sábado, 14 de julho de 2012

CONFISSÕES DE TERREIRO - 'Vendi a alma ao Demônio' Maria Cecília conta como agiu em favor de Collor durante a campanha presidencial e no impeachment

Ex-mãe-de-santo do presidente Collor se converte e conta sobre os despachos que fazia na Dinda
Eduardo Burckhardt

Como tantos personagens dos programas evangélicos exibidos na TV, Maria Cecília da Silva, de 42 anos, conta que um dia vendeu sua alma ao Diabo. 
Foi numa noite de lua cheia em 1986, num ritual macabro durante o qual degolou seis animais, depois passou a faca em sua mão esquerda e deixou o sangue verter numa vasilha de barro. 
 Naquele tempo ela atendia pelo nome de Mãe Cecília, era a mãe-de-santo mais famosa de Alagoas e recebia os clientes em seu terreiro na cidade de Arapiraca, a 136 quilômetros de Maceió. 
O "serviço", segundo ela, foi encomendado por seu cliente mais importante, o então governador Fernando Collor de Mello, em troca de uma ascensão irresistível na política nacional. 
Hoje, convertida a uma igreja evangélica, Maria Cecília diz que abandonou a magia negra e quer recuperar sua alma. 
Na semana passada ela deu a ÉPOCA uma série de entrevistas, contando como acompanhou a carreira de Collor até o Planalto e por que só agora - depois de ser procurada pela imprensa durante anos - decidiu falar. "
Eu me arrependo de tudo o que fiz. Não quero vingança, não quero nada. Só preciso dar aos fiéis o meu testemunho."
CONTINUA . . . 
 'Vendi a alma ao Demônio'
Maria Cecília conta como agiu em favor de Collor durante a campanha presidencial e no impeachment
ÉPOCA - Fernando Collor falava com as entidades?  
Maria Cecília - Na casa dele em Alagoas, na Casa da Dinda ou no próprio Palácio do Planalto. Ele passava os pedidos e eu tinha que correr para fazer os trabalhos. Ele fumava charuto cubano e bebia uísque importado com elas. Como ele tinha condições, habituou as entidades de forma diferente. Elas estavam acostumadas com cachaça e cigarro, passaram a ganhar produtos finos e importados. A entidade cigana, por exemplo, só queria do champanhe mais caro. No centro que improvisei no porão da Casa da Dinda, só usei louças de porcelana. ÉPOCA - Collor e Rosane iam juntos ao terreiro?  
Maria Cecília - Era parte das obrigações. Chegavam com os alguidares prontos. As criações (animais oferecidos em sacrifício) só podiam ser mortas na presença deles. Eles acompanhavam o cerimonial, a colocação do sangue e das cabeças nas tigelas, e antes de sair recebiam um banho de sangue nas mãos.
ÉPOCA -
A senhora intercedeu de maneira diferente em algum caso em especial?  
Maria Cecília - Durante a campanha para a Presidência, vi que Silvio Santos seria uma grande ameaça. Collor disse que eu fizesse o que fosse preciso. Fiz um trabalho grande que incluía pôr um azougue (espécie de amuleto) na boca de sete pessoas mortas, recém-enterradas no cemitério. ÉPOCA - Collor poderia ter evitado o impeachment?  
Maria Cecília - Se tivesse se mantido fiel aos orixás, tenho certeza que sim. As entidades contribuíram para a derrota porque ele não colaborava mais com elas. Me tratava com indiferença, não dava mais dinheiro para os trabalhos. ÉPOCA - A senhora tentou ajudá-lo?  
Maria Cecília - Fiz a pedido de Rosane. As entidades tinham um apego especial a ela, e por várias vezes não fizeram nada pior a Collor por causa disso. Na votação do impeachment tentei restabelecer a relação. Só que no fundo eu ainda estava revoltada, e a legião que o atendia passou a não mais se envolver. Não tinha mais volta. ÉPOCA - Alguma vez a senhora atendeu a algum pedido pessoal do casal?
Maria Cecília - Muitas vezes Rosane me ligava chorando. Dizia que queria fazer muitos projetos na LBA e ele não deixava que atuasse. Peguei perfumes, flores brancas, mel de abelha e fiz o que chamamos trabalho de paz. Quando Collor passou a andar sem aliança, também agi. ÉPOCA - A senhora foi acusada de ter pedido a morte de Pedro Collor e de PC Farias.  
Maria Cecília - Quando esses casos ocorreram eu não era mais mãe-de-santo. Já tinha o coração voltado para Deus. ÉPOCA - Alguém está lhe pagando para fazer essas denúncias?  
Maria Cecília - De jeito nenhum. ÉPOCA - Não há interesse político por trás dessa decisão?  
Maria Cecília - Não me envolvo mais com política. Meu compromisso é religioso, falo para os milhões de envagélicos conhecerem a verdadeira história.
* * * 
DO FERRA MULA

