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Elizabeth Lopes - O Estado de S.Paulo
08 Março 2016 | 12h 30 - Atualizado: 08 Março 2016 | 12h 42
Governador de São Paulo
afirma que não podem ocorrer no mesmo local e horário duas manifestações
de grupos antagônicos; 'É dever do poder público garantir a
tranquilidade e a manifestação da população', disse
São
Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta
terça-feira, 8, que não será permitido ato pró-Dilma Rousseff neste
domingo, 13, na Avenida Paulista, quando grupos que defendem o
impeachment da petista organizam um ato. A determinação de que grupos de
esquerda, como a CUT e o MST, não poderiam se manifestar na Paulista
neste domingo já havia sido anunciada pelo secretário de Segurança do
Estado, Alexandre de Moraes, sob alegação de que a manifestação
pró-impeachment foi marcada antes e é preciso todo cuidado para evitar o
confronto entre grupos antagônicos.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta manhã, Alckmin
disse que a segurança dos manifestantes está garantida no dia 13 e que
não serão permitidos atos pró e contra o impeachment nos mesmos local e
horário. "Nossa posição é extremamente clara, temos que apressar uma
decisão, o Brasil não aguenta mais uma espiral recessiva sem
precedente", afirmou. "A situação política se agravou ainda mais e
domingo estamos preparados aqui em São Paulo para oferecer toda a
segurança para que as pessoas possam se manifestar."
"Havia uma solicitação para ter uma outra manifestação no
sentido contrário e dissemos: no mesmo local não pode. Esse pleito a
favor do impeachment e contra a corrupção já estava pré-agendado há mais
de um mês, não tinha nada a ver com a operação ocorrida na semana
passada (condução coercitiva de Lula)", disse Alckmin, em referência à
24ª fase da Lava Jato. "É direito constitucional o direito à
manifestação, mas é dever do poder público garantir a tranquilidade e a
manifestação da população, a polícia está preparando um trabalho
pormenorizado."
Sobre a condução coercitiva de Lula, na sexta-feira passada,
4, para depor no âmbito da Lava Jato, o governador de São Paulo disse à Jovem Pan
que Lula não deveria usar subterfúgio para fugir da Justiça. "Todos são
iguais perante a lei, aliás, quem foi presidente, governador, prefeito
tem até mais responsabilidade e mais dever do que o cidadão comum em
prestar conta porque conhece a lei e sabe o que pode e não pode."