quinta-feira, 3 de maio de 2012

Dilma e o fantasma da Delta


Dilma Rousseff pediu à sua assessoria um “pente fino” nos contratos da construtora Delta com o governo federal. A presidente da República quer saber se há irregularidade em alguma dessas obras. O Brasil assiste embevecido a mais uma cartada moralizadora da gerente. Mas o ideal seria ela pedir à sua assessoria, antes do pente fino, uns óculos de grau. Se Dilma não enxergou o que a Delta andou fazendo com seu governo, está correndo perigo: pode tropeçar a qualquer momento num desses sacos de dinheiro que atravessam o seu caminho, rumo às obras superfaturadas do PAC.
Como todos sabem, até porque Lula cansou de avisar, Dilma é a mãe do PAC. Por uma dessas coincidências da vida, a Delta é a empreiteira campeã do PAC. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), as irregularidades nas obras tocadas pela Delta vêm desde 2007. A mãe do PAC teve pelo menos cinco anos para enxergar com quem o seu filho estava se metendo. E a Delta era a principal companhia do menino, andando com ele pelo Brasil afora num variado roteiro de traquinagens. Mas as mães de hoje em dia são muito ocupadas, não têm tempo para as crianças.
Felizmente, sempre tem uma babá, uma vizinha, uma amiga atenta para abrir os olhos dessas mães distraídas. Dilma teve essa sorte, em setembro de 2010. A CGU, que vive controlando a vida alheia – uma espécie de bisbilhoteira do bem –, deu o serviço completo: contou a Dilma e Lula (a mãe e o padrasto) que o PAC vinha sendo desencaminhado pela Delta. Superfaturamento, fraudes em licitações, pagamento de propinas e variadas modalidades de desvio de dinheiro público – inclusive com criminosa adulteração de materiais em obras de infra-estrutura – estavam entre as molecagens da empreiteira com o filho prodígio da então candidata a presidente.
De posse do relatório da CGU, expondo a farra da Delta nas obras do PAC, o que fez Dilma Rousseff? Eleita presidente, assinou mais 31 contratos com a Delta.
Talvez seja bom explicar de novo, para os leitores distraídos como a mãe do PAC: depois da comunicação à administração federal sobre as irregularidades da Delta, a empreiteira recebeu quase R$ 1 bilhão do governo Dilma. Agora a presidente anuncia publicamente que passará um pente fino nesses contratos, e a platéia aplaude a faxina. Não só aplaude, como dá novo recorde de aprovação a esse mesmo governo Dilma (64% no Datafolha), destacando o quesito moralização. Infelizmente, pente fino não pega conto-do-vigário.
Mas o show tem que continuar. E já que o público está gostando, a presidente se espalha no picadeiro. Depois da farra da Delta, que teve seu filé mignon no famigerado Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), Dilma diz que quer saber se a faxina no órgão favoreceu Carlinhos Cachoeira. Tradução: depois de ter que demitir apadrinhados de seus aliados porque a imprensa revelou suas negociatas, Dilma quer ver se ainda dá para convencer a platéia de que o escândalo foi plantado pelo bicheiro. É claro que dá: se Lula repete por aí que o mensalão não existiu (e não foi internado por causa disso), por que não buzinar a versão de que o caso Dnit foi uma criação de Cachoeira?
Pelo que indicam as escutas telefônicas da Polícia Federal, o bicheiro operava com a Delta na corrupção de agentes públicos. Dilma e o PT são candidatos a vítimas desse esquema – daí Lula ter forçado a CPI do Cachoeira. O problema na montagem dessa literatura é que a Delta, mesmo depois da revelação do esquema e da prisão do bicheiro, continua recebendo dinheiro do governo Dilma – R$ 133 milhões só em 2012, e através do Dnit…
A atribulada mãe do PAC não notou a Delta, não percebeu Cachoeira, engordou o milionário esquema deles no Dnit durante anos por pura distração, e agora vai moralizar tudo isso com o seu pente fino mágico. Na próxima rodada das pesquisas de opinião, o vigilante povo brasileiro saberá reconhecer mais essa faxina da mulher destemida, dando-lhe novo recorde de aprovação.
Nesse ritmo, a CPI do Cachoeira vai acabar concluindo que até o escândalo do mensalão foi provocado pelo bicheiro (essa tese já existe). E Dilma conquistará para o PT o monopólio da inocência.
GUILHERME FIUZA
(Época – edição 728)

Agora é: #FORACabral!


Cabral-Antes-Depois

Algo me diz que Cachoeira vai explodir. 