Venezuela é democrática, justifica Patriota

Assim, opera o ‘socialismo del siglo XXI capitaneado pelo Teniente-coronel-presidente Hugo Rafael Chávez Frías - HRChF- Jefe único, Hegemón, Comandante en Jefe, Habilitado, devoto e candidato à sucessão de Fidel Castro e auto denominado discípulo de SIMÓN BOLÍVAR, sob o manto oculto do Foro de São Paulo [Nova Internacional Comunista – constituída por uma rede (a) narco-guerrilheira-terrorista – auto denominada FORO DE SÃO PAULO -
“Organização que reúne mais de 180 partidos de esquerda, grupos terroristas e narco-guerrilheiros, como as FARCs colombianas e os chilenos FPMR - Frente Patriótica Manuel Rodriguez, ao qual pertence Mauricio Hernández Norambuena, que organizou o PCC - Primeiro Comando da Capital, de Marcola, preso pelo seqüestro de Washington Olivetto, em 2001, e MIR - Movimiento de Izquierda Revolucionaria”.
Aqui.
Esse Foro promove o ‘experimento’ no laboratório da engenharia social denominado ‘República Bolivariana da Venezuela’ cujo ‘produto’ já é exportado para a Bolívia, Equador, Argentina, Nicarágua, Paraguai – com o decisivo apoio do petismo-lulismo, que inclusive hospeda o site do Foro.
A “Revolución Bolivariana” se orienta estratégicamente pelo conceito de “solidaridad internacional activa”.
Essa solidaridade tem uma prioridade alianças estratégicas por afinidade ideológica, em caráter continental com os governos que compõem o embrião da Confederación Bolivariana de Naciones, representada pela atual Unasul/Unasur (Matriz-Cuba, Venezuela, Brasil, Argentina, Bolivia, Equador, Nicarágua, e o abortado Paraguai do bispo Lugo), mantém também uma aliança estratégica intercontinental com o Irã. E, essa solidaridade internacional ativa tem un inimigo comum: Estados Unidos.
Esse processo perverso–– levou a destruição da CAN (Comunidade Andina de Nações), e, agora está avançando pelo MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) com o mesmo propósito destrutivo.
Aí temos a expressão do delírio bolivarianus típico da mendacidade crônica da esquerda.
O fato é que numa corrompida democracia – qualquer que seja o governo, mesmo despótico diz que é democrático.
Os líderes autoritários pretendem que seu regime seja especial e cuja democracia é erigida a uma ‘democracia superior’ as demais.
Assim, na esteira da pureza democrática, especialmente dos devotos da ditadura, digo, ‘democracia e direitos humanos’ de Cuba e da Venezuela, surgem alguns surtos desde o mais ético do mundo ao excesso de democracia e suas deformações ululantes:
“Sou um democrata puro e absoluto. Porém sou o único: não tenho com quem falar.” Vladimir Putin, na qualidade de primeiro-ministro e atual presidente da Rússia.
Cuba da familiocracia-comandante-general Fidel e Raúl Castro, não fica por menos:
"Se acusa a nuestro país de falta de democracia, pero en actos como éstos nos damos cuenta de que somos los más democráticos del mundo, pues tenemos dos presidentes: a Fidel y a Chávez", afirmou o vicepresidente cubano Carlos Lage em Caracas, in VI reunión de la Comisión Mixta Cuba-Venezuela realizada em 2005.
Por último, o profeta da barbarie:
“A democracia proletária é um milhão de vezes mais democrática que qualquer democracia burguesa; o governo soviético é um milhão de vezes mais democrático que as repúblicas burguesas”. Wladmir Illich Ulianov Lênin (1870-1924) – arquiteto da construção dos fundamentos do regime totalitário (ditadura sobre o proletariado) que governou a URSS durante mais de sessenta anos.
Um breve histórico-prontuário chavista para entender a ‘democracia bolivariana’:
O teniente-coronel-presidente Chávez Frías depois de uma tentativa frustrada de golpe foi eleito democraticamente, mas os ‘sinais’ sociopatológicos indicativos de um regime totalitário são evidentes:
- Poder Judiciário aniquilado (‘dominado’);
- salvaguardas eleitorais viciadas;
- limitação/punição dos meios de comunicação que molestan o ‘jefe da revolução’ com críticas, para constituir o que denomina de hegemonia comunicacional, também conhecida como ‘democratização dos meios de comunicação’, no âmbito do Foro de São Paulo;
-
não renovação da concessão da Radio e Televisión Caracas (RCTV) – confiscando seus bens através de medida judicial viciada; também fechou dezenas de rádios;
- anulação dos poderes da Assemblea Nacional - AN que ‘outorgou’ via Ley Habilitante seu poder de legislar ao Executivo que, mesmo tendo o domínio absoluto dos parlamentares, para ‘decretar’ o que ele chama de ‘socialismo del siglo XXI’, rejeitado em referendum pelos venezuelanos, inspirado no perverso comunismo cubano, em que não há oposição nem eleições livres e também na técnica nazista de ‘legislar’. Assim, o Poder Legislativo Venezuelano ficou totalmente dominado ao abdicar da condição de representante da soberania popular aceitando devotamente a expedição de decretos pelo Poder Executivo sob o eufemismo de ley habilitante;
