segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Velhota esperta.


Dilma é o que se pode chamar de velhota esperta. Tudo de ruim que está acontecendo é por culpa da herança maldita do Lula e ela não faz a mínima questão de defender o governo do qual participou. Ódio da mídia? Isto é coisa do PT e lá vai a velhota esperta frequentar as festas do PIG em busca de noticiário positivo. Não estava ela lá na festa do jornal da ditabranda, aquele mesmo que publicou a sua ficha no DOPS? Não está ela de visitinhas aos programas da Hebe e da Ana Maria Braga, em busca de popularidade? E o FHC, hein? Apareça, Fernando, mas venha sozinho. Uau! E que venha também o Kassab e pro Aécio, beijinhos! Política externa? Vejam o gelo que levou o Marco Aurélio Garcia, o radical tartarento, totalmente escanteado. Emir Sader, aquele do "fusilamento", está em desespero, assim como toda a esquerdalha petista. A velhota esperta tem saído uma neoliberal e tanto. Corta investimento no social, vai aumentar os juros, desfaz os negócios que o Lula fechou no fio da barba. As centrais sindicais estão comendo o pão que o diabo amassou, depois de anos e anos de mordomias. E atenção: ela cancelou todos os aumentos do funcionalismo público,além do Concurso Zero. O companheiro em armas, José Dirceu, não está com nada. Quem apita é o violador de sigilos Antônio Palocci. Já tem petista falando em ir para a oposição. Essa Dilma é mesmo uma velhota esperta. Daqui a pouco nem do PT e daqueles oitenta e poucos votinhos ela vai precisar. Só falta o Emir Sader se irritar e pedir o "fusilamento" da "prezidenta" em nome da revolução cultural que pretendia implantar no Brasil, se tivesse virado Ministro e se as verbas da Cultura não tivessem sido cortadas.A verdade é que os radicais que esperavam que a terrorista tocasse o terror na direita raivosa estão tendo que conviver com a Dilma fazendo tudo ao contrário do que prometeu. E o pior: sem dar explicações para o Nassif, o Amorim e o Mino. A velhota é esperta e, ao que parece, vai aproveitar a janela partidária e mudar de partido. Que tal o PMDB, que é a cara dela?

(Este post é uma leitura petista do atual momento político. Quem acha que este não é o clima, dê uma rodada na esgotosfera...)
 
DO B. DO CEL 

Na Rua dos Bobos, nº Zero!

As artes têm dessas coisas. Às vezes, há textos involuntariamente premonitórios. Virgílio, por exemplo, tem uma écloga que muitos entenderam como a antevisão do Cristo. É besteira, eu sei. Mas tem a sua graça. Vinicius de Moraes, por exemplo, anteviu que haveria uma Dilma. Tenho certeza disso.

Todo mundo elogia Dilma. Também vou: é isso aí, Soberana! Não tenha medo de descumprir a palavra! Ninguém faz isso como Vossa Majestade!


Dilma passou o facão em 40% dos recursos previstos — eu sei que eram cascata, mas estavam no Orçamento — para o Minha Casa, Minha Vida? Não brinquem comigo!
Nunca fui um colunista apocalíptico, mas agora decidi ser integrado, para ficar numa distinção antiga, feita por Umberto Eco. Também vou elogiar: “QUE CORAGEM, PRESIDENTA!” — usarei a forma “presidenta” sempre que estiver puxando o saco da governanta.
Muito bem, soberaníssima! Ninguém descumpre a palavra com tanta elegância quanto Vossa Majestade! Que classe!
Ensine mesmo, Dona Dilma Primeira, que o que se fala em campanha não se escreve; uma coisa é o discurso com o qual se ganha eleição; outro é aquele com o qual se governa. Não dê bola para os críticos, para aqueles que seu antecessor chamava “a turma do contra”! Esse pessoal acha que o povo não tem direito de ser enganado durante a campanha. Sem a esperança, o que é o homem?
Sem contar que fica parecendo que é de hoje que a senhora não cumpre promessas! Que besteira! Lembre a esses críticos desinformados, presidenta, que o governo Lula-Dilma não entregou nem 20% do primeiro milhão de casas prometido; imaginem se conseguirá entregar, até 2014, os 2,8 milhões que faltam!
Nada disso importa! O fato é que estamos diante de um governo corajoso, que não tem medo de cortar na carne… dos outros. Essa é daquelas impiedades que demonstram que estamos diante de um governo sério, comprometido com as contas públicas.
Por Reinaldo Azevedo

