segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Movimentos protocolam carta contra Lula na ONU


Movimentos protocolam carta contra Lula na ONU Os movimentos que levaram milhões às ruas pelo impeachment e a favor da Lava Jato, incluindo o Avança Brasil Maçons, o NasRuas e reunidos no grupo Convergências, protocolaram carta hoje na ONU contra o Lula. Conheça o conteúdo original dessa carta histórica clicando neste link.
O Portal O Antagonista já publicou matéria sobre o assunto. Veja abaixo:
https://twitter.com/o_antagonista/status/795702549546418177
Texto completo abaixo:Versão em inglêsBrasil, 26 de agosto de 2016U.N. - Nações UnidasA Sua Excelência,Ban Ki-moon, Secretário-Geral das Nações Unidas
Vossa Excelência,
Esta carta refere-se à suposta violação de Direitos Humanos no Brasil, apresentada por nosso ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de uma carta de petição às Nações Unidas responsabilizando o juiz federal Sergio Moro.Para restaurar a verdade e defender a honra do nosso país, nós, cidadãos brasileiros, nos sentimos obrigados a apresentar nossa censura a respeito dessa iniciativa imoral de Lula da Silva.Aqui está um breve resumo para apoiar nosso ponto de vista


 1. O Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, referido como Lula, foi Presidente do Brasil por dois mandatos consecutivos, de 2003 a 2010, durante os quais ocorreram grandes escândalos de corrupção.
2. O estilo de gestão de Lula foi focado na obtenção do controle político do Estado brasileiro. Para atingir esse objetivo, ele colocou milhares de membros de seu partido político em cargos estratégicos, incluindo o Supremo Tribunal Federal eo Tribunal Superior Eleitoral. Sua sucessora, Dilma Rousseff, prestes a ser acusada pelo Congresso Nacional, também nomeou muitos cargos estratégicos adicionais durante sua administração, garantindo vantagens como atrasos nos processos de impeachment, bem como proteção e proteção dos interesses pessoais do partido operário ( PT).
Este projeto de poder de partido político eterno está ligado aos interesses do Fórum de São Paulo, uma entidade supranacional cujo principal objetivo é implementar o socialismo nos países latino-americanos. PT, o Partido dos Trabalhadores criado por Lula, é um dos membros fundadores do Fórum.
3. Este projeto antidemocrático foi minado pela firme ação do Ministério Público Federal (MPF) e pela Justiça do Paraná, nomeadamente o juiz federal Sergio Moro.
A determinação e competência deste juiz, auxiliado pelo pessoal envolvido nas investigações, resultou na exposição de centenas de casos de corrupção, chicanismo e suborno envolvendo algumas das empresas mais proeminentes do país e também centenas de políticos, Empreendedores, dentro da chamada "Investigação de Lavagem de Carro".
4. A maioria das iniciativas do ex-presidente Lula visa garantir fontes de suborno e um grande contingente de eleitores entre os mais baixos rendimentos, gerando comissões ao partido e políticos de Lula em muitos níveis.
Políticas economicamente insustentáveis ​​e medidas populistas resultaram em uma recessão sem precedentes na História do Brasil, com mais de 12 milhões de desempregados, centenas de milhares de empresas falidas, capital e investimentos voando do Brasil e o extraordinário crescimento de nossa dívida pública interna, Representando atualmente 70% do PIB.
5. A sucessora de Lula, Dilma Rousseff, foi reeleita em meio a uma crise econômica que ela negou e cobriu durante a campanha eleitoral.

