sábado, 25 de março de 2017

Relato está na delação de um dos executivos da empreiteira, entregue à Justiça; ela deve virar ré

Brasília - A filha de importante senador aparece como beneficiária de uma conta na qual foram depositados alguns milhões de reais pela Odebrecht. O relato está na delação de um dos executivos da empreiteira, entregue à Justiça.
Segundo o diretor-delator, a Odebrecht recebeu o pedido de um cacique do partido para o repasse e, só depois, ao pesquisar num banco no exterior de quem era a numeração, descobriu a ligação parental.
Duas instâncias
Pai e filha estão enrolados agora com a Justiça. Ele teve o nome remetido por Rodrigo Janot ao STF. E ela deve virar ré na Justiça comum.
Vem bomba
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, deve dar publicidade na segunda-feira à lista da Propinobrecht.

Ponto Final
“Temos que abrir essa ‘caixa preta’. O argumento de que a Previdência é deficitária é uma ‘história mal contada”.
Do senador Paulo Paim após protocolar o pedido de abertura da CPI da Previdência da qual deve ser presidente.

Delator insinuou que amigos de Temer ludibriaram a Odebrecht em R$ 500 mil

Josias de Souza

Os delatores da Odebrecht escancararam no Tribunal Superior Eleitoral o lado avesso da política, por onde circulam os malandros e as verbas espúrias. De todas as revelações, a mais fascinante foi feita por José de Carvalho Filho. Funcionário do segundo escalão do departamento de propinas da construtora, coube-lhe organizar a logística do repasse de R$ 4 milhões ao grupo político de Michel Temer. Ele disse que a conta ficou meio milhão mais cara. Insinuou que desapareceram R$ 500 mil numa espécie de Triângulo das Bermudas que tinha como vértices Eliseu Padilha, José Yunes e Eduardo Cunha. Ludibriada, a Odebrecht viu-se compelida a pagar a mesma cifra duas vezes.
Os R$ 4 milhões eram parte de uma bolada maior, de R$ 10 milhões, liberada nas pegadas de um jantar no Palácio do Jaburu, com a presença do anfitrião, Michel Temer, e de Marcelo Odebrecht. Ficou combinado que os outros R$ 6 milhões seriam despejados nas arcas do comitê de Paulo Skaf, que disputava o governo de São Paulo. Orientado pelo ex-diretor da Odebrecht Claudio Melo Filho, que participara do repasto do Jaburu, José de Carvalho procurou Eliseu Padilha, outro comensal da residência oficial do então vice-presidente.
Amigo e confidente de Temer, Padilha forneceu os endereços para a entrega da mercadoria. Um pedaço da verba, fixado em R$ 1 milhão, destinava-se a Eduardo Cunha. E deveria ser levado ao escritório paulistano do advogado José Yunes, outro amigo de Temer. Dias depois, o delator forneceu a Padilha a senha que Yunes teria de pronunciar para receber a grana: “Morango”.
Acertados os detalhes, o dinheiro foi repassado ao destinatário. Súbito, José de Carvalho foi procurado por Cunha. Tiveram o que o delator chamou de “uma discussão acalorada”. Fora de si, Cunha, então deputado federal, mostrou a ira que tinha por dentro: “Eu recebi uma ligação extemporânea do Eduardo Cunha me cobrando, comentando que ele não recebeu R$ 500 mil”, rememorou o delator da Odebrecht.
Intrigado, José de Carvalho obteve na Odebrecht uma cópia do protocolo de entrega do dinheiro. Coisa devidamente assinada pela secretária de Yunes. Procurou Claudio Melo, o superior hierárquico que jantara no Jaburu com Temer e Marcelo Odebrecht. Sugeriu uma conversa com Eliseu Padilha. Contactado, Padilha realçou as qualidades do seu preposto: “O senhor Yunes é uma pessoa de mais ou menos 70 anos, é de minha confiança, dificilmente não teria registrado isso”.
''Eu vi o recibo assinado pela senhora Cida [supostamente a secretária de Yunes].”, disse o delator José de Carvalho em seu depoimento à Justiça Eleitoral. “Ainda assim, o mal-estar permaneceu. E a empresa deliberou fazer outro pagamento de R$ 500 mil reais.” O segundo pagamento foi feito a um preposto do próprio Cunha. A senha mudou de “morango” para “agenda”.
José Yunes, um amigo que convive com Temer há quase cinco décadas, já havia pendurado um álibi nas manchetes. Fez cara de enganado. Acusou o também amigo Eliseu Padilha de usá-lo como “mula involuntário”. Sustentou em entrevistas e num depoimento “espontâneo” à Procuradoria da República que recebera em seu escritório, em São Paulo, um pacote das mãos do doleiro Lúcio Funaro, homem de Eduardo Cunha. Nessa versão, Yunes saiu para o almoço e, quando voltou, o pacote já havia sido recolhido com sua secretária por alguém que cuja identidade ele diz desconhecer.
Padilha trancou-se em seus rancores e mandou dizer aos repórteres que não comentaria as declarações de Yunes e o depoimento dele à Procuradoria. Ficou boiando no ar uma interrogação: os dois se desentenderam em público ou fizeram uma dobradinha para distanciar o amigo Michel Temer do caixa dois da Odebrecht? A dupla talvez leve a resposta para o túmulo. De concreto, sabe-se apenas que Eduardo Cunha, o amigo desprezado, e Marcelo Odebrecht, o comensal tóxico, estão presos em Curitiba. Soltos, Yunes e Padilha acham que não devem nada a ninguém. Muito menos explicações.
Se soubesse que se defrontaria com malandragens mais refinadas que as suas, Marcelo Odebrecht, o príncipe da construção pesada talvez tivesse organizado seu próprio governo em vez de insistir em comprar o dos outros. Da Odebrecht jamais se poderia dizer que fez acordos espúrios com a Odebrecht em troca de contratos superfaturados. Num governo da Odebrecht, evidentemente, todas as obras públicas seriam da Odebrecht. De cara, seria eliminada a necessidade de licitações. E haveria uma restauração instantânea da moralidade. Num governo 100% da Odebrecht talvez fosse necessário decretar o fim da República. Nada de extraordinário para um país que, na prática, já convive com uma espécie de monarquia à moda brasileira. Reina a avacalhação. DO J.DESOUZA

