sábado, 9 de junho de 2012

Por que Lula tem pavor do mensalão? LEIAM- REPASSEM...

Publicado Sábado, 20 de Agosto de 2005 por Policarpo Junior da Revista VEJA.(http://arquivoetc.blogspot.com.br/2005/08/o-que-sabe-o-doleiro-toninho-da.html)
Na semana passada, doze parlamentares da CPI dos Correios desembarcaram em São Paulo para ouvir o doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona. Durante quatro horas, o doleiro procurou atiçar o apetite da CPI para negociar uma delação premiada, instituto pelo qual um criminoso conta o que sabe em troca de uma redução de sua pena. Toninho da Barcelona cumpre 25 anos de prisão na penitenciária de Avaré, a 258 quilômetros de São Paulo. Aos parlamentares da CPI, ele contou que conhecia detalhes das operações financeiras do PT para o exterior, disse que sabia de remessas feitas pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e indicou que o MTB Bank, casa bancária de Nova York, era o epicentro da lavagem de dinheiro. No depoimento, no qual chorou várias vezes, o doleiro disse ainda que a corretora Bônus Banval, de São Paulo, operava para o ex-ministro José Dirceu e era uma das fontes de pagamento do mensalão.No dia seguinte, Toninho da Barcelona concordou em dar uma entrevista a VEJA, por escrito. Ele recebeu uma lista com vinte perguntas da revista e levou duas horas para manuscrever as respostas, que ocupam treze folhas de ofício. Suas revelações ajudam a desvendar o tesouro milionário do PT no exterior e mostram que:
• O PT tinha conta clandestina no exterior, operada pelo Trade Link Bank, uma offshore vinculada ao Banco Rural. Quando o PT queria sacar recursos do Trade Link para usá-los no Brasil, o doleiro acionado era Dario Messer, do Rio de Janeiro.• Dario Messer recebia os dólares petistas em sua offshore no Panamá e entregava ao PT o correspondente em reais no Banco Rural, sediado em Belo Horizonte.
• Os cofres do PT viviam abarrotados de dólares. Em 2002, no auge da campanha presidencial, a casa de câmbio do doleiro, a Barcelona, chegou a fazer trocas de moeda em ritmo quase diário.• As trocas, em valores que oscilavam entre 30.000 e 50.000 dólares, eram realizadas no gabinete do então vereador Devanir Ribeiro, ex-metalúrgico e petista histórico.
• A Bônus-Banval, de São Paulo – aquela corretora que recebeu um pagamento de Marcos Valério para Bob Marques, amigão do ex-ministro José Dirceu –, realizava operações de "esquenta-esfria". Por essas operações, um lado sempre ganha (e esquenta dinheiro de caixa dois) e outro sempre perde (e esfria dinheiro de caixa um, produzindo assim recursos para destinos escusos).
• Nas operações de esquenta-esfria, os prejuízos eram sempre de fundos de pensão de estatais – cujos recursos, esfriados, eram liberados para entrar no caixa dois do PT. Um dos atendidos pelo esquema da Bônus-Banval, diz o doleiro, era José Dirceu.O publicitário Duda Mendonça, ao depor na CPI dos Correios, disse que o PT lhe pagou 10 milhões de reais no exterior e, com isso, foi a primeira testemunha a abrir uma nova fronteira de investigação – o braço do PT no exterior. No depoimento, o publicitário já exibira comprovantes mostrando que a maior parte dos 10 milhões de reais que recebeu saiu do Trade Link, offshore aberta nas Ilhas Cayman, um dos grandes paraísos fiscais do Caribe, administrada pelo Banco Rural.
A entrevista de Toninho da Barcelona, agora, confirma o papel de destaque conferido ao Trade Link no esquema petista no estrangeiro. A operação era feita assim: o Trade Link remetia o dinheiro petista para a offshore panamenha do doleiro carioca Dario Messer e o doleiro, por sua vez, disponibilizava a quantia correspondente, em reais, no Banco Rural. O esquema é uma forte evidência de que os 28 milhões de reais que Valério diz ter obtido na forma de dois empréstimos junto ao Banco Rural sejam simplesmente recursos internados pelo PT a partir de sua conta clandestina no exterior.
Dario Messer é filho do mais antigo doleiro vivo do país, o polonês Mordko Messer, de 90 anos, que hoje se locomove com a ajuda de uma cadeira de rodas. Desde que começou a ser acossado pela polícia, Dario Messer, que é amigo de celebridades como o jogador Ronaldo, sumiu do pedaço. Suspeita-se que esteja, hoje, escondido em algum lugar no Uruguai. Como doleiro, Messer operava pelo menos cinco contas lá fora – três no MTB Bank e duas no Merchants Bank. Não se sabe quais as razões que levaram o PT a escolhê-lo como doleiro preferencial, mas seu tamanho nesse mundo financeiro clandestino talvez seja sua principal credencial. "Ele, sim, é um dos maiores doleiros do país. Muito maior do que o Toninho da Barcelona", diz o procurador da República Vladimir Aras, de Curitiba, um dos integrantes de uma força-tarefa que investiga as remessas ilegais para o exterior. Como prova do seu gigantismo, basta um dado: só uma das contas de Messer no MTB Bank, a Depolo, movimentou 1,7 bilhão de dólares em 2003.
As trocas de dólares por reais, que se materializavam no gabinete do então vereador e hoje deputado Devanir Ribeiro, integram outro braço do esquema petista. Nesse caso, o partido mantinha volumes consideráveis de dólares em dinheiro vivo, escondido em cofres ou malas ou cuecas, e acionava a casa de câmbio quando precisava convertê-los em reais. Em geral, quem ligava para a casa de câmbio Barcelona era o assessor legislativo da Câmara de Vereadores, Marcos Lustosa Ribeiro – que vem a ser filho do deputado Devanir Ribeiro. No telefonema, Marcão, como é conhecido, perguntava a cotação de venda e informava quanto queria trocar. No início de 2002, as trocas eram esporádicas e ocorriam a cada dez ou quinze dias. No meio do ano, já estavam em ritmo alucinado. "Com a aproximação das eleições, tornaram-se quase diárias", lembra o doleiro.
Nesse período, as trocas chegavam a somar em torno de 500.000 reais por semana. "Eles faziam muita questão de que as notas em reais fossem de 50 e 100 por questão de volume", diz Toninho. O volume das trocas cresceu tanto que, certa vez, um assessor de Devanir Ribeiro pediu para que os reais fossem depositados diretamente na conta bancária do PT. Na entrevista por escrito a VEJA, Toninho da Barcelona conta que hesitou em autorizar a operação. Tinha receio de que os registros bancários viessem a comprometê-lo, mas fez o negócio. Os registros, agora, podem ser a prova de sua história. Além disso, as trocas eram registradas nos computadores da casa de câmbio. Os computadores foram apreendidos pela Polícia Federal e, se não foram alterados, contêm todas as operações, garante o doleiro.