 6. Evidências abundantes revelam que as ações do partido no poder poderiam ser comparadas a uma entidade do crime organizado que visa conquistar o controle político do Estado, minando-o e subverter as instituições para implementar um regime totalitário e eterno, bem como os bolivarianistas Hugo Chavez e Nicolas Maduro Fez na Venezuela.
7. Quanto ao Sr. Lula, há várias denúncias em investigação devido ao seu envolvimento direto em operações obscuras entre empresas privadas e o Estado brasileiro. Recentemente, foi indiciado por obstrução à Justiça pelo Ministério Público Federal.
Isso explica por que o ex-presidente, sentindo-se encurralado, criou petições contestando a força das instituições brasileiras, embora sigam estritamente a legislação vigente.
8. Vossa Excelência, haveria muito mais a apresentar, mas desejamos estar atentos ao seu tempo e prioridades. Podemos assegurar que a Justiça Brasileira atua com correção e é muito provável que o ex-presidente Lula seja condenado à prisão juntamente com seu círculo de "parceiros" e apoiadores.
Esta carta, Senhor Secretário-Geral, pretende ser uma carta aberta, assinada por brasileiros que condenam as ações do Sr. Lula e seu partido mal. Ao mesmo tempo, declaramos falsos os argumentos de um "golpe" em relação a Rousseff; Estamos passando por um processo de impeachment legítimo, sendo julgado pelo Congresso Nacional sob a supervisão do Supremo Tribunal.
Nós também testemunhamos que nenhuma "acusação política" está ocorrendo em nosso país, e que todos os acusados ​​têm seus direitos garantidos para se defenderem em estrita observância da lei. Os movimentos e grupos abaixo-assinados estão entre os que lideraram os recentes protestos que levaram mais de seis milhões de pessoas às ruas, pedindo a impeachment do sucessor de Lula.
Nesses termos, declaramos nosso mais veemente protesto à atitude do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, reforçando que o Brasil tem instituições sólidas ea esmagadora maioria do povo brasileiro defende a Democracia e repudia a corrupção e rejeita os abusos de autoridade.
Por fim, declaramos que os brasileiros NÃO ACEITARÃO qualquer interferência externa em nossos processos da Corte, uma vez que estão estritamente de acordo com a Lei. DO AVANÇABRASIL

Ministério aponta 1,1 milhão de irregularidades no Bolsa Família

Bernardo CaramDo G1, em Brasília
Ministro Osmar Terra deu entrevista em Brasília para mostrar dados sobre o Bolsa Família (Foto: Bernardo Caram)Ministro Osmar Terra deu entrevista em Brasília para mostrar dados sobre o Bolsa Família (Foto: Bernardo Caram)
Um pente-fino feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) encontrou irregularidades em 1,1 milhão de benefícios do programa Bolsa Família, de acordo com a pasta. As irregularidades representam 7,9% dos 13,9 milhões de benefícios. Em todos os casos, foi constatado que a renda das famílias era superior à exigida para a participação no programa.
O ministério determinou o cancelamento de 469 mil dos benefícios. Nos outros 654 mil casos em que foram encontradas irregularidades, o governo determinou a suspensão dos pagamentos até que sejam esclarecidos eventuais erros no cadastro dos beneficiários.
O Bolsa Família é voltado para famílias em extrema pobreza, com renda per capita mensal de até R$ 85,00, e para famílias pobres, com renda per capita mensal entre R$ 85,01 e R$ 170,00.
O cancelamento do benefício foi determinado para famílias que, segundo o pente-fino, têm renda per capta acima de R$ 440. Já o bloqueio foi aplicado nos casos em que o ministério verificou renda familiar per capita entre R$ 170 e R$ 440.
Os cancelamentos e bloqueios serão informados via extrato bancário ou pelo aplicativo de celular do Bolsa Família. O comunicado trará o motivo do corte e os procedimentos que deverão ser tomados. O prazo de regularização será de três meses
Segundo o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, serão realizadas verificações mensais para identificar eventuais fraudes no cadastro do Bolsa Família. Ele deu entrevista coletiva em Brasília no início da tarde para apresentar os dados sobre irregularidades no programa.
“Nós vamos, todos mês, passar um pente-fino, vai ser uma ação regular”, disse o ministro de Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra. “O objetivo é separar o joio do trigo. Quem precisa, terá acesso ao programa”, completou.
Além dos beneficiários que tiveram o pagamento suspenso ou cancelado, outras 1,4 milhão de pessoas foram convocadas para fazer atualização cadastral. Essas famílias, com renda per capita menor que R$ 170,continuarão a ser atendidas.
Com os benefícios que deixarão de ser pagos após o pente-fino, o governo estima que deixará de ter um gasto anual de R$ 2,4 bilhões. O ministro ponderou que esse valor pode mudar à medida em que esclarecimentos sejam fornecidos pelos beneficiários e bloqueios sejam revertidos.
Terra disse que o valor economizado será revertido para programas sociais ou para novos benefícios do Bolsa Família, com possibilidade inclusive de contribuir para um reajuste do benefício em 2017. “O reajuste deste ano foi muito acima da inflação, o do ano que vem também pode ser”, disse..
Segundo o MDSA, o programa tem hoje cerca de 13,9 milhões de beneficiários. Ao aderirem ao programa, as famílias têm que cumprir algumas contrapartidas, como manter frequência escolar das crianças e o cartão de vacinação em dia.
Doações eleitorais
No dia 3 de novembro, o governo anunciou que 13 beneficiários do Bolsa Família haviam sido convocados para atualização cadastral. Os pagamentos a essas pessoas haviam sido bloqueados após a constatação, por meio de cruzamento de dados, de que elas fizeram doações eleitorais.
No anúncio, o ministério informou que os beneficiários têm permissão para fazer doação eleitoral, mas seria necessário verificar a coerência entre a doação e a renda da pessoa.
O prazo para esse esclarecimento é de seis meses. Se não for apresentada nenhuma justificativa nesse período, o benefício será cancelado. As famílias que não se enquadram mais nas regras do Bolsa Família serão desligadas do programa. Nos casos em que não houve doação, mas o CPF do beneficiário consta entre os doadores, é preciso comunicar o erro à gestão do Bolsa Família no município.