- anunciou e efetivou o control de las empresas privadas que ejercem sus atividades em setores estratégicos de la economía’, através de um programa de nacionalizaciones, com a destruição do sistema produtivo pelo controle de preços, cujo resultado é o desabastecimento;
- avança descaradamente sobre a propriedade privada,
expropriando empresas e propriedades rurais, ocasionando a queda na produção e o consequente aumento de preços, sob o pretexto de criar propiedad mixtas entre el Estado, el sector privado y el poder comunal, creando las mejores condiciones para la construcción colectiva y cooperativa de una economía socialista” – sob as formas de “propiedad pública, social, social indirecta, social directa, propiedad colectiva, mixta”, restringindo a propiedade privada identificada como “aquella que pertenece a personas naturales o jurídicas o que se reconoce sobre bienes de uso, consumo y medios de producción legítimamente adquiridos, con los atributos de uso, goce y disposición, y las limitaciones y restricciones que establece la ley”, muito embora o socialismo tenha sido rejeitado pela maioria da sociedade venezuelana;
- ‘criou’ via reforma da Constituição – “El Poder Público dividido em el Poder Popular, el Poder Municipal, el Poder Estadal y el Poder Nacional, organizado em Legislativo, Ejecutivo, Judicial, Ciudadano y Electoral”, mas na realidade concentrando a soberania e o poder popular na figura presidencial, que passa a ser a ‘fonte do poder’ – poder absoluto;
-
promoveu e continua a perseguição, prisão de opositores, inclusive de uma juíza que permanece presa desde final do ano passado, sem julgamento ...
E todos elles ainda diziam e dizem que são democratas puros, até em excesso...
O RESULTADO da Rota Vermelha do governo ‘chavista’ - “socialismo del siglo XXI” ou “revolución bolivariana”, cujo slogan oficial é “Venezuela ahora es de todos” (qualquer slogan parecido com esse é mera coincidência), seguido de “¡Patria, socialismo o muerte! ¡Venceremos!”, pode ser aferido em números ‘fantásticos’, nunca visto antes num País, sobretudo com ‘excesso de democracia’:
- 37% de sua população está na linha de pobreza, segundo cifras do próprio governo; arrecadação de impostos estimada em 50% do previsto;
- extrema insegurança jurídica;
- sistema de seguridade social legalizado mas não institucionalizado nem operativo;
- intolerância contra a dissidência;
-militarização da sociedade civil, pelo modelo nazi-fascista dos círculos bolivarianos e, da milícia chavista (Milicia Nacional Bolivariana), rojos/rojitos/vermelhos – a exemplo dos ‘camisas negras’ de Mussolini e ‘camisas marrons’ de Hitler;
- deterioração dos princípios e valores da cultura militar;
- sistema educativo em processo de ideologização e com infraestrutura escolar aniquilada;
- setor público sem estrutura burocrática, sem carreira administrativa nem respeito aos direitos dos funcionários, não obstante o grande número de ministérios, com seus ministros e vices ministros ‘del poder popular’;
- a maioria da população carece de segurança, justiça, educação, saúde, emprego, moradia (aumento só das favelas), saneamento básico e água potável;
- corrupção generalizada – com a ascensão da nomenklatura ‘boliburguesa;
- cerca da metade da população economicamente ativa está na economia informal, não obstante a bonança petrolífera;
Na área de segurança pública – revelam um verdadeiro genocídio com 45 assassinatos diários, seqüestros generalizados, (além do seqüestro dos poderes públicos), corrupção generalizada...
- a maior inflação da América Latina e uma CORRIDA ARMAMENTISTA sem precedentes enquanto o respeitável, distinto e soberano povo - continua na mais absoluta insegurança;
- institui a diplomacia de bordel com crítica ao Secretário geral da OEA, a quem qualificou de insulso e ‘pendejo’ por sua posição contrária a não renovação da concessão da RCTV (Rádio Caracas TV), ordem de nacionalização da CANTV, Eletricidade e recuperação das telecomunicações; planeja a ampliação dos meios de controle da sociedade e simultaneamente poderes especiais para a criação da ‘república bolivariana socialista e a reeleição indefinida do presidente...
Ainda manipulou o discurso de Angostura e omite o dito pelo Libertador, contrário a continuação da autoridade num mesmo indivíduo e partidário da alternância, mediante eleições limpas, como garantias da democracia. Diz SIMÓN BOLÍVAR:“La continuación de la autoridad de un mismo individuo, frecuentemente ha sido el término de los gobiernos democráticos, las elecciones son esenciales en los sistemas populares, porque nada es tan peligroso como dejar permanecer largo tiempo en un mismo ciudadano el poder.
El pueblo se acostumbra a obedecerle y él se acostumbra a mandarlo, en donde se originan usurpación y tiranía. Los ciudadanos deben temer con sobrada justicia, que el mismo magistrado que los ha mandado mucho tiempo, los mande perpetuamente”.                     14.07.2012
DO R.DEMOCRATICA