VEJA localizou o funcionário da Barcelona que fazia as entregas de dinheiro do PT. É Marcelo Viana, então responsável pelas operações de balcão da Barcelona. Ele relata que, dependendo do volume das trocas, o dinheiro seguia em sacolas ou envelopes. "Mas também já levei dinheiro preso às meias e debaixo da roupa", diz. Marcelo Viana lembra que suas visitas à Câmara de Vereadores eram precedidas de identificação na portaria. Ouvido por VEJA, Marcão confirmou que fazia as trocas no gabinete do seu pai, mas garante que o dinheiro não era do PT. "Não era dinheiro de política, meu pai não tinha nada a ver com isso. Era dinheiro que eu ganhava com serviços de informática que fazia na Câmara e trocava por dólar. Coisa pequena, para meu uso mesmo", afirma. Coisa pequena, com 500.000 reais por semana? Bem, a exemplo da trajetória do filho do presidente Lula, Fábio Luiz, o biólogo que enriqueceu como micreiro, dá para ver que esse pessoal do PT, quando inventa de mexer com informática, faz um sucesso monumental...
O deputado Devanir Ribeiro faz coro com o filho, diz que jamais soube de nada (eis outra característica marcante do pessoal do PT, a de não saber de nada do que acontece mesmo dentro do seu gabinete!) e que o dinheiro não era do PT. "Se o Marcos trocou dinheiro com Toninho Barcelona, o problema é dele. O Marcos é maior de idade, casado, vacinado e cuida da vida dele", diz o pai. Devanir Ribeiro foi metalúrgico e é petista de primeira hora. Amigo de Lula desde 1972, ele esteve presente nos momentos mais simbólicos da vida do presidente: integrou a primeira diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, participou da greve de 1978 e dividiu uma cela com Lula quando ambos foram presos. Em 1982, quando Lula se candidatou a governador de São Paulo, o motorista da Belina que rodou o estado era Devanir Ribeiro. Os dois são amigos até hoje. Nos fins de semana em Brasília, Devanir e a mulher, Zeneide, visitam o primeiro casal na Granja do Torto, onde se divertem tomando cerveja e jogando cartas. Devanir Ribeiro garante que nem conhece Toninho da Barcelona.
Toninho da Barcelona, no entanto, diz que conhece o PT de longa data. Ele conta que, desde 1989, o PT faz remessas para fora do país. Paco, seu velho amigo, dono da Doratur e falecido no ano passado, lhe confidenciou ter despachado para o exterior dinheiro recolhido pelo PT no caso Lubeca, escândalo no qual dirigentes do partido foram acusados de cobrar 200.000 dólares da empresa Lubeca para aprovar um projeto urbanístico. Outro esquema que rendeu muitos dólares ao PT, diz o doleiro, funcionava em Santo André, durante a gestão de Celso Daniel, de 2000 a 2002. Toninho afirma que conhece o caso porque a cambista Nelma Cunha, da Havaí Câmbio e Turismo, de Santo André, nem sempre dispunha do volume de dólares requerido e recorria a ele. Toninho pode ajudar até a esclarecer a corrupção petista em Santo André. Os promotores do caso querem ouvi-lo porque sabem que empresas de ônibus de Santo André – achacadas pelo PT – enviaram recursos ao exterior usando o Banco Rural. Será que esse dinheiro caía naquela conta do PT lá fora, no Trade Link?
Um dos esquemas mais complexos – mas igualmente clássico – do PT funcionava na corretora Bônus-Banval, de São Paulo. Toninho da Barcelona conta que a corretora era usada pelo partido para intermediar operações fraudulentas e, assim, tornou-se uma das principais fontes de pagamento do mensalão. Sua especialidade eram as operações de "esquenta-esfria", nas quais os prejuízos eram sempre dos fundos de pensão das estatais. "As ligações entre o PT e a Bônus são estreitas. Os sócios são amigos íntimos de José Dirceu", acusa o doleiro. Na semana passada, VEJA apurou que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está fazendo uma investigação sigilosa sobre a Bônus-Banval, por suspeita de lavagem de dinheiro e de promover operações fraudulentas com fundos de pensão, exatamente nos moldes como relata o doleiro. Apenas um dos inquéritos em andamento na CVM envolve transação de 12 milhões de reais. José Dirceu nega qualquer relação com a Bônus-Banval. A Bônus-Banval não quis falar sobre o assunto. E a CVM informa que não comenta suas investigações.
A VEJA, o doleiro voltou a dizer que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, fez remessas para o exterior, mas não deu detalhes. Sabe-se que em outubro de 2002 Meirelles sacou 50.600 dólares de sua conta no banco americano Goldman Sachs e depositou o dinheiro na conta da Biscay Trading, uma offshore operada por três doleiros de São Paulo no MTB Bank, em Nova York. Quando o caso veio à tona, em agosto do ano passado, Meirelles explicou que o depósito foi feito a pedido de um credor. Disse que não podia identificar o destinatário do dinheiro nem a origem da dívida porque tais dados estariam em seus arquivos pessoais guardados nos Estados Unidos, onde residiu de 1996 a 2002. Na semana passada, um ano depois de prometer buscar os documentos que explicariam o depósito aos doleiros, Meirelles continuava sem respostas: as informações sobre o depósito – informou sua assessoria – não estavam no arquivo pessoal.
No caso do atual ministro Marcio Thomaz Bastos, o doleiro reafirmou as acusações que já fizera à CPI e deu mais detalhes. Ele conta que as remessas de Bastos começaram em 1993 e lhe foram confidenciadas por quem as fazia – Marco Antônio Cursini, que na época, segundo o doleiro, operava contas no Deutsche Bank e no Swiss Bank e até recebeu uma assistência jurídica do hoje ministro. Marcio Thomaz Bastos confirmou que Cursini, de fato, foi cliente de seu escritório na década de 90, mas nega que tenha usado seus serviços de doleiro ou feito remessas ilegais ao exterior. O ministro diz que abriu conta no exterior e fez três remessas.
Conforme documento expedido pelo Unibanco, agente operador do ministro, a primeira foi feita em novembro de 1994 e a última em março de 1995, totalizando, na época, 2,8 milhões de dólares. As remessas foram autorizadas pelo Banco Central. Em fevereiro de 2003, o ministro trouxe o dinheiro de volta para o Brasil, também pelas vias legais, e pagou cerca de um milhão de reais em imposto. As acusações de Toninho da Barcelona, naturalmente, não podem ser tomadas como expressão da verdade, mas devem ser investigadas com rigor. Exigir que ele apresentasse provas – como fizeram alguns membros da CPI dos Correios na semana passada – é risível. Afinal, Toninho da Barcelona não tem sequer como provar quem ele é, já que, em seu macacão cor de laranja de prisioneiro, não carrega nem a carteira de identidade. Mas repete sempre que as provas estão nos discos rígidos dos computadores que usava e hoje estão lacrados e sob a guarda da Polícia Federal. "Meu cliente está disposto a contar toda a verdade", repete seu advogado, Ricardo Sayeg. "Para a autoridade que quiser ouvir."
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E compreensível o pavor que Lula tem do mensalão. Ele dizia não saber de nada, mas age como soubesse de tudo.
A perda de votos do PT - no caso acima - é avassaladora, porém a desinformação e apedeutismo do povão são os maiores aliados do PT.