MEC vai pedir que AGU mova ações contra prejuízo de R$ 15 milhões por Enem adiado


Mendonça Filho diz que projeção é de R$ 15 milhões de prejuízo. Balanço do prejuízo será divulgado na quinta-feira (10).

O Ministério da Educação (MEC) diz que vai solicitar que o governo federal acione na Justiça entidades estudantis para que elas paguem a despesa extra provocada pelo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A ocupação nas escolas provocou transtorno para 271 mil inscritos que não puderam fazer as provas do Enem e que agora vão ter pela frente mais um mês de expectatitva até a realização do novo exame, marcado para os dias 3 e 4 de dezembro. Ao todo, segundo o Inep, as provas não puderam ser aplicadas em 405 locais ocupados em 21 estados e no Distrito Federal.
O movimento de ocupação também vai levar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) - responsável pela aplicação da prova - a refazer o trabalho de logística.
Como um novo exame não estava previsto, o instituto vai ter que renegociar com todos os fornecedores o quanto cada um vai cobrar para refazer parte do serviço. O prejuizo inicialmente vai ser bancado pelos cofres públicos. O valor estimado até agora é de R$ 15 milhões. O valor exato do quanto vai custar refazer parte do Enem deve ser divulgado até quinta-feira (10).
Além da reforma do ensino médio, outro motivo alegado para a ocupação é a proposta de emenda constitucional que limita os gastos do governo.
"Eu lamento profundamente que esse grupo pequeno de estudantes, muitas vezes manipulados por outro tipo de interesse possam prejudicar essa grande maioria"
"Uma das razões alegadas foi a reforma do ensino médio. Nós estamos discutindo isso amplamente em todos os fóruns, seja educacionais, no Legislativo, então eu acredito que há espaço para esse tipo de discussão e de manifestação", disse Maria Inês Fini, presidente do Inep.
"Eu lamento profundamente que esse grupo pequeno de estudantes, muitas vezes manipulados por outro tipo de interesse possam prejudicar essa grande maioria", disse a presidente do Inep.

Ministro cobra medidas

O ministro da educação, Mendonça Filho, disse ao Jornal Hoje que respeita as divergências de opiniões. Mas Mendonça Filho garante que o governo já identificou as entidades que atuaram de forma a incentivar as ocupações inviabilizando o Enem e que vai acionar a Advogacia Geral da União para ajuizar ações de ressarcimento contra essas entidades.
“A rigor, a análise jurídica fica a cargo da AGU, e nos levaremos para AGU, apresentaremos para a AGU, os elementos que comprovam a atuação dessas entidades, e essa caracterização tem que ser demonstrada juridicamente”, afirmou.
“Ela (caracterização da responsabilidade) muitas vezes não é fácil porque as entidades elas se escondem através de atuações que são muitas vezes não muito claras e evidenciadas das suas manifestações durante a mobilização para ocupação das escolas e invasões de escolas. Mas, ao mesmo tempo, a gente tem a obrigação legal e moral de buscar demonstrar essa caracterização, porque a atuação foi inclusive clara do ponto de vista de manifestações públicas em defesa desta tese, ou seja, de ocupar para inviablizar, inclusive, a aplicação de provas para o Enem”, disse o ministro.
"A gente tem a obrigação legal e moral de buscar demonstrar essa caracterização, porque a atuação foi inclusive clara do ponto de vista de manifestações públicas em defesa desta tese, ou seja, de ocupar para inviablizar, inclusive, a aplicação de provas para o Enem"
Para diminuir o risco de novos problemas, as provas nos dias 3 e 4 de dezembro vão ser aplicadas em locais em que o Inep tem certeza de que não há risco de serem ocupados DO G1

Com escolas desocupadas, alunos voltam às salas de aulas no Paraná


07/11/2016 13h25 - Atualizado em 07/11/2016 15h51
Segundo governo estadual, mais de 700 escolas já foram desocupadas.