SÓ O POVO NA RUA PODE VIRAR ESSE JOGO DO TERROR: 26/3, NESTE DOMINGO, A MANIFESTAÇÃO PARA IMPEDIR A VENEZUELIZAÇÃO DO BRASIL.

sábado, março 25, 2017


Hoje é sábado. Véspera de mais um grande movimento nacional contra todos aqueles que desejam venezuelizar o Brasil, isto é, tornar o país muito pior do ficou depois de quase 14 anos do desastrado reinado absoluto de Lula e seus sequazes. Venezuelizar o Brasil é levar a termo o objetivo do Foro de São Paulo, CUJO PRESIDENTE DE HONRA E FUNDADOR É O LULA, o que significa a favelização do Brasil de ponta a ponta. Já estamos muito perto de uma situação em que os lixões serão transformados em supermercados. Na Venezuela, isso já ocorre. Lá os ditames dos comunistas títeres da quadrilha cubana eliminaram os últimos vestígios da democracia erguendo sobre os seus escombros um regime tirânico cujo principal meio de controle social é a FOME! Como em Cuba, onde há mais de meio século sua população passa toda a sorte de privações, dentre elas a mais importante, a falta de alimentos. É pela fome que as ditaduras comunistas mantêm o controle total da população.

Num quadro de fome as quadrilhas incentivadas pelos comunistas é que passam a controlar quem pode e quem não pode comer. Este é um resumo, de forma ligeira, da ameaça que pesa sobre os brasileiros. 

Pois bem, dito isto, todos sabem que neste domingo, dia 26 de março de 2017, está convocada uma Manifestação Nacional destinada a impedir que os assassinos do povo brasileiro, ou seja, o establishment (políticos, grande mídia, formadores de opinião, mega empresários, ONGs esquerdistas e todos os partidos políticos) imponha o caos para manter tudo como está.

Dado aos nefastos fatos evidentes não resta outra opção ao povo brasileiro que não seja exigir imediatamente o fim desse festival de horror patrocinado por todos aqueles que postulam um poder discricionário e perpétuo à custa da desgraça da Nação.
Clique sobre a imagem para vê-la completa

PARA EVITAR UMA TRAGÉDIA
A propósito, o empresário Rogerio Chequer, líder do movimento Vem Pra Rua, escreveu um artigo publicado na Folha de S. Paulo, intitulado "Por que precisamos ir às ruas". Vale a pena ler o artigo que transcrevo abaixo. Como todos sabem toda a grande mídia está boicotando este evento, como tentou boicotar todos as outras mega manifestações que levaram ao impeachment da Dilma. Segue anter do artigo o vídeo de entrevista que Rogerio Chequer concedeu à jornalista Madeleine Lascko do site O Antagonista.

Vejam o vídeo e não deixem de ler o artigo que segue logo abaixo. Portanto vale a pena não apenas ler esta postagem, mas também compartilhar à farta pelas redes sociais, o que pode ser feito diretamente aqui do blog nas ferramentas de compartilhamento logo abaixo ao final do artigo. 

