sábado, 7 de julho de 2012

PT e Lula irmanados com as FARC no Foro de São Paulo.

Manifesto das Farc e biografia de Manuel Marulanda são divulgados no encontro da esquerda em Caracas Desde que Lula tornou-se presidente do Brasil, o Partido dos Trabalhadores tentou impedir a presença das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Foro de São Paulo, o encontro anual da esquerda. A norma nunca foi efetivamente cumprida, porque partidos ligados ao grupo terrorista continuaram participando. Com o evento sendo realizado em Caracas e com o presidente venezuelano Hugo Chávez no comando, o controle que já era fraco ficou totalmente frouxo.
A ex-senadora Piedad Córdoba, flagrada nos e-mails de Raúl Reyes aconselhando o grupo nas negociações com o governo de seu país, sentou-se na mesa principal durante a assembleia do Foro. Além disso, um livreto com o Manifesto das Farc e outro com a biografia de Manuel Marulanda foram distribuídos por integrantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido de Chávez), no salão onde ocorreu a assembleia principal. Perguntados sobre quem tinha trazido os panfletos, eles respondiam: “Foram os nossos irmãos colombianos”.
Chávez já disse que as Farc tem um projeto político. Centenas de membros do grupo estão escondidos atualmente na Venezuela, onde realizam sequestros, assaltos e se preparam para incursões armadas na Colômbia. Com o presidente venezuelano no comando do Foro, que acabou na sexta-feira, dia 7, os terroristas ficam ainda mais livres.
 (Cobertura especial de Veja, único veículo de comunicação do Brasil que cobriu o evento) 
DO CELEAKS

Laranja da Delta fez saque de 5 milhões de reais

VEJA localizou Bruno Estefânio de Freitas, que mora na periferia mas é dono de empresa de fachada que recebia recursos da construtora

Gabriel Castro

Coaf detectou transação suspeita envolvendo a Delta Coaf detectou transação suspeita envolvendo a Delta (Daniel Ramalho)
Reportagem de VEJA desta semana joga luz sobre o esquema nebuloso utilizado pela construtora Delta para esconder o destino de parte de seu gigantesco faturamento. A equipe da revista localizou Bruno Estefânio de Freitas, um laranja do empresário Fernando Cavendish que sacou 5 milhões de reais em dinheiro de uma conta abastecida pela Delta. A agência bancária onde ocorreu a retirada é a mesma utilizada pela construtora.
No papel, Bruno é dono de uma empresa de terraplenagem que recebeu, nos quatro primeiros meses deste ano, 12 milhões de reais. Parte desses recursos foram repassados pela Delta. Na prática, o improvável milionário está desempregado e tem endereço registrado em um conjunto habitacional na periferia do Rio de Janeiro.
O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que detectou a transação suspeita destaca o fato de o saque ter sido feito na Barra da Tijuca, a 140 quilômetros do local registrado como sede da MB - que, aliás, informa como endereço uma sala onde funciona uma firma de consultoria financeira. O A VEJA, Bruno negou ser dono da MB: "É engano isso aí". São mais perguntas para a CPI do Cachoeira responder.
REV VEJA

Dilma e os desagradáveis ruídos da democracia

BRASIL
Em dois dias seguidos, em três locais, o primeiro em São Paulo, o segundo no Rio, em dois eventos, a presidenta ao inaugurar obras enfrentou ruidosos manifestantes, grevistas e descontentes
Nos três casos os gritos eram por reclamações do pessoal da saúde e na educação, exatamente os mais frágeis segmentos do Brasil, a quinta maior economia do planeta. Pelo visto, o povo sabe o que quer
Foto: Jorge Araujo/Folhapress
Protesto em São Paulo

Durante visita a São Bernardo do Campo (SP) nesta quinta-feira (5), a presidente Dilma Rousseff enfrentou um protesto de estudantes e servidores de universidades federais em greve.
Dilma ouviu aos brados queixas de cerca de 30 representantes da Universidade Federal do ABC e da Unifesp.
Eles reclamavam da falta de reajuste para servidores e de problemas de infraestrutura nos campi na Região Metropolitana de São Paulo.
Os estudantes gritavam: "Dilma a culpa é sua, a minha aula é na rua".
Os manifestantes protestaram durante a cerimônia de inauguração de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
"O pessoal pode se acalmar que as coisas irão para os seus lugares na hora certa. Pode ter certeza disso", disse Dilma, ao final de seu discurso.
Também participara do ato o ex-presidente Lula; o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho; e o ministro Alexandre Padilha (Saúde).
Foto: Stuckert Filho/Presidência da República
Protestos no Rio
Nesta sexta (6), Dilma Rousseff foi ao Rio entregar 460 apartamentos. Enfrentou um protesto de estudantes. A rapaziada gritava pela destinação de mais verbas para a educação.
O alarido abafou o discurso da presidente.
Ela elevou o volume da voz e seguiu em frente.
Sendo Josias de Souza, no seu Blog, “Numa vã tentativa de salvar a cena, o prefeito carioca Eduardo Paes, que foi ao ato junto com o governador Sérgio Cabral para tirar uma casquinha da popularidade da visitante, puxou um coro: ‘Olê, olê, olê, olá’, Dilma, Dilma!’.
Mas não houve adesão dos presentes a intervenção do prefeito, e a coisa ficou mais vexatória ainda.
”A ação dos seguranças revelou-se, por assim dizer, mais produtiva. Sem muita conversa, rasgaram cartazes. Tomaram os celulares dos que filmavam o rififi. Lançaram os aparelhos no solo. De resto, impediram que os repórteres levassem sua curiosidade para perto do tumulto”.
No segundo estágio de sua agenda, Dilma deparou-se com outro protesto. Foi inaugurar uma ala nova da emergência do Hospital Miguel Couto. Aguardavam-na professores e servidores de hospitais federais em greve. Recepcionaram-na com um coro diferente daquela que Paes entorara na cerimônia dos apartamentos.
“Saúde na rua, Dilma a culpa é sua!”, gritava a turba. “A greve é todo dia, porque a Dilma não negocia!”, variavam os manifestantes. O carro que levava Dilma rumou para uma entrada lateral do Miguel Couto.
Acompanhada do prefeito e do ministro-senador Marcelo Crivela (Pesca), a presidente tomou o elevador. Não subiu. Dilma viu-se compelida a enfrentar as escadas. Visivelmente irritada, dessa vez, não discursou. Limitou-se a dizer meia dúzia de palavras ao séquito de repórteres.
Um deles perguntou à visitante se notara os protestos do lado de fora do hospital. E Dilma:
“Vi, meu querido. Vivemos numa democracia, vocês querem o quê?”.
Dilma precisa aguçar os ouvidos e arregaçar as mangas para atender aos apelos da barulhenta e sonora democracia, que pelo visto, teima em perseguí-la, como a voz da consciência, pelo Brasil afora.