O fator ideológico

Por Rodrigo Constantino
O Globo
O ano era 2002. Lula tinha sido eleito e escolhera Dilma para o Ministério de Minas e Energia. Os futuros ministros faziam reuniões com investidores para acalmar os tensos mercados. Eu trabalhava em uma grande gestora carioca. Estive em uma dessas reuniões com Dilma. Foi meu único encontro com a atual presidente.
Um dos presentes perguntou como o governo faria para atrair os necessários investimentos ao setor, uma vez que o discurso corrente era de que a rentabilidade não deveria ser elevada. Com dedo em riste e tom autoritário, Dilma disparou: “Quem foi que disse que é preciso ter alto retorno nesse setor?”
Eis o que eu queria dizer: desde então tenho como certo o fator ideológico entranhado em Dilma. Muitos falam em gestora eficiente, pragmática, mas eu só consigo enxergar ideologia.
Até mesmo o Itamaraty foi infectado pelo vírus ideológico, como ficou claro no caso do Paraguai. O Barão do Rio Branco, ao assumir o ministério das Relações Exteriores, declarou: “Não venho servir a um partido político: venho servir ao Brasil, que todos desejam ver unido íntegro, forte e respeitado”. Ele não teria vez no governo Dilma, que se mostra apenas um capacho de Hugo Chávez.
O prêmio Nobel de Economia Friedrich Hayek chamava a atenção para a “arrogância fatal” de certas ideologias. Ela seria basicamente a crença de que é possível controlar tudo nos mínimos detalhes, de cima para baixo. Planejadores centrais que desprezam os sinais do mercado e pensam ser possível ignorá-lo para sempre: são os arrogantes. O fatal fica por conta dos estragos que costumam causar na economia.
Pois bem. A economia brasileira seguiu nos últimos anos um modelo claramente insustentável, calcado em crédito e consumo. O governo ignorou a necessidade de reformas estruturais que aumentassem a nossa produtividade. A farra foi boa enquanto durou, financiada pela acelerada expansão do crédito, possível pela alta no preço das commodities que exportamos para a China.
Esta fase de bonança se esgotou. O PIB cresceu apenas 2,7% em 2011, e esse ano mal deve chegar a 2%, muito longe dos 4,5% que o ministro Mantega projetava. Para piorar, a inflação ainda segue acima do centro da elevada meta. Qual tem sido a reação do governo?
Ideológica, claro. Imbuído da falsa crença de que pode simplesmente estimular mais ainda o consumo e o crédito, o governo tem apelado para pacotes quase semanais. Os resultados são pífios ou negativos? Não tem problema. Basta aumentar a dose!
A ideia de que o consumo do governo pode estimular de forma sustentável o crescimento econômico não passa de uma falácia, que já foi refutada no século 19 por Bastiat. O economista francês citou o exemplo de uma janela quebrada para fazer seu ponto.
Algum vândalo joga uma pedra que estilhaça a janela de uma loja. Algumas pessoas tentam consolar o dono da loja alegando que ao menos ele estará gerando emprego ao consertar a janela. Afinal, se janelas nunca fossem quebradas, de que iriam viver os reparadores de janelas?
Esta linha de raciocínio míope ignora aquilo que não se vê de imediato. Sim, o conserto da janela iria propiciar um ganho para o vidraceiro. Mas o que seria feito desse dinheiro gasto caso a janela não tivesse sido quebrada? Qual o uso alternativo para este recurso escasso? Eis a questão!
O mesmo ocorre com o gasto público. O governo não produz riqueza. Para ele gastar, antes ele precisa tirar de alguém que produziu. Ele pode fazer isso por meio de impostos, emissão de dívida ou de moeda (imposto inflacionário).
De qualquer forma ele estará transferindo recursos de um lado para o outro, normalmente cobrando um grande pedágio por isso. Mas ele não estará criando riqueza. Logo, os gastos públicos não estimulam a economia: eles apenas retiram recursos do setor privado, que costuma alocá-los de forma bem mais eficiente.
Outro efeito perverso desta política é a seleção dos campeões, que deixa de ser feita pelo mercado (mérito) e passa a depender das escolhas do governo. No dia do anúncio do último pacote, o índice de ações da Bovespa caiu mais de 1%, mas as ações da Marcopolo subiram mais de 6%. O governo divulgou uma grande compra de caminhões para “estimular” o crescimento econômico. Alguém pagou por isso.
Esta ideologia centralizadora está fadada ao fracasso. Ela produz ineficiência e lobby por privilégios, mas não consegue aumentar a produtividade da economia. Infelizmente, a presidente acredita neste modelo, e vai insistir nele até quebrar a (nossa) cara. Não podemos desprezar o fator ideológico deste governo.
SOBRE O AUTOR
Rodrigo Constantino é economista pela PUC-Rio, com MBA de Finanças pelo IBMEC e trabalha no mercado financeiro desde 1997. É articulista e autor de diversos livros, dentre os quais o novo Liberal com orgulho.
  10.07.2012 
DO R.DEMOCRATICA

