segunda-feira, 19 de junho de 2017

Janot diz que PGR está em guerra contra um inimigo sem face

Procurador-geral da República diz que os que acusam o Ministério Público de 'exagero' são 'amigos dos poderosos'

Isadora Peron, O Estado de S.Paulo
19 Junho 2017 | 20h25
BRASÍLIA - Na semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para debater o instrumento da delação premiada e no dia em que o ministro Gilmar Mendes falou de "abusos" em investigações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez na noite desta segunda-feira, 19, um duro discurso em defesa da Operação Lava Jato e afirmou que a instituição está “em guerra contra um inimigo sem face”.
“Estamos em guerra contra um inimigo sem face. Não é definitivamente uma guerra contra pessoas ou contra partidos, mas, sim, contra a impunidade e a corrupção que dilapida o patrimônio do País. Mas não estamos sozinhos. Contamos com o nosso brioso Judiciário, que não deixará se influenciar por pressões políticas e saberá julgar com imparcialidade, sem concessões aos poderosos de turno”, disse.
Em sua fala, durante a abertura de um seminário no Conselho Nacional do Ministério Público, Janot citou que a regulamentação da colaboração premiada foi um dos instrumentos que permitiu o avanço no combate à corrupção. Ele também destacou a permissão, dada pelo Supremo, de executar a pena após a condenação em segunda instância. “O resultado desses dois exemplos, especialmente na Lava Jato, foi enorme e fala por si”, disse.
Sem citar o nome do ministro do STF Gilmar Mendes, que nesta segunda voltou a fazer críticas à Lava Jato, Janot afirmou que há pessoas que acusam Ministério Público de “exagero” e afirmam que o Brasil está vivendo em um Estado policial. Para o procurador-geral da República, há dois tipos de pessoas que fazem isso: as que nunca viveram em uma ditadura e as que não têm compromisso verdadeiro com o País. “A real preocupação dessas pessoas é com a casta privilegiada da qual fazem parte. Empunham estrepitosamente a bandeira do estado de direito, mas desejam mesmo é defender os amigos poderosos com os quais se refestelam nas regalias do poder. Mas faço um alerta para essas pessoas: a sociedade brasileira está cansada, cansada. Pode até levar um tempo, mas os brasileiros saberão reconhecê-los e serão fortes para repudiá-los”, disse.
Já com um tom de despedida - Janot deixará o cargo em setembro -, o procurador-geral da República afirmou que  sabia que a corrupção era um problema enraizado na cultura brasileira, mas que o País estava no caminho certo e que a população almejava o fim dessa “chaga”.
Como em uma cobrança para o próximo PGR, ele disse que, por onde passa, recebe “palavras de encorajamento para que o Ministério Público siga firme” no combate à corrupção.
“Sei que apesar de toda dedicação e esforço para combater essa chaga, deixarei o cargo de Procuradoria-Geral da República rumo à aposentadoria com mais perguntas do que respostas, como mais dúvidas do que certeza. Mas não decepcionaremos os cidadãos brasileiros que confiam na nossa instituição”, disse.
Janot começou a sua fala citando o trecho do livro A Coroa, A Cruz e A Espada - Lei, Ordem e Corrupção no Brasil Colônia, do escritor Eduardo Bueno, que trata da construção de Salvador, a primeira capital do País.
“Onde foi parar tanto dinheiro? Parte foi gasta, parte desviada. Investigando os papéis da Câmara de Salvador, Teodoro Sampaio pinta um quadro de dissolução geral: 'os infratores, de todos os gêneros, eram contumazes, e as penas não passavam de ameaças'. As multas raro se pagavam”, citou o procurador-geral.
Segundo ele, esses  fatos, “que remontam há quase 500 anos, poderiam ser perfeitamente adequados para qualquer evento de corrupção da atualidade. Seria um parágrafo que bem se encaixaria em qualquer das inúmeras notícias de corrupção que pululam nos jornais de nossos dias”.

PF conclui que houve corrupção passiva no caso Temer e Loures

Resultado baseia-se na análise de ações controladas, como a do flagrante do ex-assessor do presidente puxando mala com R$ 500 mil

