sábado, 13 de dezembro de 2014

Petrolão: políticos recebiam a propina em domicílio


Confira as revelações do homem que entregava dinheiro da Petrobras na casa de deputados, senadores, governadores, ministros e na sede nacional do PT

Robson Bonin e Hugo Marques da Veja
Money delivery: Acompanhado de seus advogados, Rafael Ângulo Lopez negocia um acordo de delação premiada com a Justiça. Durante anos, ele distribuiu dinheiro desviado da Petrobras a “clientes” famos do esquema de corrupção
Money delivery: Acompanhado de seus advogados, Rafael Ângulo Lopez negocia um acordo de delação premiada com a Justiça. Durante anos, ele distribuiu dinheiro desviado da Petrobras a “clientes” famos do esquema de corrupção (Jefferson Coppola/VEJA)
Depois de tantas revelações sobre engenharias corruptas complexas de sobrepreços, aditivos, aceleração de obras e manobras cambiais engenhosas, a Operação Lava-Jato produziu agora uma história simples e de fácil entendimento. Ela se refere ao que ocorre na etapa final do esquema de corrupção, quando dinheiro vivo é entregue em domicílio aos participantes. Durante quase uma década, Rafael Ângulo Lopez, esse senhor de cabelos grisalhos e aparência frágil da fotografia acima, executou esse trabalho. Ele era o distribuidor da propina que a quadrilha desviou dos cofres da Petrobras. Era o responsável pelo atendimento das demandas financeiras de clientes especiais, como deputados, senadores, governadores e ministros. Braço-direito do doleiro Alberto Youssef, o caixa da organização, Rafael era “o homem das boas notícias”. Ele passou os últimos anos cruzando o país de Norte a Sul em vôos comerciais com fortunas em cédulas amarradas ao próprio corpo sem nunca ter sido apanhado. Em cada cidade, um ou mais destinatários desse Papai Noel da corrupção o aguardavam ansiosamente.
Os vôos da alegria sempre começavam em São Paulo, onde funcionava o escritório central do grupo. As entregas de dinheiro em domicílio eram feitas em endereços elegantes de figurões de Brasília, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Maceió, São Luís. Eventualmente ele levava remessas para destinatários no Peru, na Bolívia e no Panamá. Discreto, falando só o estritamente necessário ao telefone, não deixou pistas de suas atividades em mensagens ou diálogos eletrônicos. Isso o manteve distante dos olhos e ouvidos da Polícia Federal nas primeiras etapas da operação Lava-Jato. Graças à dupla cidadania — espanhola e brasileira —, Rafael usava o passaporte europeu e ar naturalmente formal para transitar pelos aeroportos sem despertar suspeitas. Ele cumpria suas missões mais delicadas com praticamente todo o corpo coberto por camadas de notas fixadas com fita adesiva e filme plástico, daqueles usados para embalar alimentos. A muamba, segundo ele disse à polícia, era mais fácil e confortável de ser acomodada nas pernas. Quando os volumes era muito altos, Rafael contava com a ajuda de dois ou três comparsas.
A rotina do trabalho permitiu que o entregador soubesse mais do que o recomendável sobre a vida paralela e criminosa de seus clientes famosos, o que pode ser prenúncio de um grande pesadelo. É que Rafael tinha uma outra característica que poucos sabiam: a organização. Ele anotava e guardava comprovantes de todas as suas operações clandestinas. É considerado, por isso, uma testemunha capaz de ajudar a fisgar em definitivo alguns figurões envolvidos no escândalo da Petrobras. VEJA apurou que o entregador já se ofereceu para fazer um acordo de delação premiada, a exemplo do seu ex-patrão.
Veja dois dos destinatários da proprina que Rafael Ângulo Lopez transportava.

Diretor da Petrobrás, Renato Duque, operador do PT, recebeu propina em 60 contratos entre 2005 e 2010

