domingo, 10 de junho de 2012

Lula confirma que portadores da síndrome de Deus são muito parecidos com um Napoleão de hospício

A arrogância do chefe da seita e a docilidade do rebanho reafirmam que a mais notável diferença entre um Napoleão de hospício e um líder político portador da síndrome de Deus está na reação das testemunhas confrontadas com surtos de grosso calibre: enquanto os enfermeiros providenciam a camisa-de-força e um sossega-leão, os devotos batem palmas e berram amém. A história informa que foi sempre assim. Assim tem sido com Lula e seus seguidores.
Depois da vitória de Dilma Rousseff em 2010, o maior dos governantes desde Tomé de Souza botou na cabeça que é mesmo onipresente, onisciente e onipotente. Quem transforma um neurônio solitário em presidente do Brasil pode fazer o que quiser, deduziu o mestre e concordaram os discípulos. Poderia, por exemplo, tornar-se o primeiro secretário-geral da ONU que não sabe falar sequer a língua do país onde nasceu. Ou ganhar o Prêmio Nobel da Paz com o apoio militante dos aiatolás atômicos e dos genocidas africanos.
Mas primeiro deveria livrar São Paulo do jugo dos tucanos, decidiu o intuitivo incomparável ao deixar a Presidência. Para pavimentar o caminho que levaria Antonio Palocci ao Palácio dos Bandeirantes, ordenou à sucessora que garantisse ao estuprador de sigilo bancário uma escala na Casa Civil. O plano infalível não durou seis meses. A descoberta do milagre da multiplicação do patrimônio escancarou as patifarias do consultor de araque, o reincidente acabou despejado do Planalto e hoje usa o direito de ir e vir para driblar camburões na planície.
O fiasco aconselhou o articulador genial a esquecer por uns tempos o governo paulista, mas não lhe reduziu a autoconfiança, nem a ansiedade pela anexação do território paulista aos seus domínios. Convencido de que quem elegeu um poste de terninho nem precisa suar em palanques para eleger um poste com topete, comunicou ao PT que o prefeito de São Paulo seria Fernando Haddad. Ele cuidaria pessoalmente de domar os recalcitrantes, silenciar os descontentes, alegrar os amuados, renovar o contrato com a base alugada e, de quebra, consolidar uma surpreendente parceria com o PSDB de Gilberto Kassab.
Deu tudo errado. Prematuramente aposentada pelo dono do partido, Marta Suplicy continua fora da campanha de Haddad. O PMDB lançou a candidatura de Gabriel Chalita. O PR e o PP avisaram que o acerto nacional não se estende aos municípios e se juntaram à coligação liderada pelo PSDB de José Serra. Kassab fechou exemplarmente a procissão de adversidades. Antes de reatar o noivado com Serra, apareceu numa festa do PT como convidado de honra e caprichou na piscadela para Dilma Rousseff. O SuperMacunaíma que passa a perna em todo mundo foi ostensivamente tapeado por Gilberto Kassab.
Lula achou que decidiria a disputa em São Paulo com meia dúzia de comícios. Neste junho, enquanto tenta submeter os interesses do PT à vontade do governador pernambucano Eduardo Campos, para celebrar um acordo com o PSB que amplie o espaço de Haddad no horário eleitoral, o campeão das urnas anda pedindo votos para o afilhado até em festa de batizado. Mergulhados na mudez dos nascidos para obedecer, os devotos contabilizam sem queixas os estragos causados por outros dois surtos do homem que mesmo depois do câncer insiste em confundir-se com Deus.
Um deles resultou na primeira CPI da história parida pelo próprio governo. Concebida para decretar a morte política de inimigos goianos, a CPI da Vingança também atrairia atenções até então monopolizadas pelo julgamento dos mensaleiros. Mais um fiasco. Sem a CPI do Cachoeira, Demóstenes Torres e Marconi Perillo dificilmente sobreviveriam às bandalheiras reveladas pela Polícia Federal. Graças ao que se transformou na CPI da Delta, ambos deverão afundar abraçados a Sérgio Cabral, Agnelo Queiroz, Fernando Cavendish e ao resto do bando enlaçado pelo polvo administrado por Fernando Cavendish. O segundo surto fez Lula acreditar que quem nomeia oito ministros vira presidente de honra do Supremo Tribunal Federal, com direito a antecipar ou adiar julgamentos e, em casos de alta periculosidade, fixar o resultado da votação.
Para não atrapalhar a campanha do PT, entendeu que o julgamento do mensalão deveria ocorrer só em 2013. Ordenou ao revisor Ricardo Lewandowski que retardasse a conclusão do relatório. Ordenou a Dias Toffoli que ignorasse os muitos motivos para declarar-se sob suspeição e votasse a favor dos culpados. Já começava a comemorar o sucesso da sequência de achaques quando o país ficou sabendo do que houve no desastroso encontro com Gilmar Mendes. Graças ao lobista trapalhão, o STF recuperou a agilidade. Lewandowski foi informado de que precisa terminar o serviço ainda neste mês. O julgamento vai começar em 1° de agosto. Até o fim de setembro, uma cadeia nacional de rádio e TV transmitirá ao vivo esse Big Brother Brasil da Bandidagem. Lula merecia ser convidado para apresentá-lo.
Em 2010, colérico com as críticas formuladas por Fernando Henrique Cardoso, o cacique incapaz de aceitar o convívio dos contrários avisou que, assim que deixasse o cargo, ensinaria ao antecessor como deve comportar-se um ex-presidente da República. De lá para cá, FHC manteve a postura digna de sempre. Lula está cada vez mais parecido com José Sarney e Fernando Collor.
POR AUGUSTO NUNES
REV VEJA