DO B. GRAÇANOPAISDASMARAVILHAS

Os danos da corrupção no Brasil

Todos os dias somos confrontados pela nossa imprensa sobre os casos de corrupção que assolam nosso país.
Infelizmente nossas autoridades em lugar de combater a corrupção estão mais interessadas em auferir ganhos pessoais com ela.
O partido do governo, uma verdadeira organização criminosa, juntamente com seu líder máximo, Luiz Inácio Lula da Silva, buscam varrer toda a sujeira para debaixo do tapete e procuram de todos os modos calar a imprensa livre e democrática que denuncia os abusos cometidos pelos criminosos de colarinho branco.
Anualmente o povo brasileiro é lesado em 84,5 bilhões de reais, dinheiro desviado pelos diversos esquemas de corrupção e que vão para as contas dos criminosos do colarinho branco.
Segundo o Leonardo Boff, caso este dinheiro todo fosse aplicado em saúde pública, poderíamos aumentar em 89% o número de leitos nos hospitais, ou seja quase que dobrar o número de leitos para atender aqueles que hoje ficam deitados em macas, no chão e até mesmo em cima de pias nos nossos precários hospitais públicos.
Se este dinheiro fosse aplicado em educação, poderíamos ter 16 milhões de novas vagas nas escolas.
Caso fosse aplicado na Construção Civil seriam construídas 1,5 milhões de casas, gerando com isto mais emprego e mais renda para o povo brasileiro.
Que governo é este que se diz do trabalhador e do povo que desvia tanto dinheiro para o bem estar do povo para seu bem estar social?
Como se explica que a família Lula da Silva se tornou em dez anos uma das maiores fortunas do Brasil?
Até quando vamos aceitar impassíveis que sejamos roubados desta forma impune e descarada a cada dia?
Precisamos urgentemente de uma revolução de ética e honestidade.
DO BRASIL-LIBERDADE E DEMOCRACIA

Cartaz de escola assaltada seis vezes em MT faz apelo a 'senhores ladrões'


Escola de Várzea Grande foi assaltada duas vezes na mesma semana (Foto: Reprodução/ TVCA)Escola de Várzea Grande foi assaltada duas vezes na mesma semana (Foto: Reprodução/ TVCA)
Depois de registrarem dois assaltos na mesma semana, os professores de uma escola estadual de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, fizeram um cartaz pedindo a devolução dos objetos roubados. O apelo foi fixado na porta da instituição.‘Senhores ladrões, por favor, devolvam os equipamentos da escola’, diz o cartaz.
Segundo os professores, a Escola Estadual Professora Elizabete Maria Bastos Mineiro sofreu seis assaltos ao longo deste ano. Nas duas últimas ações, os ladrões levaram aparelhos eletrônicos como computadores, impressoras, câmeras e outros objetos. Nos crimes, o vigia noturno foi rendido duas vezes pelos assaltantes. De acordo com ele, o crime foi cometido por quatro pessoas.
PSegundo os funcionários, é a 6ª vez que a escola é assaltada neste ano (Foto: Reprodução/ TVCA)Segundo os funcionários, é a 6ª vez que a escola
é assaltada neste ano (Foto: Reprodução/ TVCA)
Além de ter os aparelhos roubados, a escola teve salas e armários arrombados. “Nós fizemos apelo a comunidade, aos próprios ladrões para que devolvam. A escola é um bem social e serve para educar todos da região”, declarou José Carlos Machado Cunha, coordenador da escola.
A maioria dos professores pensa em deixar a instituição por causa da situação. “Não temos condição de trabalhar aqui sobre essas ameaças e assaltos constantes. O sexto assalto no ano. O segundo na mesma semana. Não temos equipamento, não temos proteção”, disse um professor que não quis se identificar.
No assalto do dia 5, a ação dos suspeitos foi gravada. No entanto, o computador que armazenava os dados também foi roubado. De acordo com o coordenador da unidade, toda a administração está comprometida. “Não tem como dar um certificado ou declaração, atestado ou transferência”, disse. A Polícia Militar afirmou que pretende implementar um projeto que une segurança e educação na região.
DO G1

Premonição confirmada

Premonição é a sensação ou advertência antecipada do que vai acontecer, é sinônimo de pressentimento. É circunstância ou fato que deve ser tomado como aviso; presságio. Para a Nação brasileira, o ideal seria que a profecia do General Mourão Filho fosse “furada”. Não o foi. Então o lulla implantou o lullismo, que é o casamento do pt com o que há de mais abominável no restante da política nacional, como sarney, barbalho, collor, temer, jucá, etc.
Elle transformou o legislativo em figura decorativa através o mensalão e permitiu que o sindicalismo pelego se instalasse em todos os escaninhos do Estado. Elle aparelhou quase todas as Instituições, por exemplo, ao colocar no STF até um ex-advogado seu e assessor de zédirceu, que fora reprovado em concurso de ingresso na Magistratura Paulista. O país literalmente apodreceu moralmente.
Na Economia, Lulla triplicou a dívida interna sem qualquer benefício real para a população, vez que o Brasil está na 84ª colocação no ranking mundial do IDH. Os brasileiros que não usam Jornal para leitura não sabem que o lullismo destina anualmente R$ 15 bi para o Bolsa miséria e R$ 240 bi para pagamento de juros aos banqueiros.
Essa demagogia de 6º colocado em PIB somente beneficia uns poucos ‘’sócios’’ que agora iniciam a ‘’retirada’’, porque não concordam com a ameaça de que paguem a conta à custa de menores lucros, cuja diminuição é causada por juro básico menor, pressão para diminuição do “spread”, cobrança de IOF nos “passeios” dos dólares vindos do exterior e inadimplência que aumenta vertiginosamente nos financiamentos de bens, em razão de que o falso progresso econômico dos mais pobres já está “fazendo água”, ou “caindo na real”.
A relação das desgraças que o lullismo causou aos brasileiros de bem é muito extensa para continuar sendo transcrita aqui. Lanço somente mais uma, ao meu ver a mais nefasta de todas, ou seja, o empenho em amordaçar a Imprensa Livre Investigativa com pretexto de implantar o “controle social da mídia”.
Aderbal Bacchi Bergo é Magistrado aposentado. OAB/SP 47093.
DO ALERTA TOTAL

