07/11/2016 13h25
- Atualizado em
07/11/2016 15h51
Segundo governo estadual, mais de 700 escolas já foram desocupadas.
Segundo governo estadual, mais de 700 escolas já foram desocupadas.
Por conta das ocupações, vestibulares e Enem precisaram ser adiados.
As desocupações começaram no dia 24 de outubro. Ainda conforme a Seed, 55 escolas seguem ocupadas todo o estado. Já de acordo com o Ocupa Paraná, movimento que coordena as ocupações no Paraná, 190 colégios ainda permanecem ocupados.
Agora, os colégios devem se reorganizar para repor as aulas perdidas e, assim, cumprir o calendário escolar. Teve gente que esperou muito para voltar à escola, para rever os amigos, para estudar.
"Estou bem feliz, estava com saudades", afirma a estudante Ana Heloísa Pereira, de 16 anos.
Depois de tantos dias sem aula, agora, o momento é de empenho para dar conta de cumprir o calendário escolar.
No Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa, em Curitiba, os alunos já começaram a repor o conteúdo que não tiveram no período de ocupação.
Agora, eles têm seis aulas por dia em vez de cinco. Por isso, precisam chegar mais cedo e sair mais tarde da escola. Além disso, eles também têm aula aos sábados.
"Repor as aulas nas férias não é bom para ninguém, ninguém queria isso, mas vamos correr atrás do prejuízo", afirma a aluna Ana Beatriz de Oliveira, de 16 anos.
Os portões do Colégio Estadual Doutor Xavier da Silva, ainda em Curitiba, também foram abertos. "Os alunos voltaram felizes, os professores estão tranquilos. Tudo na paz", conta a diretora Ednamar Salvina Silva.
Ainda não deu tempo pra discutir como as aulas que foram perdidas devem ser repostas, mas os alunos estão com todo o gás para voltar aos estudos. "Bastante estudo e dedicação para a gente ver se consegue recuperar até o fim do ano", afirma o estudante Renan Gabriel, de 14 anos.
Já na Escola Estadual João Turin, que estava ocupada desde o dia 14 de outubro, ainda falta definir com os pais e alunos como vai ficar a reposição. Mas, segundo o diretor da escola, as aulas devem ir, pelo menos, até o dia 30 de dezembro.
"Utilizamos o recesso, utilizamos os sábados e avançamos naquela semana do Natal e do Ano Novo. Ali, nós concluímos toda a carga horária letiva", explica Davi de Miranda.
Para a aluna Mayara Luiza, de 17 anos, não rem problema. Ela quer é retomar os estudos porque esses dias sem aula, às vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fizeram falta. "Fez falta para tirar as dúvidas com os professores"
Já o estudantes Lucca Tharik, de 17 anos, não fez a prova do Enem. Ele foi um dos mais de 43 mil estudantes paranaenses que tiveram a prova adiada para o primeiro fim de semana de dezembro por conta das ocupações.
Agora, ele quer aproveitar ao máximo o tempo em sala de aula até o dia do exame. "Vou tentar correr atrás e estudar tudo o que não tive".
Reintegração
de posse do Instituto de Educação do Paraná, no Centro de Curitiba, é
realizada na tarde desta segunda (7) (Foto: Pedro Mathias / Arquivo
Pessoal)
OcupaçõesDesde 3 de outubro, o Paraná vivencia o movimento de ocupação das escolas estaduais contra à apresentação da medida provisória que promove mudanças no Ensino Médio.
Por conta disso, o Ministério da Educação (MEC) precisou adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para alguns estudantes. Por conta das ocupações, vestibulares também precisaram ser adiados.
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Um dos colégios de Curitiba sendo desocupado nesta segunda-feira (Foto: Amanda Menezes/RPC)
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