Protógenes, o caçador que virou caça

O risco que corre a caça corre o caçador. O deputado e ex-delegado Protógenes Queiroz está correndo mais riscos de ser imediatamente e severamente punido, que os criminosos que ele tentou alcançar na famosa operação Satiagraha. Acusam-no com gravações feitas pela Polícia Federal, de ligações suspeitas e promíscuas com o araponga, Dadá, que também é o braço de direito do contraventor Carlinhos Cachoeira. Na sua cobertura Daniel Dantas está dando risadas.
Foto: Sergio Lima/Folhapress
DO OUTRO LADO - Protógenes, desconforto e ira, na situação de investigado
Postado por Toinho de Passira
Fontes: Congresso em Foco, Diário de Pernambuco, Blog do Jefferson, Wikipedia, Estadão
O deputado e ex-delegado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), o Xerife implacável, que presidiu a famosa e barulhenta Operação Satiagraha, passou de caçador destemido a caça raivosa. A mudança deve-se ao relatório do deputado Amaury Teixeira (PT-BA) apresentado na quarta-feira (6) no Conselho de Ética da Câmara defendendo que o delegado seja investigado por indícios de quebra de decoro parlamentar.
Protógenes é acusado de ter envolvimento com um dos integrantes da quadrilho do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O parecer será analisado, provavelmente, na próxima terça-feira (12) e se aprovado Protógenes, que representa o seu partido na CPMI do Cachoeira, vai ficar na estranha situação de investigado investigando.
A imprensa revelou que Protógenes colérico, ao saber do relatório, usou o microblog Twitter, para atacar o deputado que aceitou a representação do PSDB:
"O parecer do deputado Amauri do PT chegou com Corpus Christi, véspera de quinta santa, diz que Jesus reuniu seus apóstolos para a Última Ceia. Traição!"
Assumindo a postura de paladino perseguido comenta adiante: “talvez o erro ético maior foi requerer a CPMI do Cachoeira e revelar os ladrões dessa Republica e aqueles que se revelam no processo”.
E voltou às baterias novamente contra o relator:
“Um passarinho me contou agora que o Deputado Amauri do PT, cumpriu tarefa do PT em acordo com o PSDB. Querem desviar o foco da corrupção da Delta”.
Protógenes semeou ventos e colhe tempestades. Os inimigos que arrebanhou na operação Satiagraha (banqueiros, diretores de banco e investidores, que acabaram presos e processados) são perigosos, influentes e vingativos, o suficiente para alcançá-lo, onde quer que esteja.
O delegado, porém facilita a vida dos inimigos, pois é um justiceiro arbitrário, incompetente e falastrão. A Operação Satiagraha (“firmeza na verdade” em sânscrito), presidido por ele, está repleta de excessos e grosseira irregularidades na obtenção das provas, entre elas a colaboração imperdoável de arapongas.
FACA DE DOIS GUMES - Dadá, o araponga, servia igualmente o contraventor Carlinhos Cachoeira e o delegado Protógenes Queiroz
Protógenes é acusado formalmente por ter sido flagrado, em escutas telefônicas da Polícia Federal, numa suspeitíssima relação com o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o araponga Dadá, o homem encarregado de corromper servidores de órgãos públicos federais e fazer grampo ilegal, a serviço organização criminosa gerida por Carlinhos Cachoeira.
Dadá, porém, também tem uma ligação com o delegado, pelo menos desde que colaborou (?), de forma clandestina, com a operação Satiagraha.
Sobre o assunto o ex-deputado Roberto Jefferson disse no seu Blog:
”Esta relação de Protógenes, o delegado da Satiagraha, e Dadá, o araponga do bicheiro, é assunto mais do que gordo, suficiente não só para um processo no Conselho de Ética, mas também para encher uma CPI inteira. Afinal, alguém precisa investigar o investigador. Protógenes perdeu o controle e mostrou ao Brasil o quanto de informalidade, ilegalidade e interesses pessoais escusos envolvem as operações midiáticas da PF”.
O pedido de investigação sobre a possibilidade de quebra de decoro do deputado Protógenes Queiroz, feita pelo PSDB e aceita pelo relator, tem como ponto de partida reportagem do jornal O Estado de São Paulo publicada em abril. De acordo com o periódico, Protógenes foi flagrado, por grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em pelo menos seis conversas suspeitas com Dadá, o araponga.
. “A ligação de Protógenes com Dadá permite questionamentos sobre sua autoridade para integrar a CPI. Os diálogos revelam o empenho do deputado, delegado licenciado da PF, em orientar Dadá na investigação aberta contra ele próprio, no ano passado”, comenta a jornalista Rosa Costa, para o Estadão.
Numa das conversas, Protógenes lembra ao araponga para só falar em juízo. "E aí, é aquela orientação, entendeu?, diz ele, antes do depoimento de Dadá. As ligações foram feitas para o celular do deputado. Fica evidente a preocupação de Protógenes em não ser visto ao lado de Dadá. Eles sempre combinam encontros em locais distantes do hotel onde mora o deputado, como postos de gasolina e aeroportos.
Com uma imagem de quem se tornaria o "xerife" da Câmara, Protógenes foi eleito graças à carona que pegou nos 1,3 milhão de votos do palhaço Tiririca (PR-SP) para preencher o total de votos exigidos pelo quociente eleitoral de São Paulo.
Nos áudios da Monte Carlo, Dadá trata o deputado por "professor" e "presidente" (do inquérito). Uma das interceptações mostra Protógenes sugerindo a Dadá que o encontre num novo hotel. "Não tô mais naquele não", avisa, num sinal de que os encontros são constantes. No grampo de 11 de agosto de 2011, acertam o local da conversa, mas se desencontram. "Tá onde?", pergunta. Dadá responde: "Em frente da loja da Fiat", ao que o deputado constata: "Ah, tá. Estou no posto de gasolina". "No primeiro?", indaga Dadá. "Isso", confirma o deputado.
Protógenes agora tem um encontro marcado, as claras e a luz do dia, com o Conselho de Ética da Câmara.
DO THE PASSIRA NEWS