Copa do Mundo: explode, corrupção.

A cada dia que passa, explodem os custos da Copa do Mundo. Com os atrasos nas obras, começam a aparecer aditivos que mascaram o superfaturamento justificado pela urgência. Vejam, abaixo, matéria da Agência Brasil:
Os gastos estimados da Copa do Mundo do Brasil subiram de R$ 25 bilhões para R$ 27,4 bilhões, segundo estudo divulgado nesta semana pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A principal novidade do levantamento é a previsão de gastos federais de R$ 371 milhões em telecomunicações. O último estudo consolidado do TCU foi divulgado em março. Desde então, as cidades-sede que registraram o maior salto de investimentos foram São Paulo (R$ 4,9 bilhões em março para R$ 6,2 bilhões em junho), Natal (de R$ 1 bilhão para R$ 1,7 bilhão) e Curitiba (R$ 318 milhões para R$ 863 milhões).
A área que continua liderando a destinação de recursos é a de mobilidade urbana, que passou de R$ 10,9 bilhões a três meses para R$ 12 bilhões em junho. O investimento em aeroportos também subiu, de R$ 6,5 bilhões para R$ 7,3 bilhões. Não houve aumento expressivo nas verbas para estádios e portos no período. Os governos locais são a principal fonte de investimento, respondendo por 25,8% dos gastos totais.
O estudo também mostra a evolução das obras nos estádios nos últimos meses. Entre as 12 cidades-sede, Fortaleza está com as obras mais adiantadas - o Estádio Governador Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, tem 62% das obras concluídas. A menor taxa de execução (11,2%) está em Curitiba, no estádio Arena da Baixada que passa por reformas.
DO CELEAKS

Conheça os convênios inadimplentes da União Nacional de Estelionatários, lançados no Portal da Transparência Pública. Eles roubam, mas a culpa é da mídia.

A reprodução acima é do Portal da Transparência Pública. É um dos convênios inadimplentes da UNE caloteira e fraudulenta. A União Nacional dos Estelionatários. Ao total, são nove convênios que não foram honrados, desde 2004. Não é crime liberar mais dinheiro para organizações inadimplentes? Para o petralhismo não é. Lula deu R$ 30 milhões à vista para os estelionatários da UNE construírem uma sede. Em 2010. Até hoje não saiu do tapume. O dinheiro ninguém sabe, ninguém viu. Para ver todos os convênios inadimplentes, clique aqui. A esgotosfera repercutiu uma nota oficial emitida pela União Nacional dos Estelionatários. Clique aqui para ler.  A culpa é da mídia que denunciou. Esgotosfera, estelionatários, mensaleiros, todos estão unidos contra a Justiça, a Liberdade de Imprensa e a Transparência Pública. Querem impunidade para roubar mais.
SO CELEAKS

Governo federal depositou R$ 30 milhões na conta na UNE para prédio, mas projeto não saiu do papel

Por Cássio Bruno e Jaqueline Falcão,  no Globo:
O lançamento da pedra fundamental da nova sede da UNE, no Rio, em 20 de dezembro de 2010, foi marcado por uma grande festa, com direito a palanque e discursos de políticos e estudantes. O convidado principal era o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquela ocasião, o próprio Lula anunciou a liberação de R$ 30 milhões - de um total de R$ 44 milhões - para a construção do prédio de 13 andares em um terreno da Praia do Flamengo, no número 132, na Zona Sul. Até hoje, porém, não há nenhum sinal de que no local será erguido o projeto desenhado e doado à entidade pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que também estava presente ao evento.
“Não foi fácil avaliar quanto custava este prédio aqui. Chegamos a R$ 32 milhões, depois a R$ 44 milhões. Nós já depositamos R$ 30 milhões na conta da UNE. Já está depositado. Ela (a UNE) nunca esteve tão rica como agora. O que vocês estão conquistando, na verdade, é muito mais do que um espaço para fazer uma sede. Eu acho que a conquista aqui é um espaço para a consolidação do processo democrático brasileiro, para o debate político, para a formação da nossa juventude e para discutir as coisas que o movimento estudantil tem que discutir”, afirmou Lula no discurso, o último dele dedicado a estudantes antes de deixar a Presidência da República.
UNE diz que obras começam em agosto
O terreno foi doado à UNE no governo Itamar Franco. E o dinheiro repassado por Lula a título de indenização pelos danos sofridos durante a ditadura militar. A antiga sede foi incendiada pelo regime, em 1964. Dos R$ 44 milhões, R$ 14 milhões que também estavam previstos para o novo prédio ainda não foram liberados. As obras deveriam ter começado no primeiro semestre do ano passado, com duração de até dois anos, incluindo salas de cinema, teatro, museu Memória do Movimento Estudantil e a administração. À época, os dirigentes também tinham planos de alugar alguns andares.
Quando a quantia foi transferida para a UNE, o presidente era Augusto Chagas. Procurado pelo GLOBO nesta sexta-feira, ele não quis comentar o caso: “Está combinado com a UNE que só o atual presidente fala. É indelicado eu me pronunciar, não é adequado. Peço desculpas. Conversa com o Daniel (Iliescu, atual presidente).”
Iliescu afirmou que a construção deverá ocorrer até 11 de agosto deste ano, quando a UNE comemora 75 anos de existência: “Somos uma entidade privada e não há obrigação legal que define a destinação do dinheiro que recebemos. No entanto, a diretoria plena da UNE definiu que os recursos serão para a nova sede. Está no tempo absolutamente razoável. O início das obras será antes do dia 11 de agosto, quando faremos uma grande comemoração.”
Iliescu não explicou o motivo da demora e destacou que a especialidade da UNE  não é construir prédios: ” Nossa especialidade não é construir prédios e, sim, debater educação e fazer passeata. Mas temos corpo técnico que nos deixa confortável para iniciar a obra.”
Segundo Iliescu, os R$ 30 milhões estão em uma “conta bancária específica”, que é auditada pelo Conselho Fiscal da UNE. O Ministério Público Federal abriu uma ação para tentar anular a doação do terreno alegando que a UNE nada fizera para construir a sede. Mas a Justiça optou por arquivar o caso, em 2006, diante do compromisso da UNE em erguer o prédio.
O Ministério do Esporte informou nesta sexta-feira que já pediu à UNE a devolução integral dos recursos repassados à entidade, em convênio relacionado à 6ª Bienal de Artes, Ciência e Cultura, realizada em 2009. Como o GLOBO mostrou, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) aponta a existência de indícios de irregularidades graves em convênios do governo federal com a UNE e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), de São Paulo. O procurador Marinus Marsico pediu ao TCU que investigue os repasses.
O convênio do Ministério do Esporte com a UNE, no valor de R$ 250 mil, foi encerrado em 28 de fevereiro de 2009. Em março de 2012, após já ter prorrogado o prazo de entrega da prestação de contas, o Ministério do Esporte incluiu a UNE na lista de inadimplentes do Siconv, sistema que gerencia os convênios da União. Segundo a pasta, a solicitação de devolução integral do dinheiro foi feita em 23 de maio, um dia antes de o procurador Marsico protocolar a representação no TCU. O valor restituído deverá ser corrigido pela inflação do período.
“Considerando que o princípio da ampla defesa e o prazo para manifestação da parte conveniada foram garantidos, o Ministério do Esporte procedeu pedido à entidade de restituição do valor integral do convênio, devidamente atualizado monetariamente nos termos da Lei”, diz nota divulgada pelo ministério.
Na representação que fez ao TCU, Marsico registrou a demora do Ministério do Esporte em tomar providências diante do atraso da UNE em prestar contas sobre o uso do dinheiro público. Segundo o procurador, a pasta só agiu depois de provocada por ele: “Isso é muito perigoso, porque envolve uma atuação estrutural dos ministérios, que deveriam agir prontamente. Só conseguimos pegar essas coisas no tribunal de contas muito depois. E aí o prejuízo já está bem maior”, disse Marsico ao GLOBO.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