“Prezos e çoltos”

Esses leitores…

Perguntei aqui a Emir Sader se quem “fusila” com “s” vai “prezo” com “z”. Resolveram responder em lugar do gigante. “Depende, Reinaldo. Se for petista, fica ‘çolto’”.
Por Reinaldo Azevedo

PF pede prisão de superintendente do Incra e presidente do PT no MA

MARÍLIA ROCHA

DE SÃO PAULO
O presidente do PT no Maranhão, Raimundo Monteiro, e o superintendente do Incra no Estado tiveram a prisão preventiva pedida pela Polícia Federal nesta segunda-feira (28).
O superintendente, Benedito Terceiro, e Monteiro são suspeitos de integrar um suposto esquema de desvio de verbas do Incra. O presidente do PT foi superintendente do órgão entre 2004 e 2005.
PF deflagra operação contra desvio de verbas no Incra
Terceiro foi exonerado hoje do instituto. Um ouvidor agrário e o chefe de uma das divisões do órgão no Estado também deixaram seus cargos.
Segundo a PF, cerca de 30 pessoas são investigadas por participação nos desvios.
De acordo com a polícia, em vistorias a 25 assentamentos da reforma agrária no Estado foram encontradas casas inacabadas e com material de baixíssimo custo, além de cerca de 300 unidades que não saíram do papel.
OUTRO LADO
O Incra informou que todas as operações de crédito na regional para construção de casas foram suspensas e que os 21 convênios identificados como fraudulentos estão sendo revistos.
A assessoria do órgão disse que ainda não é possível confirmar os valores desviados, porque ainda aguarda detalhes da investigação.
Luiz Alfredo Soares da Fonseca, engenheiro agrônomo e servidor de carreira no Maranhão, assumiu a superintendência.
Raimundo Monteiro e o PT do Maranhão foram procurados, mas ninguém foi localizado para comentar o assunto. A reportagem procurou também o diretório nacional do partido.

DA FOLHA DE SÃO PAULO

Os ovos quebrados e a omelete

Os ovos quebrados e a omelete

Enviado por administrador em 28/02/2011 – 19:14 (Nenhum comentário)
MENTIRA
“Pretendemos fazer um ajuste dos gastos de custeio já existentes e dos novos. Serão feitos cortes em todas as áreas, excepcionalizando projetos prioritários, como o Bolsa Família.” (Ministro da Fazenda Guido Mantega, antecipando os cortes no PAC, no Rio de Janeiro (RJ), 06/12/2010.)
“Vocês estão vendo a minha fisionomia? Vocês acham que eu estou com ar de que vai ser cortado algum centavo do PAC?” (Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desautorizado o ministro Guido Mantega, no Rio de Janeiro (RJ), 07/12/2010)
“Em relação ao PAC, o ministro disse que a prioridade é terminar os que já estão em andamento, que levam um ano ou dois para terminar. Quanto aos novos projetos do PAC, previstos para 2011, o ministro afirmou que começarão mais lentamente.” (Nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, em que o ministro Guido Mantega volta atrás nos cortes do PAC, 07/12/2010.)
“Nós não vamos, não vamos – vou repetir três vezes – não vamos contingenciar o PAC.” (Presidente Dilma Rousseff, no Rio de Janeiro, 28/01/2011.)
“Todos os investimentos e programas sociais serão mantidos.” (Ministra do Planejamento Miriam Belchior, em Brasília, 09/02/2011.)
A VERDADE
No exato momento em que os ministros Guido Mantega, Fazenda, e Miriam Belchior, Planejamento, inventavam recursos de linguagem para não melindrarem os chefes, Dilma Rousseff gravava um programa de tevê sobre culinária, onde preparava uma omelete. É bem verdade que nem tentou fazê-la sem quebrar os ovos. Não adiantava mais. Os cortes de investimentos e em programas sociais, que Lula, Dilma e todo o PT passaram a campanha eleitoral negando, estavam confirmados pelos ministros.
Os mesmos ministros que tempos atrás, diga-se de passagem, já tinham admitido que a gastança eleitoral no ano passado tinha sido muita e insustentável. Como algumas informações econômicas já alertavam, tudo ia bater no aumento da inflação e do déficit público. Mantega e Belchior foram repreendidos por Lula e Rousseff publicamente e engoliram o sapo.
Os cortes atingiram tudo, principalmente os projetos que Rousseff jurava, enfaticamente, que não ia cortar, como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Neste, só o Minha Casa, Minha Vida perdeu mais de R$ 5 bilhões, uma tesourada de 40%. No total, o Ministério das Cidades, que gerencia o Minha Casa, Minha Vida e outras obras do PAC, perdeu R$ 8,5 bilhões, quase 60% do previsto.
O ministério do Turismo perdeu R$ 3 bilhões, 84,3% de sua verba, e o dos Esportes, R$ 1,5 bilhão, 64% dos recursos. Somando, os novos investimentos previstos para este ano perderam R$ 18 bilhões. E devem vir mais cortes por ai.