Tucano Otávio Leite lança candidatura no Rio; a difícil, mas não impossível, tarefa de apear Eduardo Paes da Prefeitura

A reeleição do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), parece tranquila caso se levem em conta os números das pesquisas. Mas a corrida mal começou. Terá um adversário à esquerda, Marcelo Freixo (PSOL), que caiu no gosto dos “socialistas” de Copacabana, Ipanema e Leblon. A postulação de Freixo pode ser desgastante para o prefeito porque “o homem que combateu as milícias”, incensado por artistas e descolados em geral, encarna a bandeira da “ética”. Em tempos de “República do Guardanapo” e dancinha na boquinha da garrafa em Paris,  Paes pode ter de pular miudinho. Afinal, hoje, ele não se distingue de seu mais recente padrinho político, o governador Sérgio Cabral (PMDB), o amigão de Fernando Cavendish.
Disputam o espaço que vai da centro-direita à centro-esquerda, onde Paes transita hoje, os deputados Rodrigo Maia (DEM), coligado ao PR de Anthony Garotinho, e Marcelo Leite (PSDB), que lançou sua candidatura na manhã deste domingo. A situação do prefeito, em tese, é confortável, dadas a coligação gigantesca que o apoia — liderada por PMDB e PT — e a mobilização de duas máquinas poderosas: a Prefeitura e o governo do Estado.
Vamos ver.  Com Cabral na berlinda e incapaz de dizer, afinal de contas, que diabos a sua corte fazia em Paris, o viés de Paes é de baixa, ainda que as pesquisas indiquem uma situação confortável. Seus vínculos com o governador certamente comporão o arsenal dos adversários para tentar tirá-lo da Prefeitura — tarefa difícil, sim, mas não impossível. Leiam trechos de duas reportagens de Ítalo Nogueira (íntegras aqui e aqui), na Folha Online, sobre o lançamento da candidatura do tucano Otávio Leite neste domingo.
*
O deputado federal Otávio Leite (PSDB), 50, lançou na manhã deste domingo (10) sua candidatura à Prefeitura do Rio e vai iniciar a campanha acionando a Justiça Eleitoral contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tentará a reeleição.
A sigla vai questionar amanhã no Tribunal Regional Eleitoral do Rio suposta campanha antecipada de Lula e Paes durante a inauguração do corredor de ônibus Transoeste, realizada na semana passada. No evento, o ex-presidente disse que vai pedir votos para o peemedebista “em 2012 com muito mais convicção”.
“O presidente Lula pode apoiar quem ele bem entender. O que não é justo e democrático é fazê-lo num palanque custeado pelo povo do Rio de Janeiro. Houve ilegalidade porque foi campanha antecipada e ofensa grave à democracia, porque não se pode usar a máquina pública para pedir votos”, disse Leite.
(…)
Lula decadente
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse na manhã deste domingo (10), no Rio, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “decadente” e criticou a suposta tentativa do petista de interferir no julgamento do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Presente ao lançamento da candidatura do deputado Otávio Leite (PSDB) à Prefeitura do Rio, o tucano criticou também o ex-ministro José Dirceu. O petista, em encontro da UJS (União da Juventude Socialista) ontem, pediu que a juventude proteste nas ruas pedindo a absolvição dos acusados no processo do mensalão, grupo do qual faz parte o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula.
“O Supremo Tribunal Federal não será derrubado. Durante a ditadura, cassaram mandatos, fecharam o Congresso, mas não derrotaram o Supremo. Não é agora que um ex-presidente decadente irá derrotar o Supremo Tribunal Federal, que haverá de realizar um julgamento sério, rigoroso, para colocar na cadeia aqueles que lá devem estar. E não pelas ruas do país pedindo o apoio da nossa juventude”, disse o senador.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Roubalheira na UNE: é hora de gritar "estudante caloteiro, devolve meu dinheiro".

