terça-feira, 19 de junho de 2012

Maluf, Haddad e Sebento, tem coisas que o dinheiro não paga.

Existem coisas na vida que o dinheiro não paga, uma delas é ver o EX presidente Defuntus Sebentus chupando as bolas de seu maior desafeto. Paóló Malóf.
Por conta de 1.30 minutos de TV o Sebentão traiu a confiança da camarilha vermelha e se jogou aos pés em salamaleques e rapapés à velha raposa paulista.
Certo que Malóf não teria tantos anos de estrada na política se fosse burro.
E pelo visto o burro nesta história é "O CARA".
Inventou Dilmarionete e ganhou uma eleição na base do bolsa miséria. Só que em SP bolsa miséria não cola votos. E la´vai o Haddad descendo a ladeira.
Na minha opinião, Paóló Malóf deu a maior volta por cima nuncaantesvistanahistóriadestepaís e se vingou de todas as acusações e ataques que recebeu do Oráculo de garanhuns nos últimos 30 anos.
E o mais impressionante é ver o desespero do Sebentão que o levou até dentro da "toca da raposa" para pedir penico.
E no meio desse furdunço devo tirar o meu chapéu para a decadente Luiza Erundina, largou o Sebento na mão, deixou a chapa de Haddad alegando que jamais subiria em um palanque com Paóló Malóf.
Ou seja, além de perder os votos da Erundina, não vai conseguir os votos do "povo" do Malóf,  uma vez que quem vota nele jamais votaria no PT. E acima de tudo, teve que enfiar a prepotência, a arrogância e a "malandragem" no rabo.
Todos os anos de política não ensinaram ao Sebento que existe limite para tudo nesta vida, até para servir de capacho para político puta velha".
 E cada vez que vejo essas imagens tenho ataques de riso.
O Sebento sempre foi um merda, mas desta vez ele virou caganeira....
E PHODA-SE!!!!
DO MASCATE

'Desistência é golpe na imagem da candidatura', diz historiador

Gabriel Manzano - de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A saída de Luiza Erundina (PSB-SP) da chapa petista “é um golpe na candidatura de Fernando Haddad”, afirma o historiador Lincoln Secco, autor de 'A História do PT'. Se ela sai “cobrindo-se com o manto da indignação ética”, então “a candidatura Haddad representa o quê?”
'A candidatura Haddad representa o quê?' questiona o autor de 'A História do PT' - Alex Silva/AE
Alex Silva/AE
'A candidatura Haddad representa o quê?' questiona o autor de 'A História do PT'
Mas o historiador alerta que a aliança do PT com o deputado Paulo Maluf (PP) - razão da saída de Erundina - não chega a surpreender. Pois “o PT vem desanimando sua militância desde os anos 1990, quando iniciou sua caminhada para tornar-se um partido da ordem, uma legenda meramente parlamentar”. Essa militância, observa, “tem hoje um espaço muito reduzido dentro do partido”.
Como o sr. avalia a decisão de Luiza Erundina de abandonar a candidatura Fernando Haddad?É um golpe na imagem da candidatura de Haddad. Depois de aceitar ela decide sair, cobrindo-se com o manto da indignação ética. Ora, se ela encarna essa indignação ética, então a candidatura Haddad é o quê?
Qual o tamanho desse episódio nas mais de três décadas de existência do PT?Não é novidade que o PT tenha apoio de políticos de direita. O vice na chapa de Lula, em 2002, e depois em 2006, era José Alencar, um empresário tido como direitista. E cabe lembrar que a Erundina apoiou essa chapa nas duas ocasiões. A propósito, ela própria desafiou o PT, ao qual pertencia, quando aceitou ser ministra de Itamar Franco nos anos 1990. Naquele momento, o PT era oposição.
A militância petista não se sente hoje um pouco órfã?O PT vem desanimando sua militância desde os anos 1990. Aos poucos, ele foi se tornando um partido da ordem, meramente parlamentar. Abandonou suas origens, marcadas pela força dos movimentos sociais. Mas o partido tem um patrimônio que, desde a chegada de Lula ao poder, ele vem gastando. Ainda tem muito a gastar. Esse eleitor não vê alternativas à sua volta.
Ou seja, a militância perdeu seu papel?Ela tem hoje um espaço muito reduzido no partido. É basicamente formada por funcionários, militantes profissionalizados que são dependentes de deputados e vereadores, uma burocracia partidária.
E o papel de Lula nisso tudo?Surpreende-me que ele tenha voltado a fazer a “pequena política” dentro do petismo, coisa que tinha abandonado em 1989. Agora, o método que Lula empregou viola os métodos tradicionais da história do partido. Isso pode lhe custar caro.
Acredita que Erundina, aos 77 anos, foi embora porque preferiu cuidar de sua biografia?É difícil dizer. Os políticos, em geral, vão até o fim da vida pensando no poder. A trajetória dela é a de uma política que passou de uma esquerda radical para posições moderadas.
Mas preservou a imagem de uma resistência a alianças.Ela foi eleita para a Prefeitura numa época em que as alianças do PT eram muito restritas. Só os partidos comunistas a apoiavam. E o que ela fez, na ocasião, foi empenhar-se em ampliar esse leque de alianças.
Eram alianças com forças ideologicamente mais próximas.
O critério essencial para o PT, nesse tema, sempre foi outro: ele quer é a hegemonia - ou seja, ser o cabeça de chapa. Não importava tanto quem o estava apoiando. No caso inverso, quando ele é que apoiava, sempre houve problemas, mesmo quando a cabeça de chapa era algum socialista ou comunista.

A foto mostra a cara de um Brasil que não sabe o que é honra e perdeu a vergonha

“O símbolo da pouca vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente. Daremos a nossa vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente.” (LULA, junho de 1984)
“Como Maluf pode prometer acabar com ladrão na rua enquanto ele continua solto?” (LULA, setembro de 1986)
Os administradores do PT são como nuvens de gafanhotos. (PAULO MALUF, março de 1993)
“Maluf esquece de seu passado de ave de rapina. O que ameaça o Brasil não são nuvens de gafanhotos, mas nuvens de ladrões. Maluf não passa de um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão que fica querendo assustar as elites acenando com o perigo do PT. Maluf é igualzinho ao Collor, só que mais velho e mais profissional. Por isso é mais perigoso.” (LULA, março de 1993)
“Ave de rapina é o Lula, que não trabalha há 15 anos e não explica como vive. Ave de rapina é o PT, que rouba 30% de seus filiados que ocupam cargos de confiança na administração. Se o Lula acha que há ladrões à solta, que os procure no PT, principalmente os que patrocinaram a municipalização do transporte coletivo de São Paulo”. (MALUF, março de 1993)
A foto abaixo informa que, em 18 de junho de 2012, sem que nenhum deles tivesse abjurado publicamente o que disse do outro, os velhos inimigos se juntaram para vender ao eleitorado paulistano a mercadoria que Lula contempla com o olhar orgulhoso de criador e Maluf afaga com o olhar guloso de quem vê um novo filão a explorar. Fernando Haddad tem o jeito hesitante do filhote que não consegue andar sozinho.
À esquerda, o sorriso de Rui Falcão atesta que o presidente do PT está feliz por confraternizar com o que sempre chamou de “direita reacionária”. À direita, o vereador Wadih Mutran, negociante de longo curso, avalia quanto vale um Haddad fantasiado de nova esquerda.
O chefe da seita, Aquele que Só dá Ordens, curvou-se à imposição de Maluf: além de outro cofre no Ministério das Cidades, o dono do PP fez questão de posar para a posteridade ao lado de Lula. É uma foto para se guardar. Desnuda a cara de um Brasil Maravilha que não sabe o que é honra nem tem vergonha de nada. Escancara a face horrível da Era da Impunidade.
 