Por conta das ocupações, vestibulares e Enem precisaram ser adiados.

Do G1 PR, com informações da RPC Curitiba
Para muitos estudantes do Paraná, esta segunda-feira (7) foi de recomeço. Até esta manhã, 776 escolas já tinham sido desocupadas no Paraná, segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed).
As desocupações começaram no dia 24 de outubro. Ainda conforme a Seed, 55 escolas seguem ocupadas todo o estado. Já de acordo com o Ocupa Paraná, movimento que coordena as ocupações no Paraná, 190 colégios ainda permanecem ocupados.
Agora, os colégios devem se reorganizar para repor as aulas perdidas e, assim, cumprir o calendário escolar. Teve gente que esperou muito para voltar à escola, para rever os amigos, para estudar.
"Estou bem feliz, estava com saudades", afirma a estudante Ana Heloísa Pereira, de 16 anos.
Depois de tantos dias sem aula, agora, o momento é de empenho para dar conta de cumprir o calendário escolar.
No Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa, em Curitiba, os alunos já começaram a repor o conteúdo que não tiveram no período de ocupação.
Agora, eles têm seis aulas por dia em vez de cinco. Por isso, precisam chegar mais cedo e sair mais tarde da escola. Além disso, eles também têm aula aos sábados.
"Repor as aulas nas férias não é bom para ninguém, ninguém queria isso, mas vamos correr atrás do prejuízo", afirma a aluna Ana Beatriz de Oliveira, de 16 anos.
Os portões do Colégio Estadual Doutor Xavier da Silva, ainda em Curitiba, também foram abertos. "Os alunos voltaram felizes, os professores estão tranquilos. Tudo na paz", conta a diretora Ednamar Salvina Silva.
Ainda não deu tempo pra discutir como as aulas que foram perdidas devem ser repostas, mas os alunos estão com todo o gás para voltar aos estudos. "Bastante estudo e dedicação para a gente ver se consegue recuperar até o fim do ano", afirma o estudante Renan Gabriel, de 14 anos.
Já na Escola Estadual João Turin, que estava ocupada desde o dia 14 de outubro, ainda falta definir com os pais e alunos como vai ficar a reposição. Mas, segundo o diretor da escola, as aulas devem ir, pelo menos, até o dia 30 de dezembro.
"Utilizamos o recesso, utilizamos os sábados e avançamos naquela semana do Natal e do Ano Novo. Ali, nós concluímos toda a carga horária letiva", explica Davi de Miranda.
Para a aluna Mayara Luiza, de 17 anos, não rem problema. Ela quer é retomar os estudos porque esses dias sem aula, às vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fizeram falta. "Fez falta para tirar as dúvidas com os professores"
Já o estudantes Lucca Tharik, de 17 anos, não fez a prova do Enem. Ele foi um dos mais de 43 mil estudantes paranaenses que tiveram a prova adiada para o primeiro fim de semana de dezembro por conta das ocupações.
Agora, ele quer aproveitar ao máximo o tempo em sala de aula até o dia do exame. "Vou tentar correr atrás e estudar tudo o que não tive".
Reintegração de posse do Instituto de Educação do Paraná, no Centro de Curitiba, é realizada na tarde desta segunda (7) (Foto: Pedro Mathias / Arquivo Pessoal)Reintegração de posse do Instituto de Educação do Paraná, no Centro de Curitiba, é realizada na tarde desta segunda (7) (Foto: Pedro Mathias / Arquivo Pessoal)
Ocupações
Desde 3 de outubro, o Paraná vivencia o movimento de ocupação das escolas estaduais contra à apresentação da medida provisória que promove mudanças no Ensino Médio.
Por conta disso, o Ministério da Educação (MEC) precisou adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para alguns estudantes. Por conta das ocupações, vestibulares também precisaram ser adiados.
Quer saber mais notícias do estado? Acesse o G1 Paraná.
Um dos colégios de Curitiba sendo desocupado nesta segunda-feira (Foto: Amanda Menezes/RPC)Um dos colégios de Curitiba sendo desocupado nesta segunda-feira (Foto: Amanda Menezes/RPC)

LULA NO BANCO DOS REUS


CNBB: com os corruptos esquerdistas contra a PEC 241.