Na sua coluna de hoje no jornal Folha de S. Paulo, a jornalista Vera Magalhães conta que o  ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco admitiu em depoimento na Operação Lava Jato que ele e o ex-diretor Renato Duque receberam propina “em mais de sessenta contratos” da estatal de 2005 a 2010. Barusco, que afirmou ter recebido indevidamente US$ 97 milhões, declarou que Duque tinha participação ainda maior na divisão do dinheiro desviado. O ex-gerente disse ainda que também houve pagamentos a Jorge Luiz Zelada, diretor da área internacional da Petrobras até 2012.
Renato Duque foi nomeado diretor da Petrobrás por indicação do mensaleiro petista Zé Dirceu. Ele repassava dinheiro para o caixa do PT. Duque foi solto da prisão por decisão do ministro Teori Zavascki.
Relatório da Polícia Federal que reproduz o depoimento afirma que Barusco “organizava isso [pagamento de propina] mediante uma contabilidade, sendo que parte se destinava a Renato Duque, ao declarante e, excepcionalmente, a Jorge Luiz Zelada”.
S. A. “Na divisão de propina entre o declarante e Renato Duque, em regra Duque ficava com a maior parte, isto é, 60%, e o declarante com 40%”, afirma o relatório do depoimento. “Quando havia a participação de um operador, Renato Duque ficava com 40%, o declarante com 30% e o operador com 30%”.
Desconto O ex-gerente disse aos investigadores que “quase tudo o que recebeu a título de propina está devolvendo, em torno de US$ 97 milhões, sendo que gastou para si US$ 1 milhão em viagens e tratamentos médicos”.
Barusco afirmou que continuou recebendo propina após deixar a Petrobras, em 2010. Diz que houve pagamentos quando já atuava para a Sete Brasil, contratada pela estatal.
O ex-gerente também disse que as empreiteiras não eram coagidas a pagar propina. “Na realidade, o pagamento de propinas dentro da Petrobras era algo ‘endêmico’ e institucionalizado”, afirmou Barusco.
- A defesa de Duque “nega qualquer acusação” e diz “desconhecer as práticas criminosas cometidas na companhia por Barusco ou outro executivo”.“Contratos e processos licitatórios, durante sua gestão à frente da Diretoria de Serviços, eram pautados por critérios técnicos”, diz o texto. Jorge Luiz Zelada não retornou os telefonemas.
CLIQUE AQUI para examinar comentário do editor: "Agora só falta pegar os políticos, começando por Lula e Dilma". - DO POLIBIOBRAGA

O incêndio da corrupção na Petrobras.

Não foi nenhum oposicionista, nenhum representante da imprensa, nenhum defensor de golpe, mas o procurador-geral da República Rodrigo Janot que disse ontem, com todas as letras, que a corrupção devasta a Petrobras como um grande incêndio e sua diretoria deve ser substituída."Corruptos e corruptores precisam conhecer o cárcere e devolver ganhos espúrios que engordaram suas contas às custas da esqualidez do Tesouro Nacional e do bem-estar do povo", afirmou Janot.Ninguém da oposição disse, mas o próprio responsável por anos pela Controladoria Geral da União, Jorge Hage, que as estatais brasileiras não estão sob controle dos órgãos de fiscalização. Essa falha, inclusive, foi um dos motivos de seu pedido de demissão."É preciso trazer as estatais para o foco do controle porque atualmente elas têm sistema de licitações próprio, no caso da Petrobrás, não utilizam o sistema corporativo do governo, o que faz com que fique fora do alcance dessas atividades", disse.Não foi nenhum antipetista militante, mas o próprio juiz representante pela operação Lava-Jato, Sérgio Moro, quem afirmou que o esquema de desvios pode ir além da Petrobras."Embora a investigação deva ser aprofundada quanto a este fato, é perturbadora a apreensão desta tabela nas mãos de Alberto Youssef, sugerindo que o esquema criminoso de fraude à licitação, sobrepreço e propina vai muito além da Petrobras", disse, com base na lista de 750 obras pública apreendidas com o doleiro Youssef. Não foi nenhum economista antipático ao petismo, mas os próprios acionistas da Petrobras nos EUA que entraram na justiça contra a empresa por perdas elevadas devido a contaminação da empresa pela corrupção. A lama foi escondida dos investidores.Segundo um dos advogados, a Petrobras "falhou em expor um alto nível de corrupção na companhia, incluindo um esquema multibilionário de propina e lavagem de dinheiro”, além de ter superfaturado equipamentos e propriedades em suas demonstrações financeiras. (O Globo) Não é nenhum pessimista de plantão, mas fontes do próprio governo que afirmam que houve redução de bilhões em investimentos na estatal devido ao processo de corrupção. Não foi nenhum oposicionista mal-intencionado, mas 68% da população brasileira que acha que a presidente Dilma Rousseff tem responsabilidade sobre o desvio na Petrobras.*Via Democratas - DO MARIOFORTES

REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' REVELA O 'DISQUE-PROPINA'. HOMEM QUE ENTREGAVA EM DOMICÍLIO O DINHEIRÃO DESVIADO DA PETROBRAS QUER CONTAR TUDO. TEM ATÉ EX-PRESIDENTE, TESOUREIRO DE PARTIDO, DEPUTADO...