POR AUGUSTO NUNES
REV VEJA

Bolsa Família e violência: economista CONFESSA (não percam!) como fez sua pesquisa e acha que, se me agredir e me xingar, vai provar que está certo. Ele explica quase tudo, menos o essencial

Ai, ai, com tanta coisa sobre a qual falar, dedico uma parte do meu tempo ao senhor, como é mesmo?, ah, sim: João Manoel Pinho de Mello. Se fosse importante, a esta altura, eu já teria ouvido falar. Mas ele se tem em altíssima conta e acha que caio em alguns truques. O Manoel, que não tem três penas no chapéu, integra um grupo de economistas da PUC do Rio que decidiu mensurar os efeitos do Bolsa Família na queda da violência em São Paulo. Compararam os índices antes e depois de 2008 e chegaram à conclusão de que o programa foi responsável por 21% — encantadora essa precisão! — do total da queda da criminalidade. Huuummm… Escrevi um post a respeito fazendo algumas indagações. João Manoel ficou zangado, escreveu uma catilinária imensa me desqualificando e, pasmem!, acusando-me de agressivo. Mentira! Não o agredi, não! Chamei as conclusões do estudo de “bobajada”. No mais, destaquei evidências que caminham no sentido contrário ao de suas conclusões. Só isso. Ele enviou o texto ao blog. Só não publiquei ontem porque, obviamente, requer resposta. O rapaz saiu divulgando o texto por aí e me enviou mais alguns comentários — mobilizou também alguns amigos, parece — me acusando de estar com medo de publicar a sua resposta ou algo assim. Eu nunca tinha ouvido falar dele e desconfio que a recíproca é verdadeira, ou não viria com essa tolice. Vamos lá. Ele segue em vermelho. Eu em azul.
Sr. Reinaldo Azevedo,
Escreve João Manoel Pinho de Mello, professor associado do Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia pela Stanford University (2005). Sou um dos autores do estudo sobre Bolsa Família e crime a respeito do qual você fez comentários em seu blog. Resolvi respondê-los. A maioria de meus comentários se refere à ciência do artigo supracitado e à “ciência” dos seus comentários. Mas confesso que alguns poucos refletem minha indignação com sua agressividade e sua arrogância. Peço perdão aos leitores interessados apenas na ciência da mensuração do efeito do Bolsa Família sobre o crime. Infelizmente receio que sejam poucos.
Ele começa me tratando de “Sr.” como quem diz: “Seu filho da mãe” na versão não publicável em blogs de família. Em seguida, tenta me intimidar com o seu currículo. Respeito competências e títulos, claro!, mas não me assustam. Uma bobagem é uma bobagem é uma bobagem, não importa o pedigree de quem a pronuncie. Todo o parágrafo, na verdade, vale por um “sabe com quem está falando?”. Agora sei. E daí? O Mané de Stanford não está habituado ao confronto de ideias e ao debate. Ao acusar a minha “agressividade e arrogância” — leiam o texto original e verão que não —, diz, humilde que é, que vai responder (eu poderia enroscar com a regência do verbo “responder” em seu texto tão douto, mas deixo pra lá…) com a ciência (sem aspas) para se contrapor à “ciência”, com aspas, do meu comentário. Logo, ele é um cientista pronto a humilhar este pobre leigo! Atenção para o que vem agora. A coisa começa a esquentar.
Normalmente não escreveria este comentário. Não é muito útil debater assuntos de natureza técnica com interlocutores ideológicos (à esquerda e à direita). Mas há pessoas que eu respeito intelectualmente e admiram o que você escreve. Por isso resolvi tomar meu tempo para corrigir seus erros. Não acho que seja vigarice. Apenas viés ideológico ao discutir um assunto que, de fato, é difícil. A maioria das pessoas educadas e inteligentes, mas sem treinamento científico, tem dificuldade em distinguir correlação e causa. Não se sinta diminuído por isso, blogueiro.
Então comecemos por uma boa diferença entre nós. Há um monte de pessoas que respeito intelectualmente que não o admiram porque nunca ouviram falar de você. Lamento que o contrário seja verdade. Fazer o quê? Tente doutriná-las e provar que estão erradas. Não, eu não me sinto diminuído por ser chamado de “blogueiro”. Afinal, por que tanta preocupação em responder a alguém tão desprezível, Mané de Stanford? Quanto a você desprezar “interlocutores ideológicos à esquerda e à direita”, dizer o quê? Geralmente os que negam a ideologia com esse vigor em nome de uma suposta neutralidade científica — especialmente no terreno das ciências humanas — são apenas candidatos a pensadores do regime, seja ele de direita ou de esquerda. Entendeu ou pequei por excesso de sutileza?
Vou me referir a você como “blogueiro”, pois afinal esse é seu título, não?
Não, não é meu título. Você comete um primeiro pecado para um candidato a polemista: desconhece o sentido preciso das palavras. Se quiser, pode chamar de atividade, profissão, ocupação até. “Título” é outra coisa. Eu sou um “destitulado”.
O blogueiro reclama, quase sempre com razão, dos métodos de argumentação do Luis Nassif. Pois bem: ele se comportou como o Nassif. Falou sobre o que não entende com um misto de arrogância e primitivismo. Não gosto muito de adjetivação, mas parece ser o estilo do blogueiro. Por isso me permitirei essa pequena indulgência (não é muito grave; é quase como comer uma caixa inteira de Sonho de Valsa).
Mané está com informações falsas a meu respeito. Há muito tempo, como sabem os leitores, Luís Nassif foi banido deste blog. Quanto a “comer a caixa inteira de Sonho de Valsa” como quem se entrega a uma compulsão depois de um período de repressão, huuummm… Cuidado, Manoel! Certas imagens revelam mais do que o autor pode desejar. Deve ser torturante viver com vontade de cair de boca no Sonho de Valsa, mas ter de se reprimir com medo da reprovação social, né?
Sobre arrogância tenho pouco a falar por ser autoevidente. Mas, a título de ilustração, o blogueiro comenta um artigo científico que, pela natureza de seus comentários, não leu (ou não entendeu), e acha que pode rebatê-lo com uma mirada superficial nos dados do mapa da violência. Para esclarecimento, o artigo cujo conteúdo desagrada tanto ao blogueiro está em processo de revisão para re-submissão para publicação no American Economic Journal, Economic Policy (da American Economic Association), uma das 20 publicações científicas mais prestigiosas do mundo em economia.
Até agora, Manoel, o fortão do Bairro Peixoto, não respondeu à minha crítica (sim, queridos, eu vou relembrá-la aqui). Ele já me chamou de “arrogante”, “agressivo” e “blogueiro”, já expôs o seu currículo e agora diz que seu artigo pode ir parar numa publicação de prestígio. Atenção, senhores! Até agora, ele está certo, e eu, errado, porque:
a) é economista, e eu não;
b) porque é Ph.D. por Stanford, e eu não;
c) porque eu sou arrogante e agressivo, e ele não (como se vê…);
d) porque seu artigo pode ser acolhido numa publicação de prestígio.
Sobre primitivismo tenho mais a falar, pois se trata de conteúdo. Começo com uma observação simples. Consideremos o Nordeste, o contraexemplo preferido. É possível, na realidade provável, que o crime tivesse aumentado ainda mais no Nordeste na ausência do Bolsa Família, mas não temos como saber. Em linguagem científica isso se chama contrafactual. É um raciocínio que requer alguma sutileza intelectual. Mas suponho (?) que o blogueiro conseguirá perceber.
Vamos aqui recuperar a natureza da polêmica, que este bobalhão arrogante tenta esconder com sua pseudociência. Este senhor assina um trabalho afirmando que o Bolsa Família, que tem menos importância na cidade de São Paulo do que em qualquer capital do Norte ou Nordeste, responde por 21% da queda de criminalidade, comparando-se os dados anteriores e posteriores a 2008. E por que se escolheu esse divisor? É quando o Bolsa Família começa a atender os jovens de 16 e 17 anos. A redução da desigualdade teria tido, pois, um grande impacto na queda da violência (ele próprio exporá seu método mais adiante).
Qual foi a objeção levantada por este desprezível “blogueiro” — que não cai de boca no Sonho de Valsa — e que deixou o Ph.D. de Stanford tão furioso? A violência no Nordeste, com algumas exceções, cresceu, em vez de diminuir, nesse período. Na Bahia, em Salvador especialmente, assume contornos explosivos, dramáticos. Aí ele resolveu adotar o mesmo método de argumentação dos cientistas que faziam terrorismo com o aquecimento global: se ele não pode provar que está certo, pede, de modo enviesado, que eu prove que ele está errado. Mas não me furto, não! Desde logo, coloca-se uma questão evidente: por que o tal programa teria tido um impacto tão forte em São Paulo, mas não no Nordeste?
Ocorre que a suposta ciência do Mané de Stanford nasce de um preconceito, que ele não se intimida em enunciar: “É possível, na realidade provável, que o crime tivesse aumentado ainda mais no Nordeste na ausência do Bolsa Família, mas não temos como saber”. É evidente que a hipótese de seu trabalho é esta: “O Bolsa Família diminuiu a violência”. Aí ele fez o que faz muita gente — em especial a turma do aquecimento global: resolveu torturar os dados até que confessassem o que estava buscando. Como sua tese se afina com a metafísica influente, tudo ficou mais fácil. No parágrafo seguinte, quando ele decide, definitivamente, me humilhar, ele se estrepa.
Agora para as considerações um pouco mais intrincadas. É muito difícil estabelecer relações de causa e efeito em ciências sociais. A razão é simples: diferentemente das ciências duras, em geral não é possível fazer experimentos aleatorizados em criminologia (em ciências sociais em geral, na verdade).
Certo! Ciências sociais permitem muitos chutes. Não me diga! Logo, Manoel está admitindo que as conclusões têm muito de gosto, arbitrariedade, ideologia, escolhas. Ou com ele seria diferente?
Por isso a análise superficial com os dados do mapa da violência é um exercício fútil na melhor das hipóteses. Perigoso e, portanto, leviano na pior delas. Recife é mais pobre, mais desigual e violento do que Blumenau. Isso prova que pobreza e desigualdade causam crime? Não. Mostra tão somente que essas três variáveis andam juntas. Não estabelece nenhuma relação de causa e efeito. Afinal, outros fatores podem causar tanto pobreza e desigualdade como crime. Por exemplo, debilidade institucional. Estado fraco causa polícia fraca e pobreza. É essa a verdadeira causa? Não sei. O argumento é feito somente para ilustrar por que não se deve inferir absolutamente nada com a comparação simples entre estados.
