terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Sob caos, PT pede na tevê o fim do pessimismo

Josias de Souza
Nesta terça-feira gorda, o PT leva ao ar comercial de um minuto. “Dizem que o ano começa quando o Carnaval acaba”, afirma o locutor na propaganda. “Então, vamos começar trabalhando. Vamos começar botando toda essa energia, essa criatividade e alegria na nossa vida e no nosso trabalho, para o Brasil seguir crescendo. Tá na hora de mudar o enredo. Vamos deixar de lado o pessimismo…”
De fato, se você reparar bem verá que não há motivo para pessimismo. A economia está em ruínas, possibilidade ideal para ser reformulada. E sente-se no ar que o partido de Dilma Rousseff propõe que a presidente passe por uma metamorfose. O PT faz isso com neutralidade e equilíbrio. Anda sempre com uma lata de gasolina na mão direita e o fósforo na esquerda.
Pedir ao brasileiro que trabalhe é fácil. Quem não engrossou as estatísticas do desemprego samba miudinho desde 1º de janeiro. Sem direito a Carnaval. Difícil mesmo é colocar o governo para governar. Quando Dilma foi reeleita, havia duas crises sobre a mesa —a econômica e a ética. Passou-se um ano. Graças à absoluta falta de governo, todos os indicadores econômicos pioraram em 2015. E a lama já roça os sapatos de Lula.
O comercial do PT demonstra que o insucesso subiu à cabeça dos seus dirigentes. A impostura é evidente. Uma legenda que, engolfada pelo caos e por escândalos, depois de 13 anos em que o país foi saqueado pelos esquemas que o acompanham no poder, consegue pedir à nação para “deixar de lado o pessimismo” ou é uma agremiação de cínicos ou de lunáticos.

SÓ NO PRIMEIRO MANDATO DILMA TORROU MAIS DE R$ 6 BILHÕES COM PROPAGANDA DO GOVERNO E ESTATAIS. É MAIS DO QUE VERGONHOSO. É CASO DE CADEIA E EXTINÇÃO DO PT.

No primeiro governo Dilma, a Secretaria de Comunicação (Secom), da Presidência da República, aplicou R$ 815 milhões em propaganda, tentando construir imagem positiva do governo. Sem contar os gastos das quatro maiores estatais para trombetear as maravilhas do governo: R$ 5,3 bilhões. A campeã é a Caixa, feudo do petista André Vargas, hoje preso, e do amigo Clauir Santos, chefe de marketing do banco.
Só em 2014, ano da reeleição de Dilma, a Presidência da República gastou R$ 238 milhões em propaganda, o triplo do último ano de Lula.
A FARRA EM DETALHES
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Apesar da farra com dinheiro público em publicidade, o Planalto trocará as agências que dividem a verba: Leo Brunet, Propeg e Nova SB.
Debilitada pela gatunagem na era petista, a Petrobras gastou R$ 1,35 bi em publicidade no primeiro governo Dilma. Banco do Brasil, R$ 1,42 bi.
Mesmo em declínio e amargando prejuízos, os Correios gastaram R$ 615 milhões com propaganda, durante o primeiro governo Dilma. Da Coluna Cláudio Humberto/Diário do Poder  - DO ALUIZIOAMORIM