Produção industrial recua cinco anos

Fernando Dantas, de O Estado de S.Paulo
RIO - A indústria voltou ao nível de cinco anos atrás, e as projeções para 2012 são de queda na produção das fábricas brasileiras. Em maio de 2012, a produção da indústria medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi idêntica a de agosto de 2007, e inferior a de outubro de 2007. A comparação, referente à indústria de transformação, elimina as influências sazonais.
"É um indicador chocante, há alguma coisa de muito errado na nossa indústria", diz Fernando Rocha, sócio e economista-chefe da JGP, gestora de recursos no Rio de Janeiro.
Para 2012, as projeções da produção industrial de sete instituições consultadas pelo Estado, incluindo os departamentos econômicos dos dois maiores bancos privados, Itaú e Bradesco, indicam quedas que variam de menos 0,5% a menos 2,2%.
"Houve uma grande piora da indústria no último trimestre do ano passado, aí começou a melhorar, mas o problema é que despencou de novo", diz Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), no Rio.
Nos dados do IBGE, 95% do índice corresponde à indústria de transformação, a atividade manufatureira propriamente dita, e os outros 5% referem-se à indústria extrativa.
Sílvia nota que a queda da indústria da transformação acelerou-se até maio. No primeiro trimestre, ela caiu 0,7% ante o último trimestre de 2011, na série livre de influências sazonais. Já no trimestre de março a maio, a queda em relação a dezembro, janeiro e fevereiro atingiu 1,5%.
A difusão da queda pelos setores industriais, que havia caído no início do ano, também voltou a aumentar a partir de março.
Para Aurelio Bicalho de Almeida, economista do Itaú BBA, o mau número que a indústria deve exibir em 2012 deve-se em parte a uma questão estatística, ligada à queda forte no segundo semestre de 2011. Com a desaceleração adicional em 2012, a indústria provavelmente vai ficar no negativo mesmo que cresça no segundo semestre.
Segundo Octavio de Barros, diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, ainda que a produção industrial cresça em média 0,95% ao mês entre junho e dezembro, haverá uma queda no ano de 1,5% - a projeção do Bradesco, mas que o diretor diz estar em "viés de baixa".
"O desafio é grande porque a média histórica (de crescimento mensal da produção industrial) desde 1991 é de 0,23% ao mês", acrescenta Barros.
Um dos fatores apontados pelos analistas para a fraqueza da indústria é a queda na exportação de produtos manufaturados, mesmo com a recente desvalorização do câmbio. "O mundo permanece abarrotado de produtos manufaturados, e não consigo ver essa ociosidade sumindo antes de um horizonte de dois a três anos", diz Barros.
Investimentos. Almeida, do Itaú BBA, nota que a produção também é negativamente afetada pela desaceleração dos investimentos. Essa, por sua vez, além de influenciada pelos temores com a economia global, está ligada à capacidade ociosa na indústria. Com espaço para aumentar a produção no parque fabril já existente, os empresários adiam investimentos. Assim, o nível de utilização da capacidade instalada medido pela FGV está em 83,8%, enquanto o Itaú BBA considera que o nível de equilíbrio do indicador é de 85%.
Os estoques, finalmente, são outro fator apontado por Almeida para explicar a freada da indústria. Ele lembra que a sondagem da indústria da FGV apontava, em maio de 2011, uma diferença de apenas 1,6% entre as empresas consultadas que consideravam os estoques excessivos e as que os consideravam insuficientes. O indicador subiu para 8,5% em outubro, e ainda estava em 8% em dezembro, num claro sinal de estoques excessivos.
Em junho, porém, o indicador já havia caído para 3,1%. "Ainda está um pouco alto, mas já indica que estamos no caminho de ajustar os estoques", diz. Ele acha que, com esse ajuste, a queda da Selic (taxa básica) e as medidas de estímulo ao consumo do governo, a produção industrial deve ter uma retomada no segundo semestre. "Mas isso na hipótese de alguma normalização da situação internacional", acrescenta o economista.