Evitei a palavra até agora, mas não dá mais! Trata-se de um truque intelectualmente vigarista, ainda que Manoel seja um gênio. Em primeiro lugar, por amor à precisão, destaco o aspecto em que estamos de acordo: são muitas as variáveis que resultam em mais ou menos violência — E, PORTANTO, NA REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA TAMBÉM.
Onde está a vigarice? O texto de Manoel mente ao afirmar que argumento comparando estados distintos. Não! Eu me referi a estados e cidades na comparação consigo mesmos, Manoel! Não engane seus eventuais leitores! Não tente enganar os meus! Eu vou comparar, rapaz, São Paulo com São Paulo. Os números negam de forma tão escandalosa a hipótese — e o estudo dele não passa disso, ainda que aspire à condição de teoria ou teologia — que fico até um tantinho constrangido em exibi-los. Em 2000, a região metropolitana de São Paulo, senhores leitores, tinha 63,3 homicídios por 100 mil habitantes. Chegou a 2010 com 15,4 (hoje está em torno de 10), com redução de 75,6%. Queda abrupta? Não! Vejam a evolução dos dados de 2000 a 2010.
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O estudo do companheiro que repudia a direita e a esquerda — nada como se declarar “de centro” para poder aspirar à santidade e à, como direi?, inimputabilidade científica — compara dados anteriores a 2008 com dados posteriores. Sei. Os mortos por 100 mil na região metropolitana de São Paulo já haviam caído 69,8% entre 2000 (63,3) e 2007 (19,1). “Ah, mas poderiam ter caído menos a partir de 2008 não fosse o Bolsa Família.” Nada posso fazer com a crença das pessoas.
Agora vejam o que acontece com o índice de homicídios, sempre segundo dados do Mapa da Violência, nas regiões metropolitanas de Maceió, João Pessoa, Belém, Vitória, Salvador, Curitiba, Recife e São Luís .
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Não é preciso comparar os números de São Paulo com os de Salvador, senhor Manoel sem penas no chapéu. Basta comparar Salvador consigo mesma. O Bolsa Família, no atual formato, foi criado em 2003, começou a ser aplicado ainda timidamente em 2004 e foi se expandindo. O estudo dele faz um corte entre antes e depois de 2008? Pois bem. Serve esse cotejo. “Ah, mas a capital baiana é mais desigual do que Curitiba.” É? Pois bem: vejam os dados dramáticos da região metropolitana da rica capital paranaense. Em Recife, já se nota uma queda, embora os números sejam ainda alarmantes. O noticiário nos informa de que estão em curso medidas virtuosas de reforma da polícia pernambucana — ainda no começo. E esse mesmo noticiário dá conta de que, na polícia baiana, ocorre o contrário. Jaques Wagner conseguiu piorar o que já era ruim. Os números estão aí. Manoel achou — com todo respeito, viu, doutor Ph.D. — que ainda não tinha trapaceado intelectualmente o bastante e escreve o seguinte.
Mutatis mutandis, o aumento da criminalidade no Nordeste ao mesmo tempo em que o Bolsa Família lá se expandiu não demonstra que o Bolsa Família não ajudou a diminuir o crime. Nem que ajudou a aumentar. De fato, pouco se sabe sobre as causas do aumento da criminalidade em alguns estados do Nordeste (principalmente BAHIA e ALAGOAS, não, não foi generalizada no Nordeste). Quero dizer, pouco se sabe cientificamente. Achismo há de monte. O blogueiro, por exemplo, dever ter uma porção deles.
De saída: você não sabe empregar “mutatis mutandis”. Estude latim ou seja menos pretensioso. Ou faça as duas coisas. A expressão não cabe aí. Adiante. Não lido com achismo nenhum, mas com dados! Quem foi achar o que já tinha encontrado foi o sedizente cientista. Entre 2000 e 2010 ou entre 2008 e 2010, o único estado nordestino que não teve um aumento escandaloso de homicídios foi Pernambuco (embora o número seja elevadíssimo). Eu pratico achismo? Faltar com a verdade é certamente coisa bem mais feia.
Coloco alguns fatos científicos e algumas especulações, feitas com base em evidências anedóticas. Esclareço que algumas são especulativas, ou seja, o mesmo que o blogueiro faz com sua mirada superficial sobre o mapa da violência. A diferença é que o blogueiro tem a arrogância dos apedeutas. Acha que faz alguma inferência estatística válida. Blogueiro, deve doer quando um termo tão caro é usado contra você, não?
Nossa! Você não sabe como padeço! Se eu fosse do tipo, hoje me acabaria no Sonho de Valsa!!!
Primeiro o fato científico. Houve mudanças adversas na composição demográfica em alguns estados do Nordeste nos últimos anos. Aumentou a proporção de jovens entre 15 e 30 anos em alguns deles, um fator criminogênico importante já fartamente documentado na literatura em criminologia. Demonstro isso em um artigo em revisão para resubmissão ao Economic Development and Cultural Change, um dos principais periódicos CIENTÍFICOS em desenvolvimento econômico no MUNDO. É editado na Universidade de Chicago por pessoas ligadas ao departamento de economia. Credenciais liberais (no sentido britânico da palavra) irreparáveis. Ou seja, pessoas com as quais você se identifica ideologicamente, blogueiro.
Andou comendo muito bombom. Pouco me importa se você é liberal ou não! Quem disse que picaretagem é monopólio da esquerda? Não é, não! Está em curso no país, por exemplo, uma grotesca mistificação sobre a “classe média brasileira” que poderia, em outros tempos, ser considerada coisa da direita. Mas não passa de adesismo e derivação teratológica da “economia da pobreza” transformada em pobreza da economia.
Outros fatores são mais especulativos. Um deles que considero é perda de controle sobre a segurança pública, de novo principalmente na Bahia e em Alagoas. Há bastante evidência anedótica de que a policiamento pirou muito em alguns estados (repito, evidência anedótica, não ciência). E a literatura em Economia do Crime e Criminologia já estabeleceu há anos a importância da solidez da segurança pública. Se quiser se educar a respeito, querido blogueiro, veja Di Tella e Schargrodsky, American Economic Review, 2004 e as referências lá citadas. Mas não é claro que você queira, ou tenha treino, para se informar na literatura científica.
Evidência anedótica? Não! Há fatos mesmo. Como é fato o crescimento do investimento em segurança pública em São Paulo. Como é fato que o estado tem 22% da população, mas concentra 40% dos presos. Como é fato que há menos homicídios nos estados que mais prendem bandidos. Os dados estão no primeiro texto que escrevi a respeito.
Em suma, pouco se sabe sobre a dinâmica recente da criminalidade no Nordeste. Vale muito investigar. Vale bem menos analisar de forma superficial com intuito único de confirmar o viés ideológico apriorístico. Blogueiro, acho que você diria que isso é coisa de petista.
Você é mais fraco de que eu imaginava, com sua exibição de currículo e suas demonstrações de apuro acadêmico que mal escondem o chute de sua pesquisa. Pouco me importa se você é petista ou não. Nem acho que seja! É um tipo pior, disposto a servir, pouco importa o poder de turno. Meu desprezo por gente assim é bem maior. Os petistas, aos menos, não procuram se esconder numa pretensa neutralidade. O índice de homicídios cresceu em 8 dos 9 estados nordestinos entre 2000 e 2010 e, se quiser, entre 2008 e 2010. Nesses estados, o Bolsa Família tem muito mais importância do que em São Paulo, onde a queda na criminalidade é contínua e consistente há 12 anos. Ainda que você tivesse encontrado, vá lá, uma correlação entre o programa e os números, estaria obrigado a explicar por que ela se deu em São Paulo. Vejam os homicídios por 100 mil nos estados nordestinos entre 2000 e 2010.
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Agora sobre Bolsa Família e crime em São Paulo. A maneira ideal de estabelecer se o Bolsa Família teve algum efeito sobre a criminalidade é um experimento aleatorizado controlado. Ou seja, decidir no cara-e-corôa as cidades que recebem e que não recebem o Bolsa Família. Assim, garantir-se-ia que as cidades que recebem (Grupo de Tratamento) e que não recebem Bolsa Família (Grupo de Controle) terão, em média, características iguais. Infelizmente não temos acesso a tal experimento.
O professor Raimundo das pesquisas resolveu dar uma aulinha. Muito bem! Como ele não conseguiu as circunstâncias ideais, vamos ver como agiu.
Por isso usamos um procedimento que tenta imitá-lo. Em 2007 o programa passou a contemplar adolescentes de 16 e 17 anos. Como há escolas com mais e com menos adolescentes nessa faixa etária, o Bolsa Família se expande mais fortemente nos arredores de escolas com mais adolescente de 16 e 17 anos (mostramos isso empiricamente). Como as diferenças de distribuição etária entre as escolas de SP em 2006 nada tem a ver com a decisão de expandir o Bolsa Família, é “como se fosse aleatória” a expansão mais forte no entorno das escolas com mais alunos entre 16 e 17 anos. Por isso, quaisquer aumentos de crime mais fortes (ou mais fracos) no entorno dessas escolas podem ser interpretados como o efeito causal do Bolsa Família diminuindo (ou aumentando) o crime. Encontramos que o crime caiu mais fortemente no entorno das escolas com mais alunos de 16 e 17 anos. Por isso a inferência de que o Bolsa Família causou queda na criminalidade em SP. Se tivesse aumentando a inferência seria inversa: o Bolsa Família seria crimininogênico (perdão pelo anglicismo). Blogueiro, cientista é assim: aceita o que os dados dizem.
Esse tipo de raciocínio estatístico pode ser estonteante quando o vemos pela primeira vez. Blogueiro, eu doaria umas três horas do meu tempo para educá-lo com mais detalhe, se achasse que você estivesse disposto a aprender. Mas você hoje demonstrou que só se interessa por proselitismo ideológico. Como dizia minha avó portuguesa, tali e quali o Nassif.

