PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Assediada na internet, jovem canadense se mata após ter fotos nua divulgadas.an
WASHINGTON - Um mês antes de se matar, na semana passada em sua casa no Canadá, Amanda Todd postou um vídeo no You Tube pedindo por ajuda. Em cartolinas, sem dizer uma única palavra, a adolescente de 15 anos contou sua trágica história, que começou aos 12 anos, quando um estranho na internet lhe pediu que mostrasse os seios na webcam. Depois de um ano, as fotos foram enviadas para seus familiares e amigos.
"Não tenho ninguém. Preciso de ajuda. Meu nome é Amanda Todd", dizia um dos cartazes.
Um ano depois de o estranho pedir sua foto nua na internet, ele voltou a assediá-la, desta vez no Facebook. Em uma mensagem, disse que se a jovem não fizesse um strip-tease para ele teria suas fotos nua espalhadas pela internet. A ameaça foi cumprida, e uma noite a polícia bateu na porta da casa de sua família às quatro da manhã: as imagens de Amanda estavam nos computadores de todos seus amigos, parentes e professores.
O Canadá está comovido. O suicídio da jovem atormentada por perseguidor online - e anônimo - provocou um debate nacional sobre o uso apropriado da internet e abriu uma discussão no Parlamento sobre as maneiras de lutar contra o assédio na escola e na internet. A premier Christy Clark deu um passo a mais ao pedir a criminalização do assédio na web. Uma investigação policial sobre o caso de Amanda já prendeu 21 pessoas.
Além disso, segunda passada, o grupo de hackers Anonymous garantiu ter a identidade do perseguidor de Amanda e declarou vingança, publicando na internet um vídeo com seus dados, incluindo endereço. O suspeito seria um homem, de 32 anos, que frequentava sites voltados para meninas adolescentes. O suposto perseguidor se defendeu, dizendo que conhecia a jovem, mas nunca a assediou. A polícia lhe considerou livre de suspeitas.
No vídeo, Amanda descreve seu inferno pessoal com frases curtas. Uma cartolina atrás da outra, sem mostrar o rosto, a jovem canadense relata suas crises de ansiedade, a depressão, os ataques de pânico e os problemas com drogas e álcool, tudo decorrente da distribuição de suas imagens nua.
Depois de se mudar de cidade de escola, seu perseguidor foi atrás dela, descobriu seus novos amigos, seu novo endereço e criou uma página do Facebook, cuja foto de perfil era os seios de Amanda.
"Me insultavam, me julgavam", conta a menina no vídeo de quase nove minutos, "Perdi todos meus amigos e o respeito das pessoas. Nunca poderei recuperar esta foto. Está aí para sempre."
De nada adiantou Amanda mudar de cidade e de colégio. Seu algoz sempre ressurgia, descobrindo seus amigos, professores e voltava a humilhá-la. Angustiada, a jovem foi atrás de drogas e bebida e passou a se mutilar.
Em uma das vezes que foi perseguida por colegas da escola, Amanda se viu rodeada de 50 pessoas, que estariam revoltadas com a fofoca de que a jovem estaria tentando roubar o namorado de uma das meninas do colégio. Amanda chegou, inclusive, a apanhar, mas nunca deu queixa na delegacia.
"Quando meu pai me trouxe para casa, bebi água sanitária. Me matou por dentro, e achei que fosse morrer. Chegou a ambulância, me levaram para o hospital e lavaram meu estômago", contou Amanda, que teria tentado se matar logo após o episódio.
DO O GLOBO
Ranking da Unesco mostra que Fernando Haddad foi um fracasso como ministro da Educação
Prova dos nove – Quando apresenta Fernando Haddadcomo o melhor ministro da Educação da história nacional, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva não apenas mente de maneira deslavada, mas desafia os dados dos levantamentos feitos pela Unesco.
De
acordo com o órgão da ONU, o Brasil ocupa a 88ª posição no ranking
mundial da educação. Para provar a incompetência de Haddad, à frente do
Brasil estão Namíbia (83º), Bolívia (78º), Paraguai (77º) e Palestina
(76º). Para piorar a situação do candidato petista à prefeitura de São
Paulo, em 2006 o Brasil ocupava a 72ª posição do ranking da Unesco.
O
pífio desempenho da educação brasileira nas avaliações internacionais
vai além das salas de aula. Trata-se do resultado da combinação de
falhas de educadores, governantes e famílias, de acordo com
especialistas do setor. Essas deficiências incluem erros de gestão,
falta de recursos e pouca cobrança social por resultados.