Proposta 'nem chega próximo' do que pedem professores, diz sindicato

Do G1, em São Paulo

A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, disse nesta sexta-feira (13), após reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que a proposta do governo para um novo plano de carreira e reajuste salarial está aquém do que a categoria propôs. “Nem chega próximo", disse ao G1. "Mas só teremos uma avaliação precisa após as bases avaliarem”.
Os sindicatos que representam os professores das instituições federais de ensino, em greve desde 17 de maio, irão submeter a proposta às bases em assembleias, e voltarão a se reunir com o governo no dia 23 de julho.
Pela proposta, além da redução dos níveis da carreira, pleiteada pelas entidades que representam os professores, o governo oferece um reajuste que, considerando o salário dos docentes em fevereiro deste ano, chegaria a até 45% em três anos, a partir de 2013.
No entanto, para Marinalva, um dos problemas da oferta é que esse aumento de 45% só beneficia os professores com doutorado e em topo de carreira, que são uma parcela pequena do total de servidores.
O coordenador do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, David Lobão, também criticou o plano do governo, em especial o que ele vê como um congelamento das carreiras, que impede a ascensão de funcionários até determinados níveis, a menos que adquiram novos títulos, como mestrado ou doutorado. “Não queremos que o mestre não vire doutor. O que não queremos é que o mestre deixe de produzir”, argumentou. Para ele, o que houve de positivo na reunião desta sexta foi o fato de o governo abrir uma negociação com os grevistas.
Em maio, o governo federal editou uma medida provisória que concedeu reajuste de 4% à categoria, reatroativo a março de 2012. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, a proposta apresentada nesta seexta inclui este aumento, que já foi incorporado aos salários dos docentes. A ministra Miriam Belchior afirmou, nesta sexta, que o reajuste vai custar R$ 3,9 bilhões ao governo em três anos.
Segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), o movimento conta com a adesão, total ou parcial, de professores de 56 das 59 universidades federais e 34 dos 38 institutos, além dos dois centros de educação tecnológica (Cefets) e do Colégio Federal Pedro II. Servidores das universidades e institutos federais também estão paralisados desde 11 de junho.
ENTENDA O PLANO DE CARREIRA SUGERIDO PELO GOVERNO FEDERAL AO SINDICATO DE DOCENTES
Como era Proposta
NÍVEIS DE CARREIRA
A carreira dos docentes era dividida em três regimes de horas (20 horas semanais, 40 horas semanais e dedicação exclusiva), e em 17 níveis:
- 4 níveis de auxiliar
- 4 níveis de assistente
- 4 níveis de adjunto
- 4 níveis de associado
- 1 nível de titular
A carreira segue dividida nos mesmos regimes de horas, mas cairia para 13 o número de níveis de ascensão:
- 2 níveis de auxiliar
- 2 níveis de assistente
- 4 níveis de adjunto
- 4 níveis de associado
- 1 nível de titular
FAIXA SALARIAL*
O vencimento dos professores, em fevereiro de 2012, variava de R$ 1.597,92 (professor auxiliar com graduação e em regime de 20 horas) a R$ 1 1.755,05 (professor titular com doutorado e dedicação exclusiva) Com o reajuste do governo, a faixa salarial passaria a variar entre R$ 1 .853,77 (professor auxiliar com graduação e em regime de 20 horas) e R$ 17.057,74 professor titular com doutorado e dedicação exclusiva)
Fonte: Ministério do Planejamento
*A proposta apresentada pelo governo leva em conta o salário dos professores em fevereiro de 2012, e inclui, no cálculo do reajuste, o aumento concedido em medida provisória em maio deste ano, já incorporado ao vencimento dos docentes retroativamente desde março
A categoria dos docentes pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Proposta do governo federal
A proposta do governo federal, que entraria em vigor a partir de 2013, reduz de 17 para 13 os níveis da carreira, como forma de "incentivar o avanço mais rápido e a busca de qualificação profissional e dos títulos acadêmicos".
Em nota, o ministério afirmou que "todos os docentes federais de nível superior terão reajustes salariais, além dos 4% concedidos pela MP 568 retroativo a março, ao longo dos próximos três anos".  Pela proposta, o salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil. Os salário dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, passarão de R$ 7,3 mil (valor referente a fevereiro) para R$ 10 mil.
Ao longo dos próximos três anos, ainda de acordo com a proposta do governo, a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva passará de R$ 11,8 mil (salário de fevereiro) para R$ 17,1 mil. O aumento, neste caso, é de 45%.
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia
No caso dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, além da possibilidade de progressão pela titulação, haverá, segundo a proposta do governo, um novo processo de certificação do conhecimento tecnológico e experiência acumulados ao longo da atividade profissional de cada docente.
"Desta forma, o governo federal atende a reivindicação histórica dos docentes, que pleiteavam um plano de carreira que privilegiasse a qualificação e o mérito. Além disso, torna a carreira mais atraente para novos profissionais e reconhece a dedicação dos professores mais experientes", informou o Ministério do Planejamento.