OS PELEGOS DA UNE PERDERAM DEFINITIVAMENTE A VERGONHA!

A UNE (União Nacional dos Estudantes), comandada pelo PCdoB (com o apoio do PT) desde a sua reorganização, em 1979, tornou-se uma das entidades mais pelegas do país. Até a CUT, que é o braço sindical do petismo, consegue ter mais independência do que esses folgazões que se apropriaram da representação estudantil. Lula privatizou a entidade, comprou-a de porteira fechada. O governo repassou R$ 30 milhões para a reconstrução da sua sede, que não sai do papel. Essa é só uma parte da bufunfa.
Entre 2004 e 2009, a turma recebeu outros R$ 10 milhões do governo e de empresas estatais. Depois desse período, não consegui saber. Alguém estranha o silêncio desses patriotas e sua subordinação vexaminosa ao poder? A UNE tem um preço. Dada a sua irrelevância, é alto demais.
Entre 2006 e 2010, informou ontem o Globo, com base em levantamento feito pelo Ministério Público, a UNE e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de São Paulo, também comandada pelo PCdoB, receberam R$ 12 milhões destinados à capacitação de estudantes e promoção de eventos culturais e esportivos. Muito bem: quando os órgãos de controle foram verificar a prestação de contas, descobriram que os vermelhos deixariam Carlinhos Cachoeira e seus rapazes verdadeiramente indignados: notas fiscais frias (de empresas inexistentes), compra de bebidas alcoólicas e despesas várias que não tinham relação com a finalidade dos convênios. Reproduzo trecho de reportagem do Globo com a lista de gastos: “cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca, compra de búzios, velas, celular, freezer, ventilador e tanquinho, pagamento de faturas de energia elétrica, dedetização da sede da entidade, limpeza de cisterna e impressão do jornal da UNE. Além disso, diversas notas emitidas por bares em que há apenas a expressão ‘despesas’ na descrição do gasto.”
Eis a UNE. Ai, ai… Fico cá me lembrando da minha juventude: “A UNE somos nós, nossa força, nossa voz”.
Daniel Iliescu, o tiozinho do PCdoB que preside a UNE — aos 27 anos, ele já poderia estar cursando pós-doutorado, não? — falou com O Globo. Negou as óbvias irregularidades e, bom comunista, resolveu apelar aos fundamentos da propriedade privada para explicar o fato de o prédio ser apenas uma ideia. Leiam:
“Somos uma entidade privada, e não há obrigação legal que define a destinação do dinheiro que recebemos. No entanto, a diretoria plena da UNE definiu que os recursos serão para a nova sede. Está no tempo absolutamente razoável. O início das obras será antes do dia 11 de agosto, quando faremos uma grande comemoração.”
Como é que é? Uma ova, senhor Iliesco! Uma ova!!! O projeto que destinou o dinheiro à UNE passou pelo Senado. Foi primeiro aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos e, depois, em caráter terminativo, na Comissão de Constituição e Justiça. Estava muito claro que o dinheiro seria destinado à construção do prédio. Quer dizer, então, que o tiozinho acha que, na condição de “entidade privada”, ele pode receber a dinheirama e fazer com ela o que bem entender?
Ele tentou explicar por que a construção do prédio emperrou:
“Nossa especialidade não é construir prédios e, sim, debater educação e fazer passeata. Mas temos corpo técnico que nos deixa confortável para iniciar a obra.”
Estupendo! Estupendo, mas falso! De educação, a UNE nunca entendeu bulhufas. E Iliesco falta grotescamente com a verdade quando diz que a especialidade da turma é “fazer passeata”. Jamais contra o governo Lula e contra os desmandos do PT no poder, como sabemos.
— Quantas vezes vocês viram a UNE na rua contra o mensalão?
— Quantas vezes vocês viram a UNE na rua contra as condições sofríveis de boa parte dos campi federais?
— Quantas vezes vocês viram a UNE na rua contra a baixa qualidade de muitos cursos sustentados pelo ProUni?
Não dá tempo! A UNE não pode mais comparecer a esses eventos ou mesmo promovê-los porque deve estar muito ocupada contando a dinheirama que inunda o seu caixa. É asqueroso ver uma entidade que, vá lá, tem a sua história, a se comportar como se fosse uma dessas ONGs vagabundas, cujo objetivo é mesmo assaltar o erário — às vezes, em benefício de partido; às vezes, dos próprios larápios. É preciso ver em que caso se encaixam as lambanças apontadas pelo Ministério Público.
O melhor dos mundos
Os burgueses do capital alheio da UNE, disfarçados de comunistas, vivem no melhor dos mundos. A entidade mal existe no meio estudantil — está ligeiramente presente nas universidades públicas, mas é uma entidade fantasma na esmagadora maioria das instituições privadas. Sua diretoria é escolhida em eleição indireta, e os delegados saem de assembleias manipuladas, a que comparecem não mais do que 1% ou 2% dos estudantes. Sem base, mas também sem adversários que possam ameaçar a sua posição, os valentes podem transformar as eleições em meros processos homologatórios.
Dependessem, para existir, da militância e da contribuição dos estudantes, teriam de se virar para demonstrar que existem. Mas isso não é necessário. O governo federal fornece aos valentes uma montanha de dinheiro, e estes, em troca, lhes dão seu silêncio cúmplice.
O mais impressionante na era da economia digital é ver os dinossauros do movimento estudantil resistir à tecnologia. Hoje, cada estudante universitário brasileiro já poderia valer um voto. Seria possível escolher o (a) presidente da UNE em eleições diretas votando pelo celular. Mas quê… A vanguarda do retrocesso não admite essas modernidades, não! Ela não pode correr o risco de perder a boquinha.
Reitero, leitor: está a fim de falar com idealistas? Use a lanterna para tentar achar um liberal. Comunista gosta é de dinheiro.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Presidente do Banco Mundial diz que Chávez "está com os dias contados".

O Presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse que os dias do  presidente venezuelano Hugo Chávez estão contados e que os líderes democráticos da América Latina deve começar a se preparar para ver o surgimento de novas oportunidades na região. Em declarações dadas na noite de quinta-feira em reunião do Inter-American Dialogue, centro de pesquisa política com sede em Washington, Zoellick disse que uma mudança de governo na Venezuela poderia levar a América Latina a uma nova era.
"Os dias de Chávez estão contados. Se os subsídios para Cuba e Nicarágua forem removidos, esses regimes terão sérios problemas. Os democratas da América Latina, de centro, esquerda e direita, devem se preparar ", disse Zoellick. " Os clamores por democracia, pedindo um fim para intimidações, proteção dos direitos humanos, eleições justas e  Estado de direito, deveriam vir de todos os lugares", acrescentou o chefe do Banco Mundial. Ele acrescentou que o desaparecimento do regime liderado por Chávez criará grandes oportunidades para as forças democráticas da região. "Em breve, haverá uma chance de tornar o Hemisfério Ocidental no primeiro hemisfério democrático. Não é um lugar para ditadores e cocaína, mas para o desenvolvimento, democracia e dignidade." (Nuevo Herald)
DO CELEAKS

Lula e nosso futuro comum



Os deuses primeiro enlouquecem aqueles a quem querem destruir
FERNANDO GABEIRA
O Estado de S.Paulo
O ponto de partida é uma frase de Lula: "Não deixarei que um tucano assuma de novo a Presidência". Lembro, no entanto, que não sou de pegar no pé de Lula por suas frases. Cheguei a propor um "habeas língua" para o então presidente na sua fase mais punk, quando disse que a mãe nasceu analfabeta e que se a Terra fosse quadrada a poluição não circularia pelo mundo. Lembro também que hoje concordo com o filósofo americano Richard Rorty: não há nada de particular que os intelectuais saibam e todo mundo não saiba. Refiro-me à ilusão de conhecer as leis da História, deter segredos profundos sobre o que dinamiza seu curso e dominar em detalhes os cenários futuros da humanidade.
Nesse sentido, a eleição de Lula, um homem do povo, sem educação formal superior, não correspondeu a essa constatação moderna de Rorty. Isso porque, apesar de sua simplicidade, Lula encarnava a classe salvadora no sonho dos intelectuais, via luta de classes como dínamo da História humana, e traçava o mesmo futuro paradisíaco para o socialismo. Na verdade, Lula falava a linguagem dos intelectuais. Seus comentários que despertaram risos e ironias no passado eram defendidos pelos intelectuais com o argumento de que, apesar de pequenos enganos, Lula era rigorosamente fundamentado na questão essencial: o rumo da História humana.
A verdade é que a chegada do PT ao poder o consagrou como um partido social-democrata e, ironicamente, a social-democracia foi o mais poderoso instrumento do capitalismo para neutralizar os comunistas no movimento operário. São mudanças de rumo que não incomodam muito quando se chega ao poder. O capitalismo é substituído pelas elites e o proletariado salvador, pelos consumidores das classes C e D. Os sindicalistas vão ao paraíso de acordo com os critérios da cultura nacional, consagrados pela canção: É necessário uma viração pro Nestor,/ que está vivendo em grande dificuldade.
Se usarmos a fórmula tradicional para atenuar o discurso de Lula, diremos que o ex-presidente queria expressar, com sua frase sobre um tucano na Presidência, que faria todo o esforço para a vitória do seu partido e para esclarecer os eleitores sobre a inconveniência de eleger o adversário. Lula sabe que ninguém manda no processo eleitoral. São os eleitores que decidem se alguém ocupará a Presidência. Foi só um rápido surto autoritário, talvez estimulado pelo tom de programa de TV, luzes e uma plateia receptiva.
Se o candidato tucano for, como tudo indica, o senador Aécio Neves, também eu, em trincheira diferente da de Lula, farei todo o esforço para que o tucano não chegue à Presidência. Aécio foi um dos artífices na batalha para poupar Sérgio Cabral da CPI e confirmou, com essa manobra, a suspeita de que não é muito diferente do PT no que diz respeito aos critérios de alianças e ao uso da corrupção dos aliados para fortalecer seu projeto de poder. Tudo o que se pode fazer, porém, é tornar clara a situação para o eleitor, pois só ele, em sua soberania, vai decidir quem será o eleito.
Na verdade, essa batalha será travada também na esfera da economia. Vivemos um momento singular na História do mundo. A crise mundial opõe defensores da austeridade, como Angela Merkel, e os que defendem mais gastos e investimentos, dentro da visão keynesiana de que a austeridade deve ser implantada no auge do crescimento, e não durante o período depressivo. O PT dirigiu o País num período de crescimento e muitos gastos, não tanto no investimento, mas no consumo. É possível que esse modelo de estímulo à economia tenha alcançado seus limites.
Muito possivelmente, ainda, o curso dos acontecimentos não dependerá tanto da vontade de Lula nem dos nossos esforços individuais. A democracia prevê alternância no poder. E a análise de como essa alternância se dá na prática revela, em muitos casos, uma gangorra entre austeridade e gastança. De modo geral, a crise derrota um governo austero e coloca seu oposto no poder, como na França. Mas às vezes derrota um governo social-democrata e elege seu adversário direto, como na Espanha.
Pode ser que o esgotamento do modelo de estímulo ao consumo abra espaço para discurso de reformas fiscal e trabalhista, de foco em educação e infraestrutura, enfim, de uma fase de austeridade. E não é totalmente impossível que um partido de oposição chegue ao governo. Restaria ao PT, nesse caso, um grande consolo: ao cabo de um período de austeridade, o partido teria grandes chances de voltar ao poder com seu discurso do "conosco ninguém pode", do "vamos que vamos", "nunca antes neste país"... Não estou afirmando que esse mecanismo vai prevalecer, é uma das possibilidades no horizonte. A outra é o próprio PT assumir algumas das diretivas de austeridade e conduzir o processo sem necessariamente deixar o poder.
Por mais que a crise seja aguda, o apelo ao consumo e à manutenção de intensas políticas sociais é muito forte na imaginação popular. O discurso de austeridade só tem espaço eleitoral quando as coisas parecem ter degringolado.
O futuro está aberto e não será definido pela exclusiva vontade de Lula. Com todo o respeito ao Ratinho e sua plateia, o povo brasileiro é mais diverso e complexo. Se é verdade que a História não se define nas academias intelectuais, isso não significa que ela tenha passado a ser resolvida nos programas de auditório.
No script do socialismo real o proletariado foi substituído pelo partido, o partido pelo comitê central e o comitê central por um só homem. No script da social-democracia tropical Lula substituiu o proletariado, o partido, o comitê central e o próprio povo brasileiro ao dizer que não deixará um tucano voltar à Presidência. Se avaliar com tranquilidade o que disse, Lula vai perceber que sua frase não passa de uma bravata.
O que faz um homem tão popular e bem-sucedido bravatear no Programa do Ratinho é um mistério da mente humana que não tenho condições de decifrar.
A única pista que me vem à cabeça está na sabedoria grega: os deuses primeiro enlouquecem aqueles a quem querem destruir.