Os escândalos da UNE foram turbinados por Lula e Haddad, como parte da estratégia para validar a desastrosa e escandalosa ampliação do número de universidades no país. Não é à toa que as "federais" estão novamenta paralisadas por greves. Lula calou a boca de um bando de estudantes corruptos, estelionatários e caloteiros, aboletados dentro da entidade, com liberdade para roubar e fraudar os cofres públicos. É hora de dar um basta nisso. Agora vejam a ironia. Ontem José Dirceu, o chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão, convocou os estudantes para irem às ruas defendê-lo de seus crimes. Juntos, o chefe de quadrilha e os bandidinhos da UNE concluíram que a culpa não é deles: é da imprensa que denunciou os fatos. Leia, abaixo, editorial do Estadão.
Convertidas em entidades chapa-branca desde a ascensão do PT ao poder e apoiando todas as iniciativas administrativas e políticas do Palácio do Planalto nos últimos dez anos, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) de São Paulo estão sendo investigadas pelo Ministério Público (MP) Federal por malversação no uso de verbas públicas.
A investigação, informa o jornal O Globo de sexta-feira, foi aberta pelo procurador Marinus Marsico, que atua no Tribunal de Contas da União (TCU). Ao examinar as prestações de contas das duas entidades, entre outras irregularidades, ele identificou o uso de notas fiscais frias e descobriu que parte dos recursos liberados pelo governo para promoção de atividades culturais e "caravanas da cidadania" foi gasta com a compra de cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca e com a aquisição de búzios, velas e celulares.
Entre 2006 e 2010, a UNE e a Umes receberam cerca de R$ 12 milhões dos cofres públicos para implementar projetos de capacitação de estudantes e promover eventos esportivos, além de iniciativas culturais. Segundo o procurador Marinus Marsico, as duas entidades gastaram perdulariamente esses recursos em atividades que nada tinham a ver com os objetivos dos convênios firmados com os Ministérios da Educação, Saúde, Cultura, Turismo e Esporte.
No caso dos convênios firmados pela Umes com o Ministério da Saúde, no valor de R$ 234,8 mil, por exemplo, a entidade não teria realizado licitação pública para a escolha das escolas beneficiadas nem apresentou qualquer justificativa para a dispensa de concorrência, como exige a legislação.
Segundo o MP Federal, quatro notas da empresa WK Produções Cinematográficas apresentadas para justificar gastos com a Caravana Estudantil da Saúde, realizada em 2009 para promover a "conscientização da importância de doar sangue", são "inidôneas". Gastos de R$ 20 mil previstos para assessoria jurídica foram elevados para R$ 200 mil, sem qualquer justificativa.
As investigações também constataram duplicidade de pagamentos, imprecisão do objeto do convênio e até a transferência de recursos da conta oficial da entidade para contas bancárias pessoais dos responsáveis pela Caravana Estudantil da Saúde. Na representação que encaminhou ao TCU, o procurador Marinus Marsico afirma que as irregularidades são graves, sugerindo "possíveis atentados aos princípios da moralidade, da legalidade, da legitimidade e da economicidade, além de evidenciarem possíveis danos ao erário público".
No caso dos convênios firmados há quatro anos pela UNE com os Ministérios da Cultura e do Esporte, para "implantação de atividades esportivas e debates" durante a 6.ª Bienal de Artes, Ciência e Cultura, as prestações de contas não foram enviadas até hoje pela entidade. "É lamentável, especialmente pela história de lutas dessas entidades. Elas teriam que ser as primeiras a dar à sociedade o exemplo de zelo no uso do dinheiro público", diz o procurador.
Por não prestar contas de como gasta dinheiro vindo de convênios firmados com a União, a UNE foi, no ano passado, inscrita pela Procuradoria-Geral do Ministério da Fazenda como inadimplente no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). E, se for condenada pelo TCU, com base nas provas que estão sendo coletadas pelo MP Federal, poderá ser obrigada a devolver as vultosas quantias que já recebeu.
No passado, a UNE lutou efetivamente, tanto contra a ditadura de Getúlio Vargas quanto contra a ditadura dos militares. Hoje, a UNE é um reduto do PC do B - partido que se destacou no escândalo dos repasses irregulares de recursos públicos a organizações não governamentais fantasmas, denunciado no ano passado. Além de viver de regalias do governo e do monopólio na expedição de carteiras estudantis, a UNE é manipulada por estudantes profissionais que fazem do lazer e da bajulação sua principais "especializações".
É por isso que as "tomadas de posição" da UNE já não valem o papel em que são escritas. DO UPEC

Mensalão: o que não foi investigado, por Ilimar Franco

domingo, 10 de junho de 2012

Ilimar Franco, O Globo
A menos de dois meses do julgamento do mensalão, policiais federais que atuaram nas investigações lembram que muitas coisas que reforçariam a denúncia contra os réus não foram adiante. 
Na época, não se autorizou buscas nas casas do ex-ministro José Dirceu, do ex-presidente nacional do PT José Genoino, e do publicitário Marcos Valério. A PF queria ouvir o presidente Lula, mas a PGR segurou o pedido.
Interceptações telefônicas não foram permitidas, assim como investigações no Banco do Brasil e rastreamento de contas no exterior. “Se tiver absolvição, lavo as minhas mãos”, disse um dos agentes envolvidos. Fonte: Blog do Noblat
E os criminosos ainda alegam que houve cerceamento da defesa. José Dirceu diz que não há provas contra ele. As provas disponíveis no site do senado são suficientes para condena-lo a prisão perpétua.
José Dirceu e sua quadrilha tiveram sete anos para preparar a sua defesa. Já apresentaram esta defesa dezenas de vezes.
Por causa do envolvimento de Luiz Inácio Lula da Silva, maior beneficiário do esquema de corrupção, o Procurador Geral da República se acovardou e não apresentou denúncia contra Lula.
Os crimes cometidos são suficientemente provados para que Lula perdesse o mandato.
Chega de covardia. Ou o Brasil acaba com o PT ou o PT acaba com o Brasil (e já está acabando).
DP UPEC

Golpe dos juros: Quem caiu?