Lula
e Fernando Haddad insistem em gazetear a criação de universidades e
escolas técnicas durante a passagem do ex-metalúrgico pelo Palácio do
Planalto, mas de nada adianta criar vagas para estudantes que são
vítimas da má qualidade do ensino. É fato que o problema é do Estado
como um todo, mas na condição de maior autoridade da Educação no País,
Fernando Haddad deveria ter chamado para si a responsabilidade, o que
não aconteceu por falta de competência.
Lula,
que é conhecido por ser um comunicador de massas, tem o direito de
falar o que bem quiser a respeito do seu pupilo político, mas não pode
duvidar da capacidade de raciocínio da população, que enfrenta no
cotidiano as mazelas deixadas por um governante que abusou da mentira e
do populismo barato.
DO HORACIOCB
DATAEXU INFORMA.
Pesquisa feita com 1204 pais de santo paulistanos, feita pelo DataExu nos dias 16 e 17 de outubro revela:
SERRA: 39%
KIT GAY: 36%
INDECISOS: 15%
BRANCOS: 7%
O restante disse não saber em quem votar.
A margem de erro da pesquisa é de 2 velas pretas e vermelhas para lá e 2 garrafas de 51 para cá.
A pesquisa está registrada na CONAMAC (Confederação Nacional dos Macumbeiros) sob o número 6666666666666/66
SÃO PAULO: “Non ducor, QUANTUM SATIS"
O que é mais grave:
1) Se afastar de uma prefeitura para se candidatar ao governo do mesmo estado?
ou
2) Atentar contra a democracia roubando dinheiro de nosso suor para manter um projeto de poder?
Os eleitores de São Paulo estão caminhando, pelas pesquisas, para transformar a cidade de São Paulo em uma filial da quadrilha petralha, abonando, com seu voto, a continuidade do projeto de poder de LULLA E DE TODA A SUA QUADRILHA, atualmente sentada no banco dos réus, à espera da dosimetria que será enfiada pela goela dos ladrões da república.
Os eleitores paulistanos, ao que parece, resolveram condenar um político que, por ser um político, se candidatou a outro cargo de maior estatura política. Este fato acontece frequentemente em nossa vida profissional, quando abraçamos uma oportunidade de ocupar um cargo maior do que o que ocupamos em dado momento.
E faz isso para abonar as pretensões de uma escolha feita a dedo pelo CHEFE INQUESTIONÁVEL DE UMA QUADRILHA cuja meta, além de assaltar os cofres do Brasil, flerta, de forma contundente, com a cassação da democracia que conquistamos, tentando cercear e calar a imprensa, como se grande parte dela já não estivesse se esforçando para por a corda em seu próprio pescoço.
São Paulo hoje, é o Brasil.
Não é possível que os eleitores paulistanos desconheçam a sua enorme responsabilidade ao dar esse cheque em branco para um PARTIDO-QUADRILHA que ROUBOU O DINHEIRO DE NOSSO SUOR.
Não é possível que o eleitor paulistano se comporte exatamente como o cachaça CHEFE DO BANDO, que não mais que de repente, virou um completo idiota que de nada sabia, que nada via e que nada ouvia, quando a roubalheira que ajudou a ser concretizada saiu dos esgotos do governo mais corrupto da história do Brasil.
Não é possível que o eleitor paulistano se mantenha alheio ao que se passa em nossa corte suprema, quando as vísceras da má fé de um presidente e de sua quadrilha estão sendo dissecados, ao vivo e a cores, diante dos olhos de todos os brasileiros.
Não está em jogo mais a rua asfaltada, um metrô melhor, uma calçadinha sem buracos, mas a retomada de valores fundamentais a quem se deseja honesto.
LuLLa tinha todos os atributos, apesar da ignorância e da falta de cultura, para passar para os livros de história como o presidente operário que mudou o Brasil em relação aos mais necessitados, sendo eLLe um representante deste grupo, quando saiu de sua terra natal.
Mas eLLe, sem a mínima dose de escrúpulos necessária, optou pela bandidagem política. Resolveu agir como a mesma desfaçatez com que agiam seus antigos inimigos e hoje aliados.
Quem mudou?
LuLLa ou Sarney?
LuLLa ou Maluf?
LuLLa ou Renan Calheiros?
