Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Nem que São
Gilmau existisse, teria a milagrosa capacidade de salvar o PSDB. O principal
destruidor da imagem do Partido da Social Democracia brasileira é, sem dúvida
alguma, Aécio Neves. Delações na Lava Jato desmoralizaram o senador que
presidia o partido rachado. Aécio Neves acabou de dizimar o ninho tucano com o
golpe que tirou Tasso Jereissati do comando interino da sigla que, por um acúmulo
de erros, seria mais bem definido como Partido da Sabotagem Do Brasil.
Aécio agiu
como um ditador intervindo em uma agremiação política literalmente partida. O
PSDB não consegue resolver o conflito de ser adesista ao governo no
fisiologismo dos cargos, tentando fingir, no discurso, que é capaz de ser
independente e “oposição responsável” ao governo Michel Temer. Os tucanos não
conseguem unidade para definir quem será o candidato presidencial em 2018.
Geraldo Alckmin tratorou os inimigos internos, sobretudo cortando as asinhas de
seu afilhado João Dória – que nem deu para saída como concorrente, apesar de
abusar da marketagem como Prefeito de São Paulo que ainda não decolou.
Ocupando a
poderosa máquina do Governo de São Paulo há mais de 20 anos, não tem a menor
capacidade de conciliar tanto interesse divergente em um partido que não tem um
projeto estratégico e soberano para o País. O PSDB nada mais é que um PT
envernizado, claramente elitista, menos populista, porém claramente praticante
do modelo Capimunista, Rentista e corrupto. Os tucanalhas embonecados adoram
surfar na máquina pública, associando-se a bilionários daqui e de fora para
participar, de forma escamoteada, de grandes negociatas.
Por isso, o
ninho tucano é um território de predadores que se devoram. O vaidoso Fernando
Henrique Cardoso usa o verniz de príncipe dos sociólogos para esconder sua
verdadeira face: a de um agente do Poder Real Mundial que entrega o Brasil aos
seus financiadores transnacionais de uma social democracia completamente hipócrita.
O antipático José Serra joga sozinho no próprio time: tromba com FHC e trucida
inimigos internos nem sempre mais fracos, principalmente da turma do Geraldo.
Embora pose de comciliador, Tasso Jereissati é por muitos chamado de “coronel
cearense”. Aécio sempre fez a mesma sabotagem, até que a fantasia de bom moço
virou pó.
Agora,
cinicamente, Aécio alega que a substituição (truculenta) de Tasso foi “legítima
e necessária”. Só pode estar de brincanagem o senador que só não acabou preso por
interpretação da suprema proteção divina da cúpula de um Judasciário sem-noção
da realidade de um povo cansado de ser roubado por uma desqualificada classe
política. Fofoqueiros garantem que até FHC ficou pt da vida com o golpe dado
por Aécio. Geraldo Alckmin foi forçado a reclamar que não fora consultado sobre
a mudança e, se fosse, teria sido contra tirar Tasso.
A crise de
identidade tucana é assustadora. Eles não se comportam como legítimos sociais
democratas. São de esquerda, agem como esquerdistas, porém exibem muita
vergonha do próprio comportamento. Seus “intelectuais” (FHC à frente) se
comportam como socialistas fabianos – defensores de uma implantação socialista
gradual e segura, tentando esconder o namoro com o fisiologismo e o populismo
de ocasião e conveniência. Uma corrente liberal e mais jovem busca espaço no
partido, porém é sabotada pela velhacaria da ditadura tucanalha. Se tal
tendência, um dia, conquistar hegemonia, o partido terá de mudar de nome,
programa e identidade.
A próxima
eleição tende a dizimar os tucanalhas. Aécio Neves sujou ainda mais o nome da
sigla (o PSDB já estava na berlinda desde o mensalão mineiro, com o
ex-governador e senador Eduardo Azeredo). Duas décadas de Palácio dos
bandeirantes desgastaram Geraldo Alckmin que não tem condições de decolar para
o Palácio do Planalto - do mesmo jeito como não teve na eleição em que foi
derrotado por Lula. Enfim, com a adesão fisiológica ao governo Temer – que já
prepara para trair vergonhosamente -, o PSDB não consegue mais personificar uma
alternativa de poder. Tão ruins ou piores que ele só o PT e o PMDB.
Com ou sem
os tucanos oportunistas, Michel Temer vai se arrastar até o final de um governo
que não aconteceu. O Brasil segue por inércia. Nunca antes na História desse
País, um Presidente acabou tão impopular. Nem José Sarney, nem Fernando Collor
ou a Dilma Rousseff conseguiram tal façanha negativa.
Não é à toa
que o lendário Negão da Chatuba avalia que a coisa está realmente preta (para o
William Waack, petralhas, peemedebostas, tucanalhas e afins). Por isso, o
indecente afrodescendente da Baixada Fluminense resolveu homenagear o marido da
bela Marcela, parodiando o refrão de um pagode do imortal Bezerra da Silva:
“Se o
Leonardo da Vinci, porque o Temer não pode dar três?... Por cento...”...
Aguardamos
que música o Chatubão do Apolinho cantaria para o bando tucanalha... Que
abundem sugestões dos leitores amantes do pagode crítico...
Paremos por
aqui, orando, implorando e obrando para o fictício santo protetor dos
tucanalhas: “São Gilmau, não me queira mal”...
Releia a segunda edição de ontem: Laurelli, Carvalhosa e Crema acionam TSE para extinguir partidos enrolados em casos comprovados de corrupção
De bandeja
Socooooorro
Marinando