07/07/2012

DO R.DEMOCRATICA

Ex-funcionário da Delta, Cachoeira e seu contador sumido podem revelar como políticos movimentam milhões entre Brasil, Angola e Paris

Exclusivo
Podem vir à tona, na CPI do Cachoeira, gravíssimas revelações sobre as secretas conexões de negócios e movimentação de dinheiro que a cúpula petista e seus aliados mais próximos (principalmente do PMDB) promovem entre Brasil, Angola, Paris e arredores
Por Jorge Serrão
Transações financeiras bilionárias e ilegais da construtora Delta, com pagamentos (também fora da lei) para deputados, senadores, governadores e outros políticos menos votados, podem ser denunciados por um ex-funcionário da empreiteira de Fernando Cavendish, que foi ameaçado de morte e pretende se vingar, contando tudo que sabe à CPI que Luiz Inácio Lula da Silva se arrepende, amargamente, de ter forçado a barra para ajudar a criar.
A petralhada e seus comparsas em esquemas escusos também tremem de medo com uma possível vingança de Carlinhos Cachoeira.
Preso há 128 dias, nem o genial e influente advogado Márcio Thomaz Bastos consegue emplacar recursos para libertá-lo.
Cansado de ficar na cadeia, deprimido, perdendo peso e ficando doente, o empresário é um arquivo-vivo, pronto para comprometer gente muito importante, caso corra o risco de ser o único punido no escândalo que faz o impune mensalão parecer um roubo de galinhas.
Usando sua simpática, jovem e bela mulher como porta-voz, Cachoeira “pediu para falar para o Brasil que ele tem o que dizer”.
Os segredos da conexão Brasil-Angola-Paris – que podem envolver companheiros e aliados de Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Sérgio Cabral Filho - também podem ser revelados pelo Banco Central do Brasil.
O presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, corre o risco de ser convocado pela CPI para explicar, oficialmente, como a construtora Delta teria feito o milagre econômico de movimentar altas somas em dinheiro, incompatíveis com a faturamento da empreiteira, entre os anos de 2002 e 2012.
Antes de se tornar a super-empreiteira do PAC de Lula e Dilma, desde 2002, a Delta tinha negócios de R$ 450 milhões com o governo de Sérgio Cabral no Estado do Rio de Janeiro.
Além do BC do B, três personagens teriam a “memória de cálculo” da gigantesca movimentação de dinheiro operada pela Delta: Carlinhos Cachoeira, o seu contador Geovani Pereira da Silva e, agora, um ex-empregado da Delta, ameaçado de morte.
Muito curioso – ou sintomático – é que o tesoureiro do esquema de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, seja o único foragido da Operação Monte Carlo, o contador de Cachoeira seria o elo financeiro do “clube” com os políticos.
Caso reapareça vivo, Geovani deverá receber o convite de uma delação premiada para explicar como o bicheiro Carlinhos Cachoeira usou duas empresas de fachada — a Brava Construções e a Alberto & Pantoja — para movimentar R$ 39 milhões, entre 2010 e 2011, liberando os mensalões para os parceiros.
A Delta era a principal empresa do PAC, cuja mãe é a Presidenta Dilma e o padrasto, lógico, era Luiz Inácio Lula da Silva.

Engraçado é como só Cachoeira apareça como o “filho da mãe” de uma grande famiglia mafiosa...

Investigações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, reuniram provas objetivas de que o caixa da Delta Construções no Rio de Janeiro abastecia empresas de fachada do esquema de Carlinhos Cachoeira, usando “laranjas” – pessoas aparentemente inocentes que nem sabiam de nada ou não levaram dinheiro do esquema mafioso.
Caso Carlinhos Cachoeira resolva romper seu silêncio forçado, dedurando aliados que agora não lhe dão ajuda no momento crítico, o defensor de honra dos ilustres petistas, criminalista Márcio Thomaz Bastos, terá de trabalhar mais que Hércules para livrar a barra dos implicados no escândalo – cujos nomes ainda não vieram à tona das águas turvas e fétidas do Delta da Cachoeira (um ponto geográfico imaginário onde se centraliza o Governo do Crime Organizado).

DO R.DEMOCRATICA