LuLLa ou Collor de Melo?
Nenhum deLLes.
Todos, sem exceção, são rigorosamente iguais. A diferença reside no fato de LuLLa nunca ter chegado na boca do cofre. Ao chegar, fez a sua festa da ladroagem explícita.
Esse mesmo LuLLa que andava dando pito nos brasileiros chegando ao cúmulo de querer nos ensinar como deveríamos criar nossos filhos.
Esse mesmo LuLLa que vivia ensinando ao mundo como se governa. Que vivia dando lições de moral em Obama e chamando o velho mundo de incompetente
O LuLLa endeusado pela imprensa como estadista.
O LuLLa agraciado por inúmeros títulos de doutor honóris causa, conferidos àqueles que se destacaram pela honra, atributo que nunca chegou perto de suas nádegas, que dirá da cadeira presidencial onde se sentou o Vagabundo quadrilheiro.
Esse mesmo LuLLa, que agora deseja dar sobrevida ao seu ódio através de mais um meliante, usa a maior cidade da América Latina como trampolim para a manutenção de um projeto de roubo do dinheiro público, como se o suor de milhões de trabalhadores paulistanos, grupo ao qual tanto se jacta de pertencer, fosse uma simples obrigação da plebe, sempre chamada a pagar a conta.
Não sei o que se passa na cabeça da maioria dos paulistanos.
Mas assusta que a maior capital da América sulista, tão inteligente e culta, 14ª cidade mais globalizada do planeta, principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul, tão informada quanto necessário, tão atenta ao que se passa ao seu redor, tão exigente a ponto de condenar uma ascensão política, esteja prestes a ratificar nas urnas, a possibilidade de ser roubada pela quadrilha de LuLLa, elegendo um escolhido pelo maior ladrão da história deste país.
Não creio na burrice coletiva, nem na birrinha idiota que pune um político por que mudou de função ATRAVÉS DO VOTO, instrumento preponderante de uma democracia e que é usado pelo povo para escolher seus representantes.
Se não concordavam com a mudança, por que então lhe deram os votos necessários para obter o intento quando da mudança?
Se não concordavam por que elegeram o agora renegado em primeiro turno?
Por que agora, depois de aprovar a mudança de atitude do político que trocou de cadeira pelo VOTO, condenam este político com a rejeição?
Trata-se, de certo, de um posicionamento contraditório, ainda mais quando a opção escolhida para mostrar essa “revolta” (?), representa o que de pior existe na política nacional, justo no momento em que a justiça resolve sair da pasmaceira em que se encontrava para realizar o que dela se esperava.
Está nas mãos do eleitor paulistano a continuidade do que se vê na Suprema Corte do Brasil, onde políticos corruptos que usaram de enorme dose de cinismo para enganar e roubar o dinheiro provindo do suor de nosso trabalho, estão sendo condenados pelos crimes que praticaram.
E o eleitor paulistano resolve fazer o que?
ABSOLVÊ-LOS COM SEUS VOTOS?
Depois não reclamem dizendo que este país é uma merda.
Não é. Está deixando de ser sujo. Está sendo passado a limpo.
A continuidade dos descalabros cometidos pela quadrilha de LuLLa passa a ser, agora, uma responsabilidade do eleitor paulistano que vai escolher entre continuar limpando o Brasil ou enfiá-lo novamente na lama de LuLLa.
A palavra final é sua.
DO GENTE DECENTE
PF vê crime de lavagem no R$ 1 mi apreendido no Pará
CARLOS MENDES - O Estado de S.Paulo
A Polícia Federal em Marabá, no sudeste do Pará, vai
indiciar por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha os envolvidos
no transporte de R$ 1,1 milhão apreendido dentro de um avião no
aeroporto de Parauapebas, no dia 2, às vésperas do primeiro turno das
eleições municipais. O dinheiro, segundo afirmou em depoimento um dos
indiciados, seria usado para a compra de votos e pagamento de boca de
urna no dia 7 de outubro, data da votação. De acordo com as investigações, o dinheiro seria usado em favor do candidato do PT à prefeitura do município, José das Dores Couto, conhecido como Coutinho - que perdeu a eleição para o candidato do PSDB, Valmir da Integral, por uma diferença de 20 mil votos.
'Operação precipitada'. O delegado Antonio Carvalho, porém, disse que não tem como indiciar os acusados por crime eleitoral - incluindo o suposto dono do dinheiro, um empresário de Parauapebas - porque não houve flagrante do delito, o que só poderia ocorrer no dia da eleição.