O golpe dos juros baixando é um processo de grande teatralidade política e uma piada econômica. A Velhinha de Taubaté até se empolgou com a Guerreira Dilma fingindo que lutava com os Banqueiros da Maldade. Pena que era tudo ficção. Os bancos, que sempre ganharam muito com a usura alta, continuam faturando alto com o ilusionismo da taxa referencial de juros em queda. Resumo da ópera bufa: quem sempre cai no conto dos vigaristas, sai perdendo e paga a conta é o otário do consumidor-correntista.
Pesquisa do Procon de São Paulo comprova o golpe. As tarifas cobradas pelos principais bancos aumentaram até 41% em um ano. Enquanto a taxa referencial de juros teve sua queda histórica de 11% para os 8,5%, com o governo dando ordem para os bancos baixarem também os seus juros e liberarem mais crédito aos ávidos consumistas (perdão, consumidores) sem grana, o golpe transcorria nos bastidores bancários. Sempre bem informados, os bancos agiram preventivamente para manter os lucros ou – quem sabe até – lucrar um pouquinho mais.
A pesquisa do Procon comparou o valor de pacotes oferecidos nos meses de maio de 2011 e maio de 2012 pelos sete principais bancos privados e públicos: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Safra e Santander. Os tais bancos públicos, onde parece que a Dilma e sua turma dão alguma ordem, foram na mesma balada. O Banco do Brasil teve uma elevação nos preços nivelada, com altas de 9,5% e 10%. A Caixa Econômica Federal teve seus pacotes reajustados mais elasticamente, com o menor aumento do pacote de 2,99% e o maior de cerca de 30%.
Para surpresa da Velhinha de Taubaté (só ela mesmo se surpreende), o aumento das tarifas bancárias, na maioria dos casos, ficou acima da inflação acumulada no período, de cerca de 5%. O Itaú registrou o maior aumento no preço cobrado por um pacote: 41%. No HSBC, o menor aumento foi de 6,4%, enquanto o máximo foi de 20%. O banco Safra fez dois reajustes, de 11% e 28%. O Santander fez as menores alterações, até porque já tinha tarifas nem salgadas, com seu único pacote subindo 3%.
O Banco Central do Brasil baixou a taxa Selic, porque a Dilma mandou (?), mas a previsão de inflação continua elevada. O comitê de nove iluminados do BC do B errou na conta? Enquanto a resposta não aparece, certo é que o golpe nos juros também atingiu em cheio aquele trabalhador da classe B e C que apostava em se aposentar investindo em Previdência Privada. Ficaram péssimos na fita aqueles investidores que tinham planos com elevadas taxas de administração cobradas pelos bondosos bancos. Ou terão de aumentar o valor da contribuição mensal, ou vão demorar mais para se aposentar com o valor programado.
Sorte geral é que, no discurso da propaganda oficial, tudo vai bem. O problema são os números. A Velhinha de Taubaté não acredita neles. Azar dela! A economia opera em estagnação. Diferente do endividamento dos simples mortais que continua subindo. Em maio, o indicador de dívidas não pagas cresceu 4,3% em comparação com o mesmo mês de 2011. É a 15.ª elevação em 16 meses. Eis a conseqüência esperada do modelo lulista de incentivar o gasto das famílias com uma política agressiva de expansão do crédito, com juros caindo, mas ainda elevados.
O Brasil é uma ilusão econômica. Tem potencial para ser o gigante do futuro, mas trabalha como o anão do presente, sempre acumulando malditas heranças de incompetência política e econômica. O modelo de ensino, baseado na (m)idiotização, só amplia o número analfabetos funcionais – incluindo a turma com diploma superior e pós-graduação. A infraestrutura, sempre carente de modernização, é uma promessa nunca cumprida. Os investimentos produtivos ficam inviáveis com um impostor sistema tributário que sustenta o cada vez mais perdulário Estado Capimunista.
Para piorar: os segmentos esclarecidos da sociedade não conseguem se unir para formular um Projeto de Nação para o Brasil. Assim, somos condenados a viver como aquele vira-lata raivoso que corre sempre atrás do próprio rabo. E, conforme a maldição prevista nesta modalidade de corrida, quem sempre corre atrás nunca chega em primeiro lugar.
A Velhinha de Taubaté, apesar de tudo, continua otimista. Há um tempão o Governo do Crime Organizado esquarteja nossa Nação. Mas a gente só dá importância mesmo para a desinfeliz que mata e corta o marido infiel em pedacinhos. A estupidez é cruel! O crime dela, certamente, terá castigo. O cometido pelos demais criminosos que assassinam o Brasil, dificilmente.
Uma imagem forte pelo menos vem á mente. Já pensou se a loura Elize Kitano comparecer a um Congresso da União da Juventude Socialista para pedir que todos façam uma mobilização de rua para defendê-la do monstruoso “monopólio da mídia” no processo do Mensalão? Ainda bem que isso não vai acontecer... Assim, a tal da “batalha final” terminará empatada. O placar moral em favor do time da penitenciária? Fácil: - 1 x -1...
DO ALERTA TOTAL - 10-06-2012 

O dia em que José Dirceu e Eduardo Paes se uniram contra a “mídia” e as leis para dar um pé no traseiro dos fatos. Ou: “Quem te viu, quem te vê”

