diárias em Curitiba, entre os dias 30 de abril (sábado) e 2 de maio (segunda). O ministro tem casa na capital paranaense e, naqueles dias, não teve compromisso oficial na cidade, segundo sua agenda. O ministério informou que o suposto erro não foi detectado, provavelmente, porque o depósito da quantia leva tempo para ser processado. Sustentou que a devolução será feita após o retorno de Paulo Bernardo, que está na Coreia.
O baiano Afonso Florence viajou várias vezes para Salvador este ano, recebendo R$ 5.932,90 em diárias. Desse total, R$ 1.365,96 foram pagos por dias em que ele não trabalhava na capital da Bahia. Numa dessas viagens, entre 12 e 17 de janeiro, o ministro teve compromissos oficiais em dois dias, mas foi pago por quatro, segundo admitiu ontem sua assessoria.
No dia 13, quinta-feira, Florence reuniu-se com o governador Jaques Wagner. Na sexta, retornou a Brasília. No sábado, estava de volta a Salvador para uma reunião. Passou o domingo no estado e embarcou para Brasília na segunda. Deveria ter recebido pelas agendas cumpridas na quinta e no sábado. Mas recebeu R$ 814,02 a mais, nos cálculos do próprio ministério.
Em outra viagem a Salvador, Florence teve compromissos como ministro em 17 e 18 de fevereiro, quinta e sexta-feiras. Ficou na cidade no fim de semana e ganhou mais meia diária (R$ 275,97). Em outra ocasião, de 6 a 10 de janeiro (quinta a segunda), o ministro recebeu, segundo informação de sua pasta, meia diária a mais (R$ 275,97 extras). Consultado, o Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que houve erro e que o ministro devolverá o dinheiro.
No caso de Ana de Hollanda, em todas as ocasiões ela viajou para o Rio em dias úteis, cumprindo agenda de trabalho, mas continuou na cidade nos fins de semana e recebeu pela permanência, mesmo sem ter compromissos oficiais. A CGU informou que ela telefonou para seu ministro-chefe, Jorge Hage, para solicitar orientação e prestar esclarecimentos sobre o caso.
Nesta segunda-feira, o secretário de Comunicação do PT, André Vargas, disparou no Twitter: "CGU pede para Ana de Hollanda devolver diárias que recebeu sem trabalhar... E a Tapioca Moderna".
Ana de Hollanda diz que não pretende deixar o cargo
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse em São Paulo na noite desta segunda-feira que não pensa em se afastar do cargo, apesar do descontentamento que as suas ações, desde que assumiu o cargo, no começo do governo da presidente Dilma Rousseff, tem provocado nos meios culturais do país. A única hipótese de deixar de ser ministra, segundo ela, seria com um pedido de Dilma.
- Não (pretende deixar o ministério), a não ser que a presidenta queira - afirmou Ana durante a apresentação do projeto Embaixada do Teatro Brasileiro, no Teatro Popular do Sesi, na capital paulista.
Sobre as denúncias de uso irregular das diárias Ana de Hollanda disse que a posição oficial do Ministério já havia sido publicada na internet e comunicado ao jornal O Globo.
- Está no nosso site. Já está publicada, deve ter dado até no Globo. Já foi passado para O Globo, oficialmente.
Respondendo às críticas que sendo feitas ao seu trabalho, ela disse que está trabalhando desde que assumiu o cargo, assim como todas as entidades e secretárias vinculadas ao Ministério da Cultura.
- A gente não parou de trabalhar nenhum dia. Estou aqui trabalhando... Estou desde manhã trabalhando... em São Miguel, em todos os lugares que eu andei, vários encontros. Não parei de trabalhar nenhum dia por causa disso. Nem um ponto do ministério, nenhuma das vinculadas, nenhuma secretaria parou de trabalhar - disse a ministra.
G1

Governador do CE chama ministro dos Transportes de 'desonesto'

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), disse em um evento público no sábado que o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) é "inepto, incompetente e desonesto", em uma crítica à situação das estradas federais no Estado.
"É um ministro inepto, incompetente e desonesto, que, à frente desse ministério já há vários anos, tem discriminado o Estado do Ceará e feito com que as nossas BRs tenham características absolutamente diferentes", disse o governador, durante o evento "Governo do Ceará na Minha Cidade", realizado em Sobral (a 238 km de Fortaleza). O áudio foi publicado pelo site cearense Jangadeiro Online.
Jarbas Oliveira - 1.jan.11/Folhapress
Cid Gomes disse que o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) é 'inepto, incompetente e desonesto'
Cid Gomes disse que o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) é 'inepto, incompetente e desonesto'
Cid Gomes ainda chamou o Dnit (Departamento de Nacional de Infraestrutura de Transportes) de "antro de roubalheira", cobrou mais empenho da bancada cearense no Congresso e convocou a população para um "rally de protesto" na BR-222, considerada a estrada federal em pior estado no Ceará.
"Precisamos denunciar esse descaso do ministro dos Transportes e da sua laia do Dnit. Aquilo ali é uma laia, é um antro de roubalheira, aquele Ministério dos Transportes e o Dnit, para que a gente possa ter os investimentos aqui necessários para que a população enfim possa transitar em segurança", afirmou Cid Gomes.
Como forma de protesto que classificou como "criativa e bem humorada", o governador cearense aproveitou para convidar a população a participar de um rally na BR-222, no próximo dia 15.
"Convidando aos que têm carro com tração quatro 4 por 4, vamos ter o rally da BR-222. Porque aquilo não é estrada, não. Aquilo é um campo de terra, que nos vamos --de forma criativa, bem-humorada-- denunciar o descaso e a necessidade de que haja urgente investimento", disse o governador.
A Folha tentou ouvir o ministro ou sua assessoria na noite de hoje, mas não encontrou ninguém do Ministério dos Transportes para comentar o assunto.
DA FOLHA.COM

Prefeitos apresentam a Dilma conta de quase R$ 28 bilhões na 14ª Marcha

Edna Simão / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
No ano em que antecede as eleições municipais, mais de quatro mil prefeitos desembarcam nesta terça-feira, 10, em Brasília com uma lista de desejos que alcança pelo menos R$ 27,9 bilhões. Participantes da 14.ªMarcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que começa nesta terça e termina na quinta-feira, os prefeitos pretendem pressionar a presidente Dilma Rousseff e o Congresso Nacional.
Do governo federal, os prefeitos querem sobretudo impedir o cancelamento de recursos para obras e dividir a arrecadação das chamadas contribuições com a União. No caso dos restos a pagar (verbas que o governo ainda não liberou), segundo estudo preliminar divulgado na segunda-feira, 9, pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pelo menos R$ 1,24 bilhão em compromissos assumidos dos anos de 2007 a 2009 será cancelado por decisão do governo federal.
Os ministérios do Planejamento e da Fazenda preferiram não comentar as reivindicações dos prefeitos. A presidente Dilma Rousseff, no entanto, realizou nesta segunda uma reunião com o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, para avaliar os pedidos dos prefeitos.
Os municípios não abrem mão do pagamento integral dos restos a pagar, que é de R$ 7,9 bilhões, e vão atuar no Planalto para que haja mudanças nas regras estabelecidas em abril. A estimativa foi elaborada com base em levantamento feito em 9.963 dos 22.835 processos de empenhos feitos entre 2007 e 2009.