A operação para que as Polícias Civil e Militar apreendessem o avião com o dinheiro foi montada pelo juiz da comarca do município, Líbio Araújo Moura. Para o delegado, no entanto, a ação foi precipitada, pois a PF deveria ter sido avisada para monitorar os envolvidos até o dia da eleição e flagrar o crime eleitoral.
Depoimentos. A PF já colheu os depoimentos de cinco pessoas. Três foram ouvidas logo depois da apreensão do avião: Adinaldo Correa Braga, sua mulher, Rosângela Noronha Machado Braga, e o piloto de avião Lucas Silva Chaparra. O casal e o piloto foram presos e liberados após prestarem depoimento.
Um funcionário da Secretaria de Saúde de Parauapebas e o proprietário de uma empresa de aluguel de tratores da cidade, que alega ser o dono do dinheiro apreendido, também depuseram no último dia 9. O dono de uma empresa de engenharia que teria efetuado pagamento milionário pelo aluguel de tratores e um coordenador de campanha do PT no município foram intimados, mas não compareceram.
O advogado do empresário que não compareceu ao depoimento alegou que seu cliente estava com "problemas de saúde".
Procurados, o candidato do PT em Parauapebas e o servidor da Secretaria Municipal de Saúde, não retornaram aos pedidos de entrevista do Estado.
Na ocasião, por meio de nota, o diretório do PT de Parauapebas repudiou o envolvimento da legenda no caso, afirmando que a apreensão do dinheiro não tinha relação com o partido.
COMITÊ SINDICAL DE APOIO A HADDAD AMEAÇA SÃO PAULO COM ONDA DE TERRORISMO!
"TERROR - Jornal distribuído pelo comitê sindical pró-Haddad diz que haverá escalada da violência na capital caso Serra vença. "Arrastões, assaltos em shoppings, chacinas e explosões de caixas eletrônicos vão aumentar. O crime organizado se alastrará em São Paulo", diz o texto."
DO ALUIZIO AMORIM
O acidente em Viracopos confirmou que o governo continua namorando o colapso
O Brasil Maravilha é um pobretão que se faz de rico vestindo um fraque puído nos fundilhos, confirmou o acidente que paralisou Viracopos por 46 horas, provocou o cancelamento de quase 500 voos, confiscou o feriadão de mais de 20 mil passageiros e reiterou aos berros a advertência formulada desde 2007 por quem tem mais de três neurônios: as autoridades encarregadas de administrar o sistema de transporte aéreo continuam namorando o colapso. Bastou a quebra do trem de pouso de um cargueiro para mostrar que, em matéria de estrutura aeroportuária, a sede da Copa de 2014 está tão pronta para o evento quanto a Marinha de Guerra para um combate contra a esquadra inglesa nos cafundós do Pacífico.
Como registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o acidente escancarou misérias camufladas pelas bravatas de Lula e pela discurseira indigente de Dilma Rousseff. Viracopos não é uma exceção: quase todos os aeroportos brasileiros tem uma pista só. O equipamento necessário para a remoção de aviões de grande porte custa 2 milhões de reais. Em todo o Brasil, só existe um, pertencente à TAM, que se dispõe a emprestá-lo aos concorrentes sangrados por prejuízos devastadores. A Infraero não tem nenhum. Nem pretende ter: sob a alegação de que o problema é das empresas, a estatal já avisou que não vai desperdiçar dinheiro com tais irrelevâncias.
Em 24 de junho de 2010, de passagem por Campinas, Dilma Rousseff precisou apenas de uma entrevista à Rádio Bandeirantes para resolver todos os problemas que continuam do mesmo tamanho. Entre um palavrório indecifrável e outro sem pé nem cabeça, como sublinha o post reproduzido na seção Vale Reprise, a candidata em campanha surpreendeu os ouvintes com dois espantos numa frase só: “O terceiro aeroporto ser em Viracopos é absolutamente adequado, porque Viracopos tem área, Viracopos é perto de Campinas, dista apenas 100 km no máximo de Campinas”.