08 de junho de 2012
DO R.DEMOCRATICA

Finalmente, o julgamento

EDITORIAL
O Estado de S.Paulo

Passados exatos sete anos da revelação de que o PT comprava deputados para apoiar o governo Lula, na quarta-feira o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o início do julgamento dos envolvidos no maior escândalo político do Brasil contemporâneo, chamado mensalão por aludir à regularidade dos subornos.
A coincidência dá argumentos aos muitos que deploram a lentidão da Justiça, exacerbando o risco da prescrição das penas pedidas para os acusados.
Neste caso, ressalve-se que a primeira etapa do rito judicial foi cumprida com celeridade. Já em 30 de março de 2006, 9 meses depois, portanto, da notícia do escândalo, e antecipando-se em 13 dias à apresentação do relatório final da CPI dos Correios, com as suas devastadoras conclusões, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, denunciou ao STF 40 envolvidos com a "sofisticada organização criminosa" chefiada, segundo ele, pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Em agosto do ano seguinte, por unanimidade, o Supremo aceitou a denúncia.
Os 38 réus finalmente começarão a ser julgados em 1.º de agosto e, se tudo correr bem, receberão as suas sentenças ainda em setembro.
Do rol inicial, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, que ganhou notoriedade ao se descobrir que tinha ganho um Land Rover de uma empresa contratada pela Petrobrás, valeu-se do instituto jurídico da "suspensão condicional do processo" para livrar-se da ação em troca da prestação de serviços comunitários.
Outro indiciado, o ex-deputado do PP paranaense José Janene, suspeito de se beneficiar de mais de R$ 4 milhões das empresas do publicitário Marcos Valério de Souza, o operador do mensalão, faleceu em 2010.
Em julho do ano passado, o procurador-geral Roberto Gurgel pediu a condenação de 36 réus e a absolvição dos 2 restantes, por falta de provas.
Um, o ex-titular da Secretaria de Comunicação do Planalto Luiz Gushiken, acusado de liberar R$ 23 milhões para uma empresa de Marcos Valério.
Outro, o assessor parlamentar Antonio Lamas, acusado de lavar dinheiro.
A marcação do julgamento partiu da premissa de que o revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, entregará o seu parecer até o final do mês.
O relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, concluiu o seu texto em dezembro passado.
Ele será o primeiro a falar no julgamento.
Dos 11 membros do STF, 2 poderão não participar dos trabalhos, ou não participar deles até o fim.
O ministro Cezar Peluso terá de se aposentar no início de setembro, ao completar 70 anos. (Se o julgamento ficasse para o ano que vem, como não faltou quem pretendesse, também o atual presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, seria excluído, pela mesma razão.) E o ministro José Antonio Dias Toffoli poderá se declarar impedido: ele advogou para o PT e para o governo Lula.
Com 11, 10 ou 9 magistrados, o Supremo terá de mostrar ao País que o tempo entre a denúncia e o julgamento não foi desperdiçado - eles sofreram pressões, envolveram-se em querelas, enfrentaram chicanas, mas estão maduros para dar as suas sentenças com conhecimento de causa e a isenção possível nesse campo minado.
Com a "faca no pescoço", para repetir a expressão usada pelo ministro Lewandowski quando da abertura da ação penal, o STF sempre esteve - e não poderia deixar de estar - em um caso sem precedentes e com tamanhas implicações políticas.
Destas, a principal, sem dúvida, diz respeito aos limites éticos às práticas dos governantes para se perpetuar no poder.
A menos que se aceite a última versão de Lula de que o mensalão foi "uma farsa" - na primeira versão ele reconheceu a lambança e pediu desculpas aos brasileiros -, na sala de sessões do Supremo estará em jogo o direito da sociedade brasileira de ter governantes que não admitam que os seus mandem às favas os possíveis escrúpulos de consciência na conquista de maiorias parlamentares.
Perto disso é detalhe se o julgamento influirá ou não nas eleições municipais marcadas para 7 de outubro - ou, para ir ao ponto, se o PT terá de pagar nas urnas o que eventualmente os companheiros tiverem de pagar à Justiça por seus atos.
O que interessa ao País é que, no dia 1.º de agosto, o vale-tudo pela hegemonia política estará no banco dos réus.
08.Junho.2012 
DO R.DEMOCRATICA

