quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Luís Cláudio Lula da Silva é o pai cuspido e escarrado

A Folha acompanhou nas últimas semanas as postagens do rapaz no Facebook.
O empresário investigado pela Operação Zelotes está bravo: com o juiz Sérgio Moro, com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com Marlon Cajado, delegado responsável pela Zelotes, com a imprensa e até com Joaquim Barbosa
Por Reinaldo Azevedo
Veja.com

Pois é…
“Quem sai aos seus não degenera”, diz o velho adágio. Ou mantém a ordem dos degenerados, a gente poderia concluir com alguma ironia.
A exemplo do pai, Luís Cláudio, o caçula de Lula, não se deixa intimidar. A Folha acompanhou nas últimas semanas as postagens do rapaz no Facebook. O empresário investigado pela Operação Zelotes está bravo: com o juiz Sérgio Moro, com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com Marlon Cajado, delegado responsável pela Zelotes, com a imprensa e até com Joaquim Barbosa.
O filhote de Lula também não gosta daqueles que falam que há crise no Brasil. Ele compartilhou um banner com ironias sobre o assunto. Lá se lê que os “quiosques estão lotados de crise”, o estacionamento do shopping anda “lotado de crise”, e as pessoas na fila do restaurante aguardam a “crise desocupar” a mesa.
O rapaz acusado de receber R$ 2,4 milhões de um lobista para fazer um “trabalho” que, em tendo existido, se limitou a um cópia/cola da Wikipedia, não vê crise. O cara que mora de graça num apartamento que pertenceria ao compadre do pai, numa área nobre de São Paulo, não vê crise. Deve ser mais difícil enxergá-la quando não é preciso pagar a conta e quando o dinheiro chega com tanta facilidade.
Ele também não gosta de Moro. Reproduz uma imagem em que juiz segura um cartaz com a seguinte inscrição, incluindo o erro de concordância: “Contrata-se delatores, com ou sem experiência. Objetivo: acabar com o PT”.
A imprensa, que seu pai tentou controlar várias vezes, também apanha. Mas aí Luís Cláudio evidencia uma relação, vamos dizer, esquizofrênica com a dita-cuja. Sempre que os adversários do PT são alvos de reportagens desairosas, ele compartilha a informação e a usa como evidência da perversidade dos “inimigos”. Quando, no entanto, o PT e petistas são protagonistas de notícias negativas, aí Luís Cláudio não duvida de que é tudo manipulação.
É o pai cuspido e escarrado. Foi assim que Lula chegou ao poder. Acho que já não dará para Luís Cláudio.
Ninguém mais cai nessa farsa, como ficou evidenciado no panelaço de ontem.
24/02/2016 DO R.DEMOCRATICA

STF determina sequestro de bens de dois parlamentares por corrupção na Petrobras

A decisão, assinada pelo ministro Teori Zavascki, pede o sequestro de até R$ 2,6 milhões do deputado Arthur Lira e R$ 1,6 milhão de seu pai, Benedito Lira
Por Rodrigo Tolotti Umpieres  
SÃO PAULO - O O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou nesta quarta-feira (24) o sequestro dos bens do senador Benedito de Lira (PP-AL) e seu filho, o deputado Arthur Lira (PP-AL), ambos réus em um dos processo relacionados ao esquema de corrupção da Petrobras.
A decisão, assinada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, pede o sequestro de até R$ 2,6 milhões do deputado e R$ 1,6 milhão do pai dele. No documento, ele cita as informações contidas nos depoimentos do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, que firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Segundo o empreiteiro, em 2011 Arthur Lira exigiu R$ 1 milhão em doações para que as "portas" da Petrobras permanecessem "abertas" à UTC. De acordo com Pessoa, o deputado alagoano foi incisivo e pediu R$ 1 milhão "de forma bastante contundente".
A decisão ainda estabelece que a diferença de valores a serem sequestrados dos dois parlamentares se dá porque a denúncia não sustenta que Benedito tenha se beneficiado do montante que seu filho pediu a Ricardo Pessoa.