Primeiro espanto: como Viracopos fica a 14 quilômetros do centro de Campinas, a distância de 100 quilômetros só seria alcançada se o aeroporto inteiro ─ incluídos os portões de embarque, as pistas, o saguão, o estacionamento, o bar, a banca de jornais, os funcionários das empresas aéreas e os passageiros ─ fosse transferido para a capital paulista, a 94 quilômetros dali. Quem faz o PAC é capaz até de embarcar um aeroporto num caminhão de mudanças, mas o entrevistador achou melhor conferir. Só então Dilma descobriu onde estava.
Segundo espanto: o terceiro aeroporto já fora inaugurado, ao menos na cabeça da Mãe do PAC, num ponto da capital paulista jamais revelado “para não provocar especulação imobiliária”. No começo deste ano, em vez de contar onde fica a maravilha imaginária, a superexecutiva de araque mudou de ideia: em vez de construir o moderníssimo colosso por conta própria, informou, o decidira privatizar Viracopos.
A Aeroportos Brasil, vencedora da licitação, vai assumir efetivamente o controle do lugar em fevereiro de 2013, a menos de um ano e meio do início da Copa. Nem um Fernando Cavendish consegue fabricar uma segunda pista num prazo tão curto. Portanto, já não há tempo para impedir que aviões avariados cancelem jogos da Copa ou imobilizem turistas com ingressos no bolso a milhares de quilômetros da arquibancada. Deus é brasileiro, certo. Mas será demais encarregá-lo de monitorar, durante 45 dias, todos os pousos e decolagens no país natal.
Tomara que até a Copa o futebol da Seleção renasça. Será sempre um consolo para milhões de brasileiros condenados a morrer de vergonha
POR AUGUSTO NUNES-REV VEJA
ELEIÇÕES: em São Paulo não se trata apenas de escolher um prefeito — é preciso brecar um projeto hegemônico do PT que ameaça a democracia
Estará em jogo, mais que isso, decidir se o
PT prosseguirá, ou não, com seu projeto hegemônico, de
“cristinakirchnerização” da vida pública brasileira, de ocupar com seus
quadros todos os espaços possíveis, de tornar difícil, se conseguir, a
vida da imprensa livre, de permanecer no poder custe o que custar, mesmo
depois do mensalão.
Estará em jogo, em última instância, uma fatia importante da democracia brasileira.
O tucano José Serra, então, é um novo Messias? É o melhor candidato
da história da República? É um super-herói sem máculas que barrará o
avanço dos malvados vilões da fita?O petista Fernando Haddad, por sua vez, seria o demônio personificado? Um troglodita político que esmagará a porretadas as liberdades públicas, de seu gabinete no Viaduto do Chá?
Nada disso, é claro.
Serra tem qualidades que o ódio de seus inimigos não reconhece: enorme experiência, um saldo muito positivo como secretário do Planejamento do governador Franco Montoro (1983-1987), como um dos deputados mais ativos da Constituinte, um senador profícuo, um ministro da Saúde que marcou época, um prefeito efêmero, mas eficaz, da cidade de São Paulo, um excelente governador do Estado durante três anos e meio.
Tem defeitos? Deus sabe que sim: é excessivamente centralizador, não ouve quase ninguém, deveria ser menos arrogante e ter mais respeito pelos adversários (e, às vezes, pelos próprios aliados), ostenta um péssimo humor que não ajuda em nada suas tarefas.
Pesam contra ele acusações? Sim, pesam, a começar pela tal história do tal Paulo Preto. Mas não custa lembrar que o PT está há dez anos no poder, há dez anos tem o Ministério da Justiça, há dez anos manda na Polícia Federal. Se trabalharmos com fatos, a pergunta é obrigatória: onde estão as investigações, ou sequer os indícios de qualquer irregularidade?
Haddad é um quadro novo, relativamente jovem (além de não aparentar seus 49 anos) e promissor do PT. Professor da USP, bacharel, mestre e doutor e, diferentemente da maioria dos graduados petistas trabalhou, sim, na iniciativa privada, e ainda mais no setor financeiro. Já está na vida pública há 11 anos, com passagem pela área de economia e planejamento tanto na Prefeitura de São Paulo como trabalhando com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Seus sete anos como ministro da Educação do lulalato e de Dilma foram um período de altos e baixos, e o saldo, a despeito de seus esforços, não passou de medíocre e controvertido.
O problema não está em Haddad, cujas qualidades incluem a afabilidade pessoal e o bom trato com assessores e subordinados.