 Se eu fosse um integrante da oposição na CPI, me preparava muito bem para provocá-lo.
Dizem que ele não leva desaforo para casa.
Sendo assim, as provocações poderiam fazer o que sua mulher disse que está se passando com ele ( "ele está a ponto de explodir!" ).
Quem sabe se com uma ajudinha inteligente ele não explode? 

Vai dar errado. 

Não se baixa juros por vontade ou por decreto.
E no momento em que a inadimplência só faz crescer, traria sérias consequências para as Instituições Financeiras.
O juro alto é deplorável?
Claro.
É criminoso?
Sem dúvida.
Enquanto o sistema financeiro de todo mundo está quebrado ( Portugal será, sem dúvida a bola da vez - o desemprego por lá já bateu nacasa de 19% ) por irresponsabilidade de governos gastadores, caso também do Brasil, o sistema financeiro brasileiro tem sustentado a economia do país e sua própria saúde.
Até que.......
A Vovó Petralha decidiu enfiar as patas em um setor extremante sensível que já está sofrendo as agruras de um mercado que caminha para a recessão, por culpa do próprio governo que levou os brasileiros ao maior endividamento de que se tem notícia na história destepaíz.
Hoje, as ações dos grandes bancos levaram um tombo considerável.
A Vovó Petralha decidiu inverter a brincadeira do gato que corre atrás do rabo, arrumando um tremendo rabo para correr atrás do gato.
E tudo isso por que seu marqueteiro assim decidiu.
ANOTEM:
VEM UMA CACHOEIRA DE MERDA POR AÍ. 

Um Patriota traidor. 

 Um amigo exporta produtos para a Argentina.
Tem containers dele parados a quase um ano na alfândega de lá.
De volta de recente viagem para a terra da porra-louca cheia de botox, me disse que não são só os produtos dele que estão nesta situação.
Milhares de containers de máquinas, equipamentos, calçados, carne suína ( perto de estragar ), peças de carros e mais outros milhares de produtos estão na mesma situação.
Em contato com o Ministério das Relações Exteriores, ficou sabendo que Patriota "não quer ferir ou abalar" as relações com a perua de lá.
Do meu amigo:
"Esse idiota não quer peitar a velha coróca, mas quer falir empresários brasileiros".
Detalhe:
Esse amigo, já demitiu mais da metade de seus funcionários.

Quebraram as fuças. E vão quebrar de novo.  

Don Cachone de Benagala e seu fiel escudeiro para assuntos de roubalheira EL Cagòn, tentaram enfiar Gurgel na CPI.
Deram com os devidos cachoeiras na água.

Agora eLLes, os mafiosos, tem outra meta:
Querem assar todas as batatas que pertencem à oposição.
Hoje entrou Raimundo Colombo.
Garotinho tem um arsenal contra Cabral.
Pagot está incontrolável.
Cachoeira é uma incógnita.
Demóstenes, se sentir que vai ser mesmo cassado, pode ser um rastilho de pólvora por saber de muita coisa.
Cavendish falido e com raiva de não mais poder dar voltinhas em Paris e sem dinheiro para comprar mais senadores, é outro de quem nada se pode prever.
E os insatisfeitos das quadrilha B e satélites, são uma verdadeira incognita.
Ao que parece, vão quebrar as fuças de novo.
Ficamos assim:
Ou a CPI não apura nada. Difícil.
Ou apura de todo mundo. Provável.
Ou, essa cambada de insatisfeitos e imprevisíveis pode decidir jogar uma tremenda bomba no colo da QUADRILHA MESTRE e da VOVÓ PETRALHA.
Este seria o melhor dos mundos. 

