Leiam até o fim. É divertido.
O site 247,
apelidado no meio jornalístico de “171″, resolve, mais uma vez — e isso
sempre lhe rende visitas —, responder a um post que publico aqui,
citando o meu nome em vão e me atacando. Muitos leitores me recomendam
que não responda a coisas assim. Dizem que o cara só quer chamar a
atenção, aparecer mais na rede e tal. Eu sei. Mas, às vezes, fico com
vontade. Ademais, queridos, quem migrar para aquele troço e gostar
merece ter o troço como referência, certo? Quem lê Luis Nassif e Paulo
Henrique Amorim até corre o risco de achar Leonardo Attuch um estilista
da língua. Sigamos.
Num dado
momento, Attuch, em pena oculta, escreve: “Não deve ser fácil ser
Reinaldo Azevedo nestes dias…” Por que não? Ele próprio costumava achar
não só fácil como, quem sabe?, glorioso! A frequência com que
classificava de “brilhantes” meus artigos em e-mails que me enviava é
até um pouco constrangedora. Já publiquei alguns — não todos. Ser
Reinaldo Azevedo é bem fácil. Ser Lenardo Attuch é que é o “x” do
problema.
Tivesse ele
um mínimo de decoro, estaria envergonhado. Mas pertence à categoria dos
que não coram nunca — não de constrangimento ao menos. Alardeou que o
inquérito sobre Demóstenes Torres era devastador para um jornalista da
VEJA, e o que se vê lá é só um atestado de correção profissional. Ficou
mal pra ele. Então tem de inventar teorias novas: a mais recente é a de
que a revista tentou derrubar Agnelo Queiroz (PT), governador do
Distrito Federal.
Coitadinho
do Agnelo, não é, Attuch? VEJA não tentou derrubar ninguém porque nunca
tenta. Mas, se tiver informações que levem à sua queda, vai publicá-las.
Quem demite ministros é o (a) presidente. Quem demite políticos eleitos
é o povo. VEJA só conta o que sabe.
Como?
Leonardo Attuch saiu em defesa de Agnelo? Saiu, sim! Faz sentido. O
governo do Distrito Federal é um dos financiadores do 247. O site é mais
um “veículo independente” que depende de publicidade oficial e de
estatais para existir. No inquérito sobre Demóstenes, há farta munição
contra os governos do Distrito Federal e de Goiás. Attuch é um homem
justo: é implacável com Marconi Perillo e defende Agnelo Queiroz. No seu
ramo, é preciso ser justo com quem paga a conta.
É uma piada!
Até outro dia, esse rapaz era um grande admirador daquele que ele
chamava “caro Reinaldo Azevedo”. Chamava por sua conta. Nunca fui seu
amigo — ele, parece, forçava a amizade, convidando-me para um café. Não
fui, claro! Seria mágoa? Não! É coisa pior. De repente, passou a me
tratar como o demônio da Internet. Descobri logo a razão: José Dirceu e
Delúbio Soares tinham virado colaboradores de sua página. E estatais
mais o governo do DF tinham virado “colaboradores” na área publicitária.
Não é mesmo
engraçado que o defensor de Agnelo Queiroz e colega de site de Dirceu e
Delúbio tente posar de moralizador e grande crítico da mídia? Dizendo-se
um democrata, um tolerante, coisa que eu não seria (Attuch descobriu
isso recentemente), alega que o tucano Arthur Virgílio também escreve em
sua página. Virgílio não foi cassado por corrupção, não organizou o
mensalão, não é acusado de ser chefe de quadrilha. Poderia escrever em
quaquer site. Quem escreve só no de Attuch e em outros de padrão
semelhante são José Direceu e Delúbio Soares…
A propósito:
vocês não estão doidos para ver Attuch defender o máximo rigor com os
mensaleiros no STF? Cuidado, rapaz! A depender do resultado, seus
articulistas terão de enviar os artigos da cadeia.