DO BLOG GENTE QUE MENTE

Lulopetismo entope os cofres dos bancos: R$ 200 bilhões de lucro em 8 anos.


"Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propagandeou que havia sido o pai dos pobres, os números evidenciam que, na verdade, ele foi a mãe dos ricos". Para chegar a essa conclusão, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) se baseou em estudo publicado pela consultoria Economática, a respeito do lucro das maiores corporações do Brasil. Corrigida a inflação, os nove bancos analisados na pesquisa obtiveram lucro 550% maior no governo Lula do que na gestão Fernando Henrique Cardoso. Citando números divulgados pela Economática, Aloysio Nunes informou que, entre 2003 e 2010, o lucro líquido dos nove bancos chegou a R$ 199,4 bilhões, valor corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No governo Fernando Henrique, entre 1995 e 2002, essas mesmas nove instituições bancárias - que incluem o Banco do Brasil, o Itaú e o Bradesco, lucraram R$ 30,7 bilhões, também em valores corrigidos pela inflação.Leia mais aqui.
 
DO BLOG DO CORONEL

PROPAGANDA ENGANOSA




O comercial do governo federal para o Dia Internacional da Mulher utiliza um truque infame.  Usa uma menina e diz que ela não sabe mas, hoje, no Brasil, pode ser o que quiser. Mistura presente com futuro para  desqualificar o passado. Afirma que a mulher, hoje, pode tudo no Brasil, em termos profissionais.  É mentira. É propaganda enganosa. O CONAR deveria tirar do ar. Chamem o PROCON. Desde quando uma mulher, hoje, pode ser engenheira, cientista ou uma grande executiva, se quiser? Não existem vagas nas universidades, não existem bolsas para pesquisa, não existem empresas suficientes para tantas diretoras. Que pouca vergonha. Que desonestidade. É o vale-tudo marqueteiro.Com tanta miséria, tanto desemprego, um comercial destes é uma bofetada na cara das mulheres brasileiras.
 
DO COTURNO NOTURNO

DILMA, a mãe dos sonegadores




Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Ensina um secular provérbio: “Dizem-me com que andas que te direi quem és”

A presidenta acomodou nas tetas federais os sonegadores e os parlamentares de moral duvidosas. Usa esses apoios comprados para buscar governar de forma ditatorial e desenfreada. Pela cara dos seus aliados e protegidos vê-se para onde está se encaminhando o seu governo



Concluiu-se o processo de votação do projeto do Salário Mínimo, no tempo recorde de duas semanas. Depois da aprovação na câmara, foi à vez dos senadores votarem esmagadoramente favorável ao projeto enviado pela presidenta Dilma Rousseff.

Não ocorreu nenhuma contribuição, nenhuma correção, nenhuma emenda ao texto vindo do Planalto, que virou lei no seu formato original, do jeito que o governo queria, resultando na fixação do valor em R$ 545,00.

A chamada base aliada do governo, os partidos que dão sustentação a Dilma Rousseff, foram domados por promessas de cargos comissionados no segundo escalão do governo.

No afã de conseguir os restos da festa da posse do novo governo - um emprego nos cabides dos ministérios e nas estatais, para a clientela - os deputados e senadores de Dilma não tiveram pudor inclusive de abrir mão dos seus direitos constitucionais de legislar, para qual foram eleitos.