Vem Pra Rua lança o “Mapa do Impeachment”

O impeachment só acontece se você se mobilizar. Saiba como funciona

Por: Reinaldo Azevedo
Mapa do impeachment
O Movimento Vem Pra Rua (VPR) lança, nesta quarta-feira, o Mapa do Impeachment. Estará disponível neste endereço daqui a pouco: mapa.vemprarua.net. É uma ferramenta inédita.
O internauta poderá saber dia a dia como anda o placar no impeachment na Câmara e no Senado e a opinião de cada deputado e senador. Mas não só isso.
A ferramenta fornece todos os dados para que o eleitor de cada Estado possa entrar em contato com o parlamentar. Também torna disponíveis dados da sua biografia política, como evolução patrimonial, bens declarados à Justiça Eleitoral, doadores de campanha etc.
Quer mandar um recado para eles? Haverá um e-mail. Também estarão em destaque os respectivos endereços de deputados e senadores nas redes sociais.
Esse impeachment é seu! É você quem faz! Boa parte dos parlamentares só vai se mexer se você se mobilizar. Vá pra rua!

Moody's retira selo de bom pagador do Brasil

Agência de classificação de risco foi a última, das três maiores, a rebaixar nota de crédito do país.
Perspectiva para o rating é negativa
Por Luís Lima
Veja.com
Logotipo da agência Moody's no escritório de Nova York
(Ramin Talaie/Bloomberg/Getty Images)
A agência de classificação de risco Moody's retirou o grau de investimento, espécie de selo de bom pagador, do Brasil ao cortar, em dois níveis, o rating do país a "Ba2", de "Baa3", nesta quarta-feira, mudando ainda a perspectiva da nota para negativa. O rebaixamento já era amplamente esperado pelo mercado.
Com a decisão, a Moody's junta-se agora às outras duas grandes agências de classificação de risco, Standard & Poor's (S&P) e Fitch, que já haviam retirado a classificação de grau de investimento do Brasil. Sem o rótulo de bom pagador, o país é excluído da cesta de países em que vale a pena investir.
Em nota, a agência diz que a decisão foi motivada pela maior deterioração das métricas de crédito do Brasil, em um ambiente de baixo crescimento, com expectativa de que a dívida do governo ultrapasse 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos três anos.
"A perspectiva negativa reflete a visão de que os riscos são de uma consolidação e uma recuperação ainda mais lentas, ou de que surjam mais choques, o que cria incertezas em relação à magnitude da deterioração do perfil de crédito do Brasil".
A agência também aponta que a "dinâmica política desafiadora" vai atrasar as reformas estruturais e continuar a complicar os esforços de consolidação fiscal.
Para a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, ainda que decisão já fosse aguardada, há um risco de contágio financeiro para empresas. "Diante disso, as companhias têm de captar a um custo mais elevado, têm dificuldades pra renovar dívida", considera. Ainda pode haver impactos sobre o dólar, investimentos estrangeiros e sobre a dívida do país.
Segundo Zeina, a decisão também pode deixar o mercado mais sensível a quaisquer sinalizações por parte do governo. "A primeira reação do mercado pode ser apática, mas mês é mês que vem", diz. Ela avalia que nada impede que a S&P rebaixe novamente a nota do país este ano e que a Moody's faça o mesmo. "O que precisamos é conter essa espiral de piora de nota de crédito, que deixa o país mais vulnerável", completa.
Alex Agostini, economista-chefe da agência de classificação de risco nacional Austin Rating, acredita que o rebaixamento alonga o horizonte de recuperação do grau de investimento. "Quando se perde [o grau] por uma agência, ainda há algum folego pra tentar recuperar. Agora, quando se perde em três agências, aí afeta capacidade de resiliência do país", diz.
Neste cenário, segundo Agostini, aumentam as dificuldades para a atração de investimentos ao setor produtivo. "Fica mais díficl para empresas que querem abrir capital. O downgrade mina a credibilidade do país e acentua a preocupação de investidores. Estamos dando vários passos para trás."
Histórico - A primeira agência que retirou o grau de investimento do país foi a S&P, em 9 de setembro do ano passado, quando cortou a nota soberana brasileira de BBB- para BB+. Em julho, a agência já havia alertado analistas do mercado financeiro quando, no dia 28, havia alterado a perspectiva da nota para negativa.
A segunda ação de classificação do Brasil como mau pagador aconteceu no dia 16 de dezembro pela Fitch. A agência alterou o rating do Brasil de BBB- para BB+, com perspectiva negativa.
Na semana passada, a S&P decidiu reduzir a nota brasileira em mais um grau. No dia 17, a S&P mudou o rating de BB+ para BB com perspectiva negativa. 24.02.2016 - DO R.DEMOCRATICA