STF anunciará sentenças do Mensalão na véspera do dia da Independência

Os ministros do STF bateram martelo e irão anunciar as sentenças do Mensalão na quinta-feira, 6 de setembro, às vésperas do Dia da Independência.
É uma forma de demonstrar que a mais alta corte do país está agindo em defesa da própria independência, depois das abomináveis pressões feitas pelo PT e por Lula.
Que pesem a mão e entrem para a história do Brasil.
9 de junho de 2012
DO R.DEMOCRATICA

A palavra-gatilho



Se você é treinado para ter sempre as mesmas reações diante das mesmas palavras, acaba enxergando somente o que é capaz de dizer, e dificilmente consegue pensar diferente do que os donos do vocabulário o mandaram pensar.
Por Olavo de Carvalho
Artigos - Cultura
Em artigo anterior, mencionei alguns termos da "língua de pau" que domina hoje o debate público no Brasil, inclusive e sobretudo entre intelectuais que teriam como obrigação primeira analisar a linguagem usual, libertando-a do poder hipnótico dos chavões e restaurando o trânsito normal entre língua, percepção e realidade.
Mas estou longe de pensar que os chavões são inúteis.
Para o demagogo e charlatão, eles servem para despertar na plateia, por força do mero automatismo semântico decorrente do uso repetitivo, as emoções e reações desejadas.
Para o estudioso, são a pedra de toque para distinguir entre o discurso da demagogia e o discurso do conhecimento.
Sem essa distinção, qualquer análise científica da sociedade e da política seria impossível.

A linguagem dos chavões caracteriza-se por três traços inconfundíveis:                 
1) Aposta no efeito emocional imediato das palavras, contornando o exame dos objetos e experiências correspondentes.                                            
2) Procura dar a impressão de que as palavras são um traslado direto da realidade, escamoteando a história de como seus significados presentes se formaram pelo uso repetido, expressão de preferências e escolhas humanas.
Confundindo propositadamente palavras e coisas, o agente político dissimula sua própria ação e induz a plateia a crer que decide livremente com base numa visão direta da realidade.
3) Confere a autoridade de verdades absolutas a afirmações que, na melhor das hipóteses, têm uma validade relativa.

Um exemplo é o uso que os nazistas faziam do termo "raça".
É um conceito complexo e ambíguo, onde se misturam elementos de anatomia, de antropologia física, de genética, de etnologia, de geografia humana, de política e até de religião.
A eficácia do termo na propaganda dependia precisamente de que esses elementos permanecessem mesclados e indistintos, formando uma síntese confusa capaz de evocar um sentimento de identidade grupal.
Eis por que a Gestapo mandou apreender o livro de Eric Voegelin, História da Ideia de Raça (1933), um estudo científico sem qualquer apelo político: para funcionar como símbolo motivador da união nacional, o termo tinha de aparecer como a tradução imediata de uma realidade visível, não como aquilo que realmente era – o produto histórico de uma longa acumulação de pressupostos altamente questionáveis.
Do mesmo modo, o termo "fascismo", que cientificamente compreendido se aplica com bastante propriedade a muitos governos esquerdistas do Terceiro Mundo (v. A. James Gregor, The Ideology of Fascism, 1969, e Interpretations of Fascism, 1997), é usado pela esquerda como rótulo infamante para denegrir ideias tão estranhas ao fascismo como a liberdade de mercado, o anti-abortismo ou o ódio popular ao Mensalão.
Certa vez, num debate, ouvi um ilustre professor da USP exclamar "liberalismo é fascismo!"

 Gentilmente pedi que a criatura citasse um exemplo – unzinho só – de governo fascista que não praticasse um rígido controle estatal da economia.
Não veio nenhum, é claro.
A palavra "fascismo", na boca do distinto, não era o signo de uma ideia ou coisa: era uma palavra-gatilho, fabricada para despertar reações automáticas.
Deveria ser evidente à primeira vista que os termos usados no debate político e cultural raramente denotam coisas, objetos do mundo exterior, mas sim um amálgama de conjecturas, expectativas e preferências humanas; que, portanto, nenhum deles tem qualquer significado além do feixe de contradições e dificuldades que encerra, através das quais, e só através das quais, chegam a designar algo do mundo real.
Você pode saber o que é um gato simplesmente olhando para um gato, mas "democracia", "liberdade", "direitos humanos", "igualdade", "reacionário", "preconceito", "discriminação", "extremismo" etc. são entidades que só existem na confrontação dialética de ideias, valores e atitudes.
Quem quer que use essas palavras dando a impressão de que refletem realidades imediatas, não problemáticas, reconhecíveis à primeira vista, é um demagogo e charlatão.
Aquele que assim escreve ou fala não quer despertar em você a consciência de como as coisas se passam, mas apenas uma reação emocional favorável à pessoa dele, ao partido dele, aos interesses dele. É um traficante de entorpecentes posando de intelectual e professor.
A frequência com que as palavras-gatilho são usadas no debate nacional como símbolos de premissas autoprobantes, valores inquestionáveis e critérios infalíveis do certo e do errado já mostra que o mero conceito da atividade intelectual responsável desapareceu do horizonte mental das nossas "classes falantes", sendo substituído por sua caricatura publicitária e demagógica.
Como chegamos a esse estado de coisas?
Investigá-lo é trabalhoso, mas não substancialmente complicado.
É só rastrear o processo da "ocupação de espaços" na mídia, no ensino e nas instituições de cultura, que foi, pelo uso obsessivamente repetitivo de chavões, uniformizando a linguagem dos debates públicos e imantando de valores positivos ou negativos, atraentes ou repulsivos, um certo repertório de palavras que então passaram a ser utilizadas como gatilhos de reações automatizadas, uniformes, completamente predizíveis.
Se você é treinado para ter sempre as mesmas reações diante das mesmas palavras, acaba enxergando somente o que é capaz de dizer, e dificilmente consegue pensar diferente do que os donos do vocabulário o mandaram pensar.
Esse foi um dos principais mecanismos pelos quais a festiva "democratização" do Brasil acabou extinguindo, na prática, a possibilidade de qualquer debate substantivo sobre o que quer que seja.
Publicado no Diário do Comércio.
08 Junho 2012