Dilma segura da elasticidade moral dos seus aliados parlamentares, aproveitou ainda, para introduzir no bojo do projeto penduricalhos imorais, como o já comentado antidemocrático dispositivo que permite a presidenta, de agora em diante, até 2015, determinar o valor do salário mínimo por decreto presidencial, imperialmente, sem ter que consultar o Congresso.

Os deputados e senadores abriram mão dos direitos e obrigações de legislar e de fiscalizar o governo, tarefas elencadas na constituição federal, que juraram defender quando foram diplomados após a eleição.

A presidenta Dilma Rousseff promove um mensalão tal qual aquele que seu antecessor patrocinou. Só que ao invés de depositar valores nas contas dos deputados e senadores, utiliza os cargos comissionados do serviço público, como moeda vil de troca a favores e simpatias dos legisladores de moral pouco consistente.

Porém não é só isso, o projeto apresenta também um dispositivo, que passou despercebido durante os debates, para a grande imprensa, uma norma tornada legal, que o Blogueiro Josias de Souza, da Folha de São Paulo, chamou de “contrabando fiscal” ou “bolsa-sonegador”.

As disposições contidas no artigo 6º da lei do Salário Mínimo, praticamente anula os efeitos da lei 9.430, de 1996, que instituía penas de prisão aos responsáveis pelas empresas pilhadas sonegando tributos e contribuições previdenciárias.

No momento em que se fala em cortes brutais de gastos e põe-se ao suposto déficit da previdência, como empecilho para se conceder um salário mínimo mais adequado, é surpreendente que Dilma esforce-se para facilitar a vida do sonegador.

Será que os sonegadores fizeram doações de campanha em troca desse refresco? No Brasil quem paga tributos em dia e corretamente é considerado otário. Por isso, as grandes empresas têm departamentos jurídicos especializados em evitar que os impostos sejam pagos, ou que seja pagos ao mínimo, ou em acordos de parcelamentos sempre em prejuízo aos cofres públicos.

Dilma virou a mãe dos sonegadores.

A lei antiga obrigava a receita Federal a informar ao Ministério Público, para o devido encaminhamento processual, sempre que houvesse constatação de sonegação.

Por obra e graça do novo governo, está aberta uma janela, por onde o sonegador pode escapar do risco de ir para a cadeia, basta que requeira o parcelamento da dívida. Simples assim.

A empresa comete o crime de não recolher os valores a previdência social, inclusive embolsando dinheiro recolhido, na boca do cofre, da folha de pagamento do trabalhador e não sofre nenhuma sanção, não é lindo?

Sabe-se que sonegador que é bom, faz acordo de parcelamento e também não paga as parcelas. Formam-se um novo montante que novamente é parcelado e assim o Brasil, com a ajuda de mãe Dilma vai se tornando cada vez mais a terra do crime compensatório.

A oposição, Democratas e Tucanos, vai entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal contra esses dispositivos, alegando inconstitucionalidade.

E por que não, imoralidade e golpismo?


DO B. RESISTENCIA DEMOCRATICA

Sabedoria!




Sabedoria!

Ministério Público Federal pede a retirada de símbolos religiosos nos locais públicos federais de São Paulo

Sobre a decisão de retirarem a Cruz dos lugares públicos, veja a resposta bem dada de um padre consciente que
fala em nome de todos os cristãos!

"Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas..

Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião.

A Cruz deve ser retirada!
Nunca gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas.
Não quero ver a Cruz nas Câmaras Legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte.
Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados.

Não quero ver a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas (pobres) morrem sem atendimento.


É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa da desgraça dos pequenos e pobres.

Frade Demetrius dos Santos Silva - São Paulo/SP


DO BLOG RESISTENCIA DEMOCRATICA

Um fantástico press-release?

Ontem o Fantástico veiculou uma vasta matéria sobre desvios de recursos públicos em estados e municípios. Colocou estes entes federativos como os grandes culpados pelos descalabros cometidos no país. Chamou a CGU para advertir que está fiscalizando. É claro que existem desvios lá na ponta mas, em nenhum momento, foi levantado o que existe de pior no país: a corrupção nas obras federais, de compromisso exclusivo do Governo Federal e que são auditadas pelo TCU. São bilhões e bilhões de reais perdidos em verdadeiros propinodutos. Veja aqui a matéria do Fantástico.