A reportagem-bomba da revista Veja que será desovada nas bancas deste país no raiar deste sábado faz novas e aterradoras revelações e indica que o que se sabe até agora sobre a roubalheira na Petrobras sob a direção do PT, ainda é pouco. Ou melhor, há muito mais nos porões do Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, cujo projeto tem em mira ralar, fazer picadinho da democracia brasileira e, sobretudo dos direitos individuais, porque num ambiente verdadeiramente democrático esse plano diabólico não teria a mínima chance de prosperar.
Para alcançar seus objetivos o Foro de São Paulo, que tem Lula como presidente plenipotenciário, vem há mais de uma década utilizando a corrupção em grande escala para por à sua disposição, tal qual numa ditadura pura e simples, todos os poderes da República incluindo também os setores empresarias mais poderosos bem como suas entidades representativas.
Isto explica o mensalão e sua continuidade pelo recente, ou nem tão recente assim, escândalo do petrolão que consiste na pilhagem dos recursos da Petrobras.
Esse turbilhão de corrupção compra a consciência de políticos bem como de poderosos empresários proporcionando ao Foro de São Paulo, via PT, a efetiva conquista do Estado brasileiro, já que transforma o Congresso Nacional numa assembléia bolivariana por meio de um vergonhoso suborno de senadores e deputados. Ao mesmo tempo, o permanente aparelhamento do Supremo Tribunal Federal e demais órgãos da administração direta e indireta do governo federal complementa esse trágico enterro da democracia e das liberdades que está em curso no Brasil sob os auspícios do PT em consonância com o plano de ação continental do Foro de São Paulo.
Além do aparelhamento de todas as instâncias estatais e a transferência de recursos públicos de bilhões de reais a poderosos empresários, o PT também conseguiu controlar praticamente todas as redações da grande imprensa brasileira, sobrando apenas a revista Veja e seu site na internet. Não é para menos que a esmagadora maioria das reportagens de Veja já abortaram muitas iniciativas do Foro de São Paulo ao mesmo tempo em que derrubaram ministros de Estado. Talvez, por isso mesmo, a transformação do Brasil numa republiqueta de viés cubano ainda não aconteceu por completo como já ocorreu na Venezuela, Equador, Bolívia, Nicarágua, Argentina e Uruguai.
No raiar deste sábado Veja chega às bancas com mais uma reportagem-bomba a mostrar que se os brasileiros pensam que já viram tudo estão enganados. Imaginem, conforme a chamada de capa da revista, um disque-propina? Pois é isso os jornalistas de Veja descobriram.
O entregador de propina já decidiu contar tudo em troca da diminuição de pena. Levava a grana atada no próprio corpo, discretamente.
ENTREGADOR DE PROPINA VAI ABRIR A BOCA
A Reportagem-bomba desta semana revela o papel de Rafael Ângulo Lopez no esquema do petrolão. Ele era o homem que entregava em domicílio a propina desviada da Petrobras. Braço-direito do doleiro Alberto Youssef, Rafael cruzava o país com fortunas em cédulas amarradas ao corpo. Discreto, nunca foi apanhado. Na lista de clientes, tem ministro, parlamentar, tesoureiro de partido e até um ex-presidente! Em troca da redução de pena, o entregador da bufunfa quer contar tudo que sabe.
Por isso, o miolo da revista está denso, pesado, e já começa a tirar o sono de muita gente, pois Veja apresenta também a lista dos políticos que recebiam propina em domicílio. Mas não é só isto. Há ainda a estranha história da empresa que prestou serviços à campanha da Dilma e, por fim, Veja dá uma voltinha no Guarujá, revelando o fabuloso apartamento tríplex de Lula naquele conhecido recanto do litoral paulista. Como se vê, coisa podre de chique.
Em suma: Veja desta semana dá um baile nos penas alugadas do PT que continuam mentindo e escamoteando informações essenciais em jornalões e redes de televisão. Corra cedo às bancas pois a gang do Lula pode tentar comprar a edição inteira para atirar no mar de Guarujá. DO ALUIZIOAMORIM