Rancores e afinidades
Da VEJA, é bem verdade, Attuch não gosta faz tempo. Em 2005, reportagem da revista informava que relatório da Polícia Federal o apontava como um dos homens que colaboravam com a empresa de espionagem Kroll, que trabalhava para Daniel Dantas. A revista publicou o seguinte:
“O relatório da Polícia Federal lista ainda outras três reportagens publicadas pela IstoÉ Dinheiro, sempre com um tom favorável a Dantas e à Kroll, de acordo com a PF. Diz um dos trechos do documento: ‘Da mesma maneira, coincidência ou não, logo após a prisão de Tiago Verdial, IstoÉ Dinheiro, em reportagem noticiada na capa, divulgou outra matéria e uma entrevista realizada com Jules Kroll, criador da agência Kroll, o qual dá sua versão sobre os fatos, apontando contradições no então chamado caso Kroll’, descreve o relatório. A Polícia Federal também chama atenção para o fato de que ‘o autor de todas as citadas matérias, dentre outras com o mesmo direcionamento, é Leonardo Attuch, jornalista de IstoÉ Dinheiro’. E completa: ‘Há indícios de que Leonardo Attuch favoreceria a quadrilha investigada no procedimento criminal, elaborando matérias que vão ao encontro dos interesses da organização criminosa’. Attuch afirma que nenhuma de suas reportagens foi contestada por quaisquer das partes envolvidas e que um pedido de quebra de sigilo telefônico, feito pela PF à Justiça, foi negado sob a justificativa de que não existiam indícios de crime contra ele.”
Da VEJA, é bem verdade, Attuch não gosta faz tempo. Em 2005, reportagem da revista informava que relatório da Polícia Federal o apontava como um dos homens que colaboravam com a empresa de espionagem Kroll, que trabalhava para Daniel Dantas. A revista publicou o seguinte:
“O relatório da Polícia Federal lista ainda outras três reportagens publicadas pela IstoÉ Dinheiro, sempre com um tom favorável a Dantas e à Kroll, de acordo com a PF. Diz um dos trechos do documento: ‘Da mesma maneira, coincidência ou não, logo após a prisão de Tiago Verdial, IstoÉ Dinheiro, em reportagem noticiada na capa, divulgou outra matéria e uma entrevista realizada com Jules Kroll, criador da agência Kroll, o qual dá sua versão sobre os fatos, apontando contradições no então chamado caso Kroll’, descreve o relatório. A Polícia Federal também chama atenção para o fato de que ‘o autor de todas as citadas matérias, dentre outras com o mesmo direcionamento, é Leonardo Attuch, jornalista de IstoÉ Dinheiro’. E completa: ‘Há indícios de que Leonardo Attuch favoreceria a quadrilha investigada no procedimento criminal, elaborando matérias que vão ao encontro dos interesses da organização criminosa’. Attuch afirma que nenhuma de suas reportagens foi contestada por quaisquer das partes envolvidas e que um pedido de quebra de sigilo telefônico, feito pela PF à Justiça, foi negado sob a justificativa de que não existiam indícios de crime contra ele.”
No meio
jornalístico, há quem afirme que Daniel Dantas, QUE NUNCA FOI BRIGADO
COM A ALA DIRCEUZISTA DO PT, É BOM QUE SAIBAM, é a mão que balança o
berço do “247″. É o que afirma, por exemplo, Mino Pedrosa em seu site. A acusação é pesada:
“Humberto Braz, “o mala”, era responsável mensalmente pela felicidade de Attuch. A imprensa , na época da Operação Sathiagaha, denunciou Attuch de receber propinas e presentes de Daniel Dantas, como por exemplo uma confortável casa no bairro classe A, de São Paulo, o Alphaville.
A quadrilha de Daniel Dantas até hoje sustenta o “jornalista”. Montaram um site www.brasil247.com, onde Attuch atua sem se identificar, a serviço não só da quadrilha de Dantas, como também cuidando dos interesses de empresários como José Batista Junior, da Friboi, que se filiou ao PSB em Goiás para disputar o governo com Marconi Perillo (PSDB), e empresas como a Odebrech, apadrinhada pelo deputado cassado e personagem central no Mensalão do PT José Dirceu e o Banco BVA.
O site de Attuch ataca os políticos de Goiás preparando o terreno para as eleições de 2014, quando o dono do Frigorífico Friboi sairá candidato ao Governo do Estado. Attuch também abocanha verba na Secretaria de Comunicação do governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz. Parte desses contratos Attuch não pode receber pelo site, porque são propinas pagas através de Caixa 2.”
“Humberto Braz, “o mala”, era responsável mensalmente pela felicidade de Attuch. A imprensa , na época da Operação Sathiagaha, denunciou Attuch de receber propinas e presentes de Daniel Dantas, como por exemplo uma confortável casa no bairro classe A, de São Paulo, o Alphaville.
A quadrilha de Daniel Dantas até hoje sustenta o “jornalista”. Montaram um site www.brasil247.com, onde Attuch atua sem se identificar, a serviço não só da quadrilha de Dantas, como também cuidando dos interesses de empresários como José Batista Junior, da Friboi, que se filiou ao PSB em Goiás para disputar o governo com Marconi Perillo (PSDB), e empresas como a Odebrech, apadrinhada pelo deputado cassado e personagem central no Mensalão do PT José Dirceu e o Banco BVA.