O que esta foto faz aqui?
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Já explico. Antes, algumas considerações necessárias. No dia 11 de maio, escrevi um post intitulado “José Dirceu, acreditem!, prevê massas nas ruas se for condenado pelo STF!!! Ou: na raiz da pantomima do Zé está a briga pelo espólio do PT. A lenta sucessão no partido já começou“. Revelei, então, o que o Zé andava dizendo a seus interlocutores. Como as tais “massas” não sabem direito quem ele é — e a parte que sabe o repudia —, resta-lhe apelar à militância que mama nas tetas do governo e que se locupleta da coisa pública (os espertalhões dizem que é para construir o socialismo, sabem?) para pressionar o STF. Dirceu, como é sabido, numa ação combinada com Lula, agiu para tentar desmoralizar o Supremo Tribunal Federal. Como a operação foi malsucedida, pretende agora criar um falso clamor público em favor da sua absolvição.
Foi o que fez ontem. Ele era um dos convidados do 16º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista (UJS), um dos braços do PCdoB, que aconteceu na Universidade do Estado do Rio (ver posts abaixo). Chamou o julgamento do mensalão de “batalha política”, que tem de ser “travada nas ruas”, para enfrentar, segundo disse, o “monopólio da mídia”. Convocou a UNE a sair em sua defesa.
Sim, meus caros, a UNE é aquela entidade dirigida pelo PCdoB que recebeu milhões do governo federal para tocar alguns projetos e que apresentou notas frias na prestação de contas. Com o dinheiro, a boa juventude socialista andou comprando uísque, tanquinho, freezer e pagando contas em bares e restaurantes. O Congresso também aprovou um repasse de R$ 30 milhões para a reconstrução da sede daquela que já foi a representação máxima dos estudantes. Até agora, a coisa não saiu do papel. Daniel Iliescu, o tiozinho-presidente, deu de ombros. Segundo ele, a UNE é uma entidade privada e não tem de prestar contas da grana.
Dirceu não foi o único convidado a falar no evento, não! Também o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), compareceu. E deu a sua contribuição ao grotesco. Referindo-se à prestação de contas eivada de irregularidades apresentada pela UNE, Paes deu seu apoio ao presidente da entidade, Daniel Iliescu, que estava presente, nestes termos:
“Daniel, é assim mesmo. O problema é o seguinte: as eleições estão chegando. Como a UNE se posiciona, fica difícil não apanhar. Então, casca grossa, vai em frente que a UNE é maior do que tudo isso”.

A convivência com Sérgio Cabral — ou sua real natureza, que antes não se revelava — está fazendo com que Paes perca a noção de limites e o senso de ridículo. Fala o que dá na telha. Como está sendo bem-sucedido até aqui, é possível que prossiga nessa trilha. O dedicado  ex-integrante da CPI dos Correios (a do mensalão) e ex-secretário-geral do PSDB, hoje convertido ao PMDB e ao lulismo fanático, está acusando de eleitoralismo o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal, que apontam as irregularidades, e claro!, a imprensa que noticia os fatos. Outra estrela do evento era Orlando Silva, ex-ministro do Esporte, pasta que, ora vejam…, havia deixado de cobrar da UNE a prestação de contas — coisa de “camaradas”, vocês sabem…
E agora volto àquela foto lá do alto, do dia 25 de maio de 2005. Na ponta direita, vemos o então deputado tucano Eduardo Paes segurando uma faixa em que se via o logo do PT e se lia a expressão “Quem te viu, quem te vê”. À sua esquerda, os deputados Jutahy Jr. (PSDB-BA) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). Ao microfone, discursa o também tucano Alberto Goldman, líder do partido na Câmara. Exige a instalação da CPMI dos Correios, que o governo tentava a todo custo abafar. Reportagem da VEJA havia demonstrado a cobrança de propina na estatal. No dia 6 de junho, a Folha publicou a entrevista com Roberto Jefferson, denunciando o mensalão, e o resto é história.
Paes resolveu mudar de lado, bandear-se para o petismo, fazer mea-culpa, arrepender-se de ter sido oposição um dia, lastimar o seu passado, tudo para atingir a glória? Que o fizesse! Ninguém poderá negar que, sob certo ponto de vista, fez a escolha correta, não é mesmo? Eis aí o prefeito, com excelentes chances de se reeleger. Pode ambicionar o lugar de Cabral daqui a dois anos.  Caso logre esse intento, terá sido uma carreira meteórica do jovem que começou na política pelas mãos de César Maia, em 1993, como subprefeito da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Era, então, do PV. Migrou para o PFL, foi para o PTB, voltou para o PFL, voou para o PSDB e dali migrou para o PMDB. Quando o fez, era nada menos do que secretário-geral do partido, o segundo cargo na hierarquia.
Paes foi um dos mais aguerridos membros da CPI dos Correios, conhecida como CPI do Mensalão. Sete anos depois, ele e Dirceu discursam no mesmo evento, e suas respectivas falas têm um mesmo vetor moral. Nota fria, como sabe o prefeito, não é questão de opinião e de lado. Seja ele tucano ou peemedebista, se fria, fria é. O que quero dizer com isso é que as pessoas podem até mudar de posição em razão da conjuntura política ou, sei lá, porque passaram por uma crise de consciência ou chegaram à conclusão de que estavam erradas. Mas nem por isso precisam justificar a lambança, a trapaça, a sem-vergonhice. Na semana passada, Lula participou de uma inauguração no Rio ao lado do prefeito e, mandando às favas a lei, fez campanha eleitoral. “Casca grossa, Paes, vá em frente…”
Dito isso, republico a foto. Quem te viu! Quem te vê!
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Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Escondam as carteiras: QUADRILHA REUNIDA.