DO GENTE DECENTE

UM PONTO NA VIDA. doc.99- 2012 www.fortalweb.com.br/grupoguararapes

       Encontramos na INTERNET milhares de soluções sejam políticas, econômicas e sociais. Vão desde tal direita até a infame esquerda e o nosso Brasil vive se debatendo em milhares de problemas e a solução foi dada por uma criança e duas professoras cujo coordenador do GRUPO GUARARAPES teve a felicidade de participar.
     A professora deu às crianças uma folha de papel em branco e um lápis para que elas desenhassem suas casas. Os garranchos foram os mais diversos. Um deles colocou apenas um ponto, a ponta do lápis. A mestra, que sabia que o garoto era filho de família abastada, o chamou e disse: “sua casa não pode ser um ponto. Você tem tudo”. Resposta do menino: “´É um ponto professora.
Lá não há AMOR”.
       Fomos a um colégio da periferia de Fortaleza. Gente humilde. Umas duzentas pessoas. Conversamos a respeito da vida, da família e vimos que todos estavam atentos as nossas palavras. Perguntas dos alunos: O que devo fazer pra ser gente? Nossa resposta: estudar e muito e querer bem a família. As mães queriam saber  como salvar  os filhos dentro do ambiente em que viviam, com duas quadrilhas se matando por drogas ao lado da Escola. Nossa resposta: “amor na família e conversa com os filhos e os maridos.
       Fomos embora e duas professoras foram nos levar em casa. A conversa continuou e aí veio a seguinte afirmativa: “o senhor está errado. O problema não se encontra na Escola. O problema se localiza na família. As
professoras além de ensinar são os pais e as mães da maioria dos jovens. Na família não há mais AMOR. O álcool, a falta de pudor, a falta de respeito e tudo que existe na sociedade moderna  destruiu a família. A balela do sexo
livre, a afirmação de uma boa palmada ou outro remédio  pode causar desajustes na criança, vieram piorar a situação. O senhor precisa entender que acabou o AMOR.
       Em conversa com médicos ouvimos que na classe social elevada a mãe foi substituída pela babá e na classe sem posse, a mesma, pela rua. Aos consultórios chega-se ao ponto de as crianças serem conduzidas pela ama-seca enquanto a mãe  encontra-se em desfiles de moda e na outra classe social é a luta pela vida, não podendo a mãe ficar em casa deixa os filhos soltos e muitas vezes com maridos alcoólatras.
       O PONTO DA SOLUÇÃO É MUITO SIMPLES: amor, família,  responsabilidade do casal.
       O jornalista Catón, mexicano, escreveu: “faz críticas a revista FORTUNE por listar os homens mais ricos do mundo e não o colocaram nesta lista. Ele afirma que é o homem mais rico do mundo por: tem uma rica família de AMOR, 
TER FÉ EM DEUS e termina afirmando que “HÁ PESSOAS POBRES, MAS TÃO POBRES,QUE A ÚNICA COISA QUE POSSUEM É ...DINHEIRO”.
Perguntamos: O BRASIL NÃO PRECISA DE LAR QUE NÃO SEJA UM PONTO? NÃO É ESTA
A SUA GREVE DOENÇA?  NÃO SERÁ A VIDA MATERIAL E O GOZO FÍSICO que estão
destruindo a SOCIEDADE? A DECOMPOSIÇÃO DA SOCIEDADE NÃO É RESPONSÁVEL PELO
DESCALABRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? CPMI FALSAS, A MENTIRA DOMINANDO, A
FALTA DE CARÁTER DOS HOMENS E A FALTA DE PUDOR DAS MULHERES NÃO DESTRUIRÃO
O NOSSO QUERIDO BRASIL?
ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES! PERSONALIDADE JURÍDICA sob reg. Nº12 58
93. Cartório do 1ºregistro de títulos e documentos, em Fortaleza.  Somos
1.804 civis – 49 da Marinha -  476 do Exército – 51 da Aeronáutica;  TOTAL
2.380  Batistapinheiro30@yahoo.com.br
WWW.FORTALWEB.COM.BR/GRUPOGUARARAPES
 02 - 05 - 2012
DO LIBERTATUM

O amor é lindo!! PMDB ameaça convocar Lula para salvar a pele de Sérgio Cabral


Surte efeito a ameaça do PMDB. O partido ameaçava arrolar de ministros do governo Dilma até o ex-presidente Lula, caso o governador do Rio, Sergio Cabral, fosse convocado para depor na CPI mista do Cachoeira. O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), deve limitar inicialmente as investigações contra a Delta apenas aos negócios no centro-oeste, onde atuava o ex-diretor Claudio Abreu.
Relações perigosas
Sergio Cabral entrou na berlinda após vir à tona sua relação de amizade, que ele não nega, com Fernando Cavendish, dono da Delta.
Noites indormidas
O governador Sérgio Cabral diz que não tem conseguido dormir direito, desde a divulgação de imagens de suas noitadas com Cavendish.
Torniquete virtual
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) garante ter mais vídeos e fotos que constrangem o inimigo Sérgio Cabral. Vai soltá-los a conta-gotas.
DO MOVCC

Ministro do trabalho. Alguém sentiu falta?