Não culpe a sua avó portuguesa por sua arrogância e por sua tolice. Aliás, cientistas sociais acabaram de ficar espantados com o seu método. A sua pesquisa, explicada por você mesmo, é mais picareta do que eu imaginava. As conclusões são ainda mais arbitrárias do que eu supunha. E a razão é simples. Consulte as autoridades de segurança pública de São Paulo, seu Zé Mané, e você saberá que os jovens infratores não costumam cometer crimes nos bairros onde moram — a exceção são as brigas de gangue. A exposição de seu método é a confissão de um chute fabuloso.
Mas o que foi que Manoel afirmou mesmo? Isto: “Houve mudanças adversas na composição demográfica em alguns estados do Nordeste nos últimos anos. Aumentou a proporção de jovens entre 15 e 30 anos em alguns deles, um fator criminogênico importante já fartamente documentado na literatura em criminologia”. Certo! Em São Paulo, no entanto, ele afirma: “Encontramos que o crime caiu mais fortemente no entorno das escolas com mais alunos de 16 e 17 anos”. Mas os jovens não estão recebendo Bolsa Família no Nordeste em São Paulo? Manoel é um cientista rigoroso: ele concluiu que a violência aumentou no Nordeste por causa do aumento dos jovens e caiu em São Paulo em lugares com maior concentração de jovens. ENTENDERAM? A sua avó portuguesa merece mais respeito. O problema é o neto dela.
Num dado momento de seu texto, Manoel afirma que as pessoas têm dificuldades de entender a diferença entre correlação e causa. É o caso dele. Comete um erro de lógica elementar, definido por uma expressão latina: “post hoc, ergo propter hoc” — ou: “depois disso, logo por causa disso”. A minha piada para esse tipo de raciocínio é a seguinte: como sempre amanhece depois que o galo canta, há quem acredite que, caso se matem todos os galos do mundo, teremos a noite eterna…  Como Mané constatou que a violência caiu mais nos grupos com maior concentração de jovens de 16 e 17 anos e como eles passaram a receber bolsa-família em 2007, então só pode ser por isso, certo?
Só uma coisa: “crimininogenico”, como você escreveu, não é anglicismo, não! É só erro de digitação. E “criminogênico”, bobão, não é anglicismo. O “criminogenic” é que é uma palavra formada de duas outras: uma de raiz latina e outra grega. Não tente fazer graça porque falta estofo. Você já é engraçado o bastante tentando ser sério.