Andreza Matais, Fabio Serapião e Breno Pires, O Estado de S.Paulo
19 Junho 2017 | 20h34
BRASÍLIA - No inquérito devolvido nesta segunda-feira, 19, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal concluiu que há indícios de materialidade da prática de crime de corrupção passiva pelo presidente Michel Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures. Embora tenha concluído essa parte da apuração, os delegados federais pediram mais cinco dias de prazo para encerrar a investigação sobre os crimes de organização criminoso e obstrução de Justiça.
O pedido de dilação do prazo pela PF tem como objetivo aguardar o término do laudo final da perícia no áudio da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, do grupo J&F, com Temer. O Estado apurou que a demora na produção do laudo se dá pela má qualidade da gravação. 
No caso do crime de corrupção passiva, o Estado apurou que a conclusão baseou-se na análise das ações controladas - uma delas que flagrou Loures correndo com uma mala de R$ 500 mil - e em dois laudos produzidos a partir da análise das conversas gravadas entre Loures e o diretor de Relações Institucionais do grupo J&F, Ricardo Saud. 
Saud filmou e gravou, no dia 28 de abril deste ano, encontros nos quais acertou e repassou a Loures a mala dos R$ 500 mil, em um restaurante, em São Paulo. Hesitante em pegar o dinheiro naquela ocasião, o peemedebista chegou a sugerir um tal "Edgar" para buscar os valores, já que "todos os outros caminhos estavam congestionados". Na conversa, Saud ainda questiona se o interposto sugerido por Loures para supostamente receber valores é "o Edgar que trabalha para o presidente". “Bom, se é da confiança do chefe, não tem problema nenhum.”
Apesar de tentar indicar outra pessoa para receber os valores, o então deputado federal acabou combinando, no mesmo dia, de pegar a mala de propinas em uma pizzaria indicada por ele, em São Paulo na rua Pamplona. Saud também filmou o diálogo, em um estacionamento.
O valor seria entregue semanalmente pela JBS ao peemedebista, em benefício de Temer, como foi informado nas gravações, pelo diretor de Relações Institucionais da holding. “Eu já tenho 500 mil. E dessa semana tem mais 500. Então você te um milhão aí. Isso é toda semana. Vê com ele (Michel Temer)”, afirmou Saud a Loures.
Loures é acusado de exercer influência sobre o preço do gás fornecido pela Petrobrás à termelétrica EPE – o valor da propina, supostamente "em benefício de Temer", como relataram executivos da JBS, é correspondente a 5% do lucro que o grupo teria com a manobra.
Em notas anteriores, o Palácio do Planalto negou irregularidades envolvendo o presidente.

BOMBA!! Com depressão e medo de morrer na cadeia, FUNDADOR do PT decidiu que vai falar tudo!


O еx-tеѕоurеіrо e fundаdоr dо раrtіdо ԛuе quebrou o país vаі fаlаr tudo o ԛuе ѕаbе e entregar até a аlmа dо PT. Vассаrі disse que tеm mеdо dо реѕѕоаl dа CUT matá-lo, саѕо faça um асоrdо dе delação рrеmіаdа e consiga se livrar dа рrіѕãо, mаѕ mesmo assim nãо rеѕіѕtіu àѕ рróрrіаѕ convicções e rеѕоlvеu romper o расtо dе silêncio.
O ‘hоmеm do dinheiro’ dо PT, ԛuе durаntе аnоѕ e аnоѕ аtuоu nаѕ sombras, o dono dе ѕеgrеdоѕ mаіѕ роdrеѕ e devastadores, decidiu dеlаtаr. Corroído fisicamente e psicologicamente, o tеѕоurеіrо еѕtá аtuаlmеntе preso nо Cоmрlеxо Médісо-Pеnаl dе Pіnhаіѕ, nо Pаrаná e sabe ԛuе a hірótеѕе dе еѕсараr impune nãо еxіѕtе
Aos 57 anos dе idade, a delação рrеmіаdа é o únісо саmіnhо ԛuе роdе livrá-lo dе mоrrеr na рrіѕãо. Fаmіlіаrеѕ dе Vассаrі já ѕоndаrаm advogados еѕресіаlіzаdоѕ no аѕѕuntо e dіѕсutіu-ѕе аté o tеоr dо ԛuе poderia ѕеr revelado. Um dos рrіmеіrоѕ
‘presentões’ a ѕеr оfеrесіdо раrа оѕ рrосurаdоrеѕ dа Fоrçа Tаrеfа da Lаvа-Jаtо será a саmраnhа еlеіtоrаl dе Dilma em 2014.
Vaccari tеm dосumеntоѕ ԛuе podem ѕасrаmеntаr dе vеz o dеѕtіnо dе Dіlmа. Magoado e rесlаmаndо de ter ѕіdо esquecido na prisão, Vaccari confirmou ԛuе vаі bоtаr рrа ԛuеbrаr. Elе рrеѕtаrá depoimentos ԛuе poderão dеѕtruіr nãо ѕó a саrrеіrа política de Dіlmа соmо tаmbém роdеrá arrastar o рrеѕіdеntе em exercício Mісhеl Tеmеr раrа o buraco.
Via dentrodpolitica.blogspot.com.br DO N.ATUAL