Nos últimos cinco meses o Brasil ficou sem um Ministro do Trabalho efetivamente.
Mantiveram por lá um "aspone" para esquentar a cadeira enquanto a agilidade e eficiência da adminsitração Dentuça ficava dando voltas atrás do próprio rabo em busca de uma solução.
Pensaram...pensaram e chegaram a conclusão que nada melhor do que usar o programa "Primeiro Emprego" para ajeitar algum baba ovo no cargo.
Pegaram um tal de Carlos Daudt Brizola, vulgo Brizola Neto e o enfiaram no cargo. Uma nomeação nitidamente no grito e nas coxas, já que o indicado comemorava a indicação uns 20 dias antes dela efetivamente vir à tona.
Na correria do momento e na falta de alguém mais qualificado foi o Brizolinha mesmo...
Mas o que eu queria mesmo dizer é que o Brasil passou cinco meses sem um ministro do trabalho e ninguém sentiu falta alguma. Nada mudou, e o país continuou se arrastando apesar do não ministro9.
Então conclui-se que ministro no Brasil não tem função alguma a não ser ganhar muito, fazer número, e trabalhar para o bando.
E olhem que temos quase 40 ministérios e percebemos que eles não fazem a mínima falta para o país.
No Brasil tem ministro demais e comPTência de menos.....
E PHODA-SE!!!!
DO B. O MASCATE

O CASO PAGOT - Mais uma farsa inventada pelo JEG e pela BESTA contra a VEJA vai por água abaixo

Aos poucos, depois de muita espuma feita pela canalha que pretendia usar o caso Cachoeira para se vingar da imprensa independente, as coisas vão se tornando mais transparentes. Uma das mentiras estúpidas contadas pelo subjornalismo a serviço dos mensaleiros — o JEG e a BESTA — é a de que VEJA ajudou a derrubar a pobre Luiz Antônio Pagot do Dnit, naquela enxurrada de demissões que o governo fez no Ministério dos Transportes. Como já escrevi aqui, fica até parecendo que o Planalto pôs todo mundo na rua porque constatou que nada havia contra a turma… Só isso, um simples exercício de lógica, bastaria para desmoralizar a cretinice. Mas há muito mais, como veremos.
Pagot saiu por aí acusando que foi demitido graças a um complô da construtora, que teria tido seus interesses contrariados — embora os números do Dnit, sob a sua gestão, desautorizem isso. As penas alugadas pelo chefe dos mensaleiros, proclamavam que VEJA — que publicou, em maio do ano passado, a primeira grande reportagem sobre a Delta — havia atuado para ajudar o esquema que liga Cachoeira à construtora.
Pois bem. Reportagem de Julio Mosquera, que foi ao ontem no Jornal da Globo, põe os fatos no seu devido lugar. Leiam. Volto depois.
Áudio flagra bicheiro tentando evitar que Pagot revelasse esquema
Gravações feitas pela Polícia Federal flagraram o bicheiro Carlinhos Cachoeira tentando evitar que o ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, que perdeu o cargo acusado de irregularidades, revelasse parte do esquema do grupo. O bicheiro Carlinhos Cachoeira temia que Pagot revelasse em depoimento a senadores o esquema montado para favorecer a Construtora Delta e que incluiria o senador Demóstenes Torres.
Segundo a polícia, Pagot havia participado de um jantar com Fernando Cavendish, então presidente da Delta, Demóstenes Torres e o próprio Cachoeira e poderia expor todo o esquema. Cachoeira teria pedido ao senador Blairo Maggi, do PR do Mato Grosso, para acalmar os ânimos de Pagot.
DEMÓSTENES - Você teve notícia?
CARLINHOS - Não, Blairo mandou falar que não tem nada, não. Blairo que manda nele, uai
DEMÓSTENES - Mas o Blairo falou que tá tudo ok?
CARLINHOS - Falou… Mandou falar.
DEMÓSTENES - Ah, então tá bom. Então beleza. Então falou. Até mais.
Em outra conversa, agora com o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, Carlinhos Cachoeira se mostra tranquilo.
CARLINHOS - Ele não vai falar nada, não. Senão o cara fala que jantou lá, tal, com…com Fernando, com ele. Não vai falar isso, não, porque tá dando tiro no pé também, né?
CLÁUDIO - É, positivo. Tem nada a ver.
Segundo a Polícia Federal, “Fernando” é Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta. Um dia depois, Cachoeira e Demóstenes comemoram o silêncio de Pagot.
CARLINHOS - Doutor, deu certo aí?
DEMÓSTENES - Uai! Deu. O homem não me falou nada, não. Tudo tranquilo.
A oposição pressiona para a CPI do Cachoeira convocar Pagot para depor. Os governistas argumentam que ele não é prioridade do momento. Em nota, o senador Blairo Maggi diz que não recebeu ligação de nenhum dos citados na reportagem e que está à disposição para qualquer novo esclarecimento.
Voltei
Eis aí. As reportagens de VEJA sobre o Ministério dos Transportes ajudaram, isto sim, a demonstrar que havia uma quadrilha atuando dentro da pasta, que desviava milhões — bilhões? — de recursos públicos e não entregava as obras, o que chegou a ser motivo de um quase ataque de fúria da própria presidente da República. Foi inteiramente desmontada? Ainda atua naquele ministério e em outros? Bem, os métodos da Delta começaram a ser revelados por VEJA em maio do ano passado, naquela reportagem (
aqui e aqui) em que Fernando Cavendish aparece dizendo que, com alguns milhões, dá para comprar um senador… Como é a empresa privada que mais recebe recursos do PAC, creio que só uma investigação rigorosa sobre a sua atuação pode responder.
O que se vê acima é que Cachoeira, Demóstenes e o próprio Cavendish se mobilizaram para assegurar o silêncio de Pagot. Ora, só pode silenciar quem tem o que dizer. E o que Pagot teria dizer? Tudo o que sabia sobre o órgão que dirigia. Como Cachoeira afirma, Pagot teria decidido “não dar um tiro no pé”.
Na ânsia de atacar a imprensa independente, os subjornalistas alugados pelos mensaleiros ensaiaram transformar Pagot num herói. Herói de quem? Os diálogos acima o provam.
Por Reinaldo Azevedo
REV. VEJA