Ah, sim: vá falar mal do Nassif lá no blog dele. Nem todo inimigo do meu inimigo é meu amigo, entendeu?
A criminalidade ter caído desde 1999 em SP é imaterial para esse raciocínio. Afinal, diferentes fatores podem ter causado a queda no começo e no final dos anos 2000. De fato, a queda do crime no começo dos anos 2000 pode ser consequência de sua subida no final dos anos 1990. Mas para um proselitista como você isso não interessa, não é blogueiro?
Ai, ai… Uma queda de mais de 70% no índice de homicídios em 10 anos, que não pode ser explicada pelo seu achismo, só pode ser explicada por “diferentes fatores”. É… Vai ver eles explicam mesmo!
Pergunta justa: por que SP? Não dava para fazer para outros lugares? O Nordeste, por exemplo, onde o Bolsa Família importa muito mais? A resposta é negativa, infelizmente. SP é o único estado da Federação que tem dados de crime decentes georeferenciados desde o começo da década de 2000. Isso PELO ENORME ESFORÇO de política pública em segurança feito em SP. Esse esforço começou com o Alexandre Schneider, meu co-autor em artigos científicos (mais sobre isso abaixo), quando era secretário adjunto da SSS-SP. Adoraríamos fazer o mesmo em Salvador. Mas não há dados adequados. Viu blogueiro? Nem tudo é conspiração petista.
Repito: os petistas podem ser profissionais da tolice, mas não são seus monopolistas.
Algumas palavras sobre a impressionante queda na criminalidade que ocorreu no Estado de São Paulo nos anos 2000. Essa queda é objeto de minha pesquisa científica desde 2004. Primeiro uma constatação. O crime cai tão fortemente a partir de 1999 porque subiu fortemente nos anos 1990, principalmente depois de 1993. É uma questão mecânica. Blogueiro, seria elegante que você também mencionasse isso. Afinal, os ladrões e assassinos são apartidários em geral.
Você estava comendo bombom quando escreveu isso? Quer dizer que a violência caiu bastante porque havia subido muito? Deve-se inferir que ela subiu muito em alguns estados porque não tinha crescido bastante? Trata-se de mera “questão mecânica”? Deve-se inferir, pois, que, qualquer que fosse a política de segurança pública adotada, o resultado teria sido o mesmo? Você não se envergonha nem um pouquinho? Foi estudar os efeitos do Bolsa Família na diminuição da violência em São Paulo, mas está convicto de que, independentemente das políticas públicas adotadas, o resultado seria o mesmo.
Em criminologia há algum consenso sobre o caráter multi-facetado de mudanças abruptas no crime (bom, tanto quanto há consenso em ciências sociais). Se você estiver realmente interessado em se educar, recomendo fortemente Zimiring (2007), The Great American Crime Decline, disponível em inglês como e-book. O caso mais citado é o dos EUA, e particularmente NYC, nos anos 1980 e 1990. Bogotá e Medellín são outros dois exemplos. O caso de São Paulo não deve ser diferente.
Não seja desonesto! Os dados estão acima! A queda da violência em São Paulo não foi “abrupta” coisa nenhuma! Ao contrário, foi se dando paulatinamente.
Em um capítulo de livro editado pelo National Bureau of Economic Research (NBER, dispensa introdução) e pela University of Chicago (olha aí os petistas de novo!), Alexandre Schneider, aquele que foi secretário de educação do Kassab, e eu mostramos a importância da transição demográfica em São Paulo, que começou antes do país como um todo. Ela responde por 60% do aumento no homicídio na década de 1990, e por 40% da queda nos anos 2000. Em um artigo publicado no Economic Journal (pesquise o status acadêmico desse periódico blogueiro, seja jornalista!), Alexandre Schneider, Ciro Biderman e eu mostramos que os homicídios caíram mais nas cidades que restringiram a venda de bebidas alcoólicas em bares depois das 23h (a velha lei seca). Para ser preciso, 10% mais do que na média da RMSP. Em sua tese de doutorado defendida no departamento de economia da PUC-Rio, Daniel Cerqueira, aquele que desmascarou as estatísticas de homicídio do Rio na era Cabral, mostrou que o estatuto do desarmamento explica outros 8% da queda em São Paulo. Tenho orgulho de dizer que a tese foi orientada por mim e pelo Professor Rodrigo Soares.
O Estatuto do Desarmamento? Seria aquele mesmo que, curiosamente, também só produziu efeitos em São Paulo, mas não no resto do Brasil? São Paulo é hoje a capital com menos homicídios no país por 100 mil habitantes sem restrição para o horário de funcionamento dos bares. E pare com essa bobagem de ficar elencando pessoas e instituições com as quais eu seria ideologicamente afinado. Isso é uma tentativa tosca de exibir a sua isenção ideológica, o que absolutamente não é do meu interesse.
Isso significa que os governos do PSDB não contribuíram em nada? Não! Ainda há pelo menos 50% da queda nos anos 2000 para ser explicada. Corresponde, aproximadamente, a quanto o crime caiu mais em SP do que no resto do país. Só não temos ciência para isso ainda. Entre os cientistas, blogueiro, só se fala com ênfase quando há evidência cientifica. Entre os apedeutas arrogantes, fala-se sempre com ênfase.
Você já expôs os caminhos de sua seriedade científica. Reproduziu, melhor do que eu faria, como chegou à conclusão de que o Bolsa Família responde por 21% na redução da violência. Só não consegue explicar por que o mesmo fenômeno não se repete nos outros estados. Esse é um arcano que guarda só para si mesmo. Afinal, é coisa complicada demais para ser compreendida por não cientistas e blogueiros…
Posso especular. De novo, ESPECULAÇÃO, para não fazer vigarice intelectual. O crime caiu mais acentuadamente em SP porque as condições eram favoráveis. Entre elas, policiamento e vontade de combater o crime. Suspeito, por exemplo, que o efeito pronunciado do estatuto do desarmamento em SP se deve ao fato de que o Estado já combatia a posse ilegal muito antes de dezembro de 2003. O estatuto legal melhorou o combate, provavelmente. Mas, de novo, não tenho ciência sobre isso. Apenas especulação.
Por fim, duas informações. A primeira por transparência. O estudo foi pago pelo Banco Mundial, uma instituição cheia de petistas (parafraseando um procurado pela Interpol que provavelmente se aliará ao PT em SP). Segunda informação: sou DOUTOR em economia pela Stanford University, esse bastião comunista. Entre a Hoover Tower e o Médio Gávea devo ter sido contaminado pelos petistas. Deve ter sido no Baixo Gávea, aquele antro de comunas. O Rodrigo Soares é DOUTOR em economia pela University of Chicago. Sem mais comentários. A Laura Chioda deve ser a espiã petista. Afinal, é DOUTORA em economia pela University of California, Berkeley, aquele antro de desviantes sociais (além de alguns prêmios Nobel, em economia e outras ciências menos controversas). De resto, você pode encontrar na minha página web os links para meu CV e para o artigo, caso você queira se importunar. É só colocar Joao Manoel Pinho de Mello no google.
Atenciosamente,
João Manoel Pinho de Mello
PhD em economia, Stanford University, 2005
Professor Associado, Departamento de Economia, PUC-Rio
Quem leu o primeiro texto que escrevi sabe que não inferi, em nenhum momento, que o Mané de Stanford fosse de esquerda, petista ou sei lá o quê. Até porque a PUC do Rio nem é o melhor lugar para prosperar com essas convicções. Os esquerdistas não têm, reitero, o monopólio do equívoco, não! Só os idiotas, diga-se, diriam que um programa como o Bolsa Família é coisa de esquerdistas.
Eis aí a resposta que o professor disse que eu estava com medo de publicar. Fala por si mesma. Como se pôde notar, arrogante e agressivo é Reinado Azevedo, não é? Ele dialoga com suavidade. Sugiro que os governos façam o seguinte: invistam em segurança pública, em policiamento preventivo, em policiamento comunitário, em ronda escolar, na prisão de bandidos etc. E também distribuam Toddynho para os jovens entre 15 e 30 anos. Aí o Mané de Stanford — sempre ciente de que outros fatores podem concorrer para a queda da violência — vai estudar a importância do Toddynho na queda da violência. Poucos chegaram ao fim do texto, sei disso. Lamento. Era necessário.
Eu não tenho dúvida de que ele é mais hábil comendo bombom do que pensando. Ah, sim, professor: peça a seus amigos que parem de pedir a minha cabeça à VEJA. Ao menos não tentem fazer isso no meu blog, né? QUE DESELEGANTE!!!
Água morro abaixo, fogo morro acima e liberal com vontade de bombom oficialista, queridos, ninguém segura!
E só pra arrematar: ao exibir as suas credenciais liberais, transformar em ciência o puxa-saquismo e ainda me acusar de ser obcecado pelo PT, o Mané de Stanford está cuidando da própria carreira. Cai nas graças do petismo, não fica mal com seus amigos liberais e ainda declara a independência da ciência. Ele já é meu candidato a uma diretoria qualquer no Ipea…
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

