O grande assunto político continua sendo
a destituição do ex-bispo comunista Fernando Lugo. Todos os demais
assuntos referentes à política interna brasileira ou a decantada crise
européia têm suas estaturas diminuídas face aos acontecimentos no país
vizinho.
Por que? Esta indagação tenho certeza é
formulada pela maioria dos brasileiros. Quem acompanha a política tanto
nacional como internacional e, sobretudo latino-americana, entenderá as
razões que fundamentam a minha assertiva.
É que desde a criação do Foro de São
Paulo, a organização esquerdista fundada em reunião na capital paulista
no inicio dos anos 90 por Lula, Chávez e outros comunistas e os ditos
"movimentos sociais", implementa um plano continental que visa à
implantação de regimes socialistas em todos os países latino-americanos.
É por isso que a destituição de Lugo,
como foi a destituição de Zelaya em Honduras, soou como um um petardo de
grades proporções entre os comunistas do Foro de São Paulo.
A designação de comunista sempre acaba
sendo aparentemente descabida depois da dèbacle do comunismo no final
dos anos 80. Todavia o movimento comunista, embora tenha levado um baque
significativo, rearticulou-se e continua tão vivo como nos tempos de
Lenin. O que houve foi uma mudança de estratégia, mas o objetivo
continua o mesmo.
Como não teria mais sentido a violência
pura e simples que o comunismo sempre utilizou para conquistar o poder,
até porque seria rechaçada, mudaram a estratégia para "paz e amor",
ambientalismo e a utilização dos conceitos politicamente corretos.
Valeram-se por exemplo, da questão dos direitos humanos consagrada na
Carta da Onu e a primeira coisa que fizeram foi transformar comunistas
em vítimas, embora sejam protagonistas de uma história pregressa de
horror e assassinatos brutais como ocorreu na ex-URSS e continua
ocorrendo em Cuba e na Coréia do Norte, que são ditaduras comunistas.
Até hoje nenhum país comunista foi democrático. Todos foram ditaduras e são ditaduras, como a cubana que já tem mais de 50 anos.
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Mídia cala sobre o Foro de S. Paulo |
Os comunistas então passaram a aceitar -
entre aspas - as regras democráticas e começaram uma luta para alcançar
o poder dentro da lei. Todavia, uma vez no poder passaram à uma segunda
fase, que constitui no aparelhamento de todas as instâncias do Estado. O
avanço desse projeto diabólico, até que seja consolidado, obedece a
etapas. Basta que observem como era agia o PT no início do governo Lula
ou como agia Chávez nos primeiros tempos de seu governo e até mesmo o
tiranete da Bolívia.
Em mais de uma década de poder em vários
países, os comunistas já estão aprofundando o seu processo de conquista
total do Estado e, mais ainda, dos corações e mentes, através da
lavagem cerebral que começa no jardim de infância e segue até as
universidades. Quem conhece Antonio Gramsci, o italiano vagabundo e
mentiroso metido a intelectual, verá que os comunistas do século XXI
seguem sua cartilha.
Já conseguiram êxito no domínio de todos
os sindicatos de trabalhadores, bem como das redações dos veículos de
comunicação, já que os cursos de jornalismo formam a cada ano um grupo
mais ou menos homogêneo que vai para o mercado de trabalho de cabeça
feita.
Em linhas muito gerais é isso que vem
ocorrendo. No entanto a palavra "comunismo", quando falada ou escrita, é
repudiada pelos próprios comunistas que se apressam em ridicularizá-la e
afirmam que "comunismo não existe mais". (Todo comunista é um doente
mental e o sintoma dessa moléstia é a mentira). Todavia isso é um
embuste, porque a palavra comunismo passou a ser odiada justamente
porque todas as ditaduras comunistas liquidaram a liberdade e a
democracia e prenderam ou assassinaram seus oponentes. Imaginem se vão
admitir que são comunistas esses vadios, vagabundos e mentirosos?
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Gramsci: o embusteiro italiano |
E aí vem a questão: por que países
pequenos e frágeis como o Paraguai e Honduras adquirem essa notoriedade
toda? Ora, porque foram até agora os únicos que, com sucesso e dentro
da democracia, sem tanques e soldados nas ruas, sem macular a liberdade
de expressão e de ir e vir das pesssoas, sem prisões e opressões,
conseguiram assestar um poderoso revés aos planos dos comunistas do Foro
de São Paulo.
Infelizmente a grande imprensa nacional e
internacional já está em boa parte controlada pelos comunistas. E isto
faz com que o noticiário do Paraguai seja completamente distorcido, como
foi o de Honduras. A mídia dá relevo não para a questão principal, que é
a ameaça comunista. Sim, porque os jornalistas militantes cuidam
zelozamente para que este aspecto ideológico seja escamoteado. É como se
os fatos sofressem uma "lavagem" depurando-os do conteúdo eminentemente
político. O foco é dirigido no interesse dos comunistas e a palavra de
ordem desde o início foi "golpe". Os comunistas como vítimas!, mais uma
vez. A sordidez não tem limite. Invocam instituições democráticas para
depois destruí-las.
Então, o que houve no Paraguai foi uma
reação notável não só à figura de Fernando Lugo e seus bate-paus, mas
cravou um dardo certeiro no coração do Foro de São Paulo, razão pela
qual em uníssono todos os tiranetes vagabundos e mentirosos do
continente latino-americano gritaram: "é golpe". Mas não colou. Pegaram o
bonde errado justamente num país em que davam como favas contadas o seu
domínio absoluto. Nenhum tanque na rua. Forças Armadas nos quartéis.
Nenhuma prisão, nenhum ato de violência por parte do novo governo. Nada.
Os paraguaios seguem a vida normalmente.
Esta é, acreditem prezados leitores, a
verdade absoluta sobre o episódio paraguai; uma leitura honesta do ponto
de vista político e jornalístico.
Conclusão: o sonho democrático
latino-americano voltado para a paz, a liberdade e o desenvolvimento
ainda prevalece e com ele a ajeriza ao arreganho de qualquer tipo de
ditadura.
Os paraguaios surpreenderam o mundo! E, sobretudo, a canalha comunista do Foro de São Paulo.
Pena que as oposições aos velhacos aqui
no Brasil, na Venezuela, no Uruguai, no Chile, na Argentina, no Peru, no
Equador e demais países do continente sul-americano, ficaram mudas!
Em troca, líderes como Fernando Henrique
Cardoso preferem sair por aí defendendo a liberação da maconha ou dando
discursos idiotas sobre desenvolvimento sustentável.
Até
agora não ouvi e nem li pronunciamento de qualquer liderança de nível
internacional importante fazendo uma crítica leal e justa sobre o evento
político paraguaio e seus reflexos sobre a América Latina. O continente
faz pouco que saiu de ditaduras de despotas cucarachas e corre o risco
de ser dominado por ditaduras comunistas. Em pleno século XXI!
Hora de reagir. O Paraguai já está fazendo a sua parte.
DO ALUIZIO AMORIM