Ministro sem agenda


Cuidar do partido, não do Ministério, foi o primeiro objetivo anunciado pelo novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, logo depois de confirmada sua escolha pela presidente Dilma Rousseff.
"O fundamental é a unidade do partido e acabar com qualquer tipo de insatisfação", disse o pedetista que acabara de ser chamado para um posto no primeiro escalão do governo.
"Não teremos grandes dificuldades para seguir o projeto de unidade do partido", assegurou.
Projeto de governo, se existe algum, deve ser menos importante – tão irrelevante, de fato, quanto qualquer projeto ou plano de trabalho para o cargo.
Um dia depois, em seu primeiro discurso numa festa de Primeiro de Maio, o novo integrante da equipe federal confirmou, para quem ainda tivesse alguma dúvida, a pobreza de suas ideias e propostas para a ação ministerial.
Mas seu evidente despreparo combina perfeitamente com o critério adotado para o preenchimento de vagas no primeiro nível da administração.

A presidente Dilma Rousseff pode ter desagradado a uma parte do PDT, mas foi fiel ao padrão de loteamento do governo. Manteve o Ministério do Trabalho sob a chefia do partido, reservando-se apenas a prerrogativa de escolher um nome.
Respeitou também o ritual de dar satisfação ao comando partidário.
Antes de tornar pública a nomeação de Brizola Neto, conversou em seu gabinete com o presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi.
Defenestrado quando sua posição se tornou insustentável pelo acúmulo de denúncias, ele só deixou o governo depois de muito esperneio. Mas a presidente, apesar disso, julgou adequado prestar-lhe contas de sua escolha, como se a sua condição de líder pedetista o qualificasse para essa deferência, ou, mais que isso, para sancionar uma decisão presidencial.
Assim, a presidente Dilma Rousseff mantém incólume o sistema de loteamento da administração federal entre os partidos da base governista.
Respeitou esse critério nas trocas anteriores de ministros, em geral motivadas por escândalos inaceitáveis, e nunca deixou de prestar homenagem às siglas da coalizão governamental.
Continua, portanto, agindo como se a nomeação de ministros não fosse um ato de responsabilidade exclusiva da Presidência, mas uma faculdade partilhada com os componentes da base governista.
Por isso ainda tem sentido, em termos práticos, classificar este ou aquele Ministério como integrante da "cota presidencial". 

No Brasil, quem chefia o governo e é o responsável máximo pela gestão pública tem cota para nomeação de ministros e até de dirigentes de agências reguladoras e de estatais.
Nessas condições, a qualidade e os objetivos da administração pública se tornam irrelevantes para quem participa do banquete do poder – assuntos menores tanto para os partidos quanto para a Presidência.
A presidente Dilma Rousseff pediu ao novo ministro do Trabalho uma "agenda positiva", segundo se informou logo depois de confirmada a escolha.
Não houve menção ao conteúdo da agenda nem a programas e projetos.
Uma agenda é positiva, na concepção corrente em Brasília, quando favorece a imagem do governo.
Se contribui ou não para a solução de grandes problemas e para o desenvolvimento é questão secundária.

O discurso do novo ministro, em São Paulo, comprova essa percepção. Foi um palavrório vazio, sem qualquer ideia mais significativa do que a promessa de abrir uma discussão sobre a semana de trabalho de 40 horas.
Sobre a manutenção de direitos trabalhistas ele não foi além de generalidades, próprias de quem não tem o que dizer.