O site de Attuch ataca os políticos de Goiás preparando o terreno para as eleições de 2014, quando o dono do Frigorífico Friboi sairá candidato ao Governo do Estado. Attuch também abocanha verba na Secretaria de Comunicação do governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz. Parte desses contratos Attuch não pode receber pelo site, porque são propinas pagas através de Caixa 2.”
Voltando
Quem gosta desse tipo de jogo é Leonardo Attuch. Eu me limito a constatar que ele era um feroz crítico do petismo — acusando, inclusive, a tentativa do PT de criar um estado policial no Brasil (tenho um e-mail seu encantador a respeito) — e um fanzaço de Reinaldo Azevedo. Agora que virou parceiro de Dirceu e Delúbio e que tem o financiamento de Agnelo Queiroz e de estatais, passou a ver o partido com outros olhos e descobriu que não sou um cara bacana… Não quer mais tomar café comigo! Ah…
Quem gosta desse tipo de jogo é Leonardo Attuch. Eu me limito a constatar que ele era um feroz crítico do petismo — acusando, inclusive, a tentativa do PT de criar um estado policial no Brasil (tenho um e-mail seu encantador a respeito) — e um fanzaço de Reinaldo Azevedo. Agora que virou parceiro de Dirceu e Delúbio e que tem o financiamento de Agnelo Queiroz e de estatais, passou a ver o partido com outros olhos e descobriu que não sou um cara bacana… Não quer mais tomar café comigo! Ah…
De uma coisa eu sei: a admiração que ele tinha por mim era gratuita. Já a fase do ódio parece ser muito bem-remunerada.
Mas esperem…
Eu sempre
fui um duro crítico da Operação Satiagraha, que era comandada pelo agora
deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) — aquele que foi pego
conversando com Dadá, assessor de Cachoeira, e que teve um encontro com
um diretor da Delta intermediado pessoalmente pelo bicheiro. Não
obstante, estará na CPI… Adiante! Era crítico porque repudio
ilegalidades. Ponto final! Protógenes pintava Dantas como o demônio do
Brasil. Se bem se lembram, parte da esgotosfera chegou a me acusar de
proteger o banqueiro. Não é uma delícia eu poder dizer: “Acusei, sim, as
ilegalidades de que Dantas foi vítima e quero mais que Dantas se dane!”
Escrevi o que achava certo. Coincidência ou não, enquanto a tal
operação estava em curso e enquanto eu era seu crítico, Attuch me puxava
o saco. Seria a mando de Dantas? Será que nem a pretérita admiração de
Attuch por mim era gratuita??? Não sei! Uma coisa é certa, não é? Os
dois sabem que não faço parte desse pântano.
ESCREVO O QUE QUERO.
CRITICO QUEM QUERO.
ELOGIO QUEM QUERO.
ESCREVO O QUE QUERO.
CRITICO QUEM QUERO.
ELOGIO QUEM QUERO.
Arrematando
Leonardo Attuch escreva o que lhe der na telha destrambelhada que não vai conseguir mudar algumas verdades inquestionáveis, documentadas:
1 - Eu não mudei de opinião sobre fatos e pessoas; ele mudou.
2 - O inquérito da Polícia Federal não traz uma vírgula contra a VEJA, para a sua tristeza.
3 - Sua mudança de postura coincide com a sua aproximação com Zé Dirceu e Delúbio e com o financiamento oficial que passou a receber.
4 - VEJA publicou a primeira grande matéria revelando o que era a Delta.
5 - VEJA publicou a primeira matéria sobre os vínculos de Demóstenes com Cachoeira.
Leonardo Attuch escreva o que lhe der na telha destrambelhada que não vai conseguir mudar algumas verdades inquestionáveis, documentadas:
1 - Eu não mudei de opinião sobre fatos e pessoas; ele mudou.
2 - O inquérito da Polícia Federal não traz uma vírgula contra a VEJA, para a sua tristeza.
3 - Sua mudança de postura coincide com a sua aproximação com Zé Dirceu e Delúbio e com o financiamento oficial que passou a receber.
4 - VEJA publicou a primeira grande matéria revelando o que era a Delta.
5 - VEJA publicou a primeira matéria sobre os vínculos de Demóstenes com Cachoeira.
O resto é briga de gangue e tentativa desesperada de melar o processo do mensalão.
Repito: a operação deu com os burros n’água, Zé! Tente outra vez!
PS - Attuch não vá ficando assanhado
que não é todo dia que tem gorjeta. Não aqui. E faria melhor se me
deixasse fora de sua pantomima.
REV VEJA