A matéria cheira a um grande press-release. Hoje, Dilma Rousseff vai anunciar um corte no Orçamento. A maior parte da tesourada vai pegar justamente as emendas que beneficiam estados e municípios. É muita coincidência, não acham?
 
DO BLOG DO CEL

A casa caiu. E, segundo a Miriam da Dilma, a culpa é do Congresso.

Apesar de afirmar que as despesas com os programas sociais e com os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) serão integralmente mantidos, o governo anunciou nesta segunda-feira (28) que o corte de despesas no Orçamento deste ano irá afetar fortemente o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O programa terá uma contenção de mais de R$ 5 bilhões nos repasses do governo, o que representa 40% de corte --passará de R$ 12,7 bilhões para R$ 7,6 bilhões. Segundo a ministra Miriam Belchior (Planejamento), a redução de despesa tem relação com o fato de a segunda parte do Minha Casa ainda não ter sido aprovada pelo Congresso. Leia mais aqui, na Folha Poder. 

DO COTURNO NOTURNO

Incra infla números de reforma agrária no governo Lula


Por Roldão Arruda, no Estadão:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez mais pela reforma agrária do que todos seus antecessores juntos. É o que assegura uma série de números divulgada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). São dados que impressionam à primeira vista, mas também causam polêmica: segundo especialistas, eles foram anabolizados.
Pelos números do Incra, 48,3 milhões de hectares de terras foram incorporados às áreas de assentamentos e 614 mil famílias ganharam lotes rurais no período de 2003 a 2010. Isso significa que Lula teria garantido 56% do total de 85,8 milhões de hectares incorporados à reforma agrária em toda a história. Mais do que isso: ele seria responsável, sozinho, por 66,4% do total de 924 mil famílias assentadas no País.
Na opinião do geógrafo Ariovaldo Umbelino de Oliveira, pesquisador e professor de pós-graduação da USP, esses números não refletem a realidade da reforma de Lula. Para chegar a ela, é preciso desdobrar os números.
Ao fazer isso com os dados acumulados de 2003 a 2009, Oliveira verificou que quase um terço (26,6%) das famílias assentadas por Lula é, na verdade, constituído por famílias que já viviam e produziam na zona rural, mas sem título de propriedade. O trabalho do governo foi dar-lhes o título e incluí-las nos programas de apoio à agricultura familiar. “É acertado atender essas famílias”, diz o professor. “Mas o governo deve esclarecer que não foram assentadas pela reforma.”
Oliveira observou que também foram adicionados à coluna de novos assentamentos casos de famílias que ocuparam lotes abandonados em áreas de reformas já existentes. Pelas suas contas, eles representam 38,6% do total: “Isso é reordenação fundiária e não deveria aparecer na coluna de novos assentamentos”.
Famílias que já tinham propriedade e tiveram que ser transferidas de um local para outro, em decorrência da formação de lagos para hidrelétricas, também foram usadas para engrossar a lista de novos assentados.
Após depurar os números do Incra, o professor concluiu que os novos assentamentos representam apenas 34,4% do total registrado de 2003 a 2009. Aplicando essa taxa ao número divulgado agora, pode-se concluir que foram assentadas 211 mil novas famílias - e não 614 mil. Aqui
Por Reinaldo Azevedo

O petista Emir Sader, o racismo e a estupidez. Ou: Futuro presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa chama sua chefe de “autista” e diz seguir orientação de Dilma