No mesmo dia, em São Bernardo do Campo, o prefeito Luiz Marinho, ex-ministro do Trabalho e ex-presidente da CUT, dedicou-se a questões concretas, recomendando ao novo ministro a retomada dos programas de qualificação e treinamento. "Temos vagas em aberto e pessoas em busca de emprego, o que sugere a falta de qualificação", disse Marinho.
Questões como essa estão na pauta de empresários, sindicalistas e estudiosos do mercado de trabalho há alguns anos.
Esse e outros problemas concretos comporiam uma boa agenda para um ministro, se ele tivesse sido nomeado por seus méritos administrativos, e não por ser neto do antigo guru da presidente da República.

03 de maio de 2012 
DO R.DEMOCRATICA

POR QUE SE INSTALOU SÓ AGORA A CPI E POR QUE JÁ HÁ MUITA GENTE ARREPENDIDA NA BASE DO GOVERNO


De Gaulle dizia que a velhice é um naufrágio — uma visão pessimista de mundo. Lucrécio (99 a.C.- 55 a.C.), um materialista, afirmava que, se a alma fosse imortal, não nos desfaríamos em lágrimas ao constatar que morremos.
Huuummm…
Tivesse eu sido contemporâneo de ambos (quando De Gaulle morreu, em 1970, eu tinha só 9 anos…) e privado de sua intimidade, recomendaria que cultivassem a memória como antídoto contra a morte — a verdadeira morte é o esquecimento — e que (cito Drummond) procurassem o próprio queixo no queixo dos filhos (também dos netos, sobrinhos…).
A memória, felizmente, não me abandona.
Recomendo vivamente: cultivem-na.
Faço, assim, um introdução algo grandiloquente (não me conformo com o fim do trema…) para assunto até mesquinho, vulgar mesmo — em muitos aspectos, até vagabundo.
Tento tornar esse mundo mais interessante…

Recuem — na área de pesquisa deste blog ou de qualquer site noticioso — a agosto do ano passado.
Lembram-se da CPI do Dnit?
Eu lembro!!!
A oposição chegou a conseguir o número necessário de assinaturas para instalá-la.
Mas aí o governo fez um trabalho intenso de retirada de assinaturas, como vocês verão abaixo, e conseguiu matá-la no nascedouro.
O Planalto entrou com tudo.
Curioso, não é?, que, enquanto isso, a Polícia Federal continuasse ali, com o sistema Espião ligado, ouvindo as maiores barbaridades…
Tivesse topado, então, a investigação, talvez a área já estivesse mais limpa.
Vamos recapitular algumas coisas.
Transcrevo trecho de uma reportagem de João Domingos, no Estadão, do dia 4 de agosto do ano passado.
Leiam com atenção.
Volto em seguida.
*
Tendo à frente a própria presidente Dilma Rousseff, que contou ainda com a ajuda de ministros e líderes na Câmara e no Senado, o governo conseguiu enterrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes requerida pela oposição.
Para abortar a CPI, o Planalto prometeu acelerar obras, apoiar um candidato ao Tribunal de Contas da União (TCU) e até garantir a presença de Dilma na inauguração de uma ponte.

O governo conseguiu que dois senadores da base aliada retirassem suas assinaturas a favor da CPI. Como a oposição havia coletado 27 assinaturas - número mínimo para a instalação de comissão parlamentar no Senado -, as duas baixas inviabilizaram a iniciativa.
Com apenas 25 assinaturas, o requerimento foi mandado pelo presidente José Sarney (PMDB-AP) diretamente para o arquivo.
Se quiser abrir uma CPI, a oposição terá que recomeçar a coleta de assinaturas. O objetivo da CPI era investigar as irregularidades no setor de transportes, que já resultaram na demissão de 27 pessoas, entre elas o ex-ministro Alfredo Nascimento e o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária (Dnit) Luiz Antonio Pagot.

O senador João Durval (PDT-BA), o primeiro a retirar a assinatura, recuou em troca da promessa do governo e do PT de apoiar a candidatura de seu filho, o deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), para vaga de ministro do TCU. Até então, Dilma mostrava-se simpática à candidatura da deputada Ana Arraes (PSB-PE), mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Carneiro conseguiu da bancada de 86 deputados do PT a promessa de que cada um buscará o voto de um colega a seu favor na disputa pelo TCU. O cargo de ministro do tribunal é vitalício.