O problema é o projeto de que Haddad – por força do dedazo de Lula, que o empurrou como candidato goela abaixo do PT paulistano — faz parte. Haddad, que Lula levou pela mão no humilhante e outrora absolutamente inimaginável peregrinação até a casa de Paulo Maluf, quando vendeu mais uma parte da alma do PT em troca e menos de 2 minutos de tempo na TV.
O projeto de Lula, que é também…
* o projeto de comprar o Congresso com dinheiro sujo, e subordiná-lo ao Executivo,
* o projeto de José Dirceu, do “bater neles nas urnas e nas ruas”,
* o projeto de que cooptou quase todo o leque partidário à custa de cargos, vantagens e tudo o que antes se criticava da “velha política” brasileira no afã de alcançar, dispor de e manter o poder até onde a vista alcança,
* o projeto de um “núcleo duro” que, com raríssimas exceções, nunca escondeu seu desprezo pela “democracia burguesa”,
* o projeto de Rui Falcão, aquele que, embora membro dela desde sempre, denuncia “a elite” e ofende o Supremo Tribunal Federal ao incluí-lo entre a oposição “conservadora, suja e reacionária”,
* o projeto da turma de Franklin Martins, que ressurge dentro do PT querendo o “controle social” da imprensa, sinônimo de calar a imprensa livre,
* o projeto dos que consideram as consideram as condenações impostas pelo Supremo Tribunal Federal a mensaleiros e ladravazes como um “golpe” da oposição –coitadinha dela — e da imprensa, um improvável e espantoso golpe contra um EX-presidente, não aceitando as regras mais elementares da democracia e do Estado de Direito,
* o projeto de quem, propositalmente, martela nos ouvidos da opinião pública que quem se opõe aos desígnios do PT “é contra o Brasil” — como fazia a ditadura militar com o “ame-o ou deixe-o”,
* o projeto de quem esvaziou, desmoralizou e politizou as agências reguladoras — criadas para serem entes de Estado, e não de governo, com padrão e ação técnicos –, distribuindo-as como moeda de troca entre partidos,
* o projeto de quem inchou com milhares de militantes partidários os quadros da administração pública,
* o projeto de quem distribuiu cargos gordíssimos e bem remunerados em conselhos de estatais e de fundos de pensão de funcionários de estatais a sindicalistas “companheiros” — não pela competência, mas pela afinidade ideológica,
* o projeto de quem prestou, e em menor grau ainda continua prestando, seguidas homenagens a regimes párias como o de Cuba e o do Irã, e estende tapete vermelho a demagogos autoritários como Hugo Chávez ou governantes que pisam nos interesses brasileiros, como Evo Morales,
* o projeto de quem tratou os narco-terroristas das chamadas “Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia”, as Farc, como grupo político no cenário colombiano, e não como os bandidos, sequestradores e assassinos que são, tendo por eles mais consideração do que com os governos democráticos, mas “de direita”, de Bogotá,
* o projeto de quem envergonhou o Brasil se abstendo de condenar, na ONU, regimes que pisoteiam os direitos humanos, concedendo prioridade em desferir caneladas em aliados ocidentais, a começar pelos Estados Unidos,
* o projeto de quem, qual república de bananas, abriu generosamente os braços ao terrorista e assassino Cesare Battisti, concedendo-lhe o status de refugiado político e ferindo os brios de uma democracia exemplar como a Itália, país amigo e terra dos ancestrais de mais de 30 milhões de brasileiros,
* o projeto de quem, na oposição, por décadas se opôs sistematicamente, por razões ideológicas, a medidas que beneficiavam o Brasil, de tal forma que nada que a atual oposição faça possa nem de longe lembrar o comportamento deletério e derrotista manifestado por Lula e o lulo-petismo ao longo de sucessivos governos,
* o projeto a que resiste, como uma rocha, há 18 anos, o eleitorado do Estado de São Paulo, acompanhado há menos tempo pelos eleitores Minas Gerais e, aqui e ali, pelo de Estados como o Paraná, o Pará e Goiás, razão pela qual a conquista da cidade de São Paulo é vista como um passo importante para “descontruir” a administração tucana do Estado e tentar abocanhá-lo em 2014.
Quase todo mundo sabe, mas, como nossa memória é curta, e a memória de boa parte dos lulo-petistas extremamente seletiva, vale lembrar que Lula e sua turma, entre outros episódios que vou deixar de lado…
*… foram contra a eleição de Tancredo Neves como presidente da República em 1985, ato que encerraria a ditadura militar, dando lugar a um regime civil que restauraria as liberdades públicas e a democracia. Os então deputados petistas que votaram em Tancredo – Ayrton Soares (SP), Bete Mendes (SP) e José Eudes (RJ) — foram expulsos do partido.