Os bispos andavam de bico calado diante da roubalheira promovida pelos petistas no poder. Agora reaparecem, mas para apoiar os autores da roubalheira que quebrou a economia brasileira. A propósito, segue artigo de Percival Puggina:
Como de hábito, a CNBB resolveu alinhar-se aos partidos de esquerda no combate à PEC 241. Eu andava sentindo falta da CNBB oposicionista, tão silenciosa nos longos anos de insucessos e malfeitos do PT. Alias, durante os mandatos petistas, a cada quatro anos, ao se aproximarem as eleições, os documentos publicados no site da Conferência com o título Análise de Conjuntura dedicavam-se a combater os argumentos e diagnósticos da oposição. Em outras palavras, disparavam desde a trincheira do governo. Estou chovendo no molhado, bem sei.
O que interessa aqui é esta nota dos senhores bispos contra a PEC 241. Eis sua essência:
"A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos, os trabalhadores e os pobres, ou seja, aqueles que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais sejam garantidos. Além disso, beneficia os detentores do capital financeiro, quando não coloca teto para o pagamento de juros, não taxa grandes fortunas e não propõe auditar a dívida pública."
E também:
"A PEC 241 afronta a Constituição Cidadã de 1988. Ao tratar dos artigos 198 e 212, que garantem um limite mínimo de investimento nas áreas de saúde e educação, ela desconsidera a ordem constitucional."
Comecemos por esta última. A CNBB sustenta uma tese surpreendentemente genérica. A de que se uma proposta de emenda à Constituição alterar preceito da Constituição ela é inconstitucional. Nesse caso, para que existiram tais propostas? Uma PEC só será inconstitucional se ferir princípio constitucional ou cláusula pétrea, como tal declarada pelos constituintes originários (1988). Não é o caso. Corporações do Poder Judiciário, por exemplo, se insurgiram contra a PEC por outro viés, invocando o princípio da independência dos poderes, mas o STF já sinalizou que não concorda. O que esse corporativismo pretende é que a cabine dos passageiros de primeira classe não balance quando o avião atravessa zona de turbulência. A própria presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, já se manifestou a favor da PEC e contra o argumento dos magistrados.
Quanto ao primeiro ponto da nota, a CNBB acompanha as críticas dos partidos de esquerda, que:
1. se esfalfaram na análise de consequências da PEC 241 que supõem funestas exatamente aos setores que ela pretende proteger;
2. dizem lutar por mais recursos à Saúde e à Educação, mas parecem não aceitar que esses recursos sejam suprimidos de outros setores, ou seja, haverá que buscar nos ventos e nas estrelas os recursos que pretendem obter;
3. apenas como contraponto e denúncia, trataram da não inclusão do setor financeiro nos ônus da contenção da despesa pública.
Desconsideraram, neste particular, que os títulos do governo são adquiridos pela sociedade como forma de poupança e investimento. É o dinheiro para compra da casa, troca do automóvel, educação dos filhos, reserva para velhice, abertura de um negócio. As medidas que a CNBB pretende contra esses cidadãos fuga de capitais para outros ativos, redução ainda muito maior dos investimentos produtivos, seriíssimos problemas de financiamento para o governo, que redundariam em aumento da taxa de juros e aprofundamento da recessão. Afinal, não foi a irresponsabilidade fiscal que nos lançou no atual cenário de dificuldades?
Não é sensato recusar racionalidade ao comportamento dos agentes econômicos. Nenhum poupador poupa para suprir o Estado e suas funções. Nenhum investidor anda em busca de governos para socorrer generosamente. Só fundos de pensão admini strados por petistas investem em títulos públicos venezuelanos. Bobo é quem, pensando que o dinheiro é bobo, gasta mais do que pode. Agora, tanto os que se serviram politica e/ou pessoalmente da gastança, e os que nada disseram contra ela, se introduzem no palco como zelosos defensores do interesse público. O interesse público, hoje, se chama controle do gasto público, segurança a quem empreende, gera empregos, renda e tributos. Ah! sobre a auditoria da dívida, basta perguntar ao PT como conseguiu quintuplicar em 13 anos o compromisso que carregamos. - DO O.TAMBOSI