O número de assaltos nas imediações da UERJ deve ter triplicado no dia de ontem.
É que na outrora gloriosa faculdade, estavam reunidos alguns chefes de quadrilhas, assaltantes dos cofres públicos, contando mentiras para embasbacados integrantes daquilo que um dia se chamou de UNE.
Estavam lá ( vocês já devem ter lido "pelaí":

El Cagón - O GERENTAÇO DO MENSALÃO DO LULLA
LANDINHO SILVA: MINISTRO LADRÃO DO MINISTÉRIO DOS ESPORTES E AS ONGS FAJUTAS.
DUDU PAES: LARANJA CARIOCA DE CAVENDISH E SPARRING DE CABRAL O DONO DO LARANJAL CARIOCA DA DELTA.
NA PLATÉIA: 1000 NOVOS BANDIDINHOS ABRIGADOS NA UNE - RESERVA 2015 DA QUADRILHA
E tudo isso para que:
Para que El Cagón convocasse seeus bandidinhos para defendê-lo nas ruas e para atacar a imprensa.
Coisa corriqueira quando se trata de bandidos.
Nada que um bom julgamento no STF e meia dúzia de policiais com democráticos cassetes não resolvam.
O mal destes idiotas é que a justiça neste país é muito condescendente.
Vamos ver o que sairá das entranhas da egrégia corte superior.
Quem sabe a justiça não começa a tomar um chá de vergonha nas fuças.
Reparem:
Todos eLLes, quando eram oposição, e aí se inclui Dudu Paes também, eram especialistas aguerridos na caça aos bandidos.
Hoje, são especialistas em fugir da justiça.
Um grande avanço, não?

DO GENTE DECENTE

Quem ANVISA, amigo é. (RICO)

O de um subiu 5 vezes, o do outro subiu 12.
O Patrimônio dessa gente descarada sobe com a velocidade de um foguete petralha.
E tudo sem explicações no mínimo convincentes.
CADEIA NELLES!
Vida política multiplica patrimônio de Agnelo Queiroz
De 1998 a 2010, valor dos bens de governador do DF subiu 12 vezes

CHICO DE GOIS - O GLOBO - BRASÍLIA -


Mansao-AgneloO governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que depõe na próxima quarta-feira na CPI do Cachoeira, embora seja de partido diferente do seu colega de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), terá de dar explicações sobre um fato comum: o crescimento exponencial de seu patrimônio desde 1998. Nesse período, a soma dos bens do petista subiu quase 12 vezes. Perillo, como revelou O GLOBO na semana passada, teve um aumento patrimonial de cinco vezes, mas, na conta, não estão computados cinco imóveis que o tucano deixou de informar à Justiça Eleitoral.
O porta-voz do governo do Distrito Federal, Ugo Braga, informou que "a evolução patrimonial do casal (Agnelo e mulher) deve-se ao trabalho de ambos durante 30 anos de casados".
Do apartamento à mansão sem financiamento
No início de sua carreira política, Agnelo tinha poucos bens: apenas um apartamento, no valor de R$ 70 mil, mais três carros — um deles um Chevette 1989, avaliado, na época, em R$ 4 mil — e quatro telefones, dois dos quais celulares. Em 2010, quando concorreu ao governo do DF, a situação era bem diferente. A soma de tudo aquilo que estava registrado em seu nome, com o de sua mulher, atingia a cifra de R$ 1,150 milhão. No período de 12 anos, a frota continuou sendo de três veículos, mas todos seminovos.

O apartamento também continua em posse do casal, mas, agora, Agnelo mora em uma mansão de 549 metros quadrados de área construída, adquirida em março de 2007 por R$ 400 mil, segundo informações do 1 Cartório de Registro de imóveis, mas que, para efeitos de declaração pública, foi registrada por R$ 450 mil. Ainda segundo o cartório, a mansão foi adquirida "sem condições" e não há referência a financiamento.
Há, ainda, outros dois imóveis em Brasília — um deles, no valor de R$ 139 mil, dos quais R$ 79 mil foram financiados —, e cerca de R$ 150 mil depositados em contas e aplicações. Em 1998, ele não informou que possuía recursos financeiros.
Na eleição anterior, em 2006, Agnelo também mantinha um patrimônio modesto, que somava R$ 224 mil. Na época, suas contas bancárias somavam R$ 45 mil. Em 2002, ele entregou cópia da declaração de Imposto de Renda da esposa, atestando que tudo o que constava ali lhe pertencia também, além de uma Parati, ano 2002, que havia comprado e pela qual pagara R$ 30 mil. No total, naquele ano, os bens do casal eram de R$ 214 mil.
Nesse ínterim, além de deputado federal eleito pelo PCdoB em 1998 e reeleito em 2002, Agnelo assumiu o Ministério do Esporte no primeiro governo Lula, em 2003, e, em outubro de 2007, foi nomeado para diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma vez que não havia conseguido se eleger senador no pleito de 2006. A partir daí, não apenas ele, mas também sua família começaram a melhorar o padrão de vida.
Franquias repassadas para parentes
A mansão que Agnelo e a esposa adquiriram em 2007 tinha como proprietários o advogado Glauco Alves e Santos e a mulher dele, Juliana Roriz Suaiden Alves e Santos. Ela é irmã de Jamil Elias Suaiden, dono da F.J. Produções. Durante o período em que Agnelo foi diretor da Anvisa, a F.J. venceu um leilão de registro de preços para realizar 260 eventos. O preço vencedor foi de R$ 14 mil cada. O que chamou a atenção é que os demais concorrentes apresentaram propostas risíveis: R$ 23,06, o que é totalmente inexequível. Por conta disso, todas as empresas foram desclassificadas e a F.J. Produções levou a melhor.