O caderno “Ilustríssima”, da Folha, trouxe neste domingo um excelente texto de Marcelo Bortoloti e Paulo Werneck sobre a Fundação Casa de Rui Barbosa, que vai ser presidida pelo petista Emir Sader, acusado por alguns de sociólogo e intelectual. Há alguns anos considero este senhor um país mental, a que dei o nome de “Emirados Sáderes”. O texto da Folha, intitulado “Um emirado para Emir”, seguiu ao menos um pedaço dessa trilha. Já escrevi três posts sobre a indicação do bruto para a fundação: dois no dia 18 — “Abaixo o preconceito! Tiririca para a Casa de Rui Barbosa!” e  ”Sader, o novo presidente da Casa de Rui Barbosa, se diz um especialista acadêmico em “Lula”!!! É mole?” — e um no dia 24: “Um país mental chamado Emirados Sáderes. Ou: A Madraçal do Emir“. Se era para escolher um quase analfabeto para a instituição, por que não o palhaço que é campeão de votos?
O “professor” já havia barbarizado numa entrevista ao jornal O Globo ao anunciar a pretensão de transformar Slavoj Zizek, Eduardo Galeano e Marilena Chaui em referências da reflexão na Casa. A grande ousadia de Zizek é justificar o terrorismo como uma moderna forma de luta política. Lixo moral! Marilena e Galeano são dois dinossauros daquela esquerda que alguns chamam “carnívora”, mas que, estou certo, é “herbívora”, já que pensa com os pés no chão — os quatro… Falarei um pouco mais da instituição abaixo. Quero me fixar um tantinho em Emir. Na conversa com a Folha, ele exagerou na delinqüência intelectual e, é o caso de avaliar, pode ter cometido um crime que dá cadeia, cuja pena é inafiançável e imprescritível: racismo. E nem é necessário que alguém o acuse disso. Se quiser, o próprio Ministério Público tem a prerrogativa de denunciá-lo. Por que escrevo isso?
Caetano Veloso, em sua coluna no jornal O Globo, criticou a entrevista que Emir dera ao jornal, inclusive a intenção de levar aqueles intelectuais para a fundação. À Folha, Emir comentou a opinião do compositor nestes termos:
“O Caetano ziguezagueia, fala qualquer coisa. O Gil foi ministro tem que ter mais coerência, tem que fazer política. Quem diria que aquele nego baiano tem muito mais articulação do que o Caetano?”
Epa!!!
Alguém aí tem alguma interpretação alternativa para o que disse Emir Sader? Ele até emenda depois: “O Caetano é um cara conservador, tradicional, e o Gil é um cara inovador, com o qual eu me identifico”. Pode até ser. Mas as palavras têm sentido. Quando este gigante do pensamento considera um paradoxo, e ele considera, um “nego baiano” ter “mais articulação” do que Caetano, está afirmando, evidentemente, que o normal é que “negos baianos” não sejam tão articulados quanto brancos baianos. O seu “quem diria?” expressa o que ele considera ser uma contradição. A frase me parece inequivocamente racista, além de revelar uma das muitas ignorâncias de Emir. O pai do “nego baiano” era um médico bem-sucedido, e ele próprio era formado em administração de empresas quando se lançou na vida artística. Não é alguém que endosse o folclore do “nego baiano” saído do Pelourinho para o estrelato. Na seqüência, quando elogia o “inovador” Gil, ainda parece fazê-lo à esteira daquele suposto paradoxo. Dessem duas cachaças ao valente, haveria o risco de dizer: “Eu, embora branco, me identifico mais com Gil…”
Instituição respeitável
Essa foi uma das barbaridades ditas por Emir na conversa com os jornalistas da Folha. É espantoso que este senhor esteja para dirigir uma instituição federal respeitável, que tem passado e tem presente. Lembra o texto da Folha:
É vasta a lista de trabalhos relevantes lá realizados. Para citar apenas alguns exemplos, foi ali que Antonio Houaiss escreveu um monumento sobre edição de livros no país: “Elementos de Bibliologia” (1967). Também foram realizados trabalhos relevantes na área de filologia, como o “Vocabulário do Português Medieval”, de Antônio Geraldo da Cunha, e o levantamento de manuscritos de autores como Álvares de Azevedo, José de Alencar e Cruz e Souza.
Mais recentemente, foi feito o preparo de uma edição crítica dos primeiros livros de poesia de Carlos Drummond de Andrade, por Júlio Castañon Guimarães, que também assina o estabelecimento de texto do volume de “Crônicas Inéditas” de Manuel Bandeira (Cosac Naify). A produção de Drummond para os jornais ainda inédita em livro foi levantada pela pesquisadora Isabel Travancas.