(…)
Durval teria recebido ainda a promessa de que, enfim, será construído um anel viário em Feira de Santana, núcleo de sua base eleitoral, reivindicação que ele faz há cinco anos ao governo. Como Alfredo Nascimento prometia o anel viário e não o fazia, Durval vingou-se assinando o requerimento da CPI. Mas recuou para não prejudicar o filho.
“O governo operou mesmo para impedir a CPI”, disse ontem o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR). “A CPI não vai servir de instrumento de açoite do governo pela oposição.”
Já o líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), afirmou que trabalhou nas últimas 24 horas para acabar com a CPI antes mesmo que ela começasse.
Também retirou a assinatura o senador Reditário Cassol (PP-RO), suplente e pai do titular Ivo Cassol (PP). O próprio filho ajudou o governo a levar o pai ao recuo. De acordo com parlamentares da base, o filho lembrou ao patriarca que os Cassol são empresários do setor de geração de energia elétrica e fazem negócios com o governo.

(…)

Voltei
Sim, não se conheciam ainda detalhes do esquema de Carlinhos Cachoeira, mas o que as reportagens de VEJA havia mostrado provavam que algo de muito podre se passava no Ministério dos Transportes e no Dnit. Como se nota pela confissão dos líderes governistas, a ordem era não instalar a CPI. Ponto!
E por que, agora, a CPI do Cachoeira andou tão depressa? Porque a oposição topou imediatamente a investigação e, desta vez, uma parte do petismo aderiu, toda assanhada, à proposta. Havia a crença, FUNDADA EM INFORMAÇÕES FALSAS E NA PURA FOFOCA, de que a tal “mídia” — sabem, né?, “mídia” é jornalismo decente, que os petralhas odeiam — estaria comprometida com o esquema criminoso de Carlinhos Cachoeira. Alimentou-se a fantasia, certamente baseada em leituras apressadas e fragmentadas, de que as revelações da Polícia Federal destruiriam o jornalismo independente, o que era, obviamente, do interesse dos mensaleiros.
Mais: num primeiro momento dos vazamentos, a anti-estrela solitária da lambança era o senador Demóstenes Torres (GO), até então uma das figuras mais vistosas da oposição — era respeitado até por quem não comungava dos valores ideológicos que alardeava.
Desmoralizar a oposição e a “mídia” pareceu a Lula e a Zé Dirceu uma chance de ouro.
Mais: vazamentos seletivos indicavam que a confusão iria bater às portas, e foi mesmo!, do tucano Marconi Perillo, governador de Goiás, detestado pelo Apedeuta.
Bom demais para ser verdade, devem ter pensado os que sempre sonharam com o Partido Único. Seriam aniquiladas num só golpe a oposição e a… mídia!

Tiro n’água
A acusação contra a imprensa foi desmoralizada de maneira até vexaminosa. Subsiste hoje apenas na pena de alguns aloprados, que têm de continuar a fazer o serviço pelo qual são pagos — com dinheiro público!
E, ora vejam, surgiu uma Delta no meio do caminho, com a sua, digamos assim, força avassaladora. Na mesma corrente em que o PT sonhou arrastar Marconi Perillo, também podem rodar Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal (e esse é apenas um de seus problemas), e a figura até então ascendente da política (eu, ao menos, nunca entendi por quê…)
Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio.
E isso pode ser apenas o começo.
Imaginem, então, se Luiz Antônio Pagot (ver post abaixo) resolver falar.
Os que se assanharam na esperança de “destruir a mídia” — e se destaque, em nome da precisão, que esse ímpeto foi de Lula e José Dirceu, não do Planalto (embora se ligue à chicana, sim, já digo como) — certamente ignoravam o grau de intimidade entre a Delta e o esquema de Carlinhos Cachoeira.
Aí tudo ficou, de fato, enrolado demais!
PT e PMDB fecharam ontem uma espécie de pacto para deixar os governadores fora da investigação — e o PSDB não vai reclamar se as coisas caminharem por aí.
Ficariam, assim, fora da CPI Marconi Perillo, Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral. Com isso, pretende-se, também, afastar Fernando Cavendish, o dono da Delta, dão imbróglio.
Nota à margem:
o governo se liga à chicana à medida que órgãos públicos e estatais financiam a pistolagem na Internet.
Sigamos.
Para onde vai a CPI?
Sabendo o que sabem, Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres aceitarão arcar sozinhos com a punição?