*… não participaram da solenidade de homologação da nova Constituição democrática, a 5 de outubro de 1988, e deixaram claras suas “ressalvas” ao texto aprovado por todos os deputados e senadores de todos os partidos.
Os petistas assinam a nova Constituição, porque era uma formalidade inescapável, mas o próprio Lula, então deputado constituinte, pronunciou um longo discurso 12 dias antes da promulgação, a 23 de setembro de 1988, dizendo, com todas as letras: “O partido [PT] vota contra o texto, e amanhã, por decisão do nosso Diretório – decisão majoritária – assinará a Constituição, porque entende que é o cumprimento formal da sua participação nessa Constituinte”.
* … defenderam em 1989 o calote da dívida externa brasileira, com Lula candidato à Presidência – seria derrotado no segundo turno por Fernando Color –, medida que levaria o Brasil à bancarrota e à desegraça, faria secar os investimentos externos por tempo indeterminado e transformaria o país em pária internacional.
* … recusaram-se num momento de gravíssima crise institucional, no final de 1992, a colaborar com o vice Itamar Franco, que assumiu em definitivo a Presidência com o afastamento de Fernando Collor e, no Planalto, tentou fazer um governo de grande acordo nacional para tirar o país do caos econômico e da derrocada moral a que o levara seu antecessor. A ex-prefeita petista de São Paulo Luiza Erundina, uma exceção, cometeu o “crime” de cooperar com o presidente Itamar como ministra da Administração e viu-se obrigada a deixar o PT.
* … combateram sem tréguas o Plano Real, classificando como “eleitoreiro” o mais bem sucedido programa de estabilização da moeda da história econômica do país, concebido por equipe reunida pelo ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e bancado pelo presidente Itamar. Sem ele, como se sabe, os proclamados êxitos econômicos do lulalato não existiriam.
* … se opuseram ferozmente a todas as privatizações que, durante os dois mandatos de FHC (1995-2003), dinamizaram e modernizaram a economia do país, aumentaram a arrecadação de impostos, diminuíram o peso do Estado, melhoraram a competitividade do Brasil no mercado internacional e tornaram o país terreno fértil para investimentos estrangeiros.
A oposição do lulo-petismo, que não esteve alheio à participação em atos de hostilidade e mesmo da agressão física a empresários e autoridades durante leilões na Bolsa de Valores, incluiu a da telefonia, que permitiu entre outros resultados que o país pulasse em menos de duas décadas de 800 mil celulares para os mais de 200 milhões que tem hoje.
* … manifestaram-se em 1999 inteiramente contra a adoção de um dos três pilares da estabilidade do país – a política de câmbio flutuante. No mesmo ano, declararam-se contrário ao segundo deles, a política de metas de inflação. No ano seguinte, combateram e votaram contra o terceiro pilar do tripé que, ironicamente, propiciaria um governo extremamente favorável ao próprio Lula – a Lei de Responsabilidade Fiscal .
* … inventaram e propagaram uma campanha de teor golpista e antidemocrática, o “Fora FHC”, tão logo o presidente iniciou em 1999 o segundo mandato, para o qual, derrotando Lula, foi eleito por MAIORIA ABSOLUTA dos eleitores brasileiros, e no PRIMEIRO TURNO.
* combateram e criticaram, a partir de 2001, várias medidas da chamada “rede de proteção social” estabelecida pelo governo FHC, como o Bolsa Escola, o vale-alimentação, o vale-gás, o auxílio a mulheres grávidas que fizessem todos os exames do prénatal e o auxílio a famílias que evitassem o trabalho infantil de seus integrantes. Os distintos programas que Lula e seus seguidores, na oposição, consideravam “esmola” e parte de uma suposta ação eleitoreira viriam a ser unificados durante o lulalato e transformados em sua principal vitrine: o Bolsa Família — utilizado, como todos sabemos como O instrumento eleitoreiro por excelência.
Por tudo isso, e por mais que se poderia relacionar aqui, o voto CONTRA o PT em São Paulo se impõe — para impedir que um projeto hegemônico que, misturando belas palavras e sorrisos com ameaças, pretende moldar a democracia brasileira a seus desígnios.
POR RICARDO SETTI-REV VEJA
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