Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A necessidade de investigar, com detalhes, os negócios
de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef vai obrigar os
investigadores da Operação Lava Jato a fazerem uma devassa em três verdadeiras
caixas pretas da Petrobras: a BR Distribuidora, a Refinaria Abreu e Lima e a
PFICO (Petrobras Internacional Finance Company), que respondem por mais de 30%
do faturamento total da empresa. A suspeita é que os bilhões movimentados em
1832 contas correntes que o poderoso Paulo Costa controlava na petrolífera podem
ter sido usados nos esquemas de lavagem de dinheiro de Youssef – envolvendo grandes
empreiteiras e políticos. A atuação, sem interferência política, do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, e dos membros do Ministério Público, tende a desvendar um bilionário escândalo nunca antes visto na História do Brasil. Esse é o real e maior temor do governo Dilma Rousseff – que tem os problemas na Petrobras como seu ponto de maior fragilidade. O mercado sabe que é transparente como o petróleo bruto a gestão financeira das empresas do sistema Petrobras – na qual uma opera como cliente da outra, sem fiscalização real de acionistas minoritários. Conselheiros de administração e fiscais não demonstram independência real em relação ao governo da União (acionista controladora da empresa). Os conflitos de interesse com o governo anulam os mecanismos de controle interno da companhia e ferem seu código de ética.
Se o Brasil operasse em condições minimamente éticas, o estouro de uma operação policial, como a Lava Jato, fatalmente geraria um processo de impeachment da Presidente da República. Ainda mais por que ela comandou o Conselho de Administração da Petrobras e também porque a atual presidente da empresa, Maria das Graças Foster, é uma indicação pessoal da própria Dilma Rousseff. Além disso, quem manda na Petrobras é o seu acionista controlador, o governo da União. Dilma não tem como se dissociar dos problemas na empresa. Só por milagre ela escapará de uma ação judicial movida, fora do Brasil, por investidores da Petrobras.
Incertezas
Silêncio dos quatro estrelas na Petrobras?
O mercado estranha o silêncio dos militares sobre os problemas de gestão na Petrobras.
O comando do Exército tem assento no Conselho de Administração da empresa.
O General Francisco de Albuquerque, ex-comandante da Força Terrestre, e seu antecessor no Exército e no conselhão da Petrobras, Gleuber Vieira, bem que poderiam fornecer mais informações a seus pares sobre os graves problemas na companhia.
Vai ficando, General
Vítima de uma verdadeira guerra suja contra si no governo, o General Jorge Fraxe continuará à frente do Dnit – que é uma das joias da imperial coroa republicana de Bruzundanga, pois é órgão que comanda as obras do Ministério dos Transportes, movimentando bilhões de reais.
Considerado bom gestor e intolerante com a corrupção, Fraxe seria substituído da direção-geral do Dnit para que algum indicado pelo PR tomasse conta do negócio.
Mas a bancada do PR preferiu deixar para lá, pois o nome sugerido demoraria a ser nomeado, pois teria de passar por uma sabatina no Senado – missão quase impossível de acontecer em tempos de campanha, quando a maioria foge do Congresso para cuidar do “reemprego” político...
Obremos e Oremos
Servindo a dois senhores
Espalhada por militares na internet, a alegre foto de Dilma Rousseff, em um terreiro de candomblé, em contraponto à recente presença dela no Templo de Salomão, inaugurado pelo Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus.
Mais ainda?
Em nome do amor
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Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta
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