Emir quer mudar tudo! Para ele, a Fundação Casa de Rui Barbosa tem de ser um centro de reflexão sobre o… lulismo! Não se trata de uma brincadeira nem de um resumo apressado. E sabem em quem ele se escora para justificar essa escolha? Na presidente Dilma Rousseff. Numa entrevista que a então candidata concedeu ao próprio Emir e a Marco Aurélio Garcia — sim, o Top, Top —, que virou livro, ela teria dito:
“Vocês têm que teorizar esse troço, nós estamos fazendo. Nós não temos tempo de pensar os limites, as contradições, os potenciais”.
O “vocês” são os “intelectuais” da estirpe de Emir; “esse troço” é o lulo-petismo. Indicado para presidir a Fundação, este iluminado acha que uma instituição dedicada à preservação de acervos literários e pesquisas históricas deve se converter num centro de louvação da herança lulista.
Confissão de ignorância
Os Emirados Sáderes ainda não invadiram a Fundação Casa de Rui Barbosa. A nomeação está para a acontecer. Embora ele queira mudar tudo por lá, confessa ignorar o trabalho que se faz na instituição que vai dirigir. Leiam isto:
O que Emir Sader destaca na produção da Casa Rui? “Eu vou fazer injustiças… A [historiadora] Isabel Lustosa faz um trabalho legal, a [crítica literária] Flora Süssekind… Mas aí é dizer mais ou menos o óbvio, né. A Lia Calabre, na parte de políticas culturais… Eu não conheço direito, não conheço por ignorância minha, mas não conheço por intranscendência da Casa. Você olha aquilo lá e não sabe em que momento do país aquilo foi produzido. Eu também não me informei muito. As coisas da casa não chegaram a mim. E lá de dentro não saiu essa transcendência, de colocar temas importantes”.
Eu vivo gozando da ignorância de Emir. Ele pensa mal, escreve mal, cita mal — já participei de um debate com ele em que atribuiu a Adam Smith o que este nunca dissera; um dos presentes insistiu para Emir revelar a fonte da citação; não existia; foi muito constrangedor! Noto, ao ler o trecho acima, que ele ignora o significado da palavra “transcendência” em todas as suas acepções. O que quer dizer, meu Deus!, “sair transcendência lá de dentro?” Imaginem, então, o que vem a ser a “intranscendência”, uma surpresa até para os dicionários…
E, obviamente, destaco a vigarice intelectual de quem confessa ignorar o trabalho que se faz na instituição que vai presidir, embora tenha demonstrado a intenção de mudar o rumo do trabalho. É o fim da linha!
De como Emir não foi ministro
Emir Sader queria ser ministro. Ele se mobilizou para isso. Ele puxou o saco para isso. Ele organizou um manifesto de intelectuais e artistas em favor de Dilma para isso. Mas cometeu um erro fatal. Convidou Chico Buarque para ser a grande estrela do movimento, e a ministra, como sabem, é Ana de Hollanda, irmã do colecionador de Jabutis em cima da árvores. O homem está frustrado. A Fundação Casa de Rui Barbosa é subordinada ao Ministério da Cultura. Assim que for nomeado, Ana passa a ser a chefe de Emir. Ele não contém seu ressentimento. Na entrevista à Folha, referiu-se ao corte do Orçamento nestes termos:
“Tem o corte, o orçamento é menor, e tem dívidas. Desde março, não se repassou nada aos Pontos de Cultura. Teve uma manifestação em Brasília. Está estourando na mão da [ministra] Ana [de Hollanda] porque ela fica quieta, é meio autista.”
É isto: Emir Sader acha que sua futura chefe é meio “autista”.
Este notável intelectual será nomeado para a presidência da Fundação Casa de Rui Barbosa na cota pessoal do Babalorixá de Banânia. Não escamoteia sua ignorância nem seus propósitos. A idéia é mesmo transformar a instituição numa divisão do PT. Repetindo aquelas que seriam palavras da própria presidente, não poupa nem mesmo a ministra da Cultura, petista como ele. Imaginem o que fará com a linha de pesquisa que não endossa seus preconceitos ideológicos.
Até outro dia, os adversários do PT se encarregavam de acusar o partido de aparelhar órgãos do estado. Eles negavam. Agora, há uma advertência, um aviso prévio: “Vamos aparelhar, sim!”  Emir diz que transformará a entidade numa divisão do partido e deixa claro que não se subordinará nem àquela que será sua chefe.
Com a palavra, a presidente Dilma Rousseff, cuja diretriz ele diz estar obedecendo.
Por Reinaldo Azevedo