segunda-feira, 30 de julho de 2018

PT, PCC e a Bancada do Cárcere.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Se mesmo preso, Marcola, líder do PCC, tivesse a possibilidade de se lançar à disputa presidencial, os institutos de pesquisa e a imprensa o tratariam como candidato legítimo? Bruno Garschagen, via Gazeta do Povo:
Se mesmo preso, Marcola, líder do PCC, tivesse a possibilidade de se lançar à disputa presidencial, os institutos de pesquisa e a imprensa o tratariam como candidato legítimo? É a pergunta que me faço sempre que aparece nos levantamentos e nas análises políticas o nome de Luiz Inácio Lula da Silva, presidiário condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
As manchetes não deixam dúvida quanto à opção editorial que fazem jornais e sites ao destacarem, por exemplo, que o candidato Jair Bolsonaro só lidera as intenções de voto nos cenários em que Lula é excluído da lista. A questão é: como é possível o nome de Lula – preso condenado, repito – aparecer na disputa como eventual candidato?
Conversava outro dia com um amigo, que estava certo ao dizer que, ao tratar Lula como candidato, imprensa, comentaristas e institutos de pesquisa naturalizam a ideia de que um criminoso condenado e preso possa ser uma opção real para uma parcela do eleitorado. É escandaloso que haja uma possibilidade, mínima que seja, de Lula ser candidato e que, por isso mesmo, o TSE tenha se negado a afirmar, desde já, tal impossibilidade.
Há outro problema em questão: mesmo que não possa ser candidato, Lula vem sendo tratado por muita gente na imprensa como o grande articulador que, de dentro da cela da Polícia Federal onde hoje reside, definirá o nome do PT que será apoiado pelos partidos e entidades-satélites que prestam serviços ao petismo.
Em ambos os casos (candidato ou articulador), o nome de Lula está sempre em evidência, o que se presta a colocá-lo como peça fundamental da eleição deste ano, mesmo que não seja ele o candidato. Do ponto de vista político, é uma vitória e tanto para alguém em sua posição. De uma perspectiva ética, é uma desgraça completa para a imprensa, analistas e todos aqueles que se prestam a cumprir a função de manter Lula vivoenquanto lutam pelo Lula livre.
Imaginemos, então, a seguinte hipótese dramática para o país, mas que vem sendo considerada como possibilidade real: Lula, ou o seu candidato, segue para disputar o segundo turno contra o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.
Lula, ele mesmo condenado e preso, carrega consigo a sua própria folha corrida e terá ao seu lado, na campanha, uma plêiade de condenados, suspeitos, investigados pela Lava Jato por vários crimes, a começar por José Dirceu, aquele que, inexplicavelmente, está livre, leve e solto para articular politicamente e atualizar o botox.
Alckmin, citado na Lava Jato por delatores da Odebrecht como beneficiário de dinheiro de caixa 2 para campanha, selou na semana passada o pacto com o “Centrão”, nome do perfil fake de Mefistófeles. Fruto do casamento da esquerda com as oligarquias, o Centrão reúne a fina flor de políticos de regiões distintas do país que nada fizeram de bom pelas suas comunidades nem pelo país e que, se reeleitos com seu candidato à Presidência, farão menos ainda.
Uma das eminências do grupo é o ex-deputado Waldemar Costa Neto, insuspeito de ser insuspeito. Preso em 2013 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Waldemar foi quem indicou José de Alencar para ser vice na chapa de Lula, condenado pelos mesmos crimes. Como prêmio pelo apoio, Waldemar e seu partido, o PR, tiveram força e influência nos governos Lula e Dilma, força que agora mantêm no governo Temer. Mesmo ainda cumprindo pena, Waldemar continua sendo investigado pela Lava Jato por outros crimes. Será ele o responsável por também indicar o vice do candidato do PSDB?
Eis, portanto, a sina de Alckmin, que na pesquisa do Ibope aparece com parcos 6% das intenções de voto: tem o Centrão, mas não tem eleitor. Mais do que isso: numa eleição na qual as máquinas partidárias locais não terão, provavelmente, o peso de outrora e as coligações regionais serão distintas das coligações nacionais, Alckmin tem tudo para assumir o ônus sem ter o bônus do pacto com Mefistófeles.
Continuando na hipótese que aventei, um segundo turno entre Lula (ou seu candidato) e Alckmin nos traria uma certeza imponderável: formada por aqueles que foram condenados, processados ou estão sendo investigados por crimes vários, a Bancada do Cárcereestaria no comando político do país, para alegria dos corruptos, oligarcas e velhacos da política e, por que não?, do PCC.
Não é o que eu acredito, porém, que vá acontecer. Dadas as condições de hoje e mantidas as circunstâncias – e não creio que tempo de tevê e capilaridade partidária terão a influência que tiveram nas eleições anteriores –, o que se delineia é o confronto no segundo turno entre Bolsonaro e o candidato que sairá da briga entre irmãos esquerdistas: tucanos e petistas. DO O.TAMBOSI