Vamos ver quais instruções lhes darão seus respectivos advogados, dois criminalistas experimentados: Márcio Thomaz Bastos e Antônio Carlos de Oliveira Castro, respectivamente. Parece-me que tudo caminha para a chamada estratégia de redução de danos.
Se decidiram botar fogo no circo, arrastando meio mundo político junto, eles próprios sabem que o futuro não lhes será leve.
Entre se danar muito danando a muitos e se danar menos preservando alguns parceiros de viagem, a racionalidade lhes apontaria o segundo caminho.
Quando o Planalto percebeu — e tarde! — o tamanho do rolo, já não dava mais tempo de recuar. Lula e Zé Dirceu, por sua vez, viram frustrado o intento de mandar a imprensa para o banco dos réus.
Anos de gravação flagraram o jornalismo fazendo o seu se trabalho, buscando notícias que eram do interesse público, como aquela que levou à demissão de 27 valentes do Ministério dos Transportes — inclusive, sim, Luiz Antônio Pagot (ver post abaixo).
E a tentativa de negar a existência do mensalão, origem da fúria da turma? O tiro saiu pela culatra. Em vez de jogar areia nos olhos da população, chamou a atenção para a tentativa de golpear a moralidade.
A pressão para que o ministro Ricardo Lewandowski conclua a revisão do processo só cresceu.
PODE ATÉ SER QUE O SUPREMO INOCENTE TODO MUNDO, MAS NÃO SERÁ POR CAUSA DESSA CHICANA.
Pois é… Lula e Zé Dirceu quebraram a cara desta vez:
a) a imprensa independente sai limpa dessa história;
b) muita gente que estava alheia acordou para o mensalão;
c) é a base governista quem se articula mais freneticamente para esfriar a CPI.
De quebra, o jornalismo financiado pelo estado mostrou a cara como nunca.
O Zé forçou a amizade, e a turma teve de se ajoelhar no ridículo. Não há quadrilha na Internet que consiga mudar os fatos, as gravações, o conteúdo do inquérito.
                                                               O Brasil ainda não é a Venezuela, a Argentina ou o Equador.       
E, se depender dos brasileiros e da imprensa livres, não será!

03/05/2012
DO R.DEMOCRATICA

CPI, Delta e 3 governadores

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira furou nesta quarta-feira, 2, a blindagem montada pelo PT para proteger o governo federal e decidiu investigar as ligações da Delta Construções S.A. com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em todo o Brasil, e não somente na Região Centro-Oeste, como havia sido proposto pelo relator Odair Cunha (PT-MG). A CPI determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Cachoeira a partir de 1.º de janeiro de 2002.Os requerimentos que convocam 3 governadores (Goias, DF e Rio de Janeiro) não foram votados ontem.Estou sugerindo que sejam votados em bloco, ou seja, que se confira o mesmo tratamento aos 3 governadores.
DO B. DO ALVARODIAS

Vereadora que recebeu apenas um voto é empossada no Piauí

Com apenas um voto, o dela mesma, uma professora aposentada de 79 anos tomou posse na Câmara Municipal de Coivaras (88 km de Teresina), cidade de pouco mais de 3.800 habitantes.
Constância Melo de Carvalho (PMDB) substituiu Raimunda Costa Santos (PSDB), cassada sob acusação de infidelidade partidária.
Evangélica, ela diz que só assumiu o mandato porque "Deus quis".
"É como diz a palavra de Deus, nos provérbios de Salomão: 'O homem pode fazer os planos, mas a resposta vem do Senhor.'"
Segundo Constância, a performance ruim no pleito se deveu ao fato de ter desistido da campanha para cuidar do filho, que estava doente e morreu meses depois.
"O Neto, meu filho, era minha pedra forte. Ele queria que me candidatasse, mas eu não queria. Dizia para meus eleitores que meu nome tinha ficado lá, mas que não era mais candidata."
No dia da votação, Constância diz que resolveu votar em si própria para ajudar o partido.
"Pensei: 'Sabe de uma coisa? Vou votar em mim. Não vou ser besta'. Se eu votasse em mim, sustentaria o PMDB, o PSB e o PSDB, [partido] do meu prefeito."
O voto acabou lhe rendendo o posto de suplente da coligação.
Segundo o presidente da Câmara de Coivaras, Carlos Alberto Araújo (PSB), os outros suplentes não puderam assumir o cargo por terem trocado de partido com a proximidade das eleições.
Essa é a quarta vez que Constância assume a vaga na Câmara --a primeira foi em 1992, quando teve o segundo maior número de votos.
A posse ocorreu no dia 23 de abril. De lá para cá, só participou de uma reunião, afirma. Entre os projetos, está o de construir uma casa para idosos.
"Vou me comportar como simples vereadora que quer trabalhar pelo povo, mas não foi eleita pelo povo. Ainda assim, o povo é meu povo", diz, com discurso político afiado.
FONTE: FOLHA.COM