'Ninguém mais tolera a corrupção'

Presidente do TSE:


Cármen Lúcia, presidente do TSE: a ministra afirma que a questão será resolvida antes do fim do prazo dos registros de candidaturas, dia 5 de julho
Foto: O Globo / Ailton de Freitas
Cármen Lúcia vê desafio na aplicação e no cumprimento da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2012 e pede apoio de todos os servidores
Cármen Lúcia diz que será um desafio aplicação da Lei da Ficha Limpa em 2012
Júnia Gama
BRASÍLIA - A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse nesta sexta-feira que a aplicação da Lei da Ficha Limpa será um desafio para a Justiça Eleitoral do país, e que a Corte terá que fazer cumprir a lei, porque ninguém aceita mais a corrupção. A nova regra, que pela primeira vez poderá ser aplicada integralmente na eleição deste ano, impede que políticos condenados por órgãos colegiados possam disputar cargos eletivos.
— Ninguém tolera mais a corrupção. Temos que fazer cumprir essa lei — disse a ministra, em reunião no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), nesta sexta-feira.

Cármen Lúcia garantiu que os juízes eleitorais terão segurança para trabalhar com tranquilidade e coibir abusos e afrontas à lei.
— Coloco-me à disposição de qualquer juiz, a qualquer momento, para que se cumpram as demandas. Vamos analisar as singularidades de cada um, a fim de garantir a democracia e o direito do cidadão — disse a presidente do TSE.
A ministra também pediu o apoio de todos os servidores da Justiça Eleitoral para que a legislação seja cumprida:
— A democracia brasileira passa pelo povo brasileiro, mas somos privilegiados por fazer garantir esse direito.
Leia mais sobre esse assunto em oglobo
13/07/12
DO R.DEMOCRATICA

Dilma, a caminho de 9144 metros de profundidade: “Um abraço no coração”