CNJ ouvirá juiz que pediu afastamento do caso Cachoeira; indicado para substituí-lo deve se declarar impedido

Por Laryssa Borges, na VEJA Online:
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, informou nesta terça-feira que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai ouvir o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que pediu afastamento da Operação Monte Carlo depois de receber ameaças. De acordo com a magistrada, também serão colhidos os depoimentos do corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Carlos Olavo, que recebeu o ofício com o pedido de afastamento, além do juiz Leão Aparecido Alves, indicado para suceder Moreira Lima à frente das investigações.
“A primeira preocupação é manter a segurança da magistratura. O juiz tem de se sentir seguro para bem decidir”, disse Calmon.
“A ameaça é de gravidade incomum, de gravidade qualificada”, afirmou o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal. “Não se pode ameaçar do ponto de vista da integridade física nem moral nem psicológica nenhum julgador, muito menos o julgador e a família”.
Moreira Lima encaminhou ofício ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região no último dia 13 alegando não ter mais condições de permanecer no caso que investiga um esquema de contravenção coordenado por Carlinhos Cachoeira e utilizado para cooptar autoridades públicas e representantes de governo. O magistrado pediu para ser retirado do caso depois que sua família recebeu “ameaças veladas” de policiais.
“Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente à Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada”, explicou Moreira Lima no ofício enviado ao TRF 1ª Região.
“Ele desistiu de dar seguimento à sua atitude de investigação porque estava se sentindo pressionado”, contou a ministra Eliana Calmon. “Não podemos ter juízes covardes, mas não podemos ter juízes ameaçados. Não podemos aceitar que ameaças veladas, ameaças físicas ou morais possam impedir que a nossa magistratura bem desempenhe suas funções”.
No início das investigações da Operação Monte Carlo, Moreira Leite já havia procurado o CNJ para relatar que a apuração à época dava conta de um grande esquema de corrupção e contravenção em Goiás. “Ele estava preocupadíssimo porque eram investigações que evoluíram e estavam chegando a graves consequências, com envolvimento de muita gente, de políticos”, explicou a corregedora-nacional de Justiça.
Impedimento
Os grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, captaram uma conversa feita do aparelho telefônico do juiz federal Leão Aparecido Alves para integrantes da quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira. O próprio magistrado, indicado para assumir as investigações da Monte Carlo, confirmou o episódio a outros juízes, mas disse que o telefone estava cedido para sua mulher.
“Houve na interceptação um telefonema de um aparelho telefônico dele para alguém ligado à quadrilha de Cachoeira”, relatou a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon. “Se há algum envolvimento, se a interceptação indica que uma pessoa tão íntima, como a esposa, tem ligação com alguém, é óbvio que não é possível a continuação dele à frente das investigações”.
Alves será ouvido por Eliana Calmon, mas a tendência é que ele não seja mantido à frente das investigações que envolvem o esquema de Cachoeira. Alves admite se declarar impedido de atuar no caso por ser amigo da família de José Olímpio Queiroga Neto, um dos principais auxiliares do bicheiro no esquema criminoso.
Por Reinaldo Azevedo

Dossiê dos Aloprados: seis anos depois, Justiça abre ação penal e petistas vão ao banco de réus 86