Os algoritmos militantes


"A reação iniciou no começo deste ano, multiplicando na mídia tradicional a afirmação de que as redes sociais se haviam tornado uma usina de fake news. E elas existem, sim! Altas autoridades da República as disseminam quando anunciam investimentos que não se verificam, ou proclamam realizações mágicas como a extinção da miséria e o fim da fome, Acontecem fake news quando se apresenta Lula ao mundo como um São Thomas More de Garanhuns, condenado apenas porque virtuoso." Percival Puggina, sobre a escandalosa ação do Facebook:
Nos últimos meses, escrevi vários artigos tratando da importância das redes sociais para a democratização do direito de opinião. Com o advento da internet, dos blogs e sites, e, por último, das redes sociais, esse direito se expandiu influenciando fortemente a política. Para quem educou a mente a descartar o lixo, assim como em casa se separa o lixo doméstico, houve um descomunal ganho de pluralidade, qualidade e inteligência. O efeito desse fenômeno sobre o esquerdismo dominante nas redações dos principais veículos da mídia tradicional foi arrasador. Sua posição hegemônica entrou em colapso.
Num período de tempo extremamente curto, diferentes modos de ver a realidade e de interpretar os fatos passaram a influenciar milhões de pessoas. Princípios, valores e autores consagrados em outros países, aqui mantidos ocultos, ganharam notoriedade. As árvores do pomar acadêmico foram sacudidas e muitas frutas podres vieram ao chão, em plena sala de aula, derrubadas por alunos que simplesmente foram ler “fora da caixa do professor”. O monopólio da “narrativa” e da “interpretação” exercido pelos que atuavam como fazedores de cabeças simplesmente ruiu. Absurdos, como, por exemplo, a suposta inocência de Lula, perderam espaço; o naturalmente ridículo, como, por exemplo, os cursos de extensão universitária sobre o “golpe de 2016” em universidades federais, se tornou escandalosamente ridículo.
Enquanto, no mundo real, a inteligência se abastecia, no impenetrável bas-fond das plataformas, os companheiros algoritmos operavam para virar o jogo. O Facebook, por exemplo, declarou-se vocacionado às trivialidades da vida cotidiana, social e familiar. Se você estiver interessado em puppys e kittens, culinária e arranjos de flores, eventos familiares, entre que a casa é sua! Mas se você pretende usar a rede para restituir o Brasil a seu povo, salvando-o dos corruptos, dos coniventes, dos omissos, dos incompetentes e dos vilões, então seus amigos e seguidores ficarão sem saber que você ainda existe. Será sepultado em vida. E isso representa um nada para quem já enterrou no ambiente acadêmico Burke, Kirk, Chesterton, Aron, Sowell, Mises, Friedman, Hayek, Bohm-Bawerk e tantos outros gigantes do pensamento conservador e liberal.
A reação iniciou no começo deste ano, multiplicando na mídia tradicional a afirmação de que as redes sociais se haviam tornado uma usina de fake news. E elas existem, sim! Altas autoridades da República as disseminam quando anunciam investimentos que não se verificam, ou proclamam realizações mágicas como a extinção da miséria e o fim da fome, Acontecem fake news quando se apresenta Lula ao mundo como um São Thomas More de Garanhuns, condenado apenas porque virtuoso.Foi para enquadrar ideologicamente esses ataques que escrevi vários artigos apontando, em contrapartida, o problema das fake analysis na mídia tradicional, pois são essas mistificações as que mais desencaminham a opinião pública. A elas, com grande vantagem, se opunham tantos bons e sérios autores nas redes sociais.
Enfim, os algoritmos companheiros, ao que tudo indica, estão no comando. Enquanto o mercado não reagir criando novas plataformas, o Ministério Público não intervier, o Congresso não tomar providências (?), os instrumentos da inteligência artificial agirão ocultos, a serviço da conhecida má-fé natural daqueles que os manipulam. DO O.TAMBOSI