CELSO ARNALDO ARAÚJO
Nem transformada em abóbora Dilma Rousseff consegue acertar uma frase ─ mesmo feita. A frase feita — o chavão, o clichê, o lugar comum – é o prêt-à-porter do mundo das palavras. Um figurino pronto e acabado, no qual é impossível mexer, seja para melhorar, seja para deformar, porque tal sucessão de palavras já se cristalizou no tempo e nos costumes, se tornou una, indivisível, imutável.
Na frase feita, cada palavra sabe onde tem de estar ─ e por automatismo psíquico as pessoas a assimilam, repetindo-a ipsis literis sempre que um pensamento a reclama, das expressões populares a versículos bíblicos. Assim também nascem e se consagram os bordões. Até pessoas sem educação formal, ignaras, analfabetas mesmo, têm a capacidade de repetir um bordão sem hesitação, tartamudeio ou mau enunciado ─ ok, esta semana, o prefeito de Palmas, na CPI do Cachoeira, queixou-se de ser um “boi expiatório”. Mas estava sem dúvida sob o terrível stress de se sentir acuado por uma CPI que não acua ninguém.
Em Maragojipe, na Bahia, o momento não era de stress, mas de festa: o batismo da Plataforma P-59. Em meio a uma miríade de plataformas imaginárias – as seis mil creches, os três milhões de casas, a Ferrovia Norte-Sul e múltiplos etc ─ a P59, felizmente, já tem vida própria, ou quase: ainda falta ser levada ao poço Peroá Profundo, no litoral do Espírito Santo, para perfurar a até 9.144 metros de profundidade.
Antes de comemorar, é bom lembrar do petroleiro João Cândido, lançado ao mar por Lula e recolhido no mesmo dia — sob risco de cruzar com a P59 no caminho vertical — para reparos básicos de 300 milhões de dólares. Os construtores do fiasco devem ter levado a sério o coro então puxado por Lula no estouro da garrafa de espumante contra o casco:
– É pique, é pique. É pique, é pique, é pique…
De volta ao raso. Dilma, exultante, trocando juras de amor com os operários logo no começo do vídeo ─ desconfio que o macacãozinho abóbora que lhe arrumaram venha a ser o destaque absoluto da sexta-feira 13 no Diário de Dilma de julho, mas essa é outra história.
Nossa história, aqui, tem início aos 3:56 deste vídeo – após penosos minutos satanizando “eles”, ou seja, o resto do mundo, que cisma de estar em crise, “cortando 30% dos salários dos vereadores”.
Dilma quer repercutir mais uma redução de meio ponto na taxa Selic. Para colorir o feito, ocorre-lhe valer-se do mais surrado bordão criado por seu mentor e padrinho, “nunca antes na história deste país”. Os peixinhos de um aquário doméstico colocado diante da TV nos últimos oito anos saberão repetir as seis palavras exatamente nesta ordem – inclusive o “deste”, que Lula aprendeu a muito custo.
Não Dilma:
“Os juros nesse país estão num nível que nunca antes, como diria Lula, na história desse país eles atingiram”.
Não, nem Lula diria isso. Seria o caso de perguntar à presidente: que país é esse, se não é este?
É capaz de feitos históricos, como o anunciado no final deste vídeo. Afinal, presidente, como será o Brasil do futuro, o Brasil de Dilma, imune à crise?
“Em primeiro lugar, vai olhá pro seu povo, pra suas, pra suas, pra sua população, pro seus brasileiros e pra suas brasileiras. Um abraço no coração. E um beijo também”.
Nunca antes na história deste país uma presidente falou desse jeito.

POR AUGUSTO NUNES
REV VEJA

Os ministros do Supremo precisam mirar-se no exemplo da juíza de Embu das Artes

“Eu sou juíza e estou ameaçada de morte”, informa Bárbara Almeida já na primeira linha do artigo publicado pela Folha e reproduzido na seção Feira Livre. Há 20 anos dedicada à magistratura, hoje baseada na comarca de Embu das Artes, ela conta que deixou de exercer plenamente o direito de ir e vir há pouco mais de um mês, depois de ordenar a imediata desocupação de uma área de proteção ambiental invadida por milícias do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.
Para escapar da vingança prometida por militantes do MTST ─ uma das tantas siglas fora-da-lei que compõem a constelação de “movimentos populares” amamentados pelo governo federal ─, a juíza da pequena cidade paulista passou a ser protegida 24 horas por dia pela escolta policial que, há duas semanas, decidiu dispensar. O perigo continua a rondá-la, mas Bárbara entendeu que circular permanentemente acompanhada seria uma forma de rendição ao medo.
Ela promete continuar agindo como sempre agiu. “Alguns me consideram muito dura, mas sempre me limitei a aplicar a lei”, resume. O título do artigo avisa que a autora exige a devolução da liberdade parcialmente confiscada por meliantes que agem com a cumplicidade, por ação ou omissão, do governo federal. Essas parcerias obscenas ajudam a explicar o desembaraço e a ousadia dos atropeladores do Código Penal.
Num Brasil envilecido pelo desembaraço dos vilões, é compreensível que a magistratura, da primeira instância ao cume do Poder Judiciário, comece a transformar-se em profissão de risco. As mensagens telefônicas ouvidas pela juíza da pequena cidade paulista, em sua essência, não são diferentes das pressões cada vez mais insolentes exercidas sobre o Supremo Tribunal Federal por protetores ou comparsas dos réus do processo do mensalão.
Constrangidos pelo assédio indecoroso do ex-presidente Lula, afrontados pela arrogância de dirigentes do PT, os ministros do STF foram ostensivamente ameaçados nesta semana por altos pelegos da CUT a serviço do bando dos mensaleiros. Se os bandidos da seita forem punidos, preveniram os cardeais, o baixo clero vai contestar a decisão nas ruas e praças. Nesse caso, estará em risco a integridade física dos participantes do julgamento.
O MTST exige que a Justiça legalize o roubo de terras. A CUT exige que o STF institucionalize a impunidade dos delinquentes amigos. A altivez de Bárbara Almeida impediu a derrota da Justiça. Para garantir a sobrevivência do Estado Democrático de Direito, o STF precisa evitar que a independência do Poder Judiciário seja ferida de morte. Caso estiverem dispostos a rejeitar a capitulação, basta que os ministros se mirem no exemplo da juíza de Embu das Artes.
POR AUGUSTO NUNES
REV VEJA