Josias de Souza
Há
um mês, desde que veio à tona o escândalo da JBS, o brasileiro espera
pelo sinal de que o fim do governo está próximo. Os fatos se sucedem em
ritmo avassalador: o áudio com o diálogo vadio do presidente, a delação
dos executivos da JBS, a filmagem da mala com propina de R$ 500 mil, as
explicações desastrosas de Michel Temer e, agora, um relatório da
Polícia Federal ao STF concluindo que o presidente meteu-se num caso de
corrupção. Mas o sistema político continua aguardando por um “fato
novo”.
Discursando para investidores na Rússia, Temer se autoelogiou por ter colocado o Brasil “nos trilhos”. Celebrou reformas econômicas que ainda não aprovou, sem mencionar que seu governo trafega da contramão da moralidade pública. Quase que simultaneamente, o Planalto sofria uma constrangedora derrota legislativa. Com o auxílio de senadores governistas, a oposição derrotou a reforma trabalhista numa comissão do Senado.
Em sua viagem à Rússia, Temer referiu-se às investigações que engolfam o seu governo como “fatos absolutamente desprezíveis e desprezáveis”. O brasileiro se pergunta: o que é mais desprezível, a investigação do escândalo ou o fato de o Brasil ser representado num país estrangeiro por um presidente que a polícia diz estar envolvido em corrupção? O sistema político aguarda por um “fato novo” que traga a resposta. Quem sabe uma entrevista de Marcela Temer informando que seu marido ronca ao dormir.
Discursando para investidores na Rússia, Temer se autoelogiou por ter colocado o Brasil “nos trilhos”. Celebrou reformas econômicas que ainda não aprovou, sem mencionar que seu governo trafega da contramão da moralidade pública. Quase que simultaneamente, o Planalto sofria uma constrangedora derrota legislativa. Com o auxílio de senadores governistas, a oposição derrotou a reforma trabalhista numa comissão do Senado.
Em sua viagem à Rússia, Temer referiu-se às investigações que engolfam o seu governo como “fatos absolutamente desprezíveis e desprezáveis”. O brasileiro se pergunta: o que é mais desprezível, a investigação do escândalo ou o fato de o Brasil ser representado num país estrangeiro por um presidente que a polícia diz estar envolvido em corrupção? O sistema político aguarda por um “fato novo” que traga a resposta. Quem sabe uma entrevista de Marcela Temer informando que seu marido ronca ao dormir.