Num instante em que o PT inquieta-se com a proximidade do julgamento do mensalão no STF, um segundo fantasma ressurge do passado para assombrar a legenda na eleição municipal de 2012. Sem estrondos, o juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré, titular da 7a Vara Criminal da Seção Judiciária de Mato Grosso, abriu há quatro dias uma ação penal contra os petistas envolvidos no caso que ficou conhecido como escândalo do Dossiê dos Aloprados.
Datado de 15 de junho, o despacho do magistrado converteu em réus nove personagens que tiveram participação na tentativa de compra de documentos forjados que vinculariam o tucano José Serra à máfia das ambulâncias superfaturadas do Ministério da Saúde. Entre os encrencados, seis são petistas. Os outros três são ligados a uma casa de câmbio usada para encobrir a origem de parte do dinheiro que seria usado na transação.
O caso escalara as manchetes às vésperas do primeiro turno das eleições gerais de 2006, quando a Polícia Federal prendeu em flagrante, no Hotel Íbis, próximo do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, dois petistas portando R$ 1,7 milhão (uma parte em dólares). Exposto no noticiário da época (veja foto lá no alto), o dinheiro seria usado na transação. Relegado ao esquecimento, o episódio parecia condenado ao arquivo. Engano. Acaba de renascer.
Deve-se a ressurreição a três procuradores da República: Douglas Santos Araújo, Ludmila Bortoleto Monteiro e Marcellus Barbosa Lima. Lotados no Ministério Público Federal de Cuiabá, eles formalizaram em 14 de junho, quinta-feira da semana passada, uma denúncia contra os acusados. Recebida pelo juiz Paulo Cézar, a peça deu origem à ação penal aberta no dia seguinte.
No seu despacho, o magistrado determinou a citação dos réus para que respondam às acusações “no prazo de dez dias”. As citações serão feitas por meio de cartas precatórias, já que a maioria dos acusados não mora em Cuiabá, sede da 7a Vara Criminal de Mato Grosso. São os seguintes os ‘aloprados’ que serão intimados a prestar contas à Justiça:
1. Gedimar Pereira Passos: policial federal aposentado, foi preso em flagrante pela Polícia Federal no hotel de São Paulo. Gedimar (foto à esquerda) portava R$ 700 mil em dinheiro. Integrava o comitê da campanha à reeleição de Lula, em 2006. Foi escalado pelo PT para pagar o dossiê urdido contra o tucano Serra.
2. Valdebran Carlos Padilha da Silva: empresário matrogrossense, era filiado ao PT e operava como coletor informal de verbas eleitorias para o partido. Foi ele quem informou ao PT federal sobre a existência do dossiê. Estava junto com Gedimar Passos no hotel paulistano. Também foi preso. Carregava R$ 1 milhão.
3. Jorge Lorenzetti: ex-diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, é amigo de Lula, para quem assava churrascos na Granja do Torto, em Brasília. Lorenzetti (foto à direita) integrou o comitê de campanha do PT, em 2006, como chefe do Grupo de Trabalho de Informação. Chefiava uma equipe voltada a ações de espionagem e “inteligência”. Comandou a malograda tentativa de compra do dossiê.
4. Expedido Afonso Veloso: ex-diretor do Banco do Brasil, também compôs a equipe do comitê reeleitoral de Lula. Reportava-se a Lorenzetti. Foi escalado para viajar a Cuiabá a fim de analisar os dados contidos no dossiê montado contra Serra.
5. Oswaldo Martines Bargas: amigo de Lula dos tempos de militância sindical no ABC paulista, integrava o núcleo de “inteligência” da campanha nacional do PT. Recebeu de Lorenzetti a ordem para acompanhar Expedido Veloso na viagem a Cuiabá. Juntos, deveriam presenciar uma entrevista dos vendedores do dossiê –os empresários matogrossenses Darci e Luiz Antônio Vedoin, pai e filho— à revista IstoÉ. A entrevista, informa o Ministério Público, era parte da trama. Destinava-se a dar visibilidade às denúncias contra Serra.
6. Hamilton Broglia Feitosa Lacerda: atuava em 2006 como coordenador da campanha do ex-senador Aloizio Mercadante. Então candidato ao governo de São Paulo, Mercadante media forças com Serra, que prevaleceu nas urnas. Hamilton Lacerda (foto à esquerda) foi filmado pelo circuito interno de câmeras do hotel Íbis entregando dinheiro a Gedimar Passos, o policial federal que foi preso em flagrante. Foram duas remessas. Numa, as notas estavam acondicionadas numa valise. Noutra, em sacolas.
7. Fernando Manoel Ribas Soares: era sócio majoritário da Vicatur Câmbio e Turismo Ltda, empresa utilizada no esquema para lavar parte dos dólares que financiariam a compra do dossiê.
8. Sirley da Silva Chaves: Também ex-proprietária da Vicatur, recrutou pessoas humildes para servir como “laranjas” na aquisição de parte dos dólares apreendidos pela PF no hotel de São Paulo.
9. Levy Luiz da Silva Filho: cunhado de Sirley, foi um dos “laranjas” utilizados no esquema. Em troca de uma comissão de R$ 2 mil, emprestou o próprio nome e recolheu as assinaturas de outros sete integrantes de sua família –um laranjal que incluiu dos pais aos avós. Rubricavam boletos de venda de moeda americana em branco. Eram preenchidos na Vicatur.
Para redigir a denúncia encaminhada ao juiz Paulo Cézar, os procuradores Douglas Araújo, Ludmila Monteiro e Marcellus Lima valeram-se de informações coletas em inquérito da Polícia Federal e numa CPI do Congresso. Só o trabalho da PF, anexado ao processo de número 2006.36.00.013287-3, reúne mais de 2.000 folhas. Foram inquiridas cinco dezenas de pessoas. Realizaram-se 28 diligências. Quebram-se os sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos.
Imaginava-se que o esforço resultara em nada. Mas os procuradores encontraram nos volumes do processo matéria prima para a denúncia. E o juiz considerou que ficou “demonstrada a existência da materialidade e de indícios de autoria” dos crimes. Daí a conversão da denúncia em ação penal e a transformação dos acusados em réus.
No miolo da denúncia do Ministério Público, obtida pelo blog, ressoa uma pergunta que monopolizou o noticiário na época do escândalo: de onde veio o dinheiro? A resposta contida nos autos, por parcial, frustra as expectativas. Mas não completamente. Os procuradores anotam que “grande parte do dinheiro” apreendido pela PF no hotel de São Paulo não teve a origem detectada. Por quê? “Apresentava-se em notas velhas, sem sequenciamento de número de ordem e sem identificação da instituição financeira.” Porém…
Foi possível rastrear uma “parte diminuta das cédulas” recolhidas pela PF na batida policial de 15 de setembro de 2006. Eram dólares. “Cédulas novas, que estavam arrumadas em maços sequenciais.” Servindo-se dos números de série das notas, a Divisão de Combate ao Crime Organizado de Brasília requisitou informações ao governo dos EUA. “Em resposta, o Departamento de Justiça Americano informou que os dólares tiveram origem em Miami”, anotam os procuradores na denúncia.
Seguindo o rastro do dinheiro, descobriu-se que parte dos dólares fez escala numa casa bancária da Alemanha, o Commerzbank. Dali, o lote foi remetido, em 16 de agosto de 2006, para o Banco Sofisa S/A, sediado em São Paulo. Para desassossego dos “aloprados”, o Federal Bureau of Investigation dos EUA farejou a origem de outro naco de dólares apreendidos pela PF. Coisa de US$ 248,8 mil. Compunham um lote de US$ 15 milhões adquirido em 14 de agosto de 2006 pelo mesmo Banco Sofisa junto à filial do alemão Commerzabak em Miami.
Munido das informações, os investigadores acionaram o Banco Central. A quebra dos sigilos bancários levou à seguinte descoberta: parte dos dólares apreendidos no hotel paulistano em poder de Gedimar Passos e Valdebran Padilha havia saída do Banco Sofisa para a corretora de câmbio Dillon S/A, sediada no Rio. Dali, as notas foram repassadas, em várias operações de compra, à Vicatur Câmbio e Turismo Ltda., também do Rio.
Na sequência, o Núcleo de Inteligência da PF varejou a clientela da casa de câmbio Vicatur. Chegou-se, então, ao ‘laranjal’ composto de pessoas humildes. Gente que, sem renda para adquirir dólares, foi usada para dificultar o rastreamento do dinheiro. Inquirido, Levy Luiz da Silva Filho, um dos réus do processo, confessou que servira de laranja. Mais: reconheceu que, em troca de uma comissão de R$ 2 mil, coletara as assinaturas de sete familiares. Juntos, “compraram” na Vicatur o equivalente a R$ 284.857 em moeda americana.
Os procuradores escreveram na denúncia: “Ocorre que, não por mera coincidência, verificou-se que a soma exata de R$ 248,8 mil vendidos a clientes finais pela empresa Vicatur (todos ‘laranjas’conforme depoimentos prestadoso) correspondia à mesma soma dos valores apreendidos” com os petistas Gedimar e Valdebran.
“Desse modo”, concluíram os procuradores, “constata-se que Gedimar Pereira Passos, Valdebran Padilha, Expedito Veloso, Hamilton Lacerda, Jorge Lorenzetti e Osvaldo Bargas se associaram subjetiva e objetivamente, de forma estável e permanente, para a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro”.
Crimes que “tinham por fim a desestabilização da campanha eleitoral de 2006 ao governo do Estado de São Paulo através de criação de vínculo entre o candidato do PSDB [Serra] à máfia dos Sanguessugas [que superfaturava ambulâncias com verbas do Ministério da Saúde] e, com isso, favorecer o então candidato do PT [Mercadante].”
Em notícia veiculada em junho do ano passado, a revista Veja revelara que, em conversas com companheiros de partido, um dos ‘aloprados’, Expedito Veloso (foto ao lado), revelara que o verdadeiro mentor do plano do dossiê fora Aloizio Mercadante. Nessa época, o então senador chefiava o Ministério da Ciência e Tecnologia, sob Dilma Rousseff. As conversas foram gravadas e expostas no site da revista.
No áudio, Expedito declara a certa altura: “O plano foi tocado pelo núcleo de inteligência do PT, mas com o conhecimento e a autorização do senador. Ele, inclusive, era o encarregado de arrecadar parte do dinheiro em São Paulo”. Segundo Expedito, Mercadante associara-se ao presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia, morto no final de 2010.
“Faltavam seis pontos para haver segundo turno na eleição de São Paulo”, prosseguiu Expedito. “Os dois [Mercadante e Quércia] fizeram essa parceria, inclusive financeira. [...] As fontes [do dinheiro] são mais de uma. [...] Parte vinha do PT de São Paulo. A mais significativa que eu sei era do Quércia.”
Mercadante negou as acusações. Ele chegara a ser indiciado pela PF no inquérito aberto em 2006. Mas, seguindo parecer da Procuradoria-Geral da República, o STF anulou o indicamento por falta de provas. Agora, em ofício enviado ao juiz Paulo Cézar, os procuradores Douglas Araújo, Ludmila Monteiro e Marcellus Lima voltaram a excluir Mercadante da grelha.
Anotaram: “Relativamente ao crime eleitoral, a autoridade policial, em seu relatório, entendeu que a omissão de receita ou despesa em prestaçãoo de contas de campanha é crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral, o qual prevê que ‘constitui falsidade ideológica a ação de omitir, inserir ou fazer inserir declaraçãoo falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais’.”
“No entanto”, prosseguem os procuradores no texto, “certo é que o próprio STF já afastou a modalidade especial de falsidade ideological, por ausência de comprovação de dolo por parte do senador Aloizio Mercadante. Aliado a isso, os laudos de exame financeiro não demonstraram que os recursos provieram de campanha eleitoral.”
Mais adiante, vem a conclusão que excluiu Mercadante da nova denúncia: “Logo, de todo o conjunto probatório colhido, verifica-se a ausência de prova quanto à saída de recursos da caixa de campanha eleitoral, bem como a comprovação da existência de caixa dois para trânsito de recursos por meios ilícitos…”
Afora Mercadante, também o deputado Ricardo Berzoini foi mantido longe da denúncia. Ele presidia o PT em 2006. Coordenava o comitê reeleitoral de Lula. O núcleo de inteligência da campanha, ninho dos ‘aloprados’, reportava-se a Berzoini. Mas ficou entendido que quem comandou a ‘alopragem’ foi Lorenzetti, o churrasqueiro de Lula.
DO B. DO JOSIAS DE SOUZA-UOL

Lula e Maluf, feitos um para o outro.