Os projetos de Bolsonaro

Está circulando pelo WhatsApp uma lista encaminhada pela equipe de Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência pelo PSL, com 17 mudanças que deverão ser parte de seu programa de governo
Por Susy Vitoria 30/07/2018 - 16:13 hs

1. Exército gerenciando obras públicas com o uso de mão de obra dos presídios; 
2. Banco Central afinado com o Ministério da Fazenda, mas independente pra atuar (sem interferência política); 
3. Escola sem partido; 
4. Escola Sem Ideologia de Gênero; 
5. Educação, Cultura e Esporte no mesmo Ministério trabalhando de forma interligada e complementar, comandado por um general especialista em colégios militares; 
6. Colocar técnicos nos ministérios. O ministro da Saúde deverá ser formado na área e assim sucessivamente. 
7. Redução de 40 pra 15 ministérios e privatização e extinção de estatais; 
8. Mais Brasil, menos Brasília. Novo pacto federativo para o dinheiro ficar nos municípios e estados e não na União; 
9. Imposto Único – IVA ou pelo menos redução de impostos para todos os setores produtivos buscando a curva de Lafer, segundo a qual existe uma relação entre a arrecadação tributária e a taxa de impostos na economia; 
10. Redução da maioridade penal com a possibilidade de emancipação do criminoso em casos hediondos ou de reincidência. 
11. Fim da Audiência de Custódia, pela qual todo preso em flagrante deve ser levado à presença da autoridade judicial, para avaliar a legalidade e a necessidade de manutenção da prisão; 
12. Investimentos pesados na exploração de minérios e recursos minerais; 
13. Rediscussão de tratados econômicos, tais como o Mercosul, em busca de mais relações econômicas bilaterais; 
14. Fim do toma lá dá cá. Acordos políticos serão feitos à luz do dia; 
15. A soberania nacional voltará a ser a coisa mais importante para a Presidência da República; 
16. Criação do Programa Minha Primeira Empresa, para incentivar novos empreendedores; 
17. Revogação do Estatuto do Desarmamento com a aprovação da posse de arma para todos os cidadãos e em alguns casos do porte de arma. DO A.N.BR

Renan é vaiado e chamado de ‘golpista’ por petistas

Renan Calheiros e o filho, governador de Alagoas, foram recebidos sob vaias e chamados de “golpistas” pela militância petista na convenção do partido realizada ontem no estado.
Diz a Folha:
“As vaias e gritos aconteceram quando Renan pai e Renan filho subiram ao palco. Para abafar os militantes que chamavam os emedebistas de golpistas, petistas gritavam ‘Lula livre’ no microfone em cima do palco.”
Renan vem apoiando Lula como estratégia para tentar garantir a reeleição ao Senado. O “amor” do senador pelo PT, como se vê, nem sempre é correspondido.

Ana Amélia rejeita ser vice de Alckmin

Em O Globo, Lauro Jardim crava que Ana Amélia “disse um não definitivo” ao convite para ser vice de Geraldo Alckmin.