Lembrem-se que não há muito tempo para evitar o pior. A não ser que vocês queiram permitir que se dê carta branca para a corriola infame que deseja fazer dos lixões os locais onde o povo brasileiro tentará mitigar a fome. Isto não é sensacionalismo não. Isto é a verdade. Portanto temos que lutar para impedir que essa tragédia se abata sobre o Brasil como já ocorre na Venezuela. Leiam o artigo abaixo e vejam o vídeo:



POR QUE PRECISAMOS IR ÀS RUAS?
Por Rogerio Chequer
A famosa frase "você pode enganar alguns durante um tempo, mas não pode enganar a todos por muito tempo" está em risco. Vivemos no Brasil uma nova realidade, onde a sociedade passa a cobrar de nossos representantes que efetivamente nos representem. Enquanto isso, esses representantes, apavorados com a possibilidade de perderem poder e privilégios, lutam para sobreviver. Custe o que custar à democracia. Seu plano é simples, mas avassalador. Basta que nos enganem nos próximos seis meses.
Como funcionam as eleições no Brasil? Simples. Com dinheiro suficiente, qualquer um pode ser eleito. Uma vez eleito, ele usa o mandato trabalhando para conseguir dinheiro para a próxima eleição. Atender aos eleitores não é prioridade, pois a memória do povo é curta e suscetível a belos slogans e campanhas de marketing. Nesta realidade, mestres na arte de se eleger permanecem no poder por décadas, sem jamais trabalhar para o país, para a sociedade, muito menos para quem os elegeu.
O que poderia quebrar esse ciclo? Menos dinheiro e mais consciência dos eleitores. Ambos estão prestes a acontecer, e por isso o momento é único. Os políticos profissionais (ressalte-se: não são todos, mas a grande maioria) estão desesperados.
Diante da ameaça de perder poder e o foro privilegiado, criaram uma estratégia simples: dado o fim do caixa 2 e com o caixa 1 contaminado, aumentariam o dinheiro que tiram dos impostos pagos por nós, e o canalizariam para os partidos —dinheiro este que poderia e deveria ir para educação, saúde e infraestrutura, mas que passaria a alimentar campanhas de reeleição. Para garantir que esse dinheiro eleja os caciques partidários atuais (e quem mais os interessa) criariam uma lista rígida, em que os candidatos serão colocados na ordem que interessar. Interessar a quem? Aos caciques. Votos a novos candidatos, que poderiam oxigenar a política, servem aos primeiros da lista. Com sorte, chegam no candidato votado. Isto é a lista fechada.
O esquema de aumento colossal (fala-se em R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões por ano, todo ano!) de financiamento público e fechamento de listas é perverso e quebra a segunda perna da nossa democracia, a representatividade, já debilitada pelos esquemas de corrupção e compra de poder espalhados pela República.
Os argumentos a favor do esquema são frágeis e falaciosos. Vejamos os principais, e as alternativas disponíveis.
1. Lista fechada é mais barato: Sim, mas seria custo o principal critério? Se sim, por que não mudamos o sistema para o voto distrital, que segundo estudos diminui o custo das campanhas em cinco vezes? Devemos ter muito cuidado em isolar o critério "custo" de eleições, pois ditaduras carregam os sistemas eletivos mais baratos. Minha pergunta é: quanto vale um processo realmente democrático?
2. Não dá tempo de mudar o sistema para uma solução ideal: Ora, e dá tempo de mudar para a pior alternativa? Já existem no Congresso projetos de lei para voto distrital, recall e outros, que poderiam ser utilizados. O prazo é o mesmo —até 2 de outubro deste ano— para qualquer mudança. São seis meses.
3. Lista fechada fortalece os partidos: Na verdade, fortalece os caciques dos partidos, não sua base, nossa esperança de renovação. Por isso há dissidências ao plano nas bases dos grandes partidos, que sabem que o benefício será direcionado aos chefões de sempre.
4. O fim do financiamento privado requer nova fonte de financiamento: Não foi o financiamento privado que acabou, mas o de empresas. Se os partidos passassem a atender aos cidadãos, sua função primordial, estes seriam seus contribuintes voluntários, recorrentemente como filiados ou esporadicamente, em eleições. Isso criaria um círculo virtuoso entre sociedade e partido —este servindo àquela—, gerando partidos com ideologias e interesse genuíno nos cidadãos.
5. O financiamento público atual não é suficiente: O Fundo Partidário foi R$ 820 milhões em 2016. Há três anos, era R$ 290 milhões, um terço do valor atual! Como foram alocados os R$ 600 milhões adicionais? Precisam agora de mais R$ 3 bilhões? É um escárnio.
6. Já temos renovação: Alguns dizem ser da ordem de 50%. Porém a renovação histórica do Congresso não implica mudanças, pois os poucos caciques que se mantêm no poder são suficientes para evitar a modernização do sistema. E trazem consigo novos apadrinhados. Exatamente ao que assistimos agora.
A fragilidade desses argumentos revela a real intenção dos velhos caciques parlamentares, que tentam evitar o fim que os aguarda. Com o poder que têm, eles podem sim aprovar essas medidas. Cabe a nós, sociedade, exigir que não o façam. E precisamos ser rápidos –a primeira votação ocorre em duas semanas.
Neste domingo, temos uma chance de protestar contra essa articulação. Mostrarmos que somos quem financia tudo isso, com muito trabalho e impostos. Cabe a nós evitar um desastre tão danoso ao país quanto a corrupção, pois ele a perpetuará.
Se nos deixarmos ser enganados nos próximos seis meses, teremos que engolir esse mesmo Congresso por mais quatro ou oito anos. Cada um tem a oportunidade de escolher: ir às ruas exigir renovação política; ou ficar em casa e perder o direito de reclamar depois. DO A.AMORIM