A lógica orwelliana de Sakamoto é muito simples de traduzir: ele não defende o assassinato, mas o direito de matar. Ou seja, defende a legalização do aborto.
Leonardo Sakamoto, ou o “dotôr Sacamoto”, o homem que sabia falar "uspianês", é doutor em ciência política pela USP e leciona na PUC de São Paulo. O meu tocaio, traduzindo, é professor da Pontifícia Universidade Católica. O senhorito arrogante também escreve num blog cheio de clichês politicamente corretos. Nele, encontramos as ladainhas dos "direitos dos manos", bajulações servis e patéticas ao governo petista e a defesa descarada do aborto. Além do que, não poupa ataques ao cristianismo. Resta-nos saber por que a PUC, que é uma universidade dita católica, sustente, subsidie e mesmo patrocine um de seus maiores detratores? É surpreendente que um sujeito tão inimigo dos valores cristãos esteja num espaço de difusão de conhecimento sustentado pela Igreja Católica. Não diria tão supreendente. É simplesmente vergonhoso. A universidade católica, por assim dizer, prega tudo aquilo que é contrário aos seus postulados morais, intelectuais e de fé. A PUC virou uma pocilga, uma outra dimensão do USPicio esquerdista!
Aliás, seus artigos também são encontrados no site do Vermelho, página do Partido Comunista do Brasil, aquele que no ano passado mandou uma mensagem de condolências e choramingos à sanguinária ditadura da Coréia do Norte, pela morte do ditador Kim Jong Il. Tal é o teor angelical de nossos amiguinhos dos "direitos dos manos". Talvez a nacionalidade do Sakamoto seja norte-coreana e nem saibamos!
Dentre tantos lugares comuns lidos no seu blog, eis que me deparo com um texto, que é o cúmulo da distorção semântica digna dos piores regimes totalitários. Com o título “A defesa do aborto e a defesa do direito ao aborto”, publicado em seu blog, no dia 7 de fevereiro de 2012, se não passasse por uma sentença acaciana clássica, seria algo absolutamente orwelliano. No título. O Sr. Sakamoto tenta se irresponsabilizar pelo que defende e falsificar a compreensão dos fatos. Em outras palavras, tanto faz defender o aborto ou o “direito ao aborto”. A finalidade é a mesma, qual seja, a de que a mulher terá plenos poderes de matar seu filho. Entretanto, até o título é mentiroso e contraditório, como haveremos de perceber no texto:
“É com esperança que recebi a notícia de que a professora Eleonora Menicucci assume como ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, não apenas por conta de sua trajetória como militante política durante os anos de chumbo e como respeitada acadêmica, mas também por sua forte atuação no movimento feminista”.
A frase acima demonstra uma fé e uma esperança no desespero. Como alguém pode achar esperançoso permitir a morte de alguém? Eu diria para meus amigos que o niilismo é um ato de fé, uma fé estranha, já que é uma devoção pela destruição, pela morte, pelo nada. Essa devoção ao nada é que motiva gente como Sakamoto e a atual ministra de políticas públicas para as mulheres. Aliás, percebe-se, com este ato político, que a presidente Dilma Roussef mentiu a todos os cristãos e cuspiu na cara deles. Mas que podemos esperar de ex-terroristas e ex-guerrilheiros comunistas, senão a conduta visível de bandoleiros? A fé niilista é revestida pela má fé com relação à verdade.
“Ao noticiar a posição pessoal da nova ministra de “defesa do direito ao aborto”, parte da imprensa falou simplesmente em “defesa do aborto”. Bem, só quem é jornalista e esteve em um fechamento sabe o que é ter um chefe bufando no seu cangote, exigindo a página fechada, enquanto procura fazer caber uma ideia inteira em um espaço tão exíguo quanto aquele reservado ao título ou à manchete. Mas, caros colegas, temos que tomar cuidado. Defesa do direito ao aborto é diferente de defesa do aborto”.
A lógica orwelliana de Sakamoto é muito simples de traduzir: ele não defende o assassinato, mas o direito de matar. Ou seja, defende a legalização do aborto. Ainda não entendo por que o sujeito inventa tanta enrolação semântica para falar o óbvio? Se não é nada monstruoso eliminar alguém através do aborto, então por que negar-se a dizer que defende sua prática? No geral, os resultados são os mesmos: Sakamoto não está nem aí para as vítimas do aborto, que são os nascituros. Talvez nem esteja aí para as mulheres que arriscam sua vida, matando seus filhos ou tendo sequelas psicológicas por matá-los. Porque o que vale é a defesa pedante de sua agendinha assassina.