De um faturamento de R$ 61,9 mil em 2006, a F.J. Produções passou a receber uma bolada do governo federal: R$ 4,8 milhões, em 2007; R$ 19,1 milhões em 2008; R$ 50,9 milhões em 2009; R$ 103,2 milhões em 2010; e R$ 71,3 milhões em 2011.
Juliana Roriz também aparece como sócia de restaurantes e docerias abertas em 2007 e que em seguida acabaram transferidos para parentes do governador, incluindo sua mãe, irmãs e irmão. A sequência dos negócios é sempre a mesma: Juliana abre uma franquia, permanece poucos meses e as repassa para um parente do governador. Para Agnelo, embora admita que seus parentes só conheceram Juliana e Glauco depois da transação imobiliária, em 2007, tudo é mera coincidência.
Governador teria dívida de R$ 300 mil
Por meio de seu porta-voz, Ugo Braga, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) informou que sua evolução patrimonial se deve ao trabalho dele e de sua esposa, Ilza Queiroz, médica ginecologista. O casal está junto há 30 anos.

O porta-voz minimizou o fato de que a evolução patrimonial de Agnelo deu um salto entre 2006, quando informou à Justiça Eleitoral que possuía bens que somavam R$ 224 mil, e 2010, quando anotou que seu patrimônio passou a ser de R$ 1,150 milhão.
De acordo com o porta-voz, Agnelo tem um endividamento de R$ 300 mil declarados à Receita Federal — na Justiça Eleitoral, isso não aparece. "Tomemos por base o patrimônio de R$ 1,150 milhão de 2010 e façamos uma conta rápida: o casal declarou à Receita endividamento de R$ 300 mil em 2010. Subtraindo-se um do outro, sobra um patrimônio de R$ 850 mil. Descontando-se dele os R$ 224 mil declarados em 2006, temos uma evolução patrimonial de R$ 626 mil em quatro anos. Ou seja, R$ 156 mil por ano, o que é perfeitamente compatível com a renda anual de dois médicos, um deles ocupante de altos cargos públicos nesse período", afirmou Ugo Braga.
"Cabe ainda dizer que todas as declarações de renda do governador foram processadas pela Receita Federal. O que significa dizer que não há registro de patrimônio a descoberto — como sabes, casos desse tipo em vez de processados são automaticamente levados à malha fina, o que jamais aconteceu com as declarações do governador", complementou.
Sobre o fato de familiares do governador terem se envolvido em negócios que têm em comum o casal Glauco Alves e Santos e Juliana Roriz Suaiden Alves e Santos, antigos proprietários da mansão adquirida por Agnelo em 30 de março de 2007, o porta-voz afirmou que a irmã do governador é empresária, casada com um médico, e o irmão é funcionário do Supremo Tribunal Federal há 18 anos, além de professor universitário. "A mãe do governador detém uma pequena participação num restaurante da filha", informou Braga, que admitiu que a família Queiroz conheceu seus antigos sócios por intermédio do próprio Agnelo.
O porta-voz também declarou que, enquanto diretor da Anvisa, não cabia a Agnelo tratar de licitações na autarquia e, portanto, não teria como influenciar na escolha da F.J. Produções na concorrência para a realização de 260 eventos. 
DO GENTE DECENTE

Mensalão: Dirceu convoca estudantes para defendê-lo


 Ex-ministro assume que precisa de apoio e dispara: ‘agora é a batalha final’

José Dirceu no congresso da UJS: “não permitam julgamento político”
O Globo / Cássio Bruno

RIO - Um dos 38 réus do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu convocou os estudantes a irem às ruas defendê-lo durante o julgamento do processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que começa no dia 1º de agosto.
Dirceu participou neste sábado à tarde do 16º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista (UJS), ligada ao PCdoB, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo ele, a partir de agora será “a batalha final”.
— Todos sabem que este julgamento é uma batalha política.
E essa batalha deve ser travada nas ruas também porque senão a gente só vai ouvir uma voz, a voz pedindo a condenação, mesmo sem provas.
É a voz do monopólio da mídia.
Eu preciso do apoio de vocês —
discursou Dirceu, aplaudido pelos 1.100 estudantes que lotaram o auditório da Uerj.
Ao lado do ex-ministro do Esporte Orlando Silva, demitido pela presidente Dilma Rousseff após suspeitas de corrupção na pasta, Dirceu disse para os jovens ficarem “vigilantes”:
— Não podemos deixar que este processo (do mensalão) se transforme no julgamento da nossa geração.
Por isso, peço a vocês, hoje aqui, fiquem vigilantes.
Não permitam julgamento político.
Não permitam julgamentos fora dos autos (do processo).
A única coisa que nós pedimos é o julgamento nos autos e que a Justiça cumpra o seu papel.

Dirceu afirmou ainda que deseja “olhar nos olhos dos que o acusaram”:
— Eu tenho que provar a minha inocência. Eu deveria ter a presunção da inocência. Mas sou eu que tenho de provar. Me lincharam, me condenaram. Se eu estou aqui hoje de pé é graças a vocês, com a UJS, com a UNE (União Nacional dos Estudantes).
Mas agora é a batalha final.
É a reta final.
Eu quero este julgamento. Quero olhar nos olhos daqueles que me acusaram e me lincharam esses anos todos.

O ex-ministro concentrou seus ataques na imprensa:
— Estamos travando uma batalha contra quem? Contra a oposição?
Não.
São partidos que foram derrotados em duas eleições presidenciais.
Estamos enfrentando o poder da mídia, do monopólio dos veículos de comunicação.

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