Quem diria?
Malóf e Sebento de mãozinhas dadas na maior falta de vergonha na cara do planeta, como se fossem amigos desde a mais tenra infância.
Fazer política no Brasil não é a arte de engolir sapos, é a arte da desfaçatêz e da sem vergonhice.
Dom Sebento passou quase que sua vida inteira metendo o pau no Malóf, e agora se deixa fotografar ao lado dele de pires nas mãos em busca de mais 1.30 min de horário de TV na campanha do Haddad.
Erundina já ameaça cair fora da chapa caso Malóf continue na base de apoio, e o Sebentão agora ficou com as calças nas mãos, ou segura Malóf, ou vai atrás de Erundina. 
O que sei é que vivi tempo suficiente para ver a PTralhada palhaça, prepotente e burra, tendo que enfiar as línguas nos próprios rabos e engolir Paóló Malóf a seco.
E eu que nem vidente sou, desde os anos 80 venho dizendo que o PT não vale merda nenhuna, e a cada dia que passa tenho a mais absoluta certeza que eleitor do PT ou é retardado, ou é burro mesmo.
Uma pessoa inteligente não poderia acreditar nas mentiras que essa cambada de ratos vermelhos vem contando desde sempre.
Chegaram ao poder e mostraram que são mais vagabundos que todos os que "lá" estiveram.
E se o Malóf parar para pensar, se aliar ao PT pode manchar a sua imagem.
E para a PTralhada que tem que olhar para essa imagem abjeta e aplaudir....
KKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!!
E PHODAM-SE!!!!
DO MASCATE

Brasil mudou o KCT!

Vai parecer piada.
E é mesmo.
Segundo o atual presidente da quadrilha, uma anta vexaminosa chamada Falcão, o partido-quadrilha não mudou.
Quem mudou fomos nós, isto é, o Brasil.
Esse meliante, em linhas gerais disse o seguinte:
ELLes continuam purinhos de marré-de-si, bandidos viramos nós.
ELLe disse isso para justificar a reunião das quadrilhas. A que é liderada por Maluf, procurado pela Interpol, e a de Don Cachaçone, ainda não procurado por nenhuma polícia importante. Lógico, ela tem que ser de fora de Banânia, já que a daqui só acha quem interessa para a quadrilha.
Rui Falcão, como todo o petralha ladrão, é uma besta.
Um cretino, aliás mais um, a soltar idiotices, como a que disse ao valor e que vocês lerão abaixo, que deveria fazer este povo de merda pensar bem antes de votar nestes bandidos.
Mas quer saber de uma verdade?
Eu creio que eLLe tem razão.
Se não tivesse, essa corja não estaria onde está e o PODEROSO CHEFÃO DO MENSALÃO seria escorraçado por onde passasse.
Dirceu livre nas ruas sem levar uma pedrada nos cornos?
Delúbio fazendo palestras para dizer que o MENSALÃO DO CACHAÇA nunca existiu?
Ora, é por que este povinho de merda ou se omite ou concorda.
Usando o método dirceuliano, essa gente tem que começar a levar porrada quando sair às ruas, do mesmo modo como o desgraçado guerrilheiro cagão ordenou aos seus meliantes que fizessem com Covas.
E LuLLa, o grande responsável por tudo isso, tem que começar a levar umas sapatadas, algumas dúzias de ovos podres pelo meio dos cornos, sacos de cocô ou mijo de 8 dias, sempre que se apresentar em algum local público.
ELLes usaram armas, bombas, sequestros, assaltos, assassinatos para justificar uma luta contra a ditadura.
Pois bem.
Usemos cocô,xixi, ovos podres, sapatos, sandálias para justificar nossa luta a favor da democracia que eLLes querem usurpar.
Quando a carreta do Bianca passar por baixo de sua janela, jogue neLLe um enorme saco de mijo de 10 dias ou um saco enorme de cocô que tenha sido resultado de algum farto repasto à base de repolho, batata doce ou carne de bode.
Se LuLla estiver na carreata, e você souber com antecedência, coma, pelo menos uma semana antes, um pirex inteiro de SURURU DE CAPOTE, aquele molusco que se esconde na lama de lagoas de água doce.
Se você fizer isso, eu garanto:
Não vai ficar ninguém em um raio de pelo menos uns 6 kilometros.
IMBECIS!
PT justifica aliança com Maluf: o Brasil mudou
Raphael Di Cunto - Valor

SÃO PAULO - Ao justificar a aliança com o PP de Paulo Maluf, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que quem mudou foi o Brasil e não o PT. Ele não vê constrangimento no apoio de Maluf --inimigo político do partido durante anos-- à pré-candidatura de Fernando Haddad em São Paulo.
"Há 12 anos éramos rivais e hoje somos aliados", disse Falcão. "O Brasil mudou. Mudou o eleitorado e mudaram os partidos que resolveram apoiar nosso projeto nacional, como é o caso do PP". O PP é parceiro do governo federal e está frente do Ministério das Cidades.
Falcão enumerou as vantagens da aliança pepista: amplia as possibilidades eleitorais, aumenta o tempo de TV e faz crescer o número de pessoas fazendo campanha "para mudar São Paulo".
Na sexta-feira, Haddad recebeu o apoio do PSB, que anunciou a ex-prefeita e deputada Luiz Erundina como vice na chapa.
O petista subiu de 3% para 8% em pesquisa do Datafolha divulgada no domingo. Seu principal adversário, José Serra (PSDB), permaneceu com 30%. Com o resultado da pesquisa, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, projeta crescimento da intenção de voto ao petista.
DO GENTE DECENTE

O acordo das mãos sujas

DO ORLANDO TAMBOSI

LULA, UM PELEGO OBEDIENTE.

Não tem preço ver Lula na condição de garoto de recado de Maluf
Certa vez em uma de suas colunas na revista Veja, o jornalista Diogo Mainardi qualificou Lula como um "pelego obediente". Tal assertiva acabou se confirmando na tarde desta segunda-feira, quando Lula obedeceu prontamente  à ordem de Paulo Maluf e teve que ir à casa daquele que já foi o arquiinimigo do PT. Caso contrário, Maluf não faria a aliança eleitoral pretendida por Lula.
A foto que está aí acima estampa a capa da Folha de S. Paulo desta terça-feira, mostrando sem retoques, que Lula é realmente um pelego obediente e quem dá as cartas é Maluf.
Vejam só: o PT e seu chefete Lula viabilizam o retorno de Maluf à política paulistana.
DO ALUIZIO AMORIM

Após ameaça, juiz do caso Cachoeira pede afastamento


"Ameaça velada"
FELIPE RECONDO
Agência Estado
O juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela Operação Monte Carlo, relatou ser alvo de ameaças de morte, disse que homicídios podem ter sido cometidos por integrantes do esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira e pediu para ser tirado do caso.
Em ofício encaminhado no último dia 13 ao corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, Carlos Olavo, ele afirma não ter mais condições de permanecer no caso por estar em "situação de extrema exposição junto à criminalidade do Estado de Goiás".
E para evitar represálias, disse que deixará o País temporariamente.

No documento ao qual o Estado teve acesso, o juiz relata que segue esquema rígido de segurança por recomendação da Polícia Federal, mas diz que sua família foi recentemente abordada por policiais, que fizeram uma "ameaça velada".
"Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente à Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada." Lima indica que investigados pela Operação Monte Carlo podem estar relacionados a assassinatos cometidos recentemente, o que configuraria queima de arquivo. "Pelo que se tem informação, até o presente momento, há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando de réus do processo", escreveu.
Nas cinco páginas em que explica o pedido para deixar o caso, Lima elenca os recentes processos polêmicos que comandou. Na Monte Carlo, 79 réus foram denunciados, sendo 35 policiais federais, civis e militares.
E por ter determinado o afastamento dos policiais de suas funções, afirma que não pôde ser removido para varas no interior do Estado "por não haver condições adequadas de segurança".
Em setembro, Lima afirma que tirará os três meses de férias que teria acumulado e sairá do País por "questões de segurança".
19 de junho de 2012