Politização de estudantes e professores colabora para educação ser um lixo - LUIZ FELIPE PONDÉ

segunda-feira, novembro 07, 2016

FOLHA DE SP - 07/11

Sei que muitos inteligentinhos vão ficar nervosinhos, mas, no que se refere a esta onda de invasões que tomou conta das escolas, os professores que apoiam e os estudantes autoritários que realizam o fazem, antes de tudo, porque uns não querem dar aulas e os outros não querem ter aulas. Casamento perfeito sob a "bênção" do blá-blá-blá da "luta pela educação". Uma das formas mais cínicas de ser um professor ruim é sê-lo em nome de um mundo melhor. Você pode passar a vida inteira sendo esse professor ruim e enrolar todo mundo. Para isso, basta dizer que "acredita na educação para formar cidadãos do futuro".
Antes, um pequeno reparo: claro que a educação no Brasil é um lixo. Mas a politização dos estudantes e dos professores é uma das causas para ela ser um lixo. Um modo chique de torná-la um lixo, dizendo que a está salvando. Como violentar alguém dizendo que está fazendo aquilo porque ela gosta.

Fiz parte de movimento estudantil. Nunca vi gente tão autoritária e manipuladora. Aliás, foi ali que comecei a desconfiar que o problema da esquerda era um problema de caráter, ainda que no contexto da ditadura não havia como não ser contra ela. "Ser de esquerda" era óbvio para todo jovem. Na época, optei por ser anarquista, pois sempre desconfiei de quem queria fazer assembleias, comitês burocráticos e decidir pelos outros. Além do mais, ser anarquista era mais chique e pegava mais meninas. Sexo ainda é um grande motivo (talvez um dos poucos sinceros) para se fazer movimento estudantil.
A educação se tornou, de certa forma, um dos grandes fetiches do mundo moderno. Não que não seja essencial (antes que algum bonitinho tenha um ataque de nervos), mas defendê-la, muitas vezes, é um modo de não realizá-la. A própria palavra "educação" vai, aos poucos, caindo no mesmo tipo de uso da palavra "energia": todo mundo sabe que é importante, que existe, mas ninguém sabe direito o que é.
Umas das melhores formas de matar a educação é dar a ela missões demais. Outra é dizer que ela forma "cidadãos do futuro". Como são do "futuro", ninguém sabe direito o que são. Desconfio de quem diz "eu acredito na educação". Para mim, soa como dizer "eu acredito em energia ruim" –ou seja, não quer dizer nada.
Eu "não acredito na educação", apenas gosto de dar aula. Aliás, grande parte do problema da educação é que muitos professores não gostam de dar aulas ou não gostam de jovens. Risadas? Que tal um cirurgião que não gosta de sangue? Além do eterno problema de grana, você envelhece, torna-se irrelevante e, num dado momento, nem sabe mais o que está fazendo ali. Ao final, está apenas ganhando uma graninha fazendo um negócio que dá um trabalho do cão.
A educação se tornou um fetiche (no sentido freudiano) porque ela serve para você gozar apenas com uma "parte" da experiência humana, "parte" esta que exclui todo o resto da realidade; "parte" esta que faz os professores, pedagogos e alunos gozarem em sua vaidade de se dizerem do bem. A experiência ampla, o enfrentamento da própria humanidade que nos une e nos inferniza, essa ninguém mais quer saber. Refiro-me aqui, claro, à educação não apenas como informação técnica, mas como formação humana (aquela mesma que os picaretas da "educação para a política" dizem representar na sua condição de novo clero hipócrita do mundo).
Outro problema com essas ocupações é que são levadas a cabo por uma parte mínima dos alunos se dizendo representar a totalidade do alunos. Representa nada. O movimento estudantil sempre foi uma excelente escola para você virar um daqueles "políticos de Brasília": alienado do resto do mundo, mentiroso e manipulador de sonhos. Essas invasões sequestram a escola dos outros, apenas.
Há pouco tempo, recebi um e-mail de um aluno de mestrado de uma grande universidade em que ele contava como um professor de sociais deu aos alunos duas opções de trabalho para nota: a primeira, ir a uma manifestação contra o Temer (e, assim, "fazer política" de fato); a outra, não ir e fazer prova oral. O que você escolheria se não estivesse a fim de estudar?

- DO PERCATEMPO