“Não há defensora ou defensor do direito ao aborto que ache a interrupção da gravidez uma coisa fácil e divertida de ser feita, equiparada a ir à padaria para comprar um Chicabon. Também não seriam formadas filas quilométricas na porta do SUS feito um drive thru de fast food de pessoas que foram vítimas de camisinhas estouradas. Também não há pessoa em sã consciência que defenda o aborto como método contraceptivo. Aliás, essa ideia de jerico aparece muito mais entre as justificativas daqueles que se opõem à ampliação dos direitos reprodutivos e sexuais do que entre os que são a favor. A interrupção de uma gravidez é um ato traumático para o corpo e a cabeça da mulher, tomada após uma reflexão sobre uma gravidez indesejada ou de risco”.
Ora, se o aborto é um ato traumático em si, então por que abortar? Por que legalizar, se afeta a vida de alguém? Se o aborto é um mal, tanto para a mulher, como para o filho, a melhor escolha é impedir que ele se realize. Mas quem disse que feministas e homenzinhos incultos e presunçosos como o Sr. Sakamoto estão preocupados com isso? Isso porque ele usa de dois artifícios mentirosos e sofísticos para justificar o “direito ao aborto”: a de que a mulher é dona de seu corpo; e de que a mulher não deve sofrer riscos. A proibição à prática de aborto não aliena o corpo da mulher. Pelo contrário, apenas a proíbe de alienar ou dispor do corpo de outro indivíduo em formação.
“Mas aborto é mais do que um problema de saúde pública. Negar a uma mulher o direito a realizá-lo é equivalente a dizer que ela não tem autonomia sobre seu corpo, que não é dona de si”.
Ter autonomia sobre o próprio corpo é o mesmo que ter “autonomia” sobre a vida que está dentro dela? Que esquizofrenia lógica! Qualquer mãe, independentemente do seu corpo, tem obrigações morais e jurídicas para com os filhos. A mãe não deve abortar pelas mesmas razões que não deve jogar seu filho na lata do lixo ou negligenciar seus cuidados, sob pena de o menor perecer. Tal lógica se aplica também ao pai gerador do filho. Isso não tem nada a ver como ser “dona de si”. Isso é papo de feminista mal amada ou de meretriz da zona, não de mulher séria, que honra seu corpo e sua prole. Minto, até a meretriz da zona tem compaixão pelos seus filhos!
“Ah, e o corpo do embrião/feto que está dentro dela, seu japonês endemoniado do capeta?” Na minha opinião – e na de vários outros países que reconheceram esse direito, ela tem sim prevalência a ele”.
O japonês é um covarde e não tem personalidade própria. Ele se respalda num argumento sofístico chamado “apelo à autoridade”. Os países europeus podem legalizar a prática criminosa do aborto, como também, na Alemanha Nazista e outros, legalizaram a eutanásia e o extermínio sistemático de judeus e outros povos. Se outros países reconhecem o direito num crime, isso não chega nem mesmo a ser argumento infantil. É criminoso, virtualmente.
Que tal invertermos o texto? Na opinião de muita gente considerada culta dentre as nações européias no século XIX, era reconhecido o direito de oprimir outros povos, porque algumas raças têm prevalência sobre outras. Se o nascituro não é um indivíduo com os mesmos direitos que a mãe, logo, temos uma desigualdade de status entre seres humanos.
“Defendo incondicionalmente o direito da mulher sobre seu corpo (e o dever do Estado de garantir esse direito)”.
O embusteiro professoral deveria saber que nenhum direito é incondicional, mesmo sobre o nosso próprio corpo. Dentro dos valores fundamentais, introduzidos na Constituição e mesmo no Direito Civil, a vida e o corpo são bens indisponíveis. Eu não tenho o direito de vender partes do meu corpo. Nem mesmo de dar para comer aos cachorros. Até porque o meu direito, como ser humano, tem na indisponibilidade e inalienabilidade do corpo, um bem essencial e irrevogável. Mas essa indisponibilidade e inalienabilidade impõem também restrições sobre o direito incondicional sobre meu corpo. E por quê? Porque nem toda vontade é legítima sobre o corpo e muitas delas podem até transgredir os valores que protegem o meu corpo. E o direito do corpo da mulher é restrito e limitado ao direito do corpo de alguém, qual seja, a do nascituro que surge como vida.
O que me surpreende é ver um idiota tão nocivo como ele desconhecer os próprios princípios jurídicos que diz postular, em nome da Constituição, relacionado aos direitos humanos! Isso porque na lógica dele, alguns são mais humanos do que outros!
“É uma vergonha ainda considerarmos que a mulher não deve ter poder de decisão sobre a sua vida, que a sua autodeterminação e seu livre-arbítrio devem passar primeiro pelo crivo do poder público e ou de iluminados guardiões dos celeiros de almas, que decidirão quais os limites dessa liberdade dentro de parâmetros”.
Presumo que o Sr. Sakamoto seja um indivíduo anti-social, para falar umas tolices tão pueris como essas. A mulher tem liberdade, autodeterminação e livre arbítrio para fazer qualquer coisa, contanto que ela não mate seu filho, em qualquer fase da vida do menor. Simples assim. E não são os guardiões dos celeiros das almas (lembremos, os seus patrões da PUC) que defendem tal regra, mas a própria legislação brasileira como um todo.
“Parâmetros estipulados historicamente por…homens, veja só”.
E daí? Quer dizer que a vida humana valeria menos num país cheio de ateus? Ao que parece sim!
“É extremamente salutar que todos os credos tenham liberdade de expressão e possam defender este ou aquele ponto de vista. Mas o Estado brasileiro, laico, não pode se basear em argumentos religiosos para tomar decisões de saúde pública ou que não garantam direitos individuais”.
A frase, em si, é esquizofrênica e digna de alguém que usa drogas. Se as pessoas podem defender os seus pontos de vista e possuem liberdade de expressão, por que os cristãos não defenderiam seus argumentos religiosos? Onde está na Constituição Brasileira alguma restrição a “argumentos religiosos”? Por que as opiniões infantis e idiotas do Sr. Sakamoto teria proeminência sobre a maioria esmagadora da população, que não pensa como ele? Vamos traduzir o que o embusteiro professoral de uma universidade católica disse: eu defendo a liberdade de expressão, contanto que os religiosos não tenham esse direito. Pronto! Desse modo, ele cala a boca dos religiosos em nome dos direitos individuais!
“A justificativa de que o embrião tem os mesmos direitos de uma cidadã nascida é, no mínimo, patético. Dá vontade de fazer cafuné em quem defende isso e explicar, pausadamente, que não se pode defender que minhas crenças, físicas ou metafísicas, se sobreponham à dignidade dos outros”.
Dispensemos o erro de concordância e os cafunés homossexuais do Sr. Sakamoto. O nascituro é algo metafísico? E o que é “crença física”? Quer dizer que o Sr. Sakamoto, quando estava no ventre de sua mãe, era tão somente uma “crença física” ou “metafísica”? É curioso que um notório cidadão, pretenso defensor da igualdade de todos os homens e dos direitos humanos, agora venha com um argumento, no mínimo, curioso: a de que alguns indivíduos ou seres humanos têm menos direitos do que outros. Vejamos à lógica do catatônico: defender a dignidade do nascituro é o mesmo que defender a indignidade da mulher! Eu raramente vi uma defesa tão absurda, fanática e perversa da desigualdade de direitos entre os homens! Gobineau deve estar se remoendo de alegria no túmulo!
“Nesse sentido, desejo boa sorte à Eleonora. Que ela lute o bom combate, mesmo considerando que, como ministra, terá atuação bem mais limitada do que como militante, tendo que buscar apoio no Legislativo, no Judiciário e em setores do próprio Executivo”.
O Sr. Sakamoto vai ganhar um carguinho em Brasília, com toda essa reverência merecida de lacaio da fazenda petista.
“Mas peço a ela que ignore as ladainhas partidárias (a ditadura do comportamento não é monopólio de determinado grupo político – se vocês soubessem a quantidade de homens que vomitam progressismo publicamente e são tiranos dentro de casa…) e os que criticam sem pensar. Perdoe-os, eles não sabem o que falam”.
Em miúdos, o Sr. Sakamoto, em nome de sua causa “progressista” de matar inocentes, exorta à ministra a ignorar as opiniões de toda uma sociedade, para impor seus desmandos em causa própria. Pois os tiranos sempre são os outros!
Em um ponto, o “dotôr Sacamoto” foi sincero: ao falar de homens que vomitam progressismo na rua e são tiranos dentro de casa, ele fez uma descrição de si mesmo. Pena que ele queira fazer do país a extensão da sua casa. No mínimo, o seu quintal.
Porém, vamos dar um desconto. O “dotôr Sacamoto” dá mostras de humor involuntário, no que deve ser o circo de aberrações intelectuais em suas aulas na PUC. Ao poupar-se das críticas cavalares que deve receber todo dia, ele já manda o recado, em um de seus artigos, sobre sua auto-imagem: “O blogueiro, um japonês safado e escurinho, é que é um idiota”. Nada